Chega a 228 o número de mortos identificados na tragédia de Brumadinho

A Defesa Civil de Minas Gerais contabilizou 228 mortes em decorrência do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale em Brumadinho (MG). O número inclui três corpos identificados desde o último balanço, feito no dia 11. A atualização, divulgada neste domingo (14), registra 395 pessoas localizadas e 49 desaparecidos.

Localizada nas proximidades de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, a barragem da Mina do Córrego do Feijão rompeu-se em janeiro, resultando na morte de funcionários da Vale e de moradores da cidade, além contaminar o Rio Paraopeba, responsável por 43% do abastecimento da região.

Em decorrência do episódio, a Vale responde a processo na Justiça por reparação de danos às vítimas e ao meio ambiente. A empresa já teve mais de R$ 13 bilhões bloqueados por decisão judicial.

Em março, representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciaram, em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que a mineradora estava atrasando pagamentos emergenciais às famílias afetadas.

Diante da situação, entidades representativas de trabalhadores vítimas do rompimento da barragem da Vale informaram ter entrado com uma ação coletiva contra a mineradora. Nela, pedem R$ 5 bilhões em indenizações por danos morais coletivos e sociais provocados pela empresa.

As entidades reclamam reparação por danos morais tanto às famílias dos funcionários que morreram durante a tragédia como aos trabalhadores sobreviventes.

Bolsonaro é a velha direita e merece nota 6 até agora, diz Cesar Maia

O ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje vereador, Cesar Maia (DEM), dá nota seis – ou seis e meio – para os cem primeiros dias de governo de Jair Bolsonaro (PSDB). Na entrevista à Folha de S.Paulo, concedida neste domingo (14), ele também chama o presidente de líder sindical e representante da velha direita.

Pai do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o ex-prefeito do Rio critica a articulação política de Bolsonaro. Para ele, é uma confusão. Cesar também questionou a capacidade do presidente de escalação de ministros. “Qual é a informação Bolsonaro acumulou para fazer as escolhas certas?”

Na semana passada, a Procuradoria-geral da República remeteu ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prorrogação do inquérito sobre Cesar Maia e seu filho. Perícia da PF encontrou, no sistema da Odebrecht, registro de pagamento de R$ 1,5 milhão aos dois.

Na semana passada, foi remetido ao Supremo um relatório de janeiro da Polícia Federal indicando repasses da Odebrecht para o sr e seu filho. Acha que é retaliação?
São procedimentos. A gente sabia desses prazos. Ficávamos torcendo para a [Raquel] Dodge -ou, agora, o [Edson] Fachin- entender que aquilo era uma porcariazinha de caixa dois. Aí, não encaminha para frente e arquiva. Vários foram arquivados assim, né? A gente estava com expectativa de arquivamento. Mas tinha que acontecer.

Foi prorrogada a investigação. Mas o senhor tinha a expectativa que fosse arquivado.
Todo réu em potencial acha que vai ser arquivado. Primeiro eu já não era prefeito. Eles falam 2008, 2010 e 2014. Um deles era meu último ano de governo e eles acusam meu chefe de gabinete de ter pedido dinheiro para a campanha da Solange Amaral. Eu nem sabia. Até porque eles eram proibidos por mim e por lei. Quem está no governo não pode fazer campanha eleitoral. Eles falam que teria sido feito pedido a Odebrecht para ajudar, por caixa dois, a campanha de senador. Eu era candidato porque o partido me pedia. Não tratava de captação de recursos.

Como o sr avalia articulação do governo Bolsonaro?
Parece que está começando agora. O Bolsonaro disse que a aprovação da reforma era coisa do Congresso. Mas passou. É um projeto de lei dele e o Poder Executivo tem que capitanear, articular.

O presidente finalmente está assumindo a responsabilidade?
Obrigatoriamente. Como o Rodrigo disse, a responsabilidade é dele. E ele vai ter que chamar os líderes para conversar. Perderam prazos, perderam tempo. Uma coisa que já deveria ter sido votada pela CCJ vai ser votada na semana que vem, se for.

A intenção era votar antes da Páscoa. Mas o Rodrigo Maia definiu que, nesta semana, terá o Orçamento impositivo
Os jornais publicaram um estudo da relação de poder entre Legislativo e Executivo. O Brasil era o segundo onde o Executivo tinha mais poder sobre o Legislativo em uma lista de, sei lá, 30 países. O caso do Brasil era um caso de 91%, um número desses. O que está acontecendo e vai acontecer -e seria inevitável, fosse o Bolsonaro, fosse quem fosse- é que o Legislativo vai dizer “nesse número não pode ficar. Vamos reduzir para 70%”. Uma primeira medida é o Orçamento impositivo.

Mas teve um mal-estar porque o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse ter acertado com o Rodrigo que a Previdência seria antes.
O Onyx não é exatamente um articulador. Era um deputado nosso, do PFL. Representava a indústria de armas do Rio Grande do Sul. E teve uma bobeira ali em que os procuradores apresentam as leis de anticorrupção. Ninguém sabe por que o Onix foi nomeado relator. Uma vez relator, ele resolveu ser o representante dos procuradores. Nem no Supremo passava aquele relatório dele O Legislativo, não é o Rodrigo, é qualquer que estivesse ali, tem que pensar que outras medidas precisa tomar de maneira a reduzir a disparidade de poder entre Executivo e Legislativo. Só no Brasil, um país democrático, se tem esses instrumentos. Esses vão ser rediscutidos.

Quais?
Medidas Provisórias, por exemplo. Isso gera consenso no Congresso. Viu o que aconteceu com o Orçamento impositivo? Não tinha direita e esquerda. Coisas desse tipo, que extrapolam o poder do Executivo sobre o Legislativo, tendem a ser corrigidas.

Se até hoje não mudou, por que teria essa uma tendência?
É o momento em que o perfil do Executivo não gera expectativas de diálogo por parte do Legislativo. E é verdade. Qual expectativa pode ter um deputado ou outro? Quem é que fala em nome do presidente? Hoje um major [Vitor Hugo (PSL-GO)] diz que o Rodrigo é o primeiro-ministro. Está louco. Esse é um líder do partido dele. Isso é uma confusão.

O sr. acha que, obrigatoriamente, tem que deter essas medidas porque não existe diálogo com o governo Bolsonaro?
Isso leva a deputados e senadores terem ideias e proporem dentro do Legislativo porque eles se sentem “desempoderados”. Propõem medidas que possam corrigir essa distorção.

O sr. fala do Onyx. Mas ele é o canal.
Ele cumpriu aquela função junto ao conjunto de procuradores e ganhou a confiança do Bolsonaro. O Bolsonaro foi eleito pela Lava Jato. Não tem nada a ver com rede social A Lava Jato que empurrou o Bolsonaro para a vitória. Agora ele tem que se lembrar que a Lava Jato não é um Poder Legislativo. Na hora que a Lava Jato está dentro do governo e que vai tomar medidas, tem que ter tramitação. Ele deve chiar “porra, não se pode governar”. Mas, tendo a experiência de governo, ele vai ter que se ajustar.

O Bolsonaro foi deputado.
Mas era um líder sindical. Foram sete mandatos. Ele representa os militares e os policiais. Era só isso que fazia. Quando eu era deputado, fui procurado por almirantes me pedindo que fosse elaborado um projeto de Lei criando uma gratificação de militares em geral. Eu disse que era inconstitucional. “Não vai passar. Mas vai ser discutido”. Apresentei. Aí, o Bolsonaro veio me procurar. “Está querendo entrar na minha área?” Ele não foi descortês. Mas estava muito nervoso. Assim que ele se comportava quando alguém entrava no campo dele. Ele representa isso. O que aconteceu com os caminhoneiros? Ele é um líder sindical dos caminhoneiros e foi lá. Ele andava atrás dos caminhões, cumprimentava a gente, levava cafezinho É assim que ele funciona.

​O que o senhor achou do controle do preço do Diesel?
Mostra amadorismo. Custava esperar o Paulo Guedes voltar? Isso gera uma expectativa de que pressão pode produzir resultado junto ao presidente. A própria reforma agora.

Dá para passar a reforma da Previdência como está?
Achava isso. Agora não sei. Essa confusão de quem faz coordenação, declaração dos líderes de governo Esse tipo de confusão que foi produzida tem que se exigir atenção.

O sr. diz que há uma tentativa de articulação do presidente com o Congresso, mas que há uma desarticulação…
A articulação é uma questão rápida. Quem é que conduz esse processo? Eles têm os dois presidentes da Casa, o ministro da Fazenda poderoso, o próprio Moro. Precisam escolher os quadros que vão fazer o trabalho de jantar, de almoçar

O sr. foi exilado, preso político no Chile. Como vê essa tentativa do presidente de revisão histórica, querendo comemorar o golpe de 64?
Ele não entendeu. Há uns quatro, cinco anos atrás, estava lendo a respeito da nova direita brasileira. Que Olavo [de Carvalho] é apenas um personagem. Nesses estudos havia um ponto em comum, que a direita ia continuar a crescer. Mas sempre dissociada do golpe de 64. A associação com o golpe de 64 tirava força dessa nova direita. Para que introduzir um tema que dificulta você ser um novo líder da direita? O Bolsonaro é um antigo líder da direita na hora em que toca esse tema. Ele vai ao Chile, ele e Onyx, e elogiam o Pinochet. Ninguém no Chile elogia o Pinochet. Ele vai a Israel e usa uma expressão considerada absurda pelos judeus [de que seria possível perdoar o Holocausto]. Pode ter falado uma besteira dessas? Então, ele vai sendo a velha direita. Assim como ele fala da nova política, da velha política, Bolsonaro é a velha direita.

Mas o sr. acha que ele, ao menos, pode encarnar a nova política?
Se estou dizendo que as declarações desmedidas que ele tomou são da velha direita, ele não pode ser a nova política. Nova política é não nomear indicados por deputados? Isso é um nada.

Há alguém que encarne essa nova direita aqui?
O Rodrigo poderia ser. Ele está sendo firme, está sendo coerente. Ele está trabalhando isso no ponto de vista de imagem. Os convites que tem recebido, como presidente da Câmara, para ir ao exterior, são muitos. E o Rodrigo não fala inglês. Ele balbucia inglês. Isso tira dele mobilidade. Sabe disso. Disse que vai fazer um intensivão.

O sr. acredita em seu potencial de articulação, diz que tem capacidade de ouvir. Acha que o credencia para a Presidência?
Ainda não. Até porque o estilo dele não é de produzir impactos populares. Ao contrário. Fez uma campanha eleitoral aqui, com todos os riscos, defendendo reformas liberais e teve uma votação proporcional ao que defendeu: 70 mil votos. Não precisou fazer uma campanha populista.

Muitas vezes as promessas de campanha de Bolsonaro eram incompatíveis com a tese de redução de gastos.
Não tinham nada que ver as ideias do Bolsonaro com a eleição dele. Era o Lava Jato. O que é o governo do Bolsonaro? São quatro vetores: econômico-financeiro, Paulo Guedes; segurança, Moro; um grupo administrativo, que é muito bom, de militares dentro do Planalto; e o quarto um pouco solto. Uma boa ministra da Agricultura; por enquanto, um bom ministro da Saúde. E, enfim, essas coisas que a gente está vendo por aí. O quarto grupo é disperso.

O que o sr. diria desses cem primeiros dias do governo?
Que a expectativa que se tinha foi frustrada. As ideias basilares que estavam nutrindo o Bolsonaro não foram aplicadas.

E o que acha das críticas do Olavo de Carvalho aos militares?
CEle não entendeu direito o sucesso dele. O sucesso subiu à cabeça. Ele passou a achar uma coisa que não é, que é um influenciador do governo. Não é. Ele é influenciador do ministro da Fazenda? Do Moro? Ele é influenciador de quê? Do ministro das Relações Exteriores? Para baixo, né?

Como assim para baixo?
Essa sempre foi uma área em que o Brasil teve um destaque muito grande. De repente entra esse personagem e a política externa vira alvo de desconfiança. Está todo mundo perplexo [elogia chanceleres dos governos petistas, e o assessor especial Marco Aurélio Garcia]. Agora, parece que o articulador é o deputado filho do Bolsonaro. Mas articulador de quê? De elogiar os Estados Unidos? O que o Eduardo Bolsonaro tem a dizer a respeito da América Latina, do México? Nada. Tem elogios ao Trump. Será que alguma coisa que Bolsonaro tem dito no exterior tem ajudado o governo? Agora ele vai conversar com Macri, que está com uma baixa popularidade.

Que está em queda.
Nosso líder liberal Macri, com inflação lá em cima. Agora, vai enfrentar uma greve geral. Os caminhoneiros param o país todo. E ele vai lá. Falta de informação também. É um homem inteligente. Não tenho dúvida. É o presidente da República. Mas é culto? Não. Tem cultura política? Não. Bolsonaro ficou esses anos todos aí como deputado. Que atividade internacional foi a dele?

Ele pode delegar.
Para delegar, tem que saber o que e para quem. Em um pais como Brasil, em uma América Latina confusa como essa, não saber a quem delegar e como…

Acredita que ele escalou mal os ministros?
Disse que são três vetores: economia, segurança e a parte administrativa entregue aos militares. Isso está muito bem. É o que segura. Aí são pontos.

O que o sr. acha dessa opção por se manifestar pelas redes sociais? O Carlos Bolsonaro teve um embate pesado com o Rodrigo. E daí?
Você acha que isso gerou algum tipo de formação de opinião? Claro que uma coisa inusitada como essa, a imprensa dá uma relevância muito grande. Qual é a importância disso para o governo?

Fica complicado para articulação quando o filho do presidente faz contrapontos nas redes sociais ao presidente da Câmara em um momento tão delicado.
Será que é ele mesmo? Será que jantam junto e o pai não dá um empurra, “já que eu não posso falar, fala você”? Qual é a permanência disso?

O sr. acha que os posts do Carlos refletem o pensamento do pai?
Não sei porque não conheço os posts do Carlos. Não dou relevância a isso. Não acho que é um personagem. Não estou dizendo que não seja, Mas não acho que seja um personagem político relevante. Acho que essa intensidade termina não ajudando o pai.

O sr. dá uma nota para esses primeiros cem dias do governo Bolsonaro?
Estou dizendo que existem três vetores positivos. Como são muito importantes, vamos dizer nota seis, nota seis e meio? Graças a esses três vetores.

Folhape

Suspeito de mandar matar radialista é preso no Agreste de Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o suspeito de mandar matar o radialista Claudemir Nunes da Silva, nessa segunda (15), em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. O crime aconteceu no dia 21 de março. Jeová Fortunato Gomes teve prisão temporária decretada, e sua fotografia divulgada para a população. A prisão foi realizada em conjunto com a 21ª delegacia de Homicídios de Santa Cruz do Capibaribe, local para onde o suspeito foi encaminhado.

Também nessa segunda, a Polícia divulgou a imagem do suposto executor do crime, Claudiano Silva Santos, mais conhecido com Cacau. O suspeito encontra-se foragido. O crime teria sido motivado porque, de acordo com a PCPE, o radialista teria se envolvido com a esposa de Jeová.

As investigações continuam sob responsabilidade da Polícia Civil. Informações sobre o suspeito de matar o radialista podem ser repassadas pelo telefone (81) 99488-7041 ou pelo disk denúncia 3719-4545.

Folhape

Moura traz linha completa de baterias automotivas para a 14ª Automec

O Grupo Moura, líder no mercado de baterias na América do Sul, apresenta seu portfólio completo de produtos automotivos na 14ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços – Automec, que acontece neste mês de abril. Maior evento de autopeças da América Latina, a feira será palco estratégico para aproximação da Moura com clientes nacionais e internacionais, fortalecendo os vínculos e demonstrando suas últimas inovações.

Em um estande de 96 metros quadrados (m²) a Moura apresentará o salto em qualidade alcançado para sua linha de baterias automotivas, com destaque para a EFB (Enhanced Flooded Battery), referência mundial de desempenho e que hoje equipa 75% dos veículos Start/Stop produzidos no Cone Sul. Além da campeã de vendas MFA e da AGM, de alta performance. Será exposta ainda a Moura Log Diesel, produto premium, voltado para toda gama de veículos comerciais da linha pesada.

As novas baterias de lítio também estarão presentes – especialmente as voltadas para ônibus e caminhões elétricos e híbridos. A linha completa de lubrificantes automotivos de alta performance Lubel, marca que também pertence à Moura, completa a lista de produtos que serão exibidos na feira.

Com uma participação massiva de inúmeros segmentos de baterias automotivas, a Moura elege a Automec como palco de apresentação ao mercado de sua capacidade de ampliar ainda mais a qualidade dos seus produtos e de inovar. Não importa a demanda que o mercado imponha, a Moura tem a solução.

Hoje, o avançado nível tecnológico e expertise do Grupo Moura lhe confere a credibilidade para orientar as decisões de negócios de seus clientes, especialmente para o mercado da América do Sul. As baterias desenvolvidas pelo Grupo Moura são benchmarking e atendem as características climáticas do continente, entregando maior resistência, durabilidade e economia.

Atividade do comércio cresce 2,33% em março, aponta indicador da CNDL

O comércio varejista segue em trajetória de recuperação, mas a passos lentos. Dados apurados pelo Indicador de Atividade do Varejo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que as consultas para vendas a prazo cresceram 2,33% no acumulado em 12 meses até março deste ano. No mesmo período do ano passado, as vendas do segmento haviam crescido 1,49%. Já nos anos anteriores, em plena recessão econômica, os dados estavam no negativo, com queda de -4,49% em 2017, -4,39% em 2016 e -0,84% em 2015.

O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir do volume de consultas de CPFs e é um termômetro da intenção de compras a prazo por parte do consumidor, abrangendo os segmentos varejistas de supermercados, lojas de roupas, calçados e acessórios, móveis e eletrodomésticos, entre outros.

Outro dado também apurado pelo indicador é o nível de atividade no comércio atacadista. Nesse caso, que não leva em consideração a venda de veículos e motocicletas, o crescimento no acumulado em 12 meses até março foi de 4,73%. O dado sucedesse outras duas altas observadas neste ano, como a expansão de 5,29% em janeiro e 5,66% em fevereiro.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o desempenho das vendas tem esboçado uma reação nos últimos meses, mas apesar da trajetória de recuperação, ainda não retornou para o nível de antes da crise. “A atividade varejista foi impulsionada pela melhora da confiança dos consumidores e dos empresários após o desfecho das eleições, mas ainda enfrentará novos desafios, como a persistência do desemprego em patamar elevado e da massa salarial que somente agora voltou ao patamar pré-crise. A inflação sob controle é um fator positivo para a expansão das vendas, mas a inadimplência limita o acesso das famílias ao crédito, prejudicando as vendas a prazo”, analisa o presidente.

Metodologia

O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir das consultas de CPFs feitas nas bases de dados que o SPC Brasil tem acesso. As consultas de CPF indicam a intenção de compra a prazo por parte do consumidor e podem resultar, ou não, na efetivação da venda. Para a construção do Indicador, considera-se apenas as consultas feitas pelo setor de Comércio. Os dados podem ser abertos por Comércio varejista e atacadista a de bens não duráveis e semiduráveis. Acesse a íntegra do indicador em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

SES e UPE realizam ação sobre Doença de Chagas

No Brasil, devido à transmissão vetorial ocorrida no passado, predomina os casos crônicos da doença de Chagas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) atua, em parceria com o Ambulatório de Referência para Doença de Chagas/PROCAPE-UPE, na promoção de ações de prevenção, vigilância e diagnóstico da doença, transmitida pelo triatomíneo positivo para Trypanosoma cruzi. Nesta terça-feira (16.04), junto com o Ambulatório de Referência da doença e a Associação Pernambucana dos Pacientes com Doença de Chagas (APDCIM), será realizado o VI Encontro da Praça, intitulado de “Chagas um grande coração”, das 8h às 13h, em frente ao Procape, (Espaço Carlos Chagas), no bairro de Santo Amaro. No local, haverá uma mobilização alusiva ao Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas, comemorado em 14 de abril, com a realização de buscas de casos de tracoma e hanseníase, além de testagens para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), com a presença de uma unidade móvel da SES. A Secretaria de Saúde do Recife, também participará disponibilizando imunização contra Hepatite B, Influenza, Difiteria e Tétano, além de aferição de pressão arterial e glicemia.

A notificação compulsória da doença de Chagas só é realizada para os casos agudos. Não há registro de casos confirmados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em Pernambuco nos últimos anos. Sobre os casos crônicos, atualmente 838 pacientes estão cadastrados no Ambulatório de Doença de Chagas do Procape/UPE, referência para este tipo de atendimento. No entanto, mais de 2 mil são acompanhados no serviço. Alunos dos projetos de extensão da UPE, funcionários do Ambulatório de Chagas, técnicos da 1ª Regional de Saúde e voluntários da Associação distribuirão panfletos informativos e realizarão rodas de conversas informativas sobre a doença durante a ação desta terça.

“Pernambuco conta com 22 municípios considerados prioritários para a doença acompanhados pelo Programa de Enfrentamento as Doenças Negligenciadas , o Sanar. Ainda é observada pela equipe de Vigilância em Saúde da SES a presença de triatomíneos em alguns municípios. Entre os anos de 2015 e 2018 foram visitadas 256.924 casas, sendo 22.505 triatomíneos retirados dos domicílios de cidades da Mata Norte, Agreste até no Sertão do Estado, desses 973 triatomíneos estavam positivos para T. cruzi, justificando a permanência das ações de vigilância e controle da doença”, destaca a coordenadora de Doença de Chagas e Tracoma, Gênova Maria de Azevedo. “Em exames realizados, a partir de amostras de sangue encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen), de 2012 a 2018 foram detectadas 2.552 sorologias reagentes para a doença”, conclui.

O Sanar e o Ambulatório de Referência do Procape realizam constantemente ações conjuntas de capacitação e atualização para os profissionais do SUS em Pernambuco. Entre os anos de 2012 e 2018 foram mais de 1 mil profissionais capacitados. Nos últimos anos também, o Governo do Estado tem buscado descentralizar a assistência aos pacientes crônicos da doença nos municípios mais distantes, onde foi estruturada uma rede secundária, para atendimento e diagnóstico nas Unidades de Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) de Limoeiro, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Ouricuri, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada.

A DOENÇA – A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Quando se apresenta na fase aguda pode ser sintomática ou não. Já na fase crônica, pode se manifestar acarretando problemas cardíacos, digestivos ou cardiodigestivos. A transmissão da doença se dá de várias formas. A forma vetorial, quando há o contato com as fezes infectadas por T. cruzi ou após a picada do inseto conhecido popularmente como ‘barbeiro’. Por via oral, é quando há a ingestão de alimentos contaminados com parasitos infectados. A transmissão vertical ocorre da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto. O contágio pode acontecer também na transfusão sanguínea ou no transplante de órgãos de doadores infectados para receptores sadios. A forma acidental também é considerada e acontece através do contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante a manipulação em laboratório.

A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada ao controle da presença do inseto “barbeiro”. Uma das formas é evitar a presença do barbeiro nos domicílios. Caso seja notada a presença do vetor é importante não esmagar, apertar ou bater no inseto. Se tiver que ter contato com o inseto, lembrar de proteger as mãos com luvas ou saco plástico, colocar o barbeiro em recipiente fechado e encaminhar para secretaria de saúde municipal.

APDCIM – A associação, pioneira no mundo, tem estimulado a criação de novas associações, em países endêmicos e não endêmicos para a doença de Chagas participando ativamente da fundação e condução da Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Enfermidade de Chagas/FINDECHAGAS, em 2010.

As associações, filiadas à FINDECHAS, escolheram o dia 14 de abril como “Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas”, por ter sido o dia em que o pesquisador brasileiro, Dr. Carlos Chagas, há 108 anos, comunicou sua descoberta à comunidade científica da época. Ficou, portanto, o dia 14 de abril como data de alertar sobre a grave problemática da doença de Chagas no mundo.

Sudene apresenta Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste

O governador Paulo Câmara se reuniu, na tarde desta segunda-feira (15.04), com o superintendente da Sudene, Mário Gordilho, no Palácio do Campo das Princesas. Pernambuco foi o quarto Estado a receber a visita de explanação sobre os principais pontos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), documento em fase final de elaboração. O encontro serviu também para captar do governador informações sobre as necessidades do Estado, que devem constar no plano.

“A base da nossa conversa é pedir o apoio aos governadores para que a gente consiga montar um plano que efetivamente seja dos Estados para a União”, esclareceu o superintendente. Ele explicou que a Sudene faz a coordenação das ações e o PRDNE tem por base todas as informações que interessam aos Estados nordestinos, para serem acoplados ao Plano Plurianual do Governo Federal.

Depois da captação de informações, a próxima etapa será a reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, prevista para o dia 23 de maio, no Recife, na sede da autarquia. Os nove governadores da Região deverão estar presentes para consolidar todas as informações e dar a forma final ao plano, que será entregue ao presidente da República para ser enviado ao Congresso.

SEGURANÇA HÍDRICA – Segundo Mário Gordilho, o Plano Regional está dividido em seis eixos estratégicos: Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Econômico; Educação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Desenvolvimento Social; e Governança Institucional e Financiamento. Mas o destaque para o Nordeste é a água, mote principal do trabalho. Outro ponto importante previsto pelo plano é priorizar a interiorização do desenvolvimento através do fortalecimento dos sistemas inovativos e produtivos locais.

O secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Alexandre Rebêlo, que participou da reunião, lembrou que o olhar da Sudene é para a Região Nordeste como um todo, já que os desafios são de todos os Estados. “Está na pauta da gestão do governador Paulo Câmara um investimento forte na área de saneamento e abastecimento de água, e essa é uma das maiores prioridades não só nos últimos quatro anos, mas também nos próximos”, afirmou o secretário. De acordo com Rebêlo, do ponto de vista do orçamento público a primeira peça valerá por quatro anos (2020-2023), e depois será detalhada no orçamento da União e dos Estados a cada ano.

Em Pernambuco, serão priorizados os projetos de segurança hídrica. No entanto, a contribuição do Estado sobre outros temas mais relevantes ficará pronta até o final do mês de maio, mas o secretário adiantou quais são essas áreas. “Fundamentalmente, recursos de abastecimento hídrico, além de educação e inovação e tecnologia”, apontou. Aluísio Lessa (Ciência, Tecnologia e Inovação), Antônio Figueira (Assessoria Especial) e Nilton Mota (Casa Civil) também participaram do encontro.

Zé Queiroz volta a criticar governo Bolsonaro

O Deputado Estadual José Queiroz do PDT na segunda-feira (15), em reunião no Plenário voltou a fazer breve avaliação dos 100 dias do atual governo federal. Segundo Queiroz, o Governo de Jair Bolsonaro foi marcado desde o princípio por uma das mais profundas e turbulentas transições do mais recente período democrático no Brasil e o pior índice de aprovação de um presidente recém-eleito, desde Fernando Collor.

Em retrospecto, o Deputado registrou momentos e fatos tristes dessa administração, que, em tão pouco tempo, contabiliza a queda do ministro Gustavo Bebianno da Secretaria Geral da Presidência, do ministro Ricardo Vélez Rodrigues da Educação, além da demissão da presidente Maria Inês Fini e do diretor Murilo Resende de avaliação básica do Inep. Do MEC, foram mais de 20 demissões, afastamentos, entrega de cargos e exonerações que comprometeram a atuação dessa pasta neste inicio de governo. Foram tantas as confusões e consequência no ministério, de acordo com o José Queiroz, que tem comprometido o trabalho da Educação para o Brasil e para os brasileiros.

Ele apontou ainda a carta enviada pelo MEC às escolas com a obrigatoriedade de propaganda explicita ao governo com mensagem com slogan e filmagem de alunos durante a execução do Hino Nacional. Contudo, ainda destacou que não são apenas essas as situações delicadas em que se encontram o povo brasileiro. Sob a justificativa de não ceder o toma-lá-dá-cá, diz Queiroz, que o governo deixou de lado a conversa com o Congresso por ocasião da tramitação da Reforma da Previdência. E, com isso, ocorreram atritos com o Presidente da Câmara. De tal forma que Rodrigo Maia chegou a dizer que Bolsonaro estaria “brincando de presidir o Brasil”.

Destacou ainda o deputado estadual do PDT que Bolsonaro chegou inclusive a anunciar que o Golpe de 1964 deveria ser comemorado nos quarteis, tópico que teve repercussão negativa. Da mesma forma, enfatizou outra medida questionável pelo ministro Sérgio Moro com a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de reduzir os impostos sobre cigarros, estimulando o consumo. “O que dizer de uma medida como está?”, questionou na plenária desta manhã.

Ao encaminhar o projeto de Reforma da Previdência ao Congresso, José Queiroz, diz que o Presidente Bolsonaro gerou a infelicidade da classe pobre e traz alegria aos ricos. Atentando inclusive contra os bons princípios dentro e fora do país, em seu ponto de vista, com declarações absurdas em suas viagens internacionais como, em Israel, onde disse que o nazismo é de esquerda, com repercussão inclusive na Alemanha. A título de relações internacionais, sem analisar as consequências na mídia, o seu anuncio da transferência da embaixada do Brasil para Jerusalém é preocupante.

Para o deputado, sem ideia do que representa a liturgia do cargo que ocupa, o Presidente Bolsonaro levou o seu filho Flávio Bolsonaro para audiência no Salão Oval da Casa Branca, deixando de fora o Ministro das Relações Exteriores. E, de acordo com sua percepção, uma última e infeliz declaração mostra como este é um presidente despreparado ao afirmar que “não nasceu para ser presidente, e sim nasceu para ser militar”. Em suma, não há projeto de Governo para o Brasil para José Queiroz. E, desta forma, as oposições precisam buscar a união das forças progressistas para entrevistar este governo que ameaça a Soberania Nacional.

Paulo Câmara abre a 60ª edição dos Jogos Escolares de Pernambuco

Com o tema “Entre o picadeiro e o pódio, a alegria e a vitória”, a 60ª edição dos Jogos Escolares de Pernambuco (JEPs) será aberta oficialmente pelo governador Paulo Câmara, nesta terça-feira (16.04). O evento, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, reunirá alunos e atletas, dirigentes e membros da comunidade esportiva, que assistirão a encenações teatrais, ao desfile de agremiações e à declaração oficial de abertura desta que é a maior competição escolar do Estado.

A 60ª edição dos JEPs abrange mil escolas participantes, envolvendo 60 mil alunos/atletas das redes pública e privada de ensino. Os jogos serão disputados em competições individuais e coletivas de 17 modalidades diferentes nas categorias de 9 a 12 anos, 12 a 14 anos e 15 a 17 anos, tanto no masculino quanto no feminino. A atleta pernambucana Bárbara, goleira da seleção brasileira feminina de futebol, será a grande homenageada desta edição dos JEPs. Ela deu os primeiros passos da sua carreira na competição escolar, como goleira de handebol e futsal, defendendo a Escola Estadual Ariano Suassuna e o Colégio GEO.

Justiça bloqueia bens de Alckmin e de executivos ligados a Odebrecht

A Justiça de São Paulo bloqueou bens, contas bancárias e veículos em nome do ex-governador Geraldo Alckmin, e de quatro executivos ligados a empreiteira Odebrecht. Na decisão, do juiz da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, Alberto Alonso Munoz, é requerido o bloqueio até o limite de R$ 39,7 milhões.

“[Determino] o bloqueio de todos os veículos licenciados em nome dos demandados, por intermédio do Sistema Renajud; o bloqueio de todas as contas-correntes e aplicações financeiras dos demandados, por intermédio do sistema Bacenjud, até o total de R$ 39.749.874,00”, diz trecho da decisão.

Na ação do Ministério Público de São Paulo que pediu o bloqueio dos bens, Alckmin é acusado do recebimento de R$ 7,8 milhões da Construtora Odebrecht em doações não declaradas à Justiça Eleitoral para a campanha ao governo estadual em 2014. O valor não está corrigido.

A própria Odebrecht também é acusada na ação de praticar atos de corrupção. De acordo com a ação, foram feitos nove pagamentos em dinheiro vivo de abril a outubro de 2014. Os recursos eram repassados em um hotel a um emissário do responsável pelas finanças da campanha de Alckmin.

Geraldo Alckmin participa de reunião da Executiva Nacional do PSDB, para avaliação do resultado das eleições e definição da posição partidária frente ao segundo turno na eleição presidencial e nos estados.
Geraldo Alckmin – Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

A ação, segundo o MP, foi baseada nas provas colhidas pela Operação Lava Jato na Justiça Federal. “Da análise dessa prova compartilhada pelo juízo da 9ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo também se percebe, com absoluta facilidade, que este esquema ilícito perdurou por quase uma década, tendo como destinatários das vantagens indevidas agentes públicos e candidatos a cargos nas administrações municipais, estaduais e federal”, disse o promotor e autor da ação, Ricardo Manuel Castro, em setembro do ano passado, quando a ação foi proposta.

A Odebrecht foi procurada, mas ainda não respondeu. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria do ex-governador. Quando a ação foi proposta pelo Ministério Público, em setembro de 2018, a defesa de Alckmin contestou o embasamento da ação. “Não há fato novo, apenas uma conclusão equivocada e um comportamento inusual. O promotor, inexplicavelmente, sugere algo que não existe e que jamais alguém tenha sequer cogitado”.