Convocação de candidatos que ficaram na lista de espera do Sisu começa nesta segunda-feira(26)

A partir desta segunda-feira (26), os candidatos que ficaram na lista de espera da segunda edição de 2017 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vão começar a ser convocados. O chamamento dos estudantes para a matrícula será feito pelas instituições de ensino, mas os candidatos devem acompanhar as convocações da lista de espera na instituição pela qual tenha manifestado interesse.

A lista de espera do Sisu foi aberta aos candidatos que não foram selecionados na chamada regular ou que foram aprovados somente para a segunda opção de curso, tendo ou não feito a matrícula. A lista é restrita à primeira opção de vaga do candidato.

O Sisu é o sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação que oferece vagas no ensino superior público com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesse processo seletivo, foram ofertadas 51.913 vagas em 1.462 cursos de 63 instituições de ensino, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e instituições estaduais.

Trabalhadores têm até a próxima sexta-feira para sacar abono do PIS/Pasep 2015

Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil

Mais de R$ 1,083 bilhão estão disponíveis – até a próxima sexta-feira (30) – na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil para trabalhadores e servidores públicos que tenham cumprido pelo menos 30 dias de trabalho em 2015. Cada um pode ter até R$ 937 a receber, o valor de um salário mínimo. No entanto, 1,83 milhão de pessoas ainda não foram reclamar os  recursos.

Trata-se do abono dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) relativo ao ano-base 2015. Caso o valor não seja sacado por quem de direito até o prazo final, será destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Têm direito ao abono, distribuído anualmente, os trabalhadores inscritos nos programas há pelo menos cinco anos, e que tenham trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias no ano de referência, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. É necessário ainda que os trabalhadores tenham tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

A Caixa é responsável pelo pagamento do abono PIS a trabalhadores com carteira assinada, enquanto o Banco do Brasil disponibiliza o Pasep a servidores públicos.

Balanço 

Segundo a Caixa, até quinta-feira (22), cerca de 1,5 milhão de trabalhadores ainda não tinham sacado R$ 770,1 milhões em benefícios. Também até o fim do dia de quinta-feira, segundo o Banco do Brasil, 330 mil pessoas ainda não haviam sacado R$ 313,7 milhões.

Para sacar o PIS, o trabalhador que tiver Cartão Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir aos terminais de autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica. Caso não tenha o cartão, pode receber o valor em uma agência da Caixa apresentando documento de identificação. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 726 0227.

Os servidores públicos com direito ao Pasep devem verificar se houve depósito em conta. Caso isso não ocorra, devem procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Mais informações podem ser obtidas pelo número 0800 729 0001.

Pacientes com doença renal crônica triplicam em 16 anos no Brasil

O número de pacientes com doença renal crônica que precisaram de diálise cresceu de 42 mil, em 2000, para 122 mil no ano passado, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia. No ano passado, 5,7 mil pessoas fizeram transplante de rim no país, quantidade que vem aumentando, em média, 10% de um ano para o outro.

Segundo o estudo, a prevalência no Brasil é de 595 pessoas por milhão, inferior ao Japão, por exemplo, onde a população é mais envelhecida e registra prevalência de 2.535 pessoas por milhão. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi responsável por 83% das diálises feitas em 2016.

A presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno, disse que muitos dos pacientes de convênios de saúde desconhecem a cobertura de seu plano, ou sentem dificuldade para encontrar o serviço de diálise em sua cidade, e acabam procurando o SUS. “A maioria dos pacientes faz uso do sistema público, e isso impacta a rede.”

O total de clínicas voltadas ao atendimento dos pacientes com lesão renal aguda, em todo o país, também cresceu de 510, em 2000, para 747 em 2016. Porém, a distribuição de unidades ativas é desigual por regiões do Brasil, já que 49% delas estão no Sudeste. O Sul concentra 22% das unidades, o Nordeste tem 18%, o Centro-Oeste tem 7% e o Norte tem 4%.

“Toda a infraestrutura de saúde no país está mais concentrada no Sudeste. Por isso, o tratamento domiciliar é interessante que seja estimulado nessas localidades”, disse a médica.

Prevenção

Carmen disse acreditar que a prevenção é o melhor caminho para a doença renal crônica. Além do histórico familiar, os pacientes devem observar os hábitos alimentares, o sedentarismo, o envelhecimento, a obesidade, a diabetes e a hipertensão, que são os principais fatores de risco.

De acordo com a médica, a hipertensão arterial, que atinge 30% da população, é a primeira causa de doença renal crônica. A diabetes mellitus é segunda causa da patologia, afetando 50% dos pacientes que entram em diálise. Além disso, o envelhecimento contribui para a redução da filtração dos rins, que diminui, em média, um mililitro por minuto ao ano depois que a pessoa completa 40 anos.

Os sintomas mais importantes são anemia, pressão alta, inchaço, cansaço, inapetência e emagrecimento, sinais que podem passar desapercebidos. Carmen explicou que a diálise e o transplante renal, necessários quando a doença avança ao ponto em que o rim perde função, têm alto custo. Apenas a medicação custa em torno de 600 reais por doente.

“Isso representa um impacto no sistema, sem contar a elevada mortalidade. A prevenção pode retardar as fases finais da doença ou fazer com que o paciente não necessite [desses tratamentos.”

Anvisa pode liberar vacinação em farmácias; entidades criticam proposta

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está elaborando regulamentação que trata sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação no país. A norma já passou por consulta pública e, se aprovada, permitirá que farmácias apliquem vacinas. Entretanto, entidades médicas temem que a resolução possa precarizar o serviço de vacinação e colocar em risco a população.

Segundo a Anvisa, a permissão para farmácias disporem de vacinas está prevista na Lei nº 13.021/2014, que trata sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, e, com ela, a regulamentação vigente sobre o controle sanitário para estabelecimentos privados de vacinação, se tornou insuficiente para farmácias e drogarias.

“A fim de diminuir o risco da população brasileira frente ao possível uso e administração inadequados de um medicamento tão peculiar quanto a vacina, principalmente em estabelecimentos que não têm um histórico antigo na prática da vacinação, a Anvisa propõe norma sanitária com requisitos mínimos para a prestação dos serviços de vacinação”, diz a Anvisa, na justificativa da proposta.

Atualmente, além da rede pública, somente clínicas de vacinação podem oferecer o serviço, regulamentadas pela Portaria Conjunta Anvisa/Funasa nº 01/2000.

Entre outras exigências, pela norma atual, a clínica deve ter um médico como responsável técnico pelo estabelecimento. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, essa exigência é muito importante e está sendo retirada da nova proposta. “Ela tira a obrigatoriedade de maca, consultório e médico para atender evento adverso, desde o desmaio até anafilaxia. Isso não é serviço de vacinação, é aplicação de injeção”, disse ela, explicando que o médico especialista em vacinação é importante desde a triagem até o diagnóstico de reação à vacina.

A proposta de regulamentação em análise na Anvisa diz que o estabelecimento deve ter um profissional habilitado e capacitado para o serviço de vacinação. Também prevê que, em caso de intercorrências, ele deve garantir o encaminhamento do paciente ao serviço médico. E as vacinas que não fazem parte do calendário oficial do Programa Nacional de Imunizações deverão ser feitas mediantes prescrição médica.

Riscos à população

Para Isabella, esses requisitos não são suficientes e, acabar com as regras atuais pode ser prejudicial para a cobertura vacinal, pois um serviço precário de vacinação pode levar medo às pessoas. “A SBIm não discute onde a vacina é aplicada, na clínica médica ou farmácia, o que defendemos é a qualidade e manutenção das normas para que a vacinação não seja banalizada e a população não corra risco de erros. As normas deveriam ser mais exigentes e não menos”, disse a médica.

“Estamos falando de movimentos de antivacinismos, mitos, medos, famílias que circulam informações erradas em redes sociais. Um erro pontual pode fazer a população perder a confiança na imunização. Que sejam bem-vindas as farmácias, desde que o rigor nas exigências seja mantido”.

O presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), Geraldo Barbosa, concorda que os requisitos mínimos propostos podem prejudicar os serviços. “Não somos contra vacina estar em farmácias. Mas temos um nível de exigências que se provou muito eficaz para conseguir os resultados de imunização. Então, se vai entrar farmácia nesse mercado, porque flexibilizar a lei?”, disse, informando que os laboratórios de análise clínica passaram a oferecer vacinas porque se enquadraram na legislação atual.

Polo Azulão lota para Chico César e Siba, ao som de ‘Fora Temer’

A última noite agradou a todas as tribos. Para começar o cantor Gabriel Sá apresentou uma mistura musical que não deixou ninguém parado. Em seguida, Jonathan Richard, ex integrante da Banda The Blues, fez um som alternativo que envolveu blues e jazz. O que chamou a atenção do público foi que Jonathan desceu do palco e se juntou ao povão. E não poderia faltar o velho forró e as músicas de raiz. Erisson Porto fez a galera balançar o esqueleto mostrando o seu novo trabalho “A poesia popular na décima do cantador”. “Literatura de Cordel e músicas de artistas que beberam na fonte da cultura estiveram presentes no meu show”, contou Porto.

A grande atração da noite, o cantor e compositor de renome nacional e internacional Chico César subiu ao palco ao lado de Siba que fazia parte da banda pernambucana Mestre Ambrósio, e levou o público ao delírio, ao cantar canções consagradas e outras ainda nao tão conhecidas. “Sou sertanejo e está numa festa onde a cultura nordestina é vivenciada para mim é uma honra”, garantiu Chico César. Siba encerrou o show se despedindo da plateia com versos e rimas, e, na última frase, o cantor disse: “até o ano que vem”, arranando aplausos da galera.

“Não digo que Caruaru me devia esse convite, mas afirmo que para mim é um sonho realizado. Estou muito feliz!”, assegurou Siba. Quem encerrou o evento foi a Orquestra Contemporânea de Olinda que trouxe um repertório carregado de frevo, maracatu e caboclinho.

Durante a apresentação, o público que lotou o Polo Azulão com mais de 10 mil pessoas entoou o coro ‘Fora Temer’, depois que uma bandeira do MST foi jogada ao palco, No Final, Chico César e Siba, fizeram apresentação com a bandeira de Pernambuco, enquanto Siba se enrolou na bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

Polo Som da Rural – O Polo Som na Rural fez muito sucesso entre os jovens que optaram por um São João diferenciado, onde ritmos musicais fugiam do tradicional. Funk, sertanejo universitário, pop, rock e muita música eletrônica fizeram a cabeça da galera e a balada na Má Fama vai deixar saudades. A agitação da noite deste domingo, 25, ficou por conta do Dj Saulo Gusmão que carregou o repertório de sertanejo, forró estilizado, axé e ainda fez um resgate as músicas dos anos 80. “Último dia, temos que nos despedir em grande estilo”, disse o DJ. Pra finalizar, a Banda Thera Blue fez uma participação super especial no espaço. O Polo Som na Rural fez sucesso durante todo o final de semana. Milhares de jovens passaram pelo ambiente para curtir música e poesia.

 

Pátio teve mix de sucessos sertanejos e forró estilizado

A pluralidade de ritmos foi à marca deste domingo (25) no São João de Caruaru. No Pátio do Forró, quatro atrações de gêneros diferentes embalaram a multidão que lotou o espaço. Acostumado a cantar na festa, Josildo Sá afirma que há sempre um frio na barriga antes de entrar no palco.]

“Eu saio do show eletrizado. Caruaru é sempre incrível de cantar. Eu venho sempre, mas não posso dizer que entro calmo. Fico arrepiado. O público que lota esse espaço faz com que o artista se sinta em casa”, argumentou.

Estreando no São João de Caruaru, o cantor Galã foi a segunda atração da noite. “Não tem como dizer que o que a gente sente. É uma sensação única entrar no palco e se deparar com uma multidão esperando. Fiz o meu melhor para trazer animação”, disse entrevista coletiva. O cantor trouxe em seu repertório uma mistura de forró e bregas. Lucas Costa subiu ao palco logo após. O caruaruense gravou um DVD promocional durante o show. “Preparei com muito carinho essa apresentação. É uma emoção massa que o cantor sente eternizando um grande passo na carreira”, disse.

Sucessos da música sertaneja dominaram o palco na última atração. A dupla Bruno e Marrone estreou no São João de Caruaru. “Trouxemos aquelas músicas que as pessoas não esquecem. Estamos felizes em participar de uma festa desse tamanho. É uma felicidade ter sido convidado. A gente dá o nosso melhor para os fãs, que está aí desde cedo. Um show animado para ninguém ficar cansado”, falou Bruno, durante entrevista coletiva.

Alto do Moura – Neste domingo (25), último fim de semana junho, os turistas começaram, mais uma vez, a arrastar o pé logo cedo. Os shows começaram no Alto do Moura no Polo Mestre Vitalino, com as seguintes atrações: Banda de Pífanos de Caruaru, Banda Alternativa, Leo Domingos, Cara de Doido, Renovação Nordestina e Cheiro de Sanfona. Destaque para Cheiro de Sanfona, que no mês de março realizou shows pela Europa e contou com a participação de Isabela Serpes, jovem sanfoneira que com apenas 17 anos, trouxe a companhia de sua mãe, para se apresentar em Caruaru.

“Semana passada cantamos em Bezerros, hoje tive esse presente te cantar aqui em Caruaru, tô muito feliz com essa oportunidade, comentou a jovem nascida em Fortaleza. À noite, foi reservada a última apresentação no Polo Mestre Galdino, com Caçulas do Forró, Boi Mimado, Maracatu Alto do Moura e Orí Cia. A ideia foi aprovada pelos moradores, que já estão com saudades do São João que está chegando ao fim.

Últimos dias para quem passear de balão no São João de Caruaru

O Balão da Skol está sendo um sucesso à parte na São João de Caruaru, é uma das atrações mais requisitadas. Para quem ainda não foi, e deseja ter esta experiência única e sair do quadrado neste São João, o Balão da SKOL, a sensação deste São João, estará no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga neste domingo (25), e dias 29 e 30 de junho. O passeio promete trazer ao público da festa memórias ainda mais inesquecíveis do maior São João do Mundo, o de Caruaru.

O balão gigante levará o público a uma altura de 40 metros, com direito a um brinde com SKOL, música e muita diversão. A lotação máxima é de 14 pessoas, a entrada é gratuita e exclusiva para maiores de 18 anos.

Campeão Pernambucano receberá a Taça Bicentenário da Revolução de 1817

Nesta segunda-feira (26), o governador Paulo Câmara receberá o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. No encontro, o chefe do Executivo estadual anunciará que, ao vencedor da final do Campeonato Pernambucano de Futebol de 2017, que acontecerá no próximo dia 28 de junho, entre o Salgueiro e o Sport, será entregue a Taça do Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, como um dos atos comemorativos à data.

A ação foi organizada pelo Governo do Estado e pela Comissão Organizadora do Bicentenário da Revolução de 1817 e está dentro da programação da comemoração do marco. Entre as atividades que estão sendo realizadas ao longo deste ano, estão exposições culturais, construção de um monumento em referência ao marco e a publicações de livros.

A Revolução de 1817 foi o único movimento separatista que chegou a ter um governo republicano – instalado durante 74 dias -, sob o ideário de “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Exaltação da tradição e fé sertanejas marcam Missa do Vaqueiro de Petrolina

Após nove dias de vasta programação no Pátio Ana das Carrancas, o São João de Petrolina teve, na manhã deste domingo (25), a 76ª Missa do Vaqueiro. Realizada às margens do Rio São Francisco, a cerimônia reuniu mais de 10 mil pessoas, dentre elas, centenas de homens e mulheres do campo montados a cavalo, para acompanhar um espetáculo de fé e exaltação da cultura sertaneja.

Trajados com gibão e chapéu de couro, os vaqueiros, antes da cerimônia religiosa, saíram do Estádio Paulo Coelho em cavalgada pelas ruas de Petrolina. A vaqueirama, que havia dormido a noite anterior no campo de futebol, percorreu cerca de 5 km até a chegada no palco montado pela Prefeitura de Petrolina próximo à orla do São Francisco.

Na chegada à beira do rio, o grupo foi recepcionado pelo padre-vaqueiro José Guimarães e pelo coral Aboio de Serrita para a celebração religiosa. Durante quase duas horas, os vaqueiros entoaram orações e canções tradicionais de Luiz Gonzaga e outros ícones da cultura nordestina, pedindo por chuva e proteção para familiares, amigos, para a roça e os animais da caatinga.

O ponto alto da celebração foi a bênção dos equipamentos carregados pelos vaqueiros no dia a dia (alforje, espora, gibão, chapéu entre outros). Os sertanejos montados a cavalo desfilaram à beira do palco para receberem a água abençoada pelo padre Guimarães em um ato que emocionou o público na orla do São Francisco. “Este é um ato de preservação da fé e da cultura dos sertanejos. Os vaqueiros aguardam um ano inteiro para receber essa bênção divina e poder voltar à labuta desgastante na caatinga”, explicou o padre Guimarães, que se orgulha de ser criado em meio à cultura dos vaqueiros do interior de Petrolina.

Depois da cerimônia religiosa, a vaqueirama permaneceu na orla para assistir ao show da dupla Sirano e Sirino e para entrega de homenagens. “É preciso manter preservada essa tradição de quase cem anos e que envolve tanta gente simples do interior. A Missa do Vaqueiro é um marco importante de nossa cultura”, definiu o prefeito Miguel Coelho, que participou da cavalgada e da cerimônia religiosa.

ARTIGO — Um tiro no e-commerce

Por Maurício Assuero

Ontem foi anunciado que os Correios acabarão com o serviço de entregas realizado pelo e-Sedex. Este serviço beneficiava as pequenas e médias lojas cuja especialidade era o comércio eletrônico. A ideia é que as empresas que possuem contratos assinados sejam atendidas até o dia 31 de dezembro deste ano e novas adesões não serão mais aceitas, bem como as renovações. Isso significa, na prática, que os preços no e-commerce ficarão cerca de 30% mais caros, ou seja, mais um transtorno para um setor que, segundo a Associação de Comércio Eletrônico, faturou R$ 1,71 bilhão por ocasião do Dia dos Namorados, neste mês.

Os Correios indicam que tais encomendas devem ser encaminhadas via Sedex normal. Um Sedex Recife – Brasília com uma folha de oficio – apenas uma folha – custa R$ 56,30. Imagine colocar um celular, um notebook, um ou mais livros adquiridos via internet. Minha dúvida é se o presidente tem conhecimento disso. As razões para este tipo de questão estão relacionadas a situação caótica que os Correios atravessam no momento.

Primeiro, a própria internet foi responsável pela queda no seu faturamento visto que as pessoas hoje mandam e-mails e não mais cartas. As principais correspondências são aquelas de cunho judicial porque a lei exige a entrega medida AR – Aviso de Recebimento (a famosa carta registrada). Segundo os Correios disponibilizam para seus funcionários um plano de saúde de autogestão que é responsável pela sangria nas suas contas. A taxa de sinistralidade dos planos de autogestão, segundo a ANS, no segundo trimestre de 2016 atingiu o patamar de 91,7%. O setor teve uma receita de R$ 17,1 bilhões e despesas de R$ 20,8 bilhões. Esse rombo é coberto pela empresa. No caso específico dos funcionários a questão também não está agradável. Houve programas de demissão voluntária e o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, segundo uma auditoria recente tem um rombo de R$ 1,1 bilhão.

Ninguém imagina no impacto que a medida dos Correios terá na economia. Isso deve ser creditado ao desgoverno que este país vivenciou com os abusos praticados e com recursos desviados de diversas empresas públicas. A EMPRAPA, por exemplo, era um exemplo na área de pesquisa e perdeu uma causa no valor de R$ 13 milhões porque alguém não deu a devida importância a uma demanda judicial e colocou a intimação numa gaveta. Enquanto isso o debate principal é se o áudio de Temer deve ser descartado como as provas contra a chapa. Hoje, a comissão do Senado não aprovou a reforma trabalhista eo presidente está na Rússia. No mais que o São de Caruaru se supere, apesar da crise e do cenário.