ARTIGO — Orçamento de 2016 é uma caixa de Pandora

Por Reginaldo Gonçalves

A proposta de orçamento do governo federal, com déficit de R$ 30,5 bilhões, gerou uma situação difícil – até mesmo para o Congresso. A aprovação de um orçamento com déficit primário poderia gerar outras situações de descumprimento e mais desconfiança no cenário internacional. O orçamento enviado já previa aumento de arrecadação impostos de produtos como bebidas, cigarros e artigos de higiene e limpeza, assim como trazer de volta a cobrança do CPMF. Mas, mesmo que as medidas engordassem a arrecadação, não seria possível gerar superávit primário honrando a cobertura da dívida pública.

A briga de foice entre o Executivo e outros poderes ainda é latente. Porém, para aprovar o orçamento com superávit primário de R$ 24 bilhões, houve a necessidade de uma força-tarefa na redução de gastos que envolvem todos os três poderes. Ou seja, aconteceu o corte de R$ 54,5 bilhões, mas que não envolveu o Bolsa Família – embora muitos fossem favoráveis a redução de seu benefício.

Os gastos previstos para 2016 estão fixados em aproximadamente R$ 3 trilhões e algumas receitas extraordinárias, que ficam entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões, foram excluídas do cálculo por serem de difícil recebimento. Uma parte da redução dos gastos foi alcançada com o funcionalismo público e redução de investimentos. Mesmo porque a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias precisa ser respeitada e exige orçamento com superávit primário, para que sejam estabelecidas metas pontuais e controle dos gastos públicos.

A principal crítica com o envio da proposta orçamentária com déficit é reconhecer que não haverá uma arrecadação ou geração de outras receitas possíveis para bancar os gastos públicos. Isso demonstra falta de maturidade, principalmente de alguns deputados, que diziam que o orçamento é mais realista e transparente.

A situação é que o excesso de gastos e uma redução da arrecadação gerada por uma perda de competitividade da indústria é latente. Criar mecanismos diferentes para cobrança de tributos ou venda de ativos parece ser muito fácil. Mas a principal fonte de renda é que as empresas possam gerar resultado por meio dos seus investimentos. Desta forma sera possível engordar a arrecadação do governo para que aconteçam os investimentos nas áreas prioritárias como saúde, educação, transporte e habitação.

Para que ocorra o cumprimento das metas fiscais e redução dos índices inflacionários é importante que haja uma política fiscal sustentável, além de serem criadas linhas de financiamento com juros baixos e estímulo à produção, assim como investimentos nas áreas de portos, aeroportos e ferrovias para baratear o custo da produção e estimular as empresas a investirem nas indústrias, seja o investidor brasileiro ou estrangeiro. É preciso que exista transparência para que o empreendedor possa vislumbrar lucro e o investimento, que sejam canalizados para a área social, que está perdendo cada vez mais espaço em virtude da perda de emprego e redução da capacidade de compra.

Celpe lança projeto Troca Econômica em Santa Cruz

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) está ampliando o projeto Troca Econômica Celpe para o município de Santa Cruz do Capibaribe. A iniciativa segue até esta quarta-feira (20). A ação prevê bônus de R$ 285 a R$ 585 para os consumidores na troca de ar-condicionado, refrigerador ou freezer usado por um novo, com Selo Procel de Economia de Energia, de menor ou igual capacidade. O objetivo é incentivar a substituição para que haja redução de consumo e, consequentemente, diminuição da conta de energia dos participantes.

Na prática, o consumidor que atender aos critérios para participação receberá o bônus durante ou após a aquisição do novo equipamento de igual ou menor capacidade que o antigo. Ao substituir, por exemplo, um refrigerador ineficiente por um novo, o consumidor pode reduzir em até 30% a conta de energia. No caso do freezer, a substituição pode promover uma redução de até 35%. Para o ar-condicionado, 23%. Vale destacar que cada consumidor terá direito à troca de dois equipamentos por conta-contrato.

A Troca Econômica faz parte do Programa de Eficiência Energética da Celpe e foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Podem participar os consumidores residenciais de Santa Cruz que tenham fornecimento de energia regular, estejam em dias com as contas de luz e apresentem média dos três maiores consumos de energia dos últimos 12 meses igual ou maior que 80 kWh/mês. Além disso, não pode ter adquirido, nos últimos oito anos, equipamento similar com subsídio (compra/doação) da concessionária, a exemplo do Energia Verde e da Nova Geladeira.

Aqueles que atenderem aos critérios poderão ter acesso ao Troca Econômica Celpe de duas maneiras. A primeira delas é comparecer ao atendimento do Troca Econômica (Lojas Insinuante, avenida 29 de Dezembro, 436, bairro São Cristóvão, em Santa Cruz do Capibaribe) para se inscrever e adquirir o desconto no ato da compra do equipamento novo. A segunda forma é, após a compra do eletrodoméstico com Selo Procel de Economia de Energia em qualquer loja varejista, o consumidor procurar o atendimento do projeto e se inscrever.

Fernando Bezerra é homenageado pela Maçonaria

O senador Fernando Bezerra Coelho recebeu, no sábado à noite, a comenda Frei Caneca, honraria máxima oferecida pela Grande Loja Maçônica de Pernambuco. A comenda foi entregue durante a cerimônia de posse do novo Grão Mestre Sereníssimo, o advogado Janduhy Cassiano Diniz, realizada num hotel em Boa Viagem e com a presença de representantes da maçonaria todo o país.
  

“É uma grande honra receber este título de uma instituição tão importante quanto a maçonaria, que ao longo dos séculos vem participando de grandes movimentos históricos no Brasil e no mundo”, afirmou o senador.

Em seu discurso, Fernando Bezerra destacou o perfil agregador de Janduhy, que há cerca de 40 anos reside em Petrolina com a família. “Conheço bem Janduhy. Nas três vezes em que tive a oportunidade de ser prefeito da nossa cidade encontrei nele e nos amigos maçons pessoas sempre dispostas ao diálogo”, disse. O senador destacou a preocupação do novo Grão Mestre com as causas sociais, especialmente no campo da educação. “Tenho a convicção que ele irá conduzir os rumos da maçonaria da melhor forma possível. Aqui vocês tem mais que um senador amigo, tem um irmão petrolinense.

OPINIÃO — Impostos

Por Maurício Assuero

A carga tributária do Brasil atingiu 37% do PIB e como uma nítida opção em aumentar impostos, dado a redução da atividade econômica, chegaremos brevemente aos 40%. A partir da daí será o caos: haverá aumento na sonegação de impostos e o governo vai se defender aumentando a fiscalização. Agora, qualquer indício de erro pode ser considerado fraude.

A pressão do governo federal pela aprovação da CPMF vai aumentar e a arma principal utilizada será a máxima “da corda no pescoço”, ou seja, a única maneira que os estados terão de melhorar suas receitas é apoiando o governo na aprovação da CPMF. O estado tem basicamente duas fontes de receitas: as receitas próprias, oriundas dos tributos estaduais, como IPVA e os repasses governamentais que são frações dos impostos da união gerados no estado. O governo de Pernambuco sinalizou, em outubro passado, a necessidade de realinhar receitas, a partir de 2016, com o aumento de impostos. Por exemplo: as motos de 50 cilindradas, que não pagavam IPVA, passarão a pagar 2,5%. A justificativa: os acidentes com este tipo de veículo oneraram bastante as contas públicas com gastos em saúde.

Outra novidade adotada em Pernambuco foi sobre o imposto ICD – Imposto sobre Causa Mortis e Doação. A taxação desse imposto se a situação entre 2 e 5% e agora pode ser algo entre 0 e 8% do valor do bem. Além disso, o ônus maior ficará para bens avaliados acima de R$ 400 mil, que sofrerá a incidência da taxa maior. Para que se saiba se isto vale a pena seria interessante buscar dados históricos das transferências ocorridas ano passado.

Além de todo esforço que os estados estão fazendo em prol do orçamento de 2016, existe a pressão política sobre o ministério da fazenda para que o indexador da dívida do estado perante a União seja modificado. Atualmente este indexador é o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) e dentre os indexadores de preços utilizados no mercado ele é o mais alto. Espera-se a boa vontade do ministério da fazenda para que este indexador passe a ser o IPCA. Para os estados seria uma forma mais justa de pagar suas dívidas.

Isso daria um fôlego importante para o estado e atenuaria, por exemplo, casos gritantes como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O problema é um só: significa um prejuízo superior a R$ 1 bilhão para a União e por esse motivo todas as tentativas feitas pelos governadores junto a Joaquim Levy foram infrutíferas, mas Nelson Barbosa sinalizou que em meados desse mês isto estaria aprovado. Vamos torcer para ser assim. Vamos pensar nos estados e depois o Nelson acha uma solução para cobrir mais um rombo para a União.

Artista mineiro expõe no Caruaru Shopping

Quem passar por uma das áreas de convivência do Caruaru Shopping vai conferir o trabalho do artista Tunico Lages. Natural do pequeno vilarejo de Queixada, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, ele vem ganhando o mundo com suas peças em madeira e vidro, entre mesas, assentos e guarda-objetos. A exposição fica em cartaz até o fim do mês de janeiro, funcionando de acordo com o horário de abertura do centro de compras. Todas as peças estão à venda.

Os objetos têm características rústicas, com toque de modernidade e sofisticação. Eles carregam um ar próprio que aproxima o homem e a natureza. A madeira, principal matéria-prima usada na concepção dos objetos, são reutilizadas a partir do descarte e abandono na região Centro-Oeste brasileira, transformando-se em arte. O artista também faz a fusão com outros elementos, a exemplo do vidro, dando uma característica ímpar às peças.

A mostra está montada em frente a Le Biscuit e funciona de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 11h às 21h.

Planejamento é aposta para não começar o ano endividado

Você trabalha muito e está sempre sem dinheiro? Você tem o hábito de fazer uma planilha organizada para traçar todas as metas a serem alcançadas ao longo do ano? Muitas vezes surgem essas dúvidas e ficamos nos perguntando se realmente estamos planejando corretamente os nossos gastos, principalmente quando um novo ano se inicia. Estar endividado não é algo normal. Se o salário vive comprometido, é necessário reavaliar o que está sendo feito com o dinheiro do mês.

O consultor especializado em gestão estratégica empresarial, Allyson Hildegard, explica o que deve ser feito para que o planejamento financeiro deste ano saia de acordo com o esperado. “É importante que se tenha uma planilha de controle para que você tenha em mãos o que tem a receber e a pagar. Isso é primordial para o planejamento financeiro. O acompanhamento dessa planilha, tendo sempre o controle também é muito importante.” Ele comenta ainda sobre a consciência do que é desejo e necessidade na hora das compras. “Vale a pena priorizar e comprar somente aquilo que vai precisar e ter um bom controle sabendo o que é desejo e o que é necessidade, o que são coisas bem distintas. Então ter essa consciência é algo indispensável.”

Ainda segundo o Consultor, é importante viver de acordo com o padrão de vida real e não querer viver o que você não pode, pois muitas pessoas acabam se endividando e pagando empréstimos e juros altíssimos para viver aquilo que não está ao seu alcance. “Poupar o orçamento em 20% para fazer uma reserva financeira que pode ser utilizada para emergência também é importante. Tentar comprar tudo sempre à vista para conseguir um bom desconto no ato da compra também ajuda a garantir um equilíbrio nas finanças. O cartão de crédito é bom, porém se não houver um controle e sistematização de como você vai gastar, acaba formando uma bola de neve”, comentou Allyson Hildegard.

Qualidade de vida do colaborador em pauta em meio à crise

Muito se engana quem pensa que num momento de crise as empresas devem se preocupar apenas em aumentar as vendas e recuperar os lucros. O capital humano das organizações também está pedindo socorro e precisando de atenção. Ainda mais quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT), na última pesquisa divulgada em 2014, alertou que num total de 2,34 milhões de mortes relacionadas ao a cada ano, somente 321.000 se devem a acidentes. Os alarmantes 2,02 milhões são causadas por diversos tipos de enfermidades, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 óbitos.

Mesmo com dados tão assustadores, ainda é pouco comum ver empresas se preocupando em promover o bem-estar no ambiente de trabalho. Aqui em Caruaru, a CP Construção, empresa do segmento da construção civil, está com um projeto que vem dando o que cantar, ou melhor, o que falar! A cada sexta-feira, no horário do almoço, é sugerido um momento de lazer para os colaboradores do escritório. A programação atende a diversos gostos: o cinema para quem quer descansar um pouco a mente; uma competição de just dance para quem gosta de dançar; karaokê para quem quer mostrar seus talentos musicais; jogos de conhecimento, como Soletrando e Jogo do Milhão, além de um torneio de xadrez para quem tem habilidade com tabuleiro e estratégias. Além disso, está previsto para começar aulas de inglês online, após a jornada de trabalho.

“Unir a equipe é a proposta da empresa.” Isso é o que afirma o gerente administrativo Sérgio Laurentino. “Com a mudança para o novo escritório, conquistamos um auditório com uma boa estrutura. Isso facilitou muito. Aos poucos pude ir colocando em prática algumas ideias para deixar a equipe mais entrosada. É um momento único, todos brincam, se divertem, e, nas competições, entregamos brindes aos vencedores. No turno da tarde, todos estão mais leves e produzem com mais entusiasmo”, afirma Laurentino.

Rodrigo Janot quer cassação de deputado que cometeu 110 crimes 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decrete a cassação do mandato do deputado Vander Loubet (PT-MS). O parlamentar é alvo da Operação Lava Jato, por suposto recebimento de propinas que somaram R$ 1,028 milhão em esquema de corrupção na BR Distribuidora. São 11 denúncias por corrupção passiva e 99 por lavagem de dinheiro.

Na denúncia, Janot pede “a decretação da perda da função pública para os condenados detentores de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por terem agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade”. Além de Loubet, a denúncia atinge outras pessoas, acusadas pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“Criminoso”

Janot atribui a Loubet, no documento em que a denúncia por corrupção passiva (11 vezes) e lavagem de dinheiro (99 vezes), ligação com ‘grupo criminoso’ que repassava a ele valores ilícitos ’em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobrás Distribuidora S/A’.

“O parlamentar, em conjunto com seus auxiliares, acabou aderindo à organização criminosa preordenada à prática de crimes de peculato, de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro no âmbito da BR Distribuidora”, continua o procurador-geral na denúncia, protocolada no STF em 17 de dezembro do ano passado.

Rodrigo Janot quer ainda que seja decretada a perda, em favor da União, dos bens e valores que foram objeto de lavagem de dinheiro no caso, no valor originário total de R$ R$ 1.028 milhão. Pede também que o petista e outros denunciados, inclusive familiares do parlamentar e o empresário Pedro Paulo Leoni, sejam condenados “à reparação dos danos materiais e morais causados por suas condutas”.

Segundo Janot, as investigações do Inquérito 3990/DF “evidenciaram que, para que o grupo criminoso em questão atuasse, era necessário o repasse de valores ilícitos para o deputado federal Vander Loubet, em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobras Distribuidora S/A”.

Governo Federal amplia recursos para combater microcefalia 

São recursos a mais que irão se somar ao orçamento aprovado de R$ 1,27 bilhão destinado as ações de vigilância em saúde. Nesta semana, o Ministério da Saúde repassou aos estados R$ 143,7 milhões extras destinados a ações de combate ao Aedes aegypti
A presidenta Dilma Rousseff sancionou na última sexta-feira (15) recurso de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito Aedes aegypti, em 2016. A este montante será adicionado R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias. 

Para intensificar as ações e medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika também foi aprovado R$ 500 milhões extras, sobretudo, por conta da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país vive.

Nesta semana, o Ministério da Saúde repassou aos estados R$ 143,7 milhões extras destinados a ações de combate ao Aedes aegypti. O recurso foi garantido em portaria publicada no dia 23 de dezembro do ano passado e já liberado 100% aos estados no início desta semana. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, considere de fundamental importância este recurso extra para as ações nos estados e municípios. “Com este reforço financeiro, os estados e municípios vão poder potencializar as medidas de combate ao Aedes aegypti para evitar a transmissão de dengue, chikungunya e Zika”, explicou.

O ministro orienta que os cuidados com o mosquito devem ser redobrados nesta época do ano, período de maior incidência das doenças. “É preciso que todos se mobilizem para combater este mosquito. É muito importante sempre verificar o adequado armazenamento de água em suas casas, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”, recomendou Marcelo Castro.

O Ministério da Saúde tem reunido esforços para o combate ao mosquito Aedes aegypti, convocando o poder público e a população para uma ampla mobilização nacional para conter o mosquito. O governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais.
Com isso, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de 44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.

Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Somente no ano de 2015, foi liberado R$ 1,25 bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, no ano de 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas. Além das ações de apoio a estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a aquisição de insumos estratégicos e kits de diagnósticos, para auxiliar os gestores locais no combate ao mosquito.

DENGUE 2015 – Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste concentra o maior número de registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos de todo o país, seguida pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110). Entre os estados, destacam-se Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No total, 22 estados apresentaram aumento no número de casos. Apenas Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito Federal tiveram redução.

O pico de maior incidência da dengue ocorreu no mês de abril com 229,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido de uma redução a partir do mês de maio (116,1), tendência observada nos meses seguintes até outubro (12,2). A partir de novembro (22,3), a incidência da doença começa a apresentar leve tendência de aumento. Em 2015 ocorreram 863 mortes por dengue. As regiões que registraram o maior número de vítimas fatais foram Sudeste (563) e Centro-Oeste (130).

O Ministério da Saúde observou os municípios com as maiores incidências da doença acumuladas por estrato populacional em relação ao número de habitantes. Entre as cidades com menos de 100 mil habitantes destaca-se o município de Onda Verde (SP), com 17.989,9 casos para cada 100 mil habitantes. Entre os municípios com 100 mil a 499 mil pessoas, Rio Claro (SP) possui maior incidência da doença, com 10.804,7 casos/100 mil habitantes. Em relação aos municípios com população entre 500 mil e 999 mil, Sorocaba (SP) se destaca com incidência de 8.815,6 casos para cada 100 mil habitantes. Já em relação aos municípios com mais de 1 milhão de pessoas, Campinas (SP) registrou incidência de 5.766,2 casos para cada 100 mil habitantes.

Entre os quatro sorotipos virais existentes da dengue, o DENV1 foi o que mais circulou durante 2015 respondendo a 93,8% dos casos confirmados de dengue, seguido do DENV4 (5,1%), DENV2 (0,7%) e DENV3 (0,4%).

CHIKUNGUNYA – Em 2015, foram registrados 20.661 casos de febre chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone (circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de doenças crônicas.

As medidas de prevenção para a doença são as mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar o acúmulo de água parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é que na febre chikungunya, a dor articular surge em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos.

ZIKA – Até o dia 9 de janeiro deste ano foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.

O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

No recesso, FBC irá visitar 30 municípios 

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) pretende visitar cerca de 30 municípios em todas as regiões do Estado até o dia 2 de fevereiro, quando acaba o recesso parlamentar, para conversar com prefeitos e lideranças locais. Nesta sexta-feira (15/01) ele fez um giro pelo Agreste e Mata Sul, percorrendo as cidades de Panelas, Catende e São Joaquim do Monte. No final de semana ele terá compromissos na Região Metropolitana, para depois viajar pelo Agreste, Zona da Mata Norte e Sertão.

“É importante ouvir as pessoas, gestores públicos, lideranças comunitárias, sindicatos e organizações da sociedade civil, para identificar as demandas existentes em cada lugar e definir agendas de trabalho conjuntas”, disse o senador. Ele lembrou que em 2015, no primeiro ano de mandato, recebeu cerca de 60 prefeitos pernambucanos em Brasília. “Tenho feito questão de deixar claro que o gabinete está à disposição de todos governos municipais, independente de qualquer questão partidária. Nosso interesse é viabilizar as obras importantes para a população pernambucana”, destacou.

Fernando Bezerra começou o dia cedo,antes das 8h, com um café da manhã na cidade de Panelas, oferecido pelo prefeito Sérgio Miranda. “Fernando já foi prefeito e sabe das dificuldades que estamos enfrentando. Já conversamos sobre o apoio dele a projetos na área de saúde”, afirmou Sérgio. O prefeito de Jurema, Agnaldo Inácio, e o ex, José Aílton “Galego”, estiveram em Panelas especialmente cumprimentar o senador. Em seguida, Fernando Bezerra foi ao município de Catende, onde visitou com o prefeito Otacílio Gonçalves o terreno destinado a construção de uma creche. O senador liberou mais de R$ 2,2 milhões para reformas em creches na cidade. 
 

Em São Joaquim do Monte o prefeito Joãozinho Tenório levou Fernando Bezerra para conhecer as obras do matadouro regional, que irá atender dez cidades do entorno, com capacidade para abater 400 animais por dia. “O senador nos ajudou muito non último ano, liberando recursos que estavam travados, em obras de infraestrutura, aquisição de equipamentos, unidades básicas de saúde e creches. Tem sido um parceiro muito importante para todos nós prefeitos”, declarou Joãozinho.