Vacinação contra HPV tem início hoje

Tem início hoje a vacinação contra HPV (papilomavírus humano), principal causador do câncer de colo de útero. O público-alvo da vacina, que estará disponível rotineiramente na rede pública, é para meninas de 11 a 13 anos.

O Ministério da Saúde disponibilizou, inicialmente, para Caruaru, 2 mil doses da vacina nesta primeira etapa. A segunda fase da vacinação será aplicada seis meses após a primeira, e a terceira deve ocorrer cinco anos depois.

Todas as adolescentes devem levar o cartão nacional do SUS e um documento de identificação (certidão de nascimento ou RG).

Vereadores acusados de corrupção devem voltar à Câmara de Caruaru

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Gustavo Lima deferiu, nesta sexta-feira (7), o pedido liminar do mandado de segurança que havia sido requerido pela defesa dos parlamentares investigados na Operação Ponto Final. Com a decisão favorável do magistrado, fica determinado o retorno imediato dos 10 vereadores aos cargos legislativos na Câmara de Caruaru, no Agreste pernambucano. A informação foi confirmada pela assessoria do tribunal.

Do Ne10

Primeira aula do cursinho popular recebe mais de mil alunos

Aconteceu na tarde de ontem, a aula inaugural do Cursinho Popular Professor Edílson de
Góis, na Escola Municipal José Florêncio Neto (Professor Machadinho).

Mais de mil feras participaram da aula-show ministrada pelo professor Menelau Júnior. O conteúdo trabalhado foi voltado para preparação dos estudantes para o Enem e também para os vestibulares 2014.

No evento foram arrecadados mais de 500kg de alimentos não perecíveis que irão beneficiar instituições de caridade, do município.

PP apoiará João Paulo para o Senado

Do Blog da Folha

O presidente do PP em Pernambuco, Eduardo da Fonte, garantiu, nesta sexta-feira (7), que o seu partido apoiará no Estado a candidatura do deputado João Paulo ao Senado. O deputado federal, que tentará a reeleição, afirmou que mesmo o seu partido lançando uma candidatura própria ao Governo de Pernambuco – Missionária Michele Collins – o apoio para presidente e senado será para o PT, com Dilma e João Paulo.

Apesar de ainda não ter confirmado a candidatura ao Senado, Eduardo da Fonte garante que João Paulo será candidato. “Tenho pesquisas que mostram João Paulo bem à frente de FBC na disputa pelo Senado. É uma questão de tempo ele anunciar sua candidatura ao Senado”, disse o deputado.

Para que isso aconteça, o PT terá que formalizar a aliança com o PTB, do senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro Neto.

Fundação de Cultura de Caruaru abre inscrições para curso de inglês

A Fundação de Cultura em parceria com o Senac, por meio dos Ministérios do Turismo e da Educação está com 40 vagas disponíveis para o curso de inglês aplicado aos serviços de turismo. As aulas terão inicio a partir do dia 24 deste mês.

Para concorrer a uma dessas vagas, basta que o interessado tenha o ensino Fundamental II completo ou esteja cursando; tenha mais de 18 anos; trabalhe na área de turismo ou possua formação na mesma área. O curso terá 150h de carga horária, que serão diluídos em três meses, com aulas de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h ou das 14 às 17h, na unidade do Senac Caruaru.

Para se inscrever o interessado deve se dirigir à Fundação, portando originais e cópias dos documentos de identificação (RG, CPF e carteira de trabalho, declaração da empresa ou certificado do curso em turismo), comprovante de residência e de escolaridade.

Utilidade Pública: Cursos gratuitos são oferecidos em Gravatá

A Prefeitura de Gravatá está com inscrições abertas até hoje para os cursos gratuitos de Pães, Bolachas, Biscoitos e de Bombeiro Hidráulico nos módulos I e II.

Os interessados devem comparecer ao Centro de Formação Profissionalizante até as 17h, munidos de xerox de documentos como RG, CPF e comprovante de residência.

Escola de Riacho das Almas realiza programação especial em homenagem as mulheres

Foi realizada na manhã de hoje, na Escola José Joaquim de Lima, zona rural de Riacho das Almas, uma programação especial para celebra Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.

As atividades contaram com oficinas de cabeleireiro, manicure e maquiagem, direcionadas para as alunas da escola. À tarde, as atividades serão abertas para todas as mulheres da comunidade com palestras sobre higiene íntima da mulher, depoimentos de mulheres que se destacam na comunidade e também uma palestra sobre a inserção da mulher na política, esta última com a participação da deputada estadual Laura Gomes.

OPINIÃO: Fim da violência contra a mulher: um longo caminho por estradas tortuosas

Por KARINA BONER

Existem avanços, e muitos, no combate à violência contra as mulheres no Brasil. Percebe-se, no entanto, que este caminho ainda é bastante tortuoso. As políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres devem ser – e têm sido – efetivamente assumidas pelos poderes públicos constituídos. Podemos citar como exemplo prático a criação de mecanismos políticos e bem estruturados como as Secretarias Estaduais e Municipais de Mulheres, os Juizados, as Defensorias Especializadas de Violência Doméstica e Familiar e as Promotorias, além de um fortalecimento da Lei Maria da Penha, com julgamentos justos aos agressores.

Não obstante, superar essa questão ainda é um dos maiores desafios impostos ao Estado brasileiro na atualidade. As diversas formas de violência contra a mulher e o feminicídio, que é o assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres, são violações aos direitos humanos e incompatíveis com o Estado Democrático de Direito e com o avanço da cidadania, em boa parte patrocinado pelas conquistas do movimento feminista e de mulheres nos últimos séculos. Mais de sete anos após o surgimento da Lei Maria da Penha, ainda são preocupantemente altos os índices de violência de gênero no País e a ausência de políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa brutalidade, infelizmente, só os fortalece.

Chama a atenção, por exemplo, os dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), que revelaram que, a cada hora, dez mulheres são vítimas de maus tratos no País. No balanço do primeiro semestre de 2013, o Distrito Federal liderou, pela segunda vez consecutiva, o ranking nacional de acesso ao Ligue 180, com uma taxa de 673,53 registros para cada 100 mil mulheres, um aumento de 7,65% frente aos 625,69 por 100 mil mulheres registrados no mesmo período do ano anterior. Por um acaso ou não, a história da Associação de Mulheres Empreendedoras (AME), entidade civil que luta pela valorização da mulher na sociedade, nasceu na capital federal.

Alguns municípios brasileiros já apresentam iniciativas bem-sucedidas para reprimir agressores. O botão do pânico, em Vitória (ES), e a tornozeleira eletrônica, em Belo Horizonte (MG), são exemplos de ideias que poderiam ser replicadas em outras cidades. Utilizado na capital capixaba desde maio do ano passado, o botão do pânico é um dispositivo que a mulher pode carregar consigo e acionar caso sinta-se ameaçada pelo agressor, enviando um sinal (inclusive de áudio) às viaturas especializadas. Quatro homens já foram apreendidos com auxílio do aparelho. A tornozeleira, por sua vez, passou a ser usada em Belo Horizonte por agressores de mulheres em março de 2013. Em cinco meses de programa, o equipamento já havia monitorado 329 agressores e vítimas. No Rio Grande do Sul, o uso da tornozeleira tem início programado para o fim deste mês.

Apesar de a Lei Maria da Penha ser uma das mais avançadas do mundo, ela não determina como deve ser feita a fiscalização das medidas protetivas – essas iniciativas, portanto, são uma forma de verificar o cumprimento das medidas e oferecer uma maior segurança às vítimas. Por fim, ainda existe uma necessidade urgente de melhorar os sistemas de informação já utilizados pelos órgãos de Segurança Pública sobre a violência contra as mulheres, de modo que permitam planejar, monitorar e avaliar melhor as políticas públicas e, o mais importante, punir efetivamente os agressores.

Karina Boner é vice-presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras (AME)

Agamenon Magalhães será interditada neste fim de semana

Neste final de semana, a Destra realizará mais uma vez a interdição da Avenida Agamenon Magalhães, no sentido BR- 104 ao centro, no trecho que vai da Rua Campos Sales até a Rua Professor José Leão, como também, a Rua São Paulo, que fica por trás do estádio, também será fechada.

A paralisação acontece devido a mais dois jogos da sexta rodada do Campeonato Pernambucano 2014. No sábado (08), as vias serão fechadas às 13h, para a partida entre Porto e Naútico, marcada para começar às 15h. Já no domingo (09), para o jogo entre Central e Sport, as vias estarão interditadas a partir das 12h.

As vias serão liberadas 30 minutos após o término do jogo.

OPINIÃO: A Pegada Ecológica

Por MARCELO RODRIGUES

Desenvolvida pela equipe de Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia, em 1993, o método contábil da Pegada Ecológica é coordenado hoje pela GFN (Global Footprint Network), fundada em 2003, e suas 50 organizações parceiras.

A Pegada Ecológica é uma metodologia utilizada para medir os “rastros” que nós deixamos no planeta a partir dos nossos hábitos de consumo. O cálculo já é feito para os países e agora começa a ser ampliado para um nível mais local, para as cidades e Estados. O objetivo não é somente calcular a Pegada Ecológica, mas estabelecê-la como uma ferramenta de gestão ambiental regional e urbana.

O cálculo é uma parte fundamental deste processo. Mas, para dar sentido ao indicador, a população deve ser mobilizada para compreender o seu significado e desenvolver a partir da discussão sobre os resultados – estratégias de mitigação em conjunto com os setores público e privado. Dessa forma, o cálculo não se restringirá a um exercício de contabilidade ambiental e se tornará uma ferramenta que estimulará a população a rever seus hábitos de consumo e escolher produtos mais sustentáveis, além de estimular empresas a melhorarem suas cadeias produtivas.

A Pegada Ecológica de um país, Estado, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas terrestres e marinhas necessárias para sustentar determinado estilo de vida. É uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou uma sociedade utiliza para morar, se alimentar, se locomover, se vestir e consumir bens de consumo em geral. É importante ressaltar que é considerado para este cálculo o impacto do consumo sobre os recursos naturais renováveis.O cálculo da Pegada Ecológica é uma etapa importante, mas constitui o primeiro passo e há ainda um longo caminho pela frente. E essa é uma tarefa que deve ser de todos.

Os governos, as empresas e os cidadãos têm um papel fundamental nesse processo. Os próximos passos agora serão mobilizar a população, universidades, empresas e organizações da sociedade civil para buscar soluções que ajudem a diminuir os impactos do consumo sobre os recursos naturais e contribuam para melhorar o desempenho ambiental do município e do Estado, reduzindo a Pegada Ecológica.

O cálculo é a primeira etapa do processo de mudança. A partir dos resultados, será necessário mobilizar a população, universidades, empresas e organizações da sociedade civil. As pegadas que deixamos revelam muito sobre quem somos. O consumo exagerado, o desperdício, o uso excessivo de recursos naturais, a degradação ambiental e a imensa quantidade de resíduos gerados são rastros deixados e que apontam a medida do que devemos e podemos mudar em nossas vidas em favor da natureza.

Trinta municípios já se comprometeram e assinaram a Carta Rio Pela Sustentabilidade, a fim de propor meios de verificação mensuráveis e verificáveis para a sustentabilidade. A Pegada Ecológica se apresenta como um indicador apropriado de monitoramento, de maneira consistente, já que a redução da perda de biodiversidade associada com o uso excessivo de serviços ambientais depende da humanidade.

Essas cidades, ao fazerem esse trabalho, também dão um exemplo para outros países. Para o WWF-Brasil, os municípios e os países devem levar em conta não apenas o PIB (Produto Interno Bruto) ou outros indicadores econômicos quando avaliam o seu crescimento. O impacto deste crescimento sobre os recursos naturais não é capturado pelos indicadores em uso.

É importante que esse crescimento ocorra de maneira sustentável e acreditamos que uma boa maneira de fazer isso é as cidades e os países assumirem o compromisso de medirem suas pegadas ecológicas e adotarem medidas que possibilitem a sua redução. Queremos que o índice possa fazer parte das contas nacionais, a exemplo do que acontece hoje com o PIB.

É decisivo para a conscientização das autoridades municipais e dos cidadãos de que deve ser obrigatório que uma cidade tenha que fazer sua parte no enfrentamento do aquecimento global e da crise climática sem esperar pelos outros.

No que se refere aos caminhos para mitigação, destacamos as seguintes iniciativas que poderiam ser aplicadas em nossa cidade: captação de metano no aterro sanitário para utilização como energia; aprovação de legislações que contemplem as mudanças climáticas, com metas a serem atingidas; expansão de transporte coletivo e o programa Ecofrota Pública para sair da dependência do petróleo, com a adoção do conceito de cidade compacta nas novas operações urbanas; plano de reflorestamento com árvores nativas e plano cicloviário; plano de despoluição do rio Ipojuca; lei de resíduos sólidos e sua aplicabilidade; entre outros.

Por isso, participar do cálculo da Pegada Ecológica é uma aposta acertada, pois nos possibilitará ter acesso não só às informações, mas também à medida do que cada um de nós terá que contribuir.

marcelo rodrigues


Marcelo Rodrigues foi secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife. É advogado e professor universitário. Escreve todas as sextas-feiras para o blog