Consultoria pode ajudar empresas a se reestruturarem diante da crise

Os cenários político e econômico atual vêm impactando diretamente nos resultados e no andamento de atividades empresariais por todo o país. As sociedades que não estão bem estruturadas em termos de governança – estrutura organizacional, processos relacionados à tomada de decisão, estrutura societária – ou as que vivem em função de oportunidades são as que mais sofrem nesse momento e que acabam precisando de consultoria jurídica especializada para se reorganizar e retomar o crescimento. O intuito desse apoio é trabalhar, de forma eficiente, a solução mais adequada à continuidade da empresa no mercado.

De acordo com Delmar Siqueira, advogado especialista em Direito Empresarial do Urbano Vitalino Advogados, muitos dos problemas em cenário de crise passam pela discordância entre os sócios/gestores sobre os rumos que a empresa deve tomar e como resolver questões financeiras, refinanciamento de dívidas ou reforço de caixa, por exemplo. “Os gestores das empresas precisam buscar soluções rápidas para superar o momento de crise e evitar que o problema impeça sua continuidade. As decisões devem ser tomadas respeitando o que está previsto no contrato social da empresa e nos seus acordos para-sociais”, explica. Entre as soluções estão a reorganização empresarial com foco no core business da empresa, a reestruturação societária, com, por exemplo, a entrada de sócio investidor, entre outras. “Quanto mais rápida for feita a avaliação da melhor solução, menos a empresa perde valor”, alerta.

Segundo Siqueira, ao longo da consultoria, os sócios são conduzidos a um processo de reflexão. “Nos casos em que todas as opções se esgotam, existe a possibilidade de avaliar medidas mais contundentes, tais como venda de operações, de ativos, dentre outras formas que melhor ajustem a empresa à nova dimensão de seus negócios”, explica.

Regulamentação de atividade deve beneficiar cerca de 10 milhões de artesãos

Da Agência Brasil

Cerca de 10 milhões de artesãos brasileiros foram reconhecidos como trabalhadores profissionais com a sanção este mês da Lei nº 13.180/2015. O texto estabelece diretrizes para as políticas públicas de fomento à profissão, institui a carteira profissional para a categoria e autoriza o Poder Executivo a dar apoio profissional aos artesãos.

A legislação define como artesão toda pessoa que desempenha atividades profissionais de forma individual, associada ou cooperativada, com predomínio manual, podendo contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos.

Entre as diretrizes estão a valorização da identidade e cultura nacionais, a destinação de linha de crédito especial para o financiamento da comercialização da produção artesanal e para a aquisição de matéria-prima e de equipamentos, além de qualificação permanente, apoio comercial e certificação da qualidade do artesanato.

A Carteira Nacional do Artesão, prevista na lei, será válida em todo o território nacional e só será renovada com a comprovação das contribuições sociais para a Previdência Social. A lei prevê também a criação da Escola Técnica Federal do Artesanato.

CRÉDITO

Para Sônia Quintella, presidente da Artesol, a regulamentação no âmbito federal é fundamental. A Artesol é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que beneficia artesãs e artesãos de baixa renda. Segundo ela, antes era necessário se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) para obter vantagens, como financiamentos, o que, para ela, facilita pouco a vida do artesão que, na maioria das situações, tem a atividade como complemento de renda. “Agora, ele vai ter acesso a uma linha de crédito específica que antes ele tirava como pescador ou produtor rural.”

Sônia Quintella diz que a preocupação é como a lei vai ser posta em prática. Ela acredita na criação de políticas públicas que ajudem o artesão a se manter na profissão, para que essa seja a sua principal fonte de renda. “Ele necessita desse apoio do governo federal. Alguns ministérios fazem algum trabalho voltado para o artesão, mas são medidas específicas”, acrescentou.

VISIBILIDADE

Para Fani Pereira, que trabalha há 12 anos na Feira de Artesanato da Torre, em Brasília, a aprovação vai dar mais visibilidade à categoria em relação às reivindicações. “Antes só tinha voz quem era microempreendedor individual”, diz. José Souza, que trabalha há 45 na Torre, acredita na obtenção de benefícios como a aposentadoria, com a nova lei. Francisco Pereira, de quase 80 anos, espera que a lei seja realmente efetivada na prática. “Todos estamos esperando isso, vamos ver se vai acontecer”, disse.

Quem frequenta o local, como o assistente administrativo Manoel de Souza, também aprova a regulamentação. Morador de Brasília, ele acredita que agora vai haver mais empenho da parte dos artesãos, em contrapartida ao que governo está oferecendo. A turista Ângela Quintanilha, do Rio de Janeiro, concorda. “Eles não tem estabilidade, não tem segurança e é uma forma de valorizar uma profissão de criatividade.”

Segundo o Ministério do Trabalho, o artesanato é uma atividade muito importante para a economia e a cultura do país e a lei vai permitir a formulação de um conjunto de políticas públicas para esses trabalhadores, ao incentivar a qualificação e a gestão profissional das atividades dessa categoria.

OPINIÃO: Diminutivos nem sempre expressam tamanho

Por MENELAU JÚNIOR

Um dia, na escola, aprendemos que o aumentativo e o diminutivo servem para indicar variações de tamanho dos substantivos. Ninguém contesta que um carro pequeno é um “carrinho”; uma menina pequena é uma “menininha”; uma festa para poucos convidados é uma “festinha”.

Mas não é sempre assim. No dia a dia, os diminutivos também são usados com outros valores. Quem não lembra os famosos versos de Caetano Veloso: “Gosto muito de te ver, Leãozinho”? Caetano fez a música para um amigo contrabaixista, o Dadi. Dadi, segundo o compositor baiano, era “novinho, lindíssimo”. E, assim como Caetano, do signo de Leão. Compreendendo as motivações da canção “O leãozinho”, fica mais do que evidente que a palavra não está no diminutivo para expressar tamanho, mas para revelar afetividade.

O que seria do amor sem os diminutivos? Você, leitora, é apaixonada por um rapaz alto, mas o chama de “amorzinho”. Você, leitor, caído pela companheira, chama-a de “princesinha”. E lá se vão os diminutivos cheios de carinho: “mamãezinha”, “painho”, “lindinha”, “gordinho”, “olhinho”, “boquinha”. Tudo depende do contexto. No amor, por exemplo, os diminutivos encontram terreno mais que fértil.

Mas nem sempre é assim. Se por um lado eles podem revelar carinho, afetividade, por outro relevam um aspecto mordaz, irônico. Alguma mulher aceita ser chamada de “mulherzinha”? Todos sabemos que tal atribuição não revela tamanho nem apreço: “mulherzinha” deprecia, diminui, vulgariza. Você ser consultaria com um “doutorzinho”? Claro que não. Recomendaria um “professorzinho” para seu filho? Também não. Até mesmo um “carrinho” pode significar, dependendo da situação, um automóvel que não merece muita confiança.

Resumindo, nem sempre o diminutivo indica a diminuição do tamanho normal. Pode também ser empregado com valor de carinho ou com uma forte carga pejorativa. O contexto ou a situação é que revelam, de fato, o sentido das palavras.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todos os sábados. E-mail: menelaujr@uol.com.br

FUTEBOL: Porto terá batalha duríssima contra o América

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

O Porto faz contra o América, neste sábado (31), a partir das 15h, no Antônio Inácio, em Caruaru, a segunda partida das semifinais do Campeonato Pernambucano Sub-20. No primeiro confronto envolvendo as duas equipes, ocorrido no último dia 17, no Olindão, o tricolor da Rua Preta acabou sendo derrotado pelo Periquito por 2 a 0. Com o resultado, agora, se quiser carimbar o seu passaporte até as finais sem precisar se submeter à cobrança de pênaltis, o Gavião do Agreste terá de vencer o duelo decisivo por três gols de diferença.

Apesar do placar elástico, o técnico Janduir Lira se mostrou confiante quanto à classificação de sua equipe. “Por falha nossa, levamos o primeiro gol lá no Olindão logo nos minutos iniciais da partida. Esse cochilo acabou custando caro, porque só entramos no jogo após sofrermos o segundo tento. É claro que o resultado atrapalhou o nosso planejamento, ou seja, diminuíram as chances de passarmos até a final, mas não desanimamos. Por tudo que já demonstramos dentro de campo, temos totais condições de reverter esse quadro. O grupo continua bastante unido”, avaliou.

Se dependesse de retrospecto, a garotada do Porto já estaria classificada para mais uma decisão de sua história. Isso porque obteve a melhor campanha no somatório das duas fases já disputadas da competição. Mas, como os resultados passados só servem mesmo para avolumar as estatísticas, o treinador do Gavião se mostrou inclinado a promover mudanças no time titular. “É claro que também precisaremos nos preocupar com o adversário, porém entraremos com uma formação mais ofensiva, ou seja, no 4-3-3”, revelou Janduir.

Até o primeiro duelo das semifinais, o tricolor da Rua Preta vinha atuando no esquema 4-4-2 com: Igor; Téo, Alisson, Charleston e Vinícius; Raimundo, Clebson, Diego e Marcelo; Eric e Marlon. Agora, com a mudança, o atacante Robinho deverá ocupar a vaga do volante Raimundo. “Treinamos bastante durante toda esta semana para alcançarmos o entrosamento necessário e não tenho dúvidas de que faremos uma boa partida. Convidamos a todos os torcedores locais a comparecerem ao Antônio Inácio para nos empurrar até a classificação”, finalizou Janduir Lira.

Sem nenhum jogador suspenso, o técnico do Gavião ainda ganhará para este duelo decisivo os reforços do atacante Túlio e do volante João Vitor, que vêm treinando normalmente após terem deixado o departamento médico. Em atividade há mais de 22 anos, o Porto já levantou por três vezes a taça do Estadual da categoria: em 2004, 2008 e 2014. No outro duelo das semifinais, o Sport encara o Atlético, neste domingo (1º), a partir das 15h, na Ilha do Retiro. No primeiro confronto, os adversários da vez ficaram no empate por 1 a 1, no último dia 17, no Paulo Petribu. Pelo regulamento, uma vitória simples para qualquer um dos lados garantirá o vencedor na final.

Unifavip investe em Laboratório de Simulação Realística

O Centro Universitário Vale do Ipojuca (Unifavip|DeVry) inaugura no dia 12 de novembro, às 17hs, uma das mais importantes inovações, o “Laboratório Turbo Health”, que terá um moderno Centro de Simulação Realística. O moderno Laboratório de Simulação Realística construído com alusão ao modelo hospitalar, será composto por ambientes que podem ser utilizados para práticas assistenciais, propiciando aos discentes de enfermagem uma aprendizagem significativa através da utilização de manequins adultos e pediátricos automatizados, capazes de reproduzir, por meio de cenários clínicos, experiências reais, sem riscos da exposição do paciente, no intuito de assegurar o processo de aprendizagem que busque desenvolver competências inerentes à profissão.

O Unifavip tem feito investimentos significativos em toda sua estrutura, modernizando os laboratórios e inserindo novas ferramentas na metodologia de ensino dos cursos. Tal investimento torna a estrutura do Curso de Enfermagem pioneira no Estado de Pernambuco, seguindo padrões internacionais de sucesso, com equipamentos de ponta e um corpo docente qualificado para formar profissionais preparados que atuem com diferenciais competitivos no mercado de trabalho. Mais informações no site www.unifavip.edu.br.

Franchising Expo Nordeste é oportunidade para empreendedores abrirem franquia

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A Chlorophylla vai marcar presença na 5ª edição da ABF Franchising Expo Nordeste, que acontece de três a seis de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco. Focado no sistema de franquias de diversos seguimentos, a feira, a maior do Norte e Nordeste, é uma oportunidade para quem deseja ser um franqueado da Chlorophylla, marca que oferece baixo investimento e retorno garantido. Considerado um dos setores que mais cresce no País, o franchising se mostra fortalecido e anuncia crescimento de 11,2% no 1º semestre de 2015, atingindo um faturamento de R$ 63,885 bilhões.

Promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o evento é uma versão regional da maior feira de franquias do mundo, a ABF Franchising Expo, que é realizada anualmente em São Paulo, no mês de junho. Na ABF Franchising Nordeste os visitantes vão encontrar todas as informações de como ser um franqueado da Chlorophylla, que vai ocupar o estande 33 da feira.

Marca de perfumaria e cosméticos com qualidade reconhecida nacionalmente, a Chlorophylla foi fundada em 1986, em Curitiba, no Paraná. Em 2013, a empresa passou a ter uma nova administração. Com investimentos de R$ 20 milhões e prestes a inaugurar uma nova fábrica em Gravatá, Pernambuco, a Chlorophylla se reposiciona no mercado e planeja abrir 200 novas franquias no Nordeste até 2020.

O Parque Industrial Chlorophylla, em Gravatá, terá capacidade inicial de produzir 2,4 milhões de itens por ano. A localização privilegia a região Nordeste, garantindo maior eficiência logística e reduzindo custos com frete. A marca também ganhou um novo slogan: “Mude seu dia”.

O ano de 2015 está sendo marcado pelo novo formato de franquia da Chlorophylla. As lojas ficaram mais bonitas e atraentes e se tornaram um grande atrativo para investidores. Entre as vantagens oferecidas estão: baixo investimento (cerca de R$ 200 mil), alta rentabilidade e lucratividade, garantindo um rápido retorno do capital investido, e apoio integral na implantação do negócio.

A Chlorophylla presta toda assistência ao franqueado, antes e após a inauguração da loja. Na pré-inauguração, a marca auxilia no estudo da viabilidade financeira, na escolha do ponto comercial, e na entrega de projetos arquitetônicos. Também dá treinamento inicial para franqueados, gerentes, vendedoras e sistema operacional, orientação no estoque inicial, orientações quanto à aquisição de equipamentos, utensílios e uniformes, e consultoria nas ações de marketing para inauguração.

Na pós-inauguração, os franqueados recebem orientação sobre gestão do negócio e ferramentas de suporte para acompanhamento dos resultados, treinamento e reciclagem, materiais promocionais e campanhas de marketing institucional, e orientação na definição de mídia local.

Na linha de perfumaria, o cliente tem opções de fragrâncias exclusivas e com personalidade, direcionadas para homens e mulheres de todas as idades, em todos os momentos. O segmento de cuidados corporais conta com sabonetes em barra, sabonetes líquidos, esfoliantes, desodorantes, linha masculina, loções hidratantes e muito mais. Necessaires personalizadas, sacolas e embalagens para presente completam o portfólio Chlorophylla.

“O setor de cosméticos e perfumaria é um dos que mais crescem no Brasil, com destaque para a região Nordeste, onde o potencial de consumo é muito grande. Tudo isso abre novas oportunidades para empreendedores que querem ter seu próprio negócio. A franquia da Chlorophylla é uma ótima opção de investimento”, destaca Chayza Dantas, diretora da Chlorophylla.

Além das franquias, a Chlorophylla conta com os seguintes canais de vendas: multimarcas, venda direta e e-commerce. O portfólio traz produtos de perfumaria, cosméticos, cuidados pessoais e acessórios. Conheça mais no site: www.chlrophylla.com.br

Mercado

Na contramão da crise, dados da Associação Brasileira de Franchising revelam que o faturamento do setor cresceu 11,2% no primeiro semestre de 2015, se comparado ao mesmo período de 2014, totalizando R$ 63,885 bilhões. A Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising aponta também crescimento de 2,5% no número de abertura de lojas no primeiro trimestre deste ano, já o segundo, registrou alta de 3,1% na abertura de novas unidades, em relação ao mesmo período do ano passado.

A distribuição regional deste resultado destaca a representatividade das regiões Norte e Nordeste, que somam 18% da receita da indústria do franchising. A Região Sudeste respondeu por 59%, a região Sul (16%) e a Centro-Oeste (8%).

Esquema especial nas rodovias durante o feriado

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A Operação Finados, realizada Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão vinculado à Secretaria de Transportes, iniciará nesta sexta-feira (30). O intuito Da ação é reforçar a segurança e a fluidez do trânsito durante o feriado prolongado. A partir de amanhã o DER monitorará as principais rodovias do Estado. Para isso, o órgão disponibilizará uma equipe fixa, cuja missão será informar a situação das estradas que dão acesso às praias e ao interior.

Com o intuito de facilitar a vida dos viajantes, o DER utilizará as redes sociais para alertar sobre eventuais congestionamentos e apresentar rotas alternativas nos horários de retenções. Os dados serão disponibilizados a cada meia hora no twitter @der_pernambuco. , Imagens e informações em tempo real serão postadas.

Trabalho

Em parceria com o BPRV, o DER atuará para diminuir o tráfego e evitar engarrafamentos nas rodovias de acesso ao Litoral Sul e Norte. As equipes também agirão para coibir imprudências, como estacionamento em locais proibidos e ultrapassagens irregulares.

“ O período proporciona uma intensificação do trânsito nas rodovias. Estaremos trabalhando para reduzir o congestionamento, principalmente na sexta e segunda-feira. O trabalho terá o reforço do monitoramento das rodovias, via redes sociais”, disse Laurent Licari, chefe da fiscalização do DER.

A operação, que contará com 30 agentes de trânsito, focará as rodovias que dão acesso aos Litorais, além do monitoramento do fluxo na BR-232, principal via de acesso ao interior do Estado.

Mais maleável à volta da CPMF, Paulo quer ouvir prefeitos sobre importância do imposto

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Por Franco Benites do Jornal do Commercio

O governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), reúnem-se hoje no para tratar da proposta de reedição da CPMF. Inicialmente contrário à volta do imposto, porém com uma postura mais maleável sobre o tema nos últimos dias, Paulo quer ouvir os prefeitos para decidir que orientação dará à bancada federal sobre a taxa.

“A CPMF hoje é muito mais importante para a saúde financeira da União e dos municípios do que para os Estados apesar de ser um volume de receita que ajuda os Estados. Pedi para Patriota conversar comigo para avançarmos nesse debate”, disse.

Entidades de prefeitos se reuniram esta semana com a presidente Dilma Rousseff (PT) e costuraram um acordo para que a proposta da nova CPMF tenha uma alíquota de 0,38% e não apenas de 0,20% como pensou o governo federal. Assim, 0,20% ficariam com a União e 0,18% seriam divididos entre Estados e municípios.

Além de ficar de olho em valores repassados para Pernambuco, o governador não quer ser apontado como uma das pessoas que colocaram obstáculo à aquisição de recursos por parte das prefeituras. Ele defende ainda que o dinheiro arrecadado pela CPMF seja voltado à Saúde, e não à Previdência Social como deseja a União.  A leitura é que a mudança beneficiará o Estado.

“A CPMF é importante para a União ter receita e os municípios um pouquinho mais de folga, principalmente na área de Saúde. Claramente a gente está vendo fechamento de serviços por parte dos municípios, o que está criando muitas dificuldades na rede estadual. Há realmente um volume de pessoas que poderiam ser atendidas nos municípios”, destacou.

O presidente da Amupe disse que irá à reunião com o governador para ouvir, mas também para falar muito. “Vamos alinhar o interesse do Estado com o dos municípios”, falou José Patriota. Os pedidos para que Paulo apoie a CPMF também partiram do governo federal por meio do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, com quem o governador se encontrou esta semana.

Paulo disse que começa a ser mais amigável à ideia de retomar a CPMF porque   a ação  incrementaria a receita de Estados e municípios mais diretamente. “Outros projetos que poderiam criar receitas são muito duvidosos. Não se sabe o volume deles, como essa proposta de repatriação (de recursos do exterior)”, afirmou.

Apesar de não contestar a CPMF como antes, ele reforçou que não tem uma posição fechada e defendeu um debate “exaustivo” sobre o tema.

Analistas questionam influência da Lava Jato na alta do desemprego

Da Folhapress

Na última terça-feira (27), o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), André Calixtre, disse que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi a origem da crise de emprego no País.

Em uma entrevista no Rio, Calixtre afirmou que a Operação Lava Jato desorganizou o setor de óleo e gás e acabou afetando o setor de construção. E que “o resto [da crise de emprego] veio depois, com a queda da atividade econômica”.

Calixtre disse que não tinha números que demonstrassem o impacto da Lava Jato no emprego. Ele mencionou, no entanto, um estudo do Ministério da Fazenda que culpou a operação por dois pontos percentuais da queda do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano.

Outros analistas ponderaram sobre a influência da Lava Jato no cenário econômico atual.
“Não concordo que tenha sido o início, mas acho que [a Operação Lava Jato] contribuiu. A economia já vinha mal em 2014 quando o crescimento foi zero. A razão principal para o aprofundamento da crise foi o ajuste fiscal deste ano”, disse João Saboia, especialista em mercado de trabalho do Instituto de Economia da UFRJ.

Ele atribui a origem da crise de emprego à perda de dinâmica do mercado de trabalho começou pelas demissões na indústria. José Márcio Camargo, professor de economia da PUC-Rio, disse que a economia entrou em recessão no ano passado, quando começou a haver a redução da geração de emprego. “Já existia um processo de redução da geração de empregos no Brasil quando aconteceu a Lava Jato. Ela significou a piora de um processo que existia”, disse o professor.

No primeiro semestre de 2014, o mercado de trabalho gerou 588.671 empregos formais. Isso representava uma queda de 29% frente ao ano mesmo período do ano anterior.

A Operação Lava Jato se tornou um problema mais sério para a Petrobras e empreiteiras a partir da delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, no fim de agosto de 2014.

Para Camargo, a crise do emprego se aprofundou em 2015 com o aprofundamento da recessão. O PIB (Produto Interno Bruto) deve encolher 3,02% este ano, pela média da projeção dos economistas.

O economista Leonardo França Costa, da Rosenberg & Associados, tem uma avaliação semelhante. Para ele, as demissões da indústria estão na origem da crise de emprego no país. “Isso vem muito antes da Lava Jato”, disse o economista.

Pelos dados do IBGE, o emprego na indústria encolhe há 47 meses consecutivos na comparação anual (em relação ao mesmo período de um ano antes). É a mais longa sequência da pesquisa, iniciada em 2001.

Governo aumenta taxa de juros máxima de crédito consignado de aposentados

Os aposentados e pensionistas da Previdência Social vão pagar mais caro por empréstimos consignados. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, ontem (29), as novas taxas limites de crédito consignado. Para empréstimo pessoal, o percentual passa de 2,14% para 2,34%. Para empréstimos feitos pelo cartão de crédito, a taxa sai de 3,06% para 3,36%. A mudança passará a valer somente com a publicação no Diário Oficial da União, nos próximos dias.

Segundo o Ministério da Previdência Social, desde maio passado, o conselho já debatia o aumento dos juros. As instituições financeiras pleiteavam taxa limite de 2,48% para o empréstimo pessoal e 3,49% para a modalidade cartão de crédito, mas segundo o ministério, essa proposta não foi aceita.

No último dia 22, o Diário Oficial da União publicou a lei que amplia o limite de renda que pode ser comprometido com crédito consignado, descontado em folha de pagamento. O limite passou de 30% para 35%. O percentual adicional de 5% só pode ser destinado para pagar dívidas de cartão de crédito ou para saque por meio de cartão.