A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está engajada no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika vírus, esta última doença associada às centenas de casos de microcefalia e aos recentes registros da Síndrome de Guillain-Barré, sobretudo no Nordeste. Nesta quarta-feira (16), 450 leituristas começam a ser capacitados para atuar como agentes identificadores de focos do mosquito nas 1,7 milhão de residências do estado, que são visitadas mensalmente por esses profissionais para aferição do hidrômetro. Além disso, todas as caixas d’água que são abastecidas pela Compesa, principalmente no interior, serão inspecionadas para prevenir e eliminar focos.
As ações foram estabelecidas pelo comitê interno da Compesa criado para determinar e coordenar medidas de combate ao Aedes nas áreas de atuação da companhia. O comitê é constituído por representantes de quatro diretorias da Compesa – Regional do Interior, Regional Metropolitana, Mercado e Atendimento e Articulação e Meio Ambiente – e por dois técnicos especializados em monitoramento das Secretarias de Saúde e Planejamento e Gestão. A comissão, presidida pelo diretor de Articulação e Meio Ambiente (DAM), Aldo dos Santos, atua em conformidade com o comitê estadual para o monitoramento emergencial do enfrentamento das doenças transmitidas pelo mosquito, no qual a Compesa é representada por seu presidente, Roberto Tavares.
Na primeira reunião do comitê interno, realizada na última semana, foi estabelecido que os funcionários da Compesa que têm contato direto com o público – leituristas, técnicos sociais e atendentes das lojas – atuariam como agentes multiplicadores na luta contra a proliferação do mosquito. “Temos um pessoal que já circula nos bairros e tem acesso às residências e às lideranças comunitárias. Então, ao capacitarmos esses colaboradores, estamos colocando na rua um exército no combate ao Aedes”, avaliou o diretor Aldo dos Santos.
Hoje (16) à tarde, a primeira turma de leituristas começa a ser capacitada no Centro de Educação Socioambiental (Cesac) da Compesa, em Arcoverde, Sertão do estado. Até o final de dezembro, haverá capacitações em Petrolina, Garanhuns e Caruaru, onde há um grande número de ocorrências de dengue, zika e chikungunya. Os leituristas vão aprender a identificar focos de proliferação do mosquito e deverão orientar os moradores sobre como eliminá-los.
Já os técnicos sociais e os funcionários das lojas da Compesa distribuirão aos moradores das comunidades e clientes panfletos com informações sobre o mosquito e as doenças por ele transmitidas. Quem ligar para o teleatendimento da Compesa (0800 081 0195 para atendimento geral e 0800 081 0185 para vazamento de água e esgoto) também será informado sobre os cuidados para não deixar água parada em casa. Durante a espera telefônica, o cliente ouvirá uma gravação do médico Dráuzio Varela com essas orientações.
Além desse trabalho de sensibilização, será feita a inspeção das caixas d’água abastecidas pelos 286 carros-pipa administrados pela Compesa em todo o estado. A maioria delas está em localidades afetadas pela crise hídrica no interior que se submetem a rigorosos rodízios de abastecimento. Está sendo elaborado um relatório com o diagnóstico das caixas d’água, identificando quantas são, suas condições e as providências que devem ser tomadas. O documento será entregue ao Governo do Estado.