Classe produtora reivindica urgência ao Banco do Brasil na liquidação das dívidas dos agricultores do Nordeste

A Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) solicitou, junto a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ao Gerente Executivo da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, Álvaro Tosetto, urgência do BB no processo de liquidação das dívidas dos produtores rurais da região Nordeste, conforme prevê a Lei 13.340 e o Decreto 8.929, ambos de 2016.

Presidentes das federações de Agricultura e Pecuária do Nordeste entregaram, na quarta (25), ao dirigente do BB, ofício do presidente da CNA, João Martins, pedindo solução rápida para a questão.O banco foi autorizado a liquidar os débitos dos produtores rurais da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), afetados pela seca, em operações contratadas até 31 de dezembro de 2011.

Adequar o programa de informática do BB à legislação em vigor, incluindo a relação integral dos produtores e a totalidade de seus débitos, é o que falta para o banco iniciar o processo de renegociação dos contratos. Segundo a Faepe, no caso do Banco do Nordeste, existem questionamentos quanto a execução das operações de renegociação e liquidação das dívidas dos agricultores nordestinos afetados pela estiagem dos últimos cinco anos.

Álvaro Tosetto prometeu às entidades rapidez na solução dos entraves burocráticos, mas não se comprometeu com uma data limite para o início das liquidações das dívidas.Os produtores rurais nordestinos poderão obter descontos em seus débitos de 10% a 95%, dependendo do tipo de contrato.

24ª Corrida de São Sebastião é sucesso absoluto

A manhã ensolarada deste sábado (28) foi marcada pela realização da tradicional Corrida de São Sebastião de Riacho das Almas. Diversos corredores da região e de outros estados estiveram hoje de manhã no município realizando o percurso de 10 KM entre a entrada do distrito do Vitorino e o Centro de Riacho das Almas.

Até mesmo corredores de outros estados estiveram presentes na atividade. Foi o caso das atletas Naviny Souza, corredora veterana nas modalidades 400m e 800m rasos, a maratonista Erivânia Silva e a praticante de atletismo na modalidade corrida de obstáculos Railane Batista. O trio veio da Bahia, e chegou a Pernambuco há 15 dias. “A gente nunca tinha participado dessa corrida de Riacho das Almas, e ficamos sabendo pela internet. Como estamos acostumadas a correr com mais sol e aqui a temperatura é mais amena, acredito que vai ser uma corrida tranquila”, afirmou Erivânia antes da corrida.

Ao todo, mais de 200 corredores participaram nas modalidades, e mais de 60 profissionais da Prefeitura de Riacho das Almas trabalharam na realização do evento. Foram distribuídos aproximadamente R$ 6000 em premiação para os vencedores das modalidades. “Enquanto outras cidades estão cancelando eventos como esse por causa da crise e das dificuldades, nós temos um planejamento financeiro rigorosamente organizado para este fim e todos os anos realizamos um evento de alto nível para o Estado de Pernambuco”, ressaltou o Prefeito Mário Mota.

O vencedor da modalidade “Geral Masculino”, que é a principal da competição foi o corredor Ênio Cleiton de Lima, da cidade de São Caetano. Ele recebeu um prêmio de R$ 400 e outros brindes como uma medalha de participação.

 

Levantamento sobre infestação do mosquito passa a ser obrigatório

ferramenta criada para identificar os locais com focos do mosquito nos municípios, passa a ser obrigatório para todas as cidades com mais de 2 mil imóveis. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.

A portaria com a medida foi publicada, nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios. A obrigatoriedade da realização do levantamento é uma proposta do ministro Ricardo Barros e foi acordada com estados e municípios durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada nesta semana.

Os municípios que não realizarem o levantamento não receberão a segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Em 2017, o Piso Variável de Vigilância em Saúde é R$ 152 milhões e será liberado aos gestores locais em duas etapas.

Vale esclarecer que o repasse do Piso Fixo de Vigilância em Saúde não depende da realização do levantamento. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, Zika e chikungunya, e repassado mensalmente a estados e municípios. O Piso Fixo de Vigilância em Saúde cresceu 83% nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,70 bilhão em 2016. Para 2017, a previsão é de o orçamento do piso fixo chegue a R$ 1,96 bilhão.

Para municípios com menos de dois mil imóveis,  o repasse do recurso extra dependerá da realização do Levantamento de Índice Amostral (LIA). As cidades sem infestação do mosquito devem realizar monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa. Excepcionalmente, serão consideradas as metodologias alternativas de levantamento de índices executados pelos municípios, desde que essas informações sejam repassadas ao Governo Federal. As metodologias alternativas são medidas utilizadas pelas vigilâncias locais para monitorar o nível de infestação do mosquito.

No último LIRAa, realizado no segundo semestre de ano passado, 2.284 municípios participaram do levantamento, o que representa 62% das cidades com mais de 2 mil imóveis. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes. Realizado em outubro e novembro deste ano, o levantamento é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os tipos de depósito onde as larvas foram encontradas e, consequentemente, priorizar as medidas mais adequadas para o controle do Aedes no município.

Festa de São Sebastião aconteceu no povoado de Itaúna em Caruaru

Os festejos de São Sebastião continuam na Zona Rural de Caruaru. Na última sexta-feira (27) a igreja dedicada ao santo católico no povoado de Itaúna, Segundo Distrito Rural, recebeu o Bispo Diocesano Dom Bernardino Marchió para celebração religiosa. O Padre Luís Carlos celebrou a missa junto com Dom Dino, onde estiveram presentes moradores, comunidade católica e representantes do Poder Público Municipal.

A missa foi especial também para integrantes do Grupo Jovem da Comunidade de São Sebastião de Itaúna, que receberam do Bispo Diocesano o Sacramento da Crisma, durante a cerimônia. Após a missa, a programação profana aconteceu no palco montado na comunidade, com apresentação musical de Rubinho Show.

“Mais uma vez estamos completando esse ciclo de festas religiosas dedicadas ao São Sebastião, não só contemplando a festa, mas acima de tudo, discutindo com a população a importância desses eventos, tanto sob o ponto de vista religioso, quanto para o resgate cultural. É um compromisso da prefeita Raquel Lyra e da nossa secretaria, o de acompanhar a Zona Rural bem de perto e procurar atender os quatro distritos da melhor forma possível”, pontuou o secretário de Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural de Caruaru, Diogo Cantarelli.

Neste sábado a festa continuou  em Itaúna. A programação religiosa começou às 15h com a procissão da imagem de São Sebastião saindo da Igreja do padroeiro e percorrendo as ruas da vila. Na chegada houve missa campal celebrada por Dom Dino. As apresentações musicais no palco da festa ficaram por conta do Sanfoneiro Zui e Forró Demais, além da Banda Túnel do Tempo.

 

XVII Águas de Oxalá acontece neste domingo em Caruaru

A tradicional cerimônia Águas de Oxalá, em Caruaru, acontece domingo (29) no Monte Bom Jesus. Esta é a 17ª edição do evento que tem cunho religioso e cultural de matriz africana (candomblé) e sincretismo religioso com a Igreja Católica.

Quem realiza é o Terreiro T’Azery Ladè com apoio do Coletivo Afro Brasileiro Bará Asá, Pastoral da Cultura da Diocese de Caruaru, Coletivo de Terreiros de Caruaru e da Prefeitura de Caruaru, através das Secretarias de Políticas para as Mulheres, de Desenvolvimento Social, Inclusão e Direitos Humanos, de Educação e Fundação de Cultura e Turismo.

O rito consiste na cerimônia candomblecista do Terreiro T’Azery Ladè sob os cuidados da yalorixá Maria de Lourdes, a “Mãe Lourdes” e culmina com a lavagem das escadarias da Igreja de Santa Luzia, que fica no Monte. O evento é aberto ao público e terá início a partir das 15h no Terreiro da yalorixá, e conta também com apresentações de grupos culturais da cidade, como o Boi Tira Teima, o Grupo de Dança Caruafro e o Afoxé Xapanãladê a partir das 16h, no Monte Bom Jesus.

A parte religiosa se inicia com o Xirê (tipo de celebração onde se canta para os orixás) e acontece no terreiro de Mãe Lourdes, localizado na Segunda Travessa Cristóvão Colombo, no Monte Bom Jesus. O cortejo sai do mesmo local e é o momento em que os membros do candomblé seguem em procissão pela estrada de rodagem, em direção ao topo do Monte, levando o andor da imagem de Nosso Senhor do Bonfim, que no sincretismo religioso representa o orixá Oxalá.

Além do andor, os fiéis carregam jarras com flores brancas e água de cheiro, para serem usadas na lavagem da escadaria da Igreja, onde acontecem também as apresentações culturais. “É um dos mais belos e longos rituais do candomblé, em que o branco predomina por ser a cor da pureza ética, simbolizando Oxalá. É o momento que simboliza muita fé e união”, pontuou Mãe Lourdes.

Serviço:

Evento: XVII Águas de Oxalá – Caruaru/PE

Data: 29 de janeiro / 2017

Horário: 15h

Concentração: Terreiro T’Azery Ladè – Segunda Travessa Cristóvão Colombo, Monte Bom Jesus, Nossa Senhora das Dores,

Pernambuco liberou mais de R$ 16.5 milhões na construção de cisternas em apenas dois meses

A secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) liberou, nos últimos 60 dias, 16.587 milhões para a construção de cisternas de consumo humano (1ª água) e de caráter produtivo (2ª água). A SARA repassou os recursos a 11 entidades ligadas a terra, responsáveis pela implantação dos equipamentos. Na atual gestão, foram investidos cerca de R$ 116 milhões na construção de 24.826 cisternas, beneficiando mais de 120 mil pessoas.

Em 2016, foram empregados R$ 35.3 milhões na ação, uma parceria entre o governador Paulo Câmara, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Osmar Terra, e as entidades. Em virtude das liberações, haverá na próxima semana nova reunião de acompanhamento da execução, com todos os envolvidos.

Nos últimos dois meses foram liberados: R$ 4.110.764,47 para a Diocese de Pesqueira (Itamar de Carvalho); R$ 2.276.415,10 para a Copagel (Carlos José da Luz); R$ 1.545.242,60 para o Cecor (Manuel Anjos); R$ 1.340.913,00 para a Chapada (Alexandre Pereira); R$ 1.044.882,01 para a Diocese de Caruaru (Padre Alexandre); R$ 1.885.689,46 para a Cáritas (Ângelo Zandré); R$ 714.919,27 para a Serta (Germano Barros Ferreira); R$ 610.720,51 para a Cedapp (Maria Elizabete Pires Martins); R$ 368.576,80 para o Centro Sabiá (Alexandre Pires) e R$ 214.186,34 para a Diaconia (Waneska Bonfim).

A Fetape, coordenada por Doriel Saturnino Barros, está entre as instituições que mais receberam recursos. Em 60 dias, foram liberados R$ 2.474.720,55 e, ao longo de 2016, R$ 7.8 milhões, para a execução de 4.360 equipamentos. Em 2017, em virtude da relação contratual de implantação das cisternas, haverá um acompanhamento mais próximo das obras e do fluxo financeiro, por parte do MDSA.

“Essa agilidade vai permitir a celebração de novos convênios, inclusive com a possibilidade de ampliação dos valores. Vamos estreitar cada vez mais a relação com essas entidades e fazer um acompanhamento de perto, o que vai proporcionar ainda mais celeridade aos processos”, pontuou o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota.

ARQUIVO — Caderneta de poupança x LCI

Por Maurício Assuero

A aplicação financeira mais tradicional, sem dúvida, é a caderneta de poupança. Sua origem data de um decreto de 1808 da ordem de D. João VI. A poupança é uma aplicação puramente destinada – como diz o decreto – a pequenas economias e a razão disso é sua taxa de rentabilidade: 6% ao ano acrescido da taxa de inflação. A vantagem dessa aplicação é a isenção do imposto de renda.

Como ao longo do tempo o Brasil conviveu com uma taxa de inflação galopante, o indexador da poupança mudou de acordo com as novidades dos planos de estabilização econômica até que chegou num monstrengo chamado TR – Taxa de Referência que, ironicamente, não é índice de preços posto que se trata da taxa média de captação praticada pelos vinte maiores bancos do país. Cabe ressaltar que antes de 2012, com a queda da taxa SELIC até o nível de 7,5% ao ano (o menor da já visto), a caderneta de poupança passou a ser uma aplicação mais competitiva que os títulos do governo, por exemplo. Uma das razões é, como foi dito acima, a isenção do imposto de renda. Numa aplicação em renda fixa, por exemplo, o cliente paga imposto de renda e IOF. Na poupança, não. Com a perda de receita o governo alterou a lei e a poupança ficou esse retrato lamentável e degradante. Daí, a cada mês cresce o volume de recursos que são sacados da poupança e isso afeta diretamente as operações de crédito imobiliário que usam recursos da poupança como lastro para seus financiamentos.

Visando atenuar as perdas com os recursos da poupança, surgiu a LCI – Letra de Crédito Imobiliária que nada mais é do que um título de renda fixa, mas que tem uma finalidade especifica de aplicações dos recursos: o crédito imobiliário. Uma LCI pode ser mais interessante do que a poupança, dependendo em que instituição se faz a aplicação. Trata-se de um título que tem um período de carência de 60 dias (já foi 90!), isto é, não se pode sacar antes de 60 dias e o valor a ser aplicado depende, também, da instituição. Algumas exigem no mínimo R$ 50 mil, outras é possível aplicar R$ 1 mil. O cuidado deve ser a taxa de aplicação. O Banco do Brasil, por exemplo, remunera uma LCI em 70% da taxa do CDI – Certificado de Depósito Interbancário e aí, a LCi pode ser pior do que a poupança. Registre-se também que não há incidência de imposto de renda.

Trata-se de uma operação interessante desde que realizada a uma taxa que supere a poupança. O fato é que, enquanto a taxa de juros está alta, os títulos de renda fixa tornam-se mais atraente. Se a SELIC cair para menos de 10% ao ano, os olhos irão se voltar novamente para a caderneta de poupança. É a ciranda financeira.

O que fazer com o dinheiro do saque do FGTS inativo

A notícia de que os trabalhadores poderão sacar todo o saldo de suas contas inativas do FGTS está animando o mercado, sendo que se projeta a injeção de R$ 30 bilhões na economia. Em um primeiro momento já são cerca de um milhão de trabalhadores sem carteira assinada há três anos ou mais e com contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que podem sacar seus saldos.

Esses trabalhadores não precisarão aguardar o calendário da União, que a partir de fevereiro, vai permitir a retirada de recursos de todas as contas que não têm mais movimentação no país. Isso pelo fato de que quem fica por 36 meses ou mais sem recolhimentos para o fundo pode fazer a retirada do saldo que está parado.

Agora, tanto para quem está desempregado e para quem poderá retirar em fevereiro, a orientação é a mesma, muito cuidado para não colocar em risco essa reserva financeira. Não é porque é uma verba inesperada de deve ser gastada desordenadamente, muito ao contrário, esse dinheiro pode marcar o início de uma virada financeira.

O objetivo do governo é que os valores sejam usados para quitar dívidas, mas, só recomendo essa ação em caso de descontrole no pagamento ou inadimplência, fatos que podem gerar juros abusivos. Agora, quando o endividamento estiver controlado (como é o caso de quem tem parcelamentos em dia da casa própria, veículos, ou para crediários ), esse dinheiro deve ser utilizado para iniciar o planejamento de sonho. Os brasileiros precisam aprender a lidar com o dinheiro de forma sustentável , para que consigam alcançar seus objetivos ao longo da vida com segurança financeira.

Um grande erro que observo é que o FGTS vem sendo posto como a “salvação” dos brasileiros, mas, na verdade será apenas mais um ganho extra, se não tiver cuidado, os resultados serão os mesmo de vários outros valores que os brasileiros recebem, como restituição de imposto de renda, sendo direcionado apenas ao consumo ou ao combate do efeito do endividamento e não das causas.

Mas, como dito, para quem está inadimplente uma orientação especial é interessante: conheça verdadeiramente a sua condição financeira e trace um planejamento para sair dessa situação. Não é com pressa, trocando uma dívida por outra, que o problema irá se resolver, pelo contrário. A mudança precisa ser comportamental, a fim de eliminar costumes e hábitos que levam ao consumismo não planejado e descontrolado.

Conheça orientações para sair das dívidas:

Caminhos alternativos para fugir do endividamento são possíveis. Pensando nisso, veja algumas orientações que indicam como resolver o problema definitivamente:

Se você possui diversas dívidas, mas ainda não está inadimplente, cuidado! A situação é bastante preocupante. Levante todos os valores e estabeleça uma estratégia para que continue adimplente. E lembre-se, estar endividado nem sempre é um problema; o problema é quando não se consegue pagar esse compromisso;

Se já estiver inadimplente, antes de sair negociando, tenha total conhecimento de sua situação. Faça um diagnóstico financeiro, registrando o que ganha e o que gasta, e conheça o seu verdadeiro “eu financeiro”;

Faça um apontamento de despesas diárias, separado por tipo de despesas, durante os próximos 30 dias. Esse é o caminho para que fique tudo mais claro. Somente assim poderá cortar gastos e reduzir excessos;

Muitas vezes, é importante dizer “devo, não nego, pago, como e quando puder”. Nunca se deve procurar o credor (pessoa ou instituição para quem se deve) antes de ter domínio completo da sua situação financeira;

A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, portanto procure por linhas de créditos mais baixas. Porém, é importante frisar, isso não resolve a causa do problema;

No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial;
Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que cabem em seu orçamento;

Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o incío do pagamento das parcelas;

Não existe uma porcentagem exata do quanto terá que direcionar para pagar suas dívidas, isso dependerá do diagnóstico financeiro feito previamente;

Além de pagar as dívidas, procure guardar dinheiro para fazer suas próximas compras à vista e obter descontos. Mesmo endividado, inicie o projeto de vida de ser independente e sustentável financeiramente. E não se esqueça: é preciso respeitar o dinheiro e entender que ele é um meio e não um fim.

Enfim, é muito interessante esse dinheiro extra do FGTS que muitos brasileiros receberão, contudo, muito cuidado na hora de usar. Sabendo se planejar, esse pode ser o início de uma mudança positiva em sua vida financeira, ou pode ser apenas um extra para consumo pu pagar dívidas. A opção será de quem recebe o valor

A dura realidade do desemprego

Empregos (13)

Pedro Augusto

Se para alguns o período atual é de tentar aproveitar ao máximo os encantos e os atrativos oferecidos pelo Litoral pernambucano, para outros o início de 2017 está sendo utilizado para lutar por uma relocação junto ao sol, ou melhor, ao mercado de trabalho. Se for tomado como parâmetro o retrospecto de 2016, o alcance de uma vaga neste começo de ano encontra-se ainda mais difícil do que no primeiro mês dos anos anteriores, haja vista que na temporada passada Caruaru vivenciou o seu segundo pior intervalo em termos de geração de empregos desde a criação da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Para se ter ideia, somente no ano passado 3.256 postos de trabalhos formais foram desativados na Capital do Agreste.

Um pequeno exemplo deste quantitativo alarmante de profissionais desocupados pode ser facilmente observado na área interna da Agência do Trabalho de Caruaru, no Bairro Maurício de Nassau. Nela, diariamente, um volume extenso de desempregados vem se concentrando em meio às cadeiras disponíveis à procura de uma oportunidade de trabalho. Por lá, a reportagem VANGUARDA acabou encontrando, na manhã da última terça-feira (24), o desempregado Cícero Adriano, de 40 anos. Pai de três filhos e com um amontoado de contas para pagar, ele já tratou de deixar de lado a busca por vagas voltadas apenas para um segmento profissional: o de motorista.

“Do jeito que as coisas andam no mercado de trabalho local, estou pegando qualquer emprego que possa dar comida aos meus filhos. O meu último trabalho foi de motorista, mas também tenho experiência como auxiliar de escritório e porteiro e, caso surjam oportunidades nestas duas últimas áreas, não pensarei duas vezes em aceitar as propostas. Quem hoje com essa crise se encontra empregado e está de férias, por exemplo, numa praia, pode se sentir um privilegiado. A situação está muito difícil para muita gente, inclusive para minha família”, lamentou Cícero.

O primeiro estudo feito neste ano pela Agência do Trabalho de Caruaru também não deixou por menos a exemplificação do alto quantitativo de desocupados presentes hoje na esfera local. De acordo com o coordenador do serviço, Tássio Patrese, somente no intervalo do dia 1º até o dia 23 de janeiro, 2.986 pessoas estiveram recebendo atendimento na unidade à procura de consultas por vagas. No mesmo período de 2016, o mesmo procedimento foi realizado para 2.498 pessoas. Quanto aos atendimentos voltados para os profissionais que tinham a intenção de protocolar os seguros desempregos, de um ano para o outro, o número referente saltou de 443 para 613.

“Esses números citados demonstram que realmente a situação encontra-se muito difícil em Caruaru em termos de emprego. Pelo menos aqui na nossa unidade, hoje a demanda por postos de trabalho está maior do que o montante de vagas em aberto. Temos percebido que cada vez mais os desempregados estão procurando por postos que exigem qualificações menores para tentar conseguir retornar ao mercado. De um ano para cá, essa migração vem ocorrendo bastante”, confirmou Tássio Patrese.

De acordo com a análise do economista Maurício Assuero, a expectativa é de que o sol volte a brilhar para um número maior de trabalhadores somente no segundo semestre deste ano. “O nível de desemprego no Brasil, incluindo Caruaru, tende a se manter alto neste primeiro semestre do ano, visto que as medidas governamentais propostas não produzirão o efeito desejado no curto prazo. Não vejo como dissociar Caruaru do cenário nacional e regional do ponto de vista econômico, mas acho que a cidade pode implantar políticas públicas para atenuar as perdas. A cidade terá duas datas fundamentais para geração de renda: a Semana Santa e o São João. Como a crise é geral, muito provavelmente estas datas terão um desempenho reduzido em relação ao ano passado, mas é preciso trabalhar bem as potencialidades para que a renda das pessoas volte a subir.”

Conheça algumas opções de franquias para empreender usando o FGTS

Com um saldo total de R$ 41 bilhões em 18,6 milhões de contas inativas, segundo dados da Caixa Econômica Federal, o uso dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), anunciado pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, pode ser uma boa alternativa para quem deseja abrir o próprio negócio. A Medida Provisória 763, publicada no Diário Oficial da União, deve impulsionar a economia e beneficiar os 10,1 milhões de trabalhadores, usuários destas contas e que poderão sacar o dinheiro retido. É um empurrãozinho a mais para quem sempre sonhou em empreender ou não consegue uma recolocação no mercado de trabalho.

Mas é preciso ter cuidado e o uso dos recursos, seja para investir de maneira integral ou como parte do investimento inicial em um negócio, deve ser feito com bastante cautela, afinal foram anos e anos de recolhimento.

Bastante vantajoso, o segmento de franquias é uma opção segura para quem quer começar um negócio. De acordo com pesquisa da ABF (Associação Brasileira de Franchising), com um crescimento de 8%, o setor alcançou um faturamento em torno de R$ 150 bilhões, chegando a 142 mil franquias comercializadas, atingindo um número de 1.220 milhões de empregos diretos em 2016. Para 2017, a expectativa é alcançar entre 7% e 9% e registrar aumento de 2% a 3% no número de empregos.

Além do crescimento, o franchising apresenta como diferencial o fato do empreendedor investir em uma marca já conhecida e testada, o que economiza tempo e dinheiro, além de contar com apoio operacional, estratégico, todo know-how da franqueadora e menor tempo de retorno de investimento. Enquanto 60% das empresas brasileiras não sobrevivem até o quinto ano, no Franchising esse índice cai para 15%, segundo dados do SEBRAE.