Revista que sugeriu trancar domésticas para não votarem em Dilma é processada

A revista Actual Magazine, de Mogi das Cruzes (SP) é alvo de um processo aberto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a um artigo publicado em 2014, antes das eleições presidenciais, que sugeria “trancar ‘secretárias do lar’ em casa, interditar as casas de forró e proibir os porteiros de saírem dos prédios”, e, assim, impedi-los de votar em Dilma Rousseff.

O MPT considerou que o texto foi discriminatório e ofendeu duas categorias profissionais: a das domésticas e dos porteiros. O órgão moveu uma ação civil pública pedindo que a revista fosse condenada a pagar R$ 500 mil por dano moral coletivo. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

O artigo é assinado pelo colunista Anderson Magalhães, que também propunha “cancelar os voos vindos do Nordeste”. Segundo a defesa do autor, Magalhães estava sendo irônico e houve “evidente e incrível erro de interpretação de alguns leitores”. Depois da repercussão, Anderson Magalhães publicou outro texto pedindo desculpas e afirmou que sua intenção era “questionar os estereótipos” e fazer “uma crítica velada”. Em fevereiro, uma ação contra o mesmo artigo movida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo foi arquivada.

O comportamento da mídia brasileira em relação ao impeachment de Dilma Rousseff também tem sido objeto de grande polêmica. O assunto foi tratado de forma provocadora em recente debate promovido pela Agência Pública, organização jornalística sem fins lucrativas com a qual o Congresso em Foco mantém parceria.

Delcídio pede que STF suspenda processo de cassação no Senado

A defesa do senador Delcídio do Amaral (MS) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o processo de cassação contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Os advogados alegam que o colegiado tem cerceado o direito de defesa do senador.

Com o recurso, a defesa pretende impedir que o senador preste depoimento ao Conselho de Ética na próxima terça-feira (26). Logo após ser solto, em dezembro do ano passado, Delcídio conseguiu um atestado médico e não compareceu a três depoimentos que foram marcados.

De acordo com os advogados, a tramitação do processo disciplinar é ilegal porque não foi suspenso durante o período da licença médica, foram rejeitados pedidos de convocação de testemunhas, não foi feito laudo pericial na gravação que justificou sua prisão e falta apensamento da íntegra do inquérito que Delcídio responde no Supremo.

“O não cumprimento das diligências processuais supradeclinadas, as quais devem anteceder o interrogatório do acusado, impedem que o senador seja ouvido perante o Conselho de Ética, sob pena de configurar inversão tumultuária do processo”, sustenta a defesa.o.

Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, entregou ao Ministério Público o áudio de uma reunião na qual o parlamentar propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família de Cerveró e um plano de fuga para o ex-diretor deixar o país.

Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em recolhimento domiciliar, podendo deixar a sua residência apenas para ir ao Senado trabalhar e retornando no período noturno. Desde então, ele está de licença médica, que vem senso prorrogada e não retornou à Casa.

Delação

Na quarta-feira (20), o ministro Teori Zavascki, do Supremo, decidiu incluir no principal inquérito da Operação Lava Jato que tramita na Corte trechos da delação do senador Delcídio em que a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente, Michel Temer, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados. Na delação, também foi citado e incluído no inquérito Joel Rennó, ex-executivo da Petrobras do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Sítio em Atibaia será alvo da primeira acusação formal contra Lula, diz jornal

Ainda sem uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a nomeação de Lula para o comando da Casa Civil, o ex-presidente não escapará do banco dos réus, seja em Curitiba ou em Brasília – a instância de julgamento depende do veredito do STF. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, os investigadores da Operação Lava Jato consideram dispor de elementos suficientes para indicar o envolvimento de Lula no esquema de corrupção da Petrobras. A primeira acusação formal terá como alvo o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

A compra e reforma da propriedade constitui a frente de investigação que reúne mais evidências contra o ex-presidente, mas não é a única. Além de Atibaia, Lula também é investigado pela força-tarefa no âmbito da compra do apartamento tríplex no Guarujá, e pelos pagamentos e repasses feitos via sua empresa de palestras, a LILS e pelo Instituto Lula. Desde que foi nomeado para assumir a Casa Civil, no dia 17 de março, os inquéritos foram suspensos e aguardam uma definição por parte do STF.

A acusação que será apresentada contra Lula envolvendo o sítio sustentará que a família do ex-prefeito de Campinas e amigo do ex-presidente, Jacó Bittar, assumiu a função de “laranja” na ocultação da propriedade. O sítio foi adquirido em 2010 pelo valor de R$ 1,5 milhão. Para embasar a tese, serão apresentados depoimentos dos acusados e documentos encontrados nas buscas, como os registros da escritura em nome dos donos oficiais e um “contrato de gaveta” em nome do ex-presidente e de sua esposa, Marisa Letícia.

Além disso, a força-tarefa vinculará os desvios de recursos da Petrobras à reforma executada no sítio e a manutenção de bens referentes a Lula. Para isso, apresentarão notas fiscais localizadas nas buscas e apreensões, informações obtidas por meio de depoimentos e análise de movimentações bancárias. De acordo com a reportagem, as empreiteiras OAS, Odebrecht e o pecuarista José Carlos Bumlai serão vinculados aos serviços executados, como compensação por obras loteadas pelo cartel.

STF envia informações de Eduardo Cunha ao Conselho de Ética

O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, encaminhou ontem (22) ao Conselho de Ética informações sobre as investigações que vêm sendo conduzidas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista responde a processo de quebra de decoro parlamentar no colegiado, e os documentos liberados por Teori para o relator do caso no conselho, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), são uma resposta à solicitação feita pelo parlamentar.

Teori comunicou que só seriam compartilhadas informações que não interferissem no andamento das investigações que estão em curso. Além do STF, Marcos Rogério também pediu que o Banco Central e a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviassem informações sobre investigações conduzidas por essas instituições contra o presidente da Casa. Há duas semanas, o BC encaminhou documentos ao conselho atestando que as contas de Cunha na Suíça nunca foram declaradas às autoridades brasileiras. A PGR ainda não se manifestou a respeito da solicitação do relator.

Não se sabe até que ponto as informações compartilhadas pelos diversos órgãos públicos serão de fato úteis para esclarecer o processo contra o presidente da Câmara. Isso porque na última terça-feira (19) o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou uma série de limitações às investigações do conselho contra o peemedebista e colaborou com a anulação de todo o processo. As novas regras definidas pelo vice-presidente ampliam as amarras ao colegiado, limitando as investigações

ARTIGO — Petrobras na corda bamba do populismo

Por Reginaldo Gonçalves

A Petrobras — por mais incrível que isso possa parecer a esta altura da Operação Lava Jato e depois de transformar o preço subsidiado da gasolina e do diesel em “moeda” eleitoral e demagogia política em 2014 e 2015 — volta a servir aos interesses de seu maior acionista, o Governo Federal. Muito provavelmente para atender às desesperada ansiedade da presidente Dilma Rousseff por uma agenda positiva, a empresa acena com a possibilidade de baratear os combustíveis, alegando que o preço do barril do petróleo no mercado internacional despencou.

O uso político da estatal continua impactando negativamente a companhia, que não consegue desvincular-se das artimanhas do populismo governamental. Dentre estas, está a falácia do controle da inflação por meios inapropriados e até de alto risco para uma empresa crucial para a cadeia produtiva de petróleo e gás.

De um lado, o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, profissional de carreira e estrategista nas questões de curto prazo, pessoa de confiança da Presidência da República, não indicou, até o momento, alternativas estratégicas na mudança de rota da situação complicada que a empresa vem passando. A busca é pelo caixa imediato, mesmo sacrificando o longo prazo, através de empréstimos questionáveis em bancos chineses.

O que mais impressiona em tudo isso é que ficou bem clara a posição da presidência em recomendar a redução de preços em um ano conturbado e sofrendo criticas pontuais na sua gestão. Contudo – e felizmente – o Conselho de Administração da Petrobras já se manifestou contra o barateamento, sem uma base sólida de estudo quanto ao que poderá acontecer com o barril de petróleo no mercado internacional. Qualquer redução de preços agora poderia, em futuro próximo, gerar novos aumentos em relação aos preços internacionais e aos custos de produção no País.

O governo, lamentavelmente, não consegue engendrar uma gestão na qual as decisões sejam técnicas, não apadrinhadas por pessoas que não têm conhecimento da área, do produto e dos negócios da empresa. É uma administração com viés político. Algo danoso para o País. Agora, seria hora de analisar as necessidades de caixa e os investimentos prementes, suspendendo-se temporariamente os de longo prazo, inclusive analisando as questões do Pré-Sal.

Enquanto a gestão no Brasil for mascarada pela falta de transparência, de investimentos em logística e em disponibilidade de capital mais barato, parece que não haverá soluções para a Petrobras. Percebemos que estamos importando até o etanol, do qual somos os segundo maiores produtores mundiais, muito próximos dos Estados Unidos. Com um detalhe: o nosso é feito a partir da cana-de-açúcar, mais barato e melhor do que o norte-americano, processado a partir do milho. Pasmem: somos hoje o segundo maior consumidor do combustível produzido nos Estados Unidos. Entra em cena o velho “Custo Brasil”. Perdemos competitividade em itens nos quais somos capazes de produzir com competência e, em tese, a preços mais baixos do que os dos concorrentes internacionais.

Em Brasília, contudo, a preocupação prioritária é evitar o impeachment, mesmo que isso implique “venda” de ministérios, medidas populistas danosas à economia e prejudiciais ao povo.

Intermediadora de pagamentos online cria serviço exclusivo no Brasil

A intermediadora de pagamentos Gerencianet está com uma novidade para novos clientes. Para atender as determinações da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) as contas abertas a partir do dia oito de março deste ano já contam com um serviço de emissão de todos os boletos com registro. A novidade é que este adicional não despenderá taxas extras para emissão, cancelamento ou alteração da data de vencimento do boleto. Ou seja, mesmo emitindo o boleto registrado, o cliente pagará tarifa apenas em caso de confirmação de pagamento.

Em 2015, a Febraban anunciou um cronograma para a diminuição da emissão dos boletos sem registro, estipulando dezembro de 2016 como prazo final para o processo. Em 2017, ainda será possível emitir boleto sem registro, mas ele só poderá ser pago no banco emissor, mesmo antes da data de vencimento.

A alteração faz parte do Projeto Nova Plataforma de Cobrança e tem o objetivo de centralizar a base de títulos nacionais e trazer mais segurança para os clientes que utilizam esse tipo de serviço, diminuindo o número de casos de fraude em boletos bancários. Além da segurança para quem emite a cobrança e também para quem paga, a modalidade permite que o vendedor realize o protesto do boleto em caso de inadimplência. Para isso, basta procurar o cartório de títulos da sua cidade e informar-se sobre o passo a passo que deve ser seguido. O procedimento pode variar de acordo com a sua região.

 

 

ARTIGO — Como gerenciar a carreira, da escolha da profissão até à aposentadoria

Por Edson Carli

Por mais que estudemos e pesquisemos o nosso passado como pessoas e como espécie, dificilmente encontraremos o momento exato da evolução onde se iniciaram os conceitos de profissão e carreira. Acredito que estas definições devam ter aparecido tão logo quando aconteceu a formação do primeiro bando ou tribo. Neste momento mágico e perdido na esteira do tempo, uma pessoa olhou para outra e ambos combinaram que cada um faria uma coisa em prol do objetivo final: a sobrevivência.

Veja por exemplo, ainda nos tempos primários de nossas sociedades. Uma pessoa que não caçava, mas era hábil o suficiente para tecer roupas era mantido no grupo com a caça de outros e em troca, oferecia roupas a todos. Da mesma forma, um guerreiro não construía sua casa, mas os demais construíam a casa para que os guerreiros ficassem no grupo em um processo constante de trocas que envolviam produtos e habilidades.

Dentro de um sistema social, mais cedo ou mais tarde, todos devemos exercer uma atividade que gere valor para o grupo e, feito isso, passamos a fazer parte como membros, recebendo bens e serviços em troca de nossas habilidades. Podemos assim compreender que o conceito de função, remuneração, carreira, tempo de trabalho e muitos outros temas que associamos à palavra carreira são mais antigos e enraizados em nossa existência do que podemos imaginar. Mas como escolher nosso lugar nesse mundo? Em que momento devemos ingressar nesse sistema produtivo?

De forma geral, nas sociedades livres e capitalistas, o ciclo de vida de um indivíduo passa pelas seguintes etapas: escolha da profissão (geralmente ao final do ensino médio), formação superior básica seja em universidades ou em cursos técnicos, entrada no mercado de trabalho formal, decisão de continuar nesse mercado ou empreender. Uma vez tomada a decisão de ficar no mercado de trabalho, ainda existem as opções da liderança ou a carreira de especialista, também conhecida como carreira em Y.

Desde a escolha da profissão existem desafios a serem superados. Um deles é o mito da vocação, onde considera-se que um jovem pode, a partir de suas características pessoais, emocionais e comportamentais, possuir uma tendência para determinada profissão. Feita a escolha, passado o período de aprendizagem e a entrada efetiva no ambiente de trabalho, este profissional se dá conta que tudo o que ele sabia sobre relações humanas não mais é capaz de ajudá-lo a progredir na carreira. Até então, o jovem profissional havia convivido com sua família e com o ambiente acadêmico, onde efetivamente o conceito de atividade remunerada não havia sido levado a sua mais completa tradução: todos somos produtos.

Quando desenvolvi os fundamentos do método CARMA, do inglês Career And Relationship Management, no ano de 2006, superar o mito da vocação não estava entre as metas primárias. O principal objetivo era conduzir os indivíduos na identificação de seus potencias enquanto “produtos” e desenvolver suas habilidades de auto condução de carreira.

Se todos somos produtos em um mercado que nos reconhece e valoriza nossa produção de valor para a sociedade, somos, de certa forma, empresas de um único indivíduo prestando serviço para as corporações onde trabalhamos. Não somos membros de uma nova família e nem tampouco, entramos para uma organização somente para aprendermos mais. Quanto mais rápido identificarmos que a relação entre nós e as empresas é uma relação comercial, mais fácil e simples fica atingirmos nossos objetivos pessoais e profissionais.

Assim, com o passar do tempo, nossa relação com a empresa chega a uma encruzilhada: seremos líderes e, portanto, teremos a responsabilidade por gerir a atuação e outras pessoas; ou seremos especialistas, tornando-se referência em nossas habilidades e conhecimento, desenvolvendo uma carreira em Y.

Para os profissionais que seguirão a carreira de liderança, desenvolvi no método C.A.R.M.A uma visão totalmente diferenciada e baseada no conceito francês de liderança natural, onde o profissional não pode ser simplesmente nomeado líder. Ele precisa ser reconhecido como tal por seu grupo. Novamente, busquei nas bases naturais e antropológicas uma formação de liderança que não fosse baseada em mando, em poder, mas sim em respeito, reputação e engajamento.

Finalmente, analisando a linha do tempo, assim como em todas as sociedades, chegará o momento da aposentadoria e do retorno do profissional para a vida comum, longe das organizações. Para este grupo de profissionais, o método CARMA apresenta um extenso conjunto de ferramentas, fortemente baseadas em PNL que reapresenta os protocolos sociais e “devolve” a pessoa à sociedade não profissional, à família, aos amigos e a ele mesmo.

Assim, o método representa um extenso conjunto de metodologias que capacita os participantes a gerenciar suas crenças, sua visão do mundo profissional e logicamente, seus relacionamentos para que possam atuar em um ambiente onde as profissões, as funções e as habilidades se misturam. Acima de tudo é preciso que o profissional desenvolva a autogestão e assuma o protagonismo de sua carreira – da escolha dela até o último dia de trabalho.

Palestras sobre o mercado da Contabilidade na DeVry|Unifavip

Em comemoração ao dia do profissional da Contabilidade, o curso de Ciências Contábeis do (DeVry| Unifavip), realiza no auditório da instituição, na próxima terça-feira (26), às 19h, palestras sobre “Planejamento Tributário” e “O Papel da Junta Comercial na Vida do Contabilista”. O evento é aberto ao público e conta com a participação de alunos da instituição.

Os convidados para realizar as palestras são o ex-presidente da Junta Comercial de Caruaru, Raffiê Dellon e o instrutor e palestrante do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco, Jesus Carcavilla. A ideia é que as apresentações sejam voltadas para as atividades do dia a dia do contador, além do profissional ter a oportunidade de se atualizar e se informar.

No dia do evento, os participantes precisam levar um pacote de fraldas geriátricas que será doado para instituições de caridade. As inscrições podem ser realizadas com o envio do nome completo e número do RG, pelo e-mail msouza8@unifavip.edu.br, ou pelo 99167-4021 (15h às 21h). As vagas são limitadas.

Hipertensão atinge 30 milhões de brasileiros

Dados do Ministério da Saúde mostram que a hipertensão arterial afeta cerca de 25% da população brasileira. Segundo o cardiologista Tomás Mesquita, do Hospital Jayme da Fonte, algumas pessoas têm predisposição à hipertensão – ou possuem hábitos que podem provocar o aparecimento da doença ou acelerar seu surgimento. “O histórico familiar de hipertensão arterial em vários membros da família sinaliza como um forte marcador para o aparecimento dessa doença em seus descendentes”, esclarece o profissional. Mesquita ainda ressalta, que no Brasil a primeira complicação da hipertensão é o AVC.

Além da genética, a hipertensão também pode ser provocada pela obesidade, consumo de bebidas alcoólicas, estresse, grande consumo de sal, falta de atividade física, sono inadequado e uso de drogas ilícitas. “Uma dieta rica em sal, gorduras e frituras; a falta de atividade física regular (sedentarismo), a obesidade e a utilização de anti-inflamatórios de forma indiscriminada são fortes fatores favoráveis à provocação dessa doença”, ressalta. “A hipertensão arterial é uma doença traiçoeira e 70% dos pacientes não apresentam sintomas”, afirma o cardiologista.

Para prevenir o problema, a principal mudança deve ser no estilo de vida, pois essa atitude já consegue controlar a pressão arterial em 60% dos casos. Mas reduzir a quantidade de sódio da alimentação, substância que aumenta e mantém a pressão em níveis mais altos, também é de extrema importante. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é o consumo de 2 gramas de sódio (o equivalente a 5 gramas de sal). Porém, os brasileiros consomem muito mais do que o recomendado.

O coração, o cérebro, os rins e as artérias dos membros inferiores são as grandes vitimas da hipertensão. Entre as complicações causadas pela doença, podemos citar: enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, angina de peito, claudicação dos membros inferiores (dor e cansaço nas pernas aos esforços. Nos casos extremos, os sintomas dolorosos podem ocorrer mesmo em repouso), esclarece Tomás.

A hipertensão tem cura (por meio de tratamento cirúrgico) apenas para os pacientes com a Hipertensão Arterial Secundária, que representam apenas 5% da população hipertensa. “Os outros 95% dos hipertensos estão classificados no grupo dos portadores de Hipertensão Arterial Primária. Nessa situação não há cura, e sim controle dos níveis tensionais, o que é realizado através da administração de drogas especificas, mudanças no estilo de vida, hábitos alimentares saudáveis, controle do peso e prática de exercícios regularmente”, explica o cardiologista.