Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 82 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas da Mega-Sena sorteadas neste sábado (29) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo. Os números sorteados no Concurso 2.294 foram 09, 15, 20, 33, 41, 43.

A quina teve 49 acertadores e cada um vai receber o prêmio de R$ 85.567,49. Os 5.779 ganhadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 1.036,46. A estimativa de prêmio do próximo concurso, na quarta-feira (2), é de R$ 82 milhões.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50. A probabilidade de ganhar o prêmio milionário, com a aposta simples, é de 1 em 50.063.860, de acordo com a Caixa.

Caruaru recebe curso preparatório para seleção de mestrado nesta segunda (31)

Focada nas seleções de mestrado em Educação das universidades públicas federais, a Planning Assessoria Pedagógica realizará o Curso Preparatório (Pré-Pós) – Elaboração do Pré-Projeto de Pesquisa do Mestrado nesta próxima segunda (31), 19h.

O curso preparatório para seleção de mestrado “PRÉ-PÓS” visa auxiliar ao candidato no processo de análise dos editais, organização do material necessário para inscrição e elaboração do pré-projeto de pesquisa. Abordando, desde a escolha da linha de pesquisa, a delimitação do tema e os elementos estruturantes do pré-projeto, de acordo com as normas da ABNT.

Por meio de 03 aulas ao vivo (nos dias 31/08, 02/09 e 03/09), com duração total de 09 horas, especialistas irão mergulhar em editais e auxiliar para o sucesso dos inscritos. Além de fornecer material de apoio e grupo exclusivo para esclarecer dúvidas.

A Planning Assessoria Pedagógica produz cursos que auxiliam no processo de construção de pré-projetos para seleções de curso de Mestrado na área de Educação. Assim como, consultoria voltada para elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso em nível de Graduação e Pós-graduação Lato sensu (especialização). A equipe é composta por professores mestres e doutores na área de Educação com vasta experiência na área.

O valor do investimento é de R$ 130,00. As inscrições podem ser realizadas pelo link: https://www.sympla.com.br/curso-preparatorio-elaboracao-do-pre-projeto-de-pesquisa-de-mestrado__958071

SERVIÇO

Curso Preparatório (Pré-Pós) – Elaboração do Pré-Projeto de Pesquisa do Mestrado
Data: 31/08 (segunda), 02/03 (quarta) e 03/09 (quinta) – 19h às 22h.
Inscrições: https://cutt.ly/cfg178n
Público-alvo: estudantes de graduação e especialização

Aproximadamente 22 milhões de pessoas ainda fumam no Brasil, segundo MS

29 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou que o gasto com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco para a sociedade brasileira é quase duas vezes superior ao dinheiro investido em marketing pela indústria do produto. Para cada centavo aplicado pelo segmento do tabaco para atrair novos fumantes, o Brasil tem um gasto direto com tratamento de doenças relacionadas ao fumo 1,93 vezes superior ao dinheiro acometido pelo ramo. A pesquisa teve como base informações sobre a conduta do fumante brasileiro oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e da Secretaria da Receita Federal. 

O estudo do INCA estima que a cada R$ 32,3 mil gastos com as estratégias das empresas de tabaco para atravancar políticas públicas de redução do tabagismo, há uma morte por doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão, infarto agudo do miocárdio, síndrome coronariana aguda ou derrame atribuível ao tabagismo. O instituto selecionou para análise as doenças que apresentam os custos mais elevados de tratamento relacionadas ao fumo. 

Embora o Brasil venha reduzindo o número total de fumantes nos últimos 13 anos, caiu 38% entre 2006 e 2019, dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, apontam que 9,8% dos brasileiros ainda têm o hábito de fumar. O percentual representa aproximadamente 22 milhões de pessoas. 

Mesmo com quase 10% da população consumindo tabaco, a chefe da Divisão do Controle do Tabagismo, do INCA, Andreia Reis, afirma que a política de controle ao tabagismo brasileira é bem-sucedida. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o Brasil implementou as melhores práticas no cumprimento das estratégias preconizadas pela entidade, como monitoramento do uso, aumento de impostos sobre o tabaco e oferta de ajuda para cessação do fumo.

“O Brasil foi reconhecido internacionalmente. O País é signatário da Convenção Quadro da OMS para controle do tabaco. Esse é o primeiro tratado internacional de saúde pública que o Brasil faz parte. O Programa Nacional do Controle de Tabagismo está inserido nessa política. A gente vê que os marcos legais reafirmam o compromisso do País com a saúde da população”, diz Andreia.

“Temos, por exemplo, o artigo 12, que são as medidas educativas relacionadas à disseminação de informações acerca do controle do tabaco. O 29 de agosto é uma data institucional, nacional, onde a gente prevê a disseminação dessa comunicação”, completa. 

Durante 40 anos, a bancária aposentada Maria Almado foi fumante e há cerca de um ano e meio conseguiu largar o vício. Ela relata que há momentos em que ainda sente falta de fumar, mas que não pensa em voltar a consumir o produto. “Foi difícil (parar), mas achei que seria mais. Parei inicialmente por um propósito de um mês, por uma intenção. Passado um mês, decidi tentar prolongar e consegui parar. Ainda sinto falta, mas já não me lembro todos os dias como antes. Às vezes passo dois dias sem me lembrar. Depois que parei percebi os benefícios de paladar, melhorei muito o olfato, melhorei respiração, subir escadas”, conta Maria. 

Segundo o INCA, o tabagismo é responsável por mais de oito milhões de mortes ao redor do mundo a cada ano. Desse total, os fumantes passivos somam pouco mais de um milhão. No Brasil, a dependência do tabaco causa 157 mil mortes, o que gera um custo anual para a sociedade de cerca de R$ 57 bilhões. A OMS classifica o tabagismo como doença na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). 

Tabaco e Covid-19

O tabaco é responsável por inflamações e é prejudicial aos mecanismos de defesa do organismo. Esses motivos colocam os fumantes entre os que têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos. Além de ter influência direta em doenças como sinusites e pneumonia, o consumo do tabaco é a principal causa de câncer de pulmão.

Os fatos levam o tabagismo a ser fator de risco para a Covid-19. Devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença. “O fumante acaba andando alguma parte do dia sem máscara e leva a mão na boca para consumo do tabaco várias vezes ao dia. O fumante acaba não usando muito álcool em gel, é um produto inflamável, e muitas vezes acaba se expondo mais por conta do consumo”, explica Andreia Reis. 

Fonte: Brasil 61

Pernambuco apresenta segunda maior queda na taxa de homicídios entre 2017 e 2018

Pernambuco teve a segunda maior queda na taxa de homicídios no Brasil no comparativo entre 2017 e 2018, perdendo apenas para o Acre. O dado foi tirado do Atlas da Violência 2020, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (27). 

O Atlas analisou dados da criminalidade brasileira entre os anos de 2008 e 2018. Entre 2017 e 2018, o estado pernambucano foi campeão na redução da taxa de assassinatos de jovens. Já no intervalo de 2008 a 2018, Pernambuco registrou a quarta maior diminuição de homicídios cometidos contra mulheres do País.

O governador Paulo Câmara afirmou que o estado conta com uma política pública consistente de enfrentamento à violência desde 2007. Segundo ele, o Pacto pela Vida é reconhecido internacionalmente por ser eficiente no combate à violência.  

No ano passado, segundo o governo local, Pernambuco continuou reduzindo homicídios, atingindo a segunda menor taxa da série histórica, iniciada em 2004. Em 2020, o governo atribuiu à pandemia a dificuldade no enfrentamento à violência, o que pode ter ocasionado o aumento das taxas de assassinatos na maior parte dos estados brasileiros.

Os dados completos do Atlas da Violência 2020 estão disponíveis em forumseguranca.org.br ou no portal Brasil 61. 

Fonte: Brasil 61

Brasil registra média de 889 mortes pelo coronavírus por dia na última semana; 3 estados têm alta de óbitos

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h de ontem (29).

O país registrou 904 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 120.498 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 889 óbitos, uma variação de -8% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Em casos confirmados, já são 3.846.965 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 38.302 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 37.752 por dia, uma variação de -13% em relação aos casos registrados em 14 dias.

No total, 3 estados apresentaram alta de mortes: RJ, AP, TO.

Brasil, 29 de agosto

Total de mortes: 120.498
Registro de mortes em 24 horas: 904
Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 889 por dia (variação em 14 dias: -8%)
Total de casos confirmados: 3.846.965
Registro de casos confirmados em 24 horas: 38.302
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 37.752 por dia (variação em 14 dias: -13%)

• Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 119.610 mortes e 3.809.046 casos; e às 13h, com 120.025 mortes e 3.819.077 casos confirmados.

Estados

Em alta: RJ, AP, TO
Estabilidade: RS, MG, SP, GO, MS, MT, PA, RO, BA, MA, PI e RN
Queda: PR, SC, ES, DF, AC, AM, RR, AL, CE, PB, PE e SE

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Fonte: G1

RMR e da Zona da Mata pernambucana avançam para a etapa 8

A partir de segunda-feira (31), os municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata pernambucana avançam para a etapa 8 do Plano de Convivência com a Covid-19, sempre respeitando as medidas de segurança para evitar a contaminação. As duas atividades que poderão voltar a funcionar são museus/espaços de exposições e comércio de praia. O avanço das etapas do Plano depende dos indicadores da doença, inclusive a taxa de contágio, que atualmente está em 0,87 em Pernambuco, em média. Na retomada, é fundamental continuar seguindo as orientações das autoridades, usando máscaras, respeitando o distanciamento físico e higienizando as mãos.

CORONAVÍRUS

Neste sábado (29), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 1.005 casos de Covid-19. A maioria deles (92,5%) é leve, ou seja, não demandou internamento hospitalar. Pernambuco tem, agora, 124.151 registros confirmados da doença, sendo que 105.381 desses são de pessoas já curadas.

O boletim da SES também aponta 35 novos óbitos, ocorridos entre 5 de maio e 28 de agosto. Das mortes contabilizadas, 10 (28,5%) aconteceram nos últimos três dias: três na sexta (28/08), três no dia 27/08 e quatro em 26/08. Com isso, passou para 7.547 o número de óbitos causados pela Covid-19 em Pernambuco.

OUTRAS NOTÍCIAS:

SARAMPO – Foi prorrogada até o dia 31/10 a campanha de vacinação contra o sarampo para o público entre 20 e 49 anos. Todos dessa faixa etária devem tomar uma dose da vacina, independente da situação vacinal. O imunizante também protege contra a rubéola e a caxumba. Até o momento, 448 mil pernambucanos foram vacinados – a Superintendência de Imunizações da SES-PE já distribuiu mais de 1,4 milhão de doses para os municípios do Estado.

A vacina contra o sarampo é disponibilizada de rotina nos postos de saúde para a população entre 12 e 59. As outras faixas etárias podem continuar procurando normalmente os serviços para atualizar a caderneta de vacinação.

ATENDE EM CASA

Está com sintomas gripais? O Atende em Casa faz marcação de testes para quem tiver sintomas da doença nos 143 municípios cadastrados (consulte aqui: portal.saude.pe.gov.br). Você pode acessar www.atendeemcasa.pe.gov.br ou baixar o app em celulares com sistema Android. Atualmente, 178 municípios estão cobertos pelo programa.

Covid-19: mais um óbito em Caruaru

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até este sábado (29) 93,59% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 18.411, dos quais 6.489 foram através do teste molecular e 11.922 do teste rápido, com 6.886 confirmações para à Covid-19, incluindo um óbito no dia 22 de agosto: Homem, 78 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 10.997.

Também já foram registrados 27.205 casos de síndrome gripal, dos quais 1.852 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Pré-candidato Marcelo Rodrigues faz visita a feirantes de Caruaru

Na manhã de hoje (29), o pré-candidato a prefeito de Caruaru pelo PT, Marcelo Rodrigues, fez uma visita à Feira de Caruaru para conversar com os feirantes sobre as dificuldades que enfrentam todos os dias. Além dos problemas em decorrência da pandemia, os trabalhadores também relataram outros desafios que se prolongam o ano inteiro.

Acompanhado dos pré-candidatos à Câmara de Vereadores pelo PT em Caruaru, Gildete Gomes, Dona Socorro e Wagner Vaqueiro, Marcelo caminhou pelas ruas da feira parando para conversar com todos, recebendo apoio e carinho dos trabalhadores. O sentimento também se estendeu ao ex-Presidente Lula. A senhora Maria das Graças, que trabalha vendendo o famoso pastel com caldo de cana na feira, relembrou com saudade o tempo em que Lula era presidente, afirmando com esperança que ele irá voltar.

“Lembrando dessa feira maravilhosa onde meu avô e meu pai vendiam arroz, feijão e farinha. Passei visitando pessoas conhecidas e as lembranças vêm à memória de quando eu era criança. Sempre sinto a emoção de como se estivesse revivendo a presença do meu pai e da minha mãe. A feira é a minha origem.”, relembrou com emoção o pré-candidato Marcelo Rodrigues.

Taxa de desocupação cresce em Pernambuco no segundo trimestre

Pernambuco registrou aumento na taxa de desocupação no segundo trimestre deste ano, encerrado em junho, passando de 14,5% no primeiro trimestre para 15% no segundo. Este foi o nono maior percentual do Brasil e ficou acima da média nacional, que registrou índice de 13,3%. Porém, em relação ao mesmo período de 2019, houve queda na desocupação no estado, já que no ano passado a taxa foi de 16%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada ontem pelo IBGE.

Segundo o professor de economia do Centro Universitário UniFBV, Paulo Alencar, o resultado da pesquisa mostra que o Brasil está com números ruins. “Tivemos um acréscimo no número de desocupados superior a 1% em relação ao primeiro trimestre de 2020, chegamos a um patamar de 13,3% dos brasileiro desocupados. Sobre Pernambuco estamos com uma leve estabilidade mas devido a falta de procura por emprego pela massa que hoje é beneficiada com os programas de assistência social”, alerta.

Apesar do aumento no percentual da taxa de desemprego, em números absolutos, a quantidade de pessoas desempregadas apresentou queda em Pernambuco, com 593 mil entre janeiro e março contra 533 mil entre abril e junho. O recuo se explica pela redução no número de pessoas ocupadas e também no contingente de pessoas desocupadas, que, somadas, compõem a força de trabalho do estado. Em relação às pessoas ocupadas, o montante passou de 3,4 milhões para 3 milhões.
Já a força de trabalho teve recuo de 13,1%.

Pernambuco ainda registrou dois recordes negativos. O primeiro foi a queda de 44,4% para 38,5% entre o primeiro e o segundo trimestre no nível de ocupação, que mede o percentual da população ocupada em relação às pessoas em idade de trabalhar. Essa é a menor percentagem da série histórica, iniciada em 2012. O segundo diz respeito à taxa de participação na força de trabalho, que mede a percentagem de pessoas em idade de trabalhar em relação ao total de pessoas na faixa etária de 14 anos ou mais. Ela passou de 51,9% para 45,3%.

O número de trabalhadores informais pernambucanos chegou a 1,36 milhão de pessoas, contra 1,68 milhão no primeiro trimestre. Com isso, a taxa de informalidade foi de 45,4% da população ocupada, acima da média nacional de 36,9%. Já a taxa de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) teve alta, passando de 29,8% para 36,2%. O número de desalentados no estado subiu de 323 mil pessoas no primeiro trimestre para 359 mil no segundo.

A população empregada em Pernambuco registrou queda, de 1,9 milhão para 2,2 milhão entre os dois trimestres. O maior impacto foi entre os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada, com recuo de 22,3%. Entre os com carteira, a retração foi de 13,5%.

Brasil amortece tombo da economia com subsídios

O Brasil anunciará na terça-feira uma contração recorde da economia no segundo trimestre, que pode chegar a 10%, embora tenha sido mitigada por ajudas maciças acordadas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

Por seu grande peso nas finanças públicas, os subsídios deveriam ser drasticamente reduzidos em setembro e isto gera temores de que, sem estas muletas, a maior economia latino-americana mergulhe no abismo.

O ministério da Economia prevê uma contração de 8% a 10% do PIB no período de abril a junho com relação ao primeiro trimestre, quando já tinha recuado 1,5%, com o qual o país entrará formalmente em recessão.

O colapso é sideral, mas é “uma performance muito razoável no mundo” atual, afirma Margarida Gutierrez, professora de macroeconomia do instituto Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Prova disso: esse derretimento seria muito inferior ao de outros países da região, como o México (-17,1%) e o Chile (-13,4%) e inclusive ao de economias desenvolvidas, como Reino Unido (-20,4%), Espanha (-18,5%) ou França (-13,8%).

A receita não tem segredos: “O pacote fiscal brasileiro foi brutal, enorme”, resume Gutierrez.

Mais da metade do esforço veio do auxílio emergencial de 600 reais, que pode chegar a R$ 1.200 em alguns casos, pago mensalmente desde abril a 66,4 milhões de brasileiros, quase um terço da população.

As medidas, que incluem reduções de tributos diversos, custaram 505,4 bilhões de reais e representam 7,3% do PIB projetado para 2020. Um percentual superior à média de 6,3% em 30 países avançados da OCDE, segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.

A injeção de dinheiro amorteceu a derrubada da demanda.

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) revisou consequentemente para cima sua previsão do PIB no segundo trimestre, de -9,8% em junho para -8,8% este mês.

E melhorou suas expectativas para 2020, de -6,4% a -5,4%.

Tudo isso, apesar da destruição de 9 milhões de empregos em um país onde a covid-19 continua matando mais de 900 pessoas por dia, com um balanço que se aproxima dos 120.000 mortos.

Tensões fiscais e políticas
O auxílio emergencial também reverteu o desgaste político do presidente Jair Bolsonaro, que em agosto alcançou seus melhores índices de aprovação.

O problema é que em setembro estes subsídios serão reduzidos substancialmente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitaria estendê-lo até dezembro, mas reduzido a 200 reais. Bolsonaro, que quer se reeleger em 2022, defende um “meio termo”, que segundo analistas poderia ser de 300 reais, e criar a partir de janeiro o Renda Brasil, um Bolsa Família ampliado.

O FGV/Ibre prevê que o déficit primário do Brasil (prévio ao pagamento dos juros da dívida) salte de 0,85% do PIB no fim de 2019 a pelo menos 13,4% este ano e que a dívida pública passe de 75,8% a 96% do PIB.

Guedes pretende retomar rapidamente seu programa de ajustes e privatizações para recuperar as rédeas dos gastos.

Mas “a reversão dos estímulos não será simples e não só pela questão política”, adverte o informe.

“A redução do déficit público terá efeito contracionista relevante, que pode abortar a recuperação em curso, se não for compensada pela retomada da demanda doméstica”, acrescenta.

“As privatizações foram interrompidas, a reforma administrativa está absolutamente parada. A agenda econômica é enorme” e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quer priorizar a reforma tributária, afirma, por sua vez, Margarida Gutierrez.

Para o analista independente Felipe Queiroz, o governo se encontra sob “a pressão do mercado por uma política fiscal mais austera e, por outro lado, a economia real, que precisa se movimentar e o único resultado apresentado até agora é o auxílio emergencial”.

O Brasil nunca conseguiu se recuperar totalmente da recessão de 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%). Os dois anos seguintes registraram um fraco crescimento de 1,3%, que diminuiu para 1,1% em 2019.

AFP