Líder do PPS reafirma crime e defende impedimento 

Pelo PPS, o líder Rubens Bueno (PR) recordou que houve “clara violação à Lei de Responsabilidade Fiscal com a perversidade desses crimes contra a economia nacional”.

VBueno disse que a população não quer mais ser enganada pelos mandatários. “Chegou a hora de virar a página e a presidente Dilma perdeu a moral para continuar a exercer seu cargo, praticou fraudes fiscais, tentou obstruir a Justiça, faltou com o decoro e perdeu a legitimidade”, disse. Ele defendeu a reconstrução do Brasil no “plano da ética.

PSC diz que impeachment atende anseios da sociedade 

 O líder do PSC, deputado Andre Moura (SE), disse que as ruas cobram a saída da presidente Dilma Rousseff. “Ouço gritos de um povo que não aguenta mais, inconformado e arruinado por um governo desumano”, declarou.

Ele afirmou ainda que o projeto político do PT está “falido” e gerou uma crise econômica sem precedentes. “Podemos ter certeza de que estamos escrevendo a mais bela história”, asseverou. Michel Temer, segundo Moura, tem capacidade de pacificar e reunificar os brasileiros.

PCdoB diz que impeachment agravaria crise econômica 

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), disse que a presidente Dilma Rousseff não tem “nenhum crime contra ela”, considerando que está em curso uma conspiração que seria conduzida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Almeida disse que um futuro governo pós-Dilma não tem interlocução com os movimentos sociais e não tem base política. Para ele, o caminho do impeachment é do “agravamento da crise política e econômica”.
“Querem transformar esse Plenário em um colégio eleitoral, mas não estamos no Parlamentarismo, por isso querem usurpar o voto popular”, disse. 

Ele criticou que a saída proposta pelos favoráveis ao impeachment não tenha o apoio da população, “que não quer essa agenda do retrocesso, do Estado mínimo, do pacto para impedir que corruptos que aqui estão, nessa Câmara, não sejam punidos”.

PTB também orienta bancada pelo impeachment 

Em nome do PTB, o deputado Wilson Filho (PTB-PB) orientou sua bancada a favor da autorização para o processo de impeachment. “Presenciamos o fim de um ciclo, o fim de um capítulo em nossa história”, afirmou.
Ele reconheceu que foi importante o PT ter deixado a postura de crítica da oposição e ter exercido o poder, no qual também “fez algum bem à população”, mas disse que fará melhor ainda ao sair do poder. Wilson Filho defendeu a condenação pelo Judiciário de todos os que cometeram atos ilícitos.
Embora tenha reconhecido avanços sociais feitos pelo governo, ressaltou que não há mais condições de o atual governo conseguir uma saída para os problemas que o Brasil enfrenta atualmente.
Já Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) disse que não há outra alternativa ao impeachment, ressaltando que a “luta é política sim”, lembrando que “a luta começou muito tempo atrás com o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), no mensalão”

SD diz que houve crime e impeachment é correto 

 Pela bancada do Solidariedade, o deputado Genecias Noronha (SD-CE) disse que “não há mais dúvida de que os crimes de responsabilidade foram cometidos”. Para ele, o que se observa nos discursos dos governistas é, que, por falta de argumentos, classificam o processo de golpe.

Noronha criticou ainda os ataques ao vice-presidente Michel Temer, classificando de golpe a campanha da presidente em 2014, quando prometera não aumentar os preços de várias tarifas, o que acabou ocorrendo em 2015.

Já o presidente do partido, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), lembrou que o seu partido foi o primeiro a pedir o impeachment em fevereiro. “Estamos em um dia histórico para tirar um governo que levou o Brasil à crise econômica”, afirmou.

‘Todos somos perdedores’, diz líder do PDT

 O líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), reafirmou que vai votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17). Ele ressaltou, no entanto, que nesse processo, todos são perdedores.

“O Brasil não vai ter vencedor e não vai ter vencido. Todos nós já perdemos ao não ter a capacidade de cumprir a Constituição à risca e ao não garantir educação e saúde para o nosso povo”, lamentou.

PSD também orienta bancada pelo impeachment 

 Em nome da bancada do PSD, o deputado Rogério Rosso (DF), encaminhou a favor do prosseguimento do processo de impeachment e ressaltou que “cada um dos 513 deputados representa 96 milhões de eleitores”, o que a torna legítima para a votação.

Rosso criticou o líder do PT, deputado Afonso Florence (PT-BA), que acusou a comissão de parcialidade em seu funcionamento. “Foi o Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu, no julgamento de todos os recursos, a lisura do funcionamento da comissão especial”, lembrando que foram feitas mais de onze reuniões sobre o assunto. “Em 1992, não foi dada a oportunidade de o advogado do então presidente Fernando Collor de Mello de se pronunciar na comissão e, desta vez, o Advogado-Geral da União (AGU) falou por duas vezes”, recordou.

O líder do PSD elogiou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), classificando-o de “cristalino”. “Devemos deixar para o Senado o julgamento da presidente Dilma Rousseff, como prevê a Constituição”, afirmou

Líder do DEM diz que Governo agravou a crise política e econômica 

Pela liderança do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) destacou que os preceitos constitucionais estão atendidos no relatório aprovado na comissão especial. 

“As causas e as consequências das ações da presidente Dilma Rousseff geraram a crise econômica. O meu estado sofre muito com essa recessão, com queda de 14% da produção nos últimos doze meses”, afirmou.
Avelino disse que o que considerou 

“crise moral do governo” atinge todos os cantos do País. Para ele, o processo a favor do impeachment deve muito a toda a população brasileira que foi às ruas. Elogiou ainda a Justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Sempre falam mal da Câmara dos Deputados, mas é aqui que a população tem guarida para suas reivindicações”, reafirmando a orientação de sua bancada a favor da autorização para o processo de impeachment.

Confusão entre deputados marca o início da sessão

Do Congresso em Foco

Antes mesmo de entrarem no plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares favoráveis e contrários à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff se enfrentaram e bateram boca.

Minutos antes das 14h, quando pontualmente começou a sessão, um grupo de parlamentares contra o impedimento entrou no Salão Verde em direção ao plenário da Casa aos gritos de “democracia” e “não vai ter golpe”. Os deputados pró Dilma também seguravam cartazes em favor da presidenta.

Diante das atenções que o ato despertou no Salão Verde, a oposição contra atacou de mãos dadas aos gritos de impeachment e cantando “ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem a Dilma já vai embora”.

Domingos Sávio (PSDB-MG) acusou os contrários ao impedimento de iniciarem o tumulto : “estávamos parados e eles vieram nos pressionando. Eles querem provocar, mas nós vamos ganhar no voto”. Já o deputado Orlando Silva (PCdoB–SP) defendeu os colegas e negou a provocação.

O início da sessão teve tumulto também quando alguns deputados não conseguiram subir atrás da mesa da presidência da Câmara para erguer cartazes a favor ou contra o impeachment. Depois que uma faixa escrito “Fora Cunha” foi aberta atrás da mesa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) proibiu qualquer tipo de faixa no plenário.