Avenida Brasil recebe reparos

Os motoristas que trafegam pela avenida Brasil devem redobrar atenção, pois
a Secretaria de Infraestrutrura Iniciou hoje (1º/09) obras de reparo na via.
No local está sendo feito um reforço na base para em seguida passar o
asfalto, que proporcionará maior segurança e conforto aos condutores.

A parte onde as máquinas estão trabalhando foi isolada e sinalizada. O
trânsito está sendo desviado por uma área lateral.

Vale ressaltar que essa obra é paliativa e está sendo feita em caráter
emergencial. “Desenvolvemos um projeto definitivo e agora estamos em busca
de recurso para executar”, explicou o secretário de infraestrutura, Bruno
Lagos.

Semana passada esse mesmo serviço paliativo foi feito na avenida João
Soares Machado, a principal do Distrito Industrial.

Dilma tem 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%, aponta pesquisa Ibope

Do G1

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (26) aponta Dilma Rousseff (PT) com 34% das intenções de voto para presidente da República e Marina Silva (PSB), com 29%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 19%, seguido de Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL), com 1% cada. Os outros seis candidatos somados acumulam 1%.

O levantamento indica que, em um eventual segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a ex-senadora teria 45% e a atual presidente, que tenta a reeleição, 36%.

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a pesquisa é a primeira do Ibope com Marina Silva como candidata do PSB. No levantamento anterior do instituto, divulgado no último dia 7, o candidato do partido ainda era Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no último 13. Naquela pesquisa, Dilma tinha 38%; Aécio  Neves (PSDB), 23%; e Eduardo  Campos (PSB), 9%.

De acordo com a pesquisa desta terça-feira, 7% dos entrevistados disseram não saber em quem votar e 8% responderam que votarão em branco ou nulo. Na pesquisa anterior, os que responderam não saber em quem votar eram 13% e brancos e nulos, 11%.

O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 175 municípios entre os últimos sábado (23) e segunda-feira (25). O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00428/2014.

Confira abaixo os números na modalidade estimulada da pesquisa (em que o pesquisador apresenta ao entrevistado um cartão com os nomes de todos os candidatos):

– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Marina Silva(PSB): 29%
– Aécio Neves (PSDB): 19%
– Luciana Genro (PSOL): 1%
-Pator Everaldo (PSC): 1%
– José Maria (PSTU): 0% *
– Eduardo Jorge (PV): 0% *
-Rui Costa Pimenta (PCO): 0% *
– Eymael (PSDC): 0% *
– Levy Fidelix (PRTB): 0% *
– Mauro Iasi (PCB): 0% *
– Brancos/nulos/nenhum: 7%
– Não sabe: 8%

Cada um dos seis indicados com 0% não atingiu 1% das intenções de voto; somados, eles têm 1%

Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:

– Dilma Rousseff (PT): 27%
– Marina Silva (PSB): 18%
– Aécio Neves (PSDB): 12%
– Outros: 2%
– Brancos/nulos/nenhum: 12%
– Não sabe: 28%

Segundo turno
O Ibope simulou os seguintes cenários de segundo turno:

– Marina Silva: 45%
– Dilma Rousseff: 36%
– Brancos/nulos/nenhum: 9%
– Não sabe: 11%

– Dilma Rousseff: 41%
– Aécio Neves: 33%
– Brancos/nulos/nenhum: 12%
– Não sabe: 12%

Rejeição
Dentre os 11 candidatos a presidente, Dilma Rousseff tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Veja os números:

– Dilma Roussef: 36%
– Aécio Neves: 18%
– Pastor Everaldo: 14%
– Zé Maria: 11%
– Marina Silva: 10%
– Eymael: 9%
– Levy Fidelix: 9%
– Luciana Genro: 8%
– Rui Costa: 7%
– Eduardo Jorge: 7%
– Mauro Iasi: 6%

Avaliação do governo
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 34% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado no último dia 7, o índice era de 32%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”.

A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, é de 27% (31% no levantamento anterior). Consideram o governo “regular” 36% (na pesquisa anterior, 35%).

O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
– Ótimo/bom: 34%
– Regular: 36%
– Ruim/péssimo: 27%
– Não sabe: 2%

Após queda, regularização de dívidas volta a subir em julho, mostra indicador do SPC Brasil

O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) interrompeu a trajetória de queda registrada entre março e junho e apresentou uma leve alta de 0,97% no mês de julho deste ano em relação a 2013.

Na comparação com junho de 2014, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas em atraso também teve um resultado positivo e subiu 2,24%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, apesar dos números mais positivos para o último mês, ainda não é possível afirmar que os dados sinalizam uma reversão da tendência de piora no indicador de recuperação de crédito. Exemplo disso é que na comparação do dado acumulado nos sete primeiros meses de 2014 com o mesmo período do ano passado, a quantidade de pessoas que conseguiram regularizar dívidas em atraso caiu 0,97%.

Para a economista do SPC Brasil, com o atual cenário de alta da inadimplência e perda da confiança dos consumidores e dos empresários, a recuperação de crédito não deve apresentar melhoras significativas até o fim do semestre.

Com 21% no primeiro turno, Marina empataria com Dilma no segundo

dataDo G1

Pesquisa feita pelo Datafolha para o jornal Folha de S.Paulo divulgada na edição desta segunda-feira (18) mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.

É a primeira pesquisa que inclui um cenário em que a ex-senadora Marina Silva é o possível nome do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13), em um acidente de avião. O PSB ainda não definiu se Marina será a candidata substituta, mas lideranças dão a escolha como certa.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos dias 15 e 16 de julho e divulgado no dia 17, Dilma tinha 36%, Aécio, 20% e Eduardo Campos, 8%.

O percentual de entrevistados que disseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14% em julho e agora atingiu 9%. Brancos e nulos eram 13%; agora são 8%. O quarto colocado na pesquisa, pastor Everaldo (PSC), aparece com 3% das intenções de voto; no levantamento anterior, tinha os mesmos 3%.

A pesquisa mostra que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno: Dilma teria 36% contra 46% da soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% contra 36% dos demais, o que indicava uma incerteza sobre a necessidade de segundo turno.

O resultado da atual pesquisa mostra que, se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina começa a campanha em situação de empate técnico com Aécio Neves, numericamente à frente do tucano: 21% a 20%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Marina larga também em situação de empate técnico com Dilma na simulação de segundo turno: Marina com 47% e Dilma com 43%. O Datafolha não pesquisou um cenário entre Marina e Aécio. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista tem 47%, e o tucano, 39%.

O levantamento foi encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.

Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):

– Dilma Rousseff (PT): 36%
– Marina Silva (PSB): 21%
– Aécio Neves (PSDB): 20%
– Pastor Everaldo (PSC): 3%
– José Maria (PSTU): 1%
– Eduardo Jorge  (PV): 1%
– Luciana Genro (PSOL): 0%
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Brancos/nulos/nenhum: 8%
– Não sabe: 9%

Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:

– Marina Silva: 47%
– Dilma Rousseff: 43%

– Dilma Rousseff: 47%
– Aécio Neves: 39%

O Datafolha não realizou a simulação de uma disputa entre Aécio Neves e Marina Silva.

Rejeição
A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Confira abaixo:

– Dilma Roussef: 34%
– Aécio Neves: 18%
– Pastor Everaldo: 17%
– Zé Maria: 16%
– Eymael e Levy Fidelix e Rui Costa: 13%
– Marina Silva, Luciana Genro e Mauro Iasi: 11%
– Eduardo Jorge: 10%

Avaliação da presidente
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 38% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado em 17 de julho, o índice era de 32%. O percentual de aprovação considera os entrevistados que avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”. A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideraram o governo “ruim” ou “péssimo”, foi de 23% (era 29%). Dos ouvidos, 38% consideram o governo como “regular” (mesmo percentual anterior).

O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
– Ótimo/bom: 38%
– Regular: 38%
– Ruim/péssimo: 23%

Estudantes estão na fase final de olimpíada nacional

Três estudantes do Colégio Diocesano de Caruaru estão em Campinas-SP,
onde participam neste sábado (16) da fase final da Olimpíada Nacional em
História do Brasil. A equipe “Caruaru show” tem como integrantes os
jovens Maria Eugênia Leite, de 16 anos, Lucas Maciel e Péricles Pedrosa,
ambos de 17 anos. Eles foram acompanhados pelo professor de história
Veridiano Santos, responsável pela preparação dos estudantes na
competição, e pela supervisora pedagógica do 2º e 3º anos do Ensino
Médio, Ana Patrícia.

A olimpíada é realizada por equipes compostas por quatro pessoas: três
estudantes (do 8º ou 9º ano do Ensino Fundamental II ou qualquer ano do
Ensino Médio) e o professor de história do colégio. A competição promove
cinco fases online, com duração de uma semana cada uma, e as respostas
são obtidas por meio de debate entre os integrantes da equipe e a
pesquisa em livros ou internet, com orientação do professor.

Nesta última fase, foram selecionados 1200 estudantes de todo o Brasil
para fazerem a prova na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
realizadora da olimpíada. A etapa final é constituída de uma prova
dissertativa e os participantes aguardam o resultado já no dia seguinte
à prova, quando ocorre a entrega de medalhas.

Ministério desmente boatos sobre casos de ebola no Brasil

Com relação aos boatos que estão circulando nas redes sociais e por meio do aplicativo Whatsapp sobre Ebola, o Ministério da Saúde esclareceu, que não há caso suspeito ou confirmado da doença no Brasil. Vale ressaltar que o risco de transmissão para o país é considerado baixo.

De acordo com os dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental.

O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação de circulação de vírus no mundo, inclusive o Ebola, além de quaisquer outras situações que possam se caracterizar como emergência de saúde pública.

Como a doença é transmitida pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável. A OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados.

ONU registra aumento da expectativa de vida no Brasil

A expectativa de vida no Brasil aumentou 17,9% entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos. O avanço foi apontado no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o crescimento foi possível em razão das medidas de combate à desnutrição, redução da mortalidade materna e infantil, ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, melhoria do atendimento às mães e bebês, enfrentamento das doenças crônico-degenerativas e das chamadas mortes violentas, entre outras ações na área de atenção básica e urgência e emergência.

O relatório colocou o Brasil na 79ª posição do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 187 países, com um valor de 0,744 (categoria de Alto Desenvolvimento Humano). Entre 1980 e 2013, o valor do IDH do Brasil aumentou 36,4%. O índice está acima da média de 0,735 para os países do grupo de Alto Desenvolvimento Humano e acima da média de 0,740 para os países da América Latina e Caribe.

Também houve crescimento na expectativa da vida nos últimos anos: em 2010, a estimativa era de 73,1 anos, já no ano passado passou para 73,9 anos. Os resultados seriam ainda melhores se o PNUD utilizasse dados atualizados para a elaboração do relatório. A instituição internacional usou uma projeção de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para chegar ao índice de 73,9 anos. Caso considerasse as estatísticas de 2013, já disponibilizados pelo IBGE, a esperança de vida ao nascer seria de 74,8 anos. Se fossem considerados esses números a outros dados defasados, como o de escolaridade, o país sairia da 79ª posição para a 67ª.

O relatório mostra que as desigualdades no Brasil estão diminuindo. O IDH do Brasil ajustado à desigualdade (IDHAD) ficou em 0,542 em 2013, com uma perda de 27% em relação ao IDH. Essa perda vem caindo ao longo dos últimos anos: era de 29,6% em 2006. Das três dimensões analisadas no IDHAD, a desigualdade na expectativa de vida ao nascer é a menor, com um índice de 14,5%, seguido da desigualdade na educação (24,7%) e da desigualdade na renda (39,7%).

Paulo: “Vamos construir a melhor política para as mulheres do Brasil”

encontro c mulheres 3Durante reunião com representantes de entidades de defesa dos direitos das mulheres, o socialista Paulo Câmara (PSB) se comprometeu a fazer de Pernambuco um Estado de excelência no que se diz em relação ao compromisso com a implementação de políticas públicas para as mulheres

“Vamos construir a melhor política para as mulheres do Brasil”, cravou Paulo Câmara, sendo aplaudido pelas cerca de 300 mulheres presentes no evento. O encontro iniciou o processo de discussão das diretrizes que nortearão o programa de governo do socialista para a área.

Paulo Câmara frisou que os pontos que serão definidos como prioridades pelas mulheres e inseridos no programa de governo serão todos implementados, a partir de 2015, pelo Governo do Estado.

Durante essa caminhada rumo ao Palácio do Campo das Princesas, Paulo Câmara já anunciou políticas integradas que vão beneficiar as mulheres, a exemplo dos Hospitais da Mulher que serão construídos no Sertão pernambucano, em Serra Talhada e em Petrolina.

A criação da Secretaria da Mulher foi uma das inovações implementadas pelo ex-governador Eduardo Campos, já no seu primeiro governo, em 2007. Com a estrutura estabelecida, várias políticas para as mulheres avançaram no Estado, como a redução dos crimes contra o gênero e a introdução de uma assistência à saúde mais humanizada.

Artigo: Democracia em disputa no Brasil

Por Leonardo Bulhões

Desde cedo, nas minhas aulas de filosofia na escola, aprendi que é importante questionar as afirmações que o mundo me dá. Não só questionar por questionar, mas procurar entender o significado de certas argumentações e justificativas, muitas vezes exercícios complexos de retórica na tentativa de convencer as pessoas de coisas sem o menor sentido, criando falsas polêmicas.

Nos últimos dias, mesmo com o fervor da belíssima copa do mundo que o governo brasileiro proporciona pro nosso povo e pros estrangeiros ao trazer o evento da FIFA e garantir estrutura e segurança necessárias pra festa de tamanha grandeza, observamos atônitos discursos que buscam inverter os fatos, mudar a lógica e criar pânico em torno do decreto 8.243/2014 que institui a política nacional de participação social.

Tal decreto, entre outras coisas, normatiza, define parâmetros para criação de conselhos e orienta no sentido de fortalecer as políticas de participação social, que diga-se de passagem, já existem desde o século passado!

Tentaram classificar o decreto como “bolivariano”, “golpe no país”.  O que exatamente querem dizer com “decreto bolivariano”? Será que essas pessoas tem a real noção do que estão falando? Ou seguem cegamente um discurso ignorante e sem sentido? Eu realmente queria muito entender o significado negativo que dão ao citarem “bolivariano”, quando Simón Bolívar, na verdade, foi um general que caminhou pelos países latino americanos lutando contra a dominação espanhola e pela liberdade dos povos, inclusive garantindo a independência de vários países. Trazer um sentido negativo é querer impor uma ideia contra revolucionária, conservadora e perigosa, joga contra o desejo e a luta por mais democracia e liberdade.

E é justamente aí que está a grande disputa! Quem está em disputa neste jogo é a democracia do país, é uma visão de mundo e de sociedade. Quem joga contra a participação social e contra os conselhos e conferências, não quer confrontar ideias, não quer disputar a opinião na sociedade e com ela. Quer mesmo é ganhar sem entrar em campo.

É preciso que se diga: os espaços conquistados para que governo e sociedade dialoguem através dos conselhos, por exemplo, garantem mais transparência e evitam a ação de lobistas que buscam tirar proveito do que é público em benefício de interesses privados. Parece de grande irresponsabilidade afirmar que a indicação dos conselheiros e conselheiras da sociedade civil são manipuladas e atendem a interesses partidários. Ora, quem tem autoridade pra disputar os lugares da sociedade civil que dispute! Seja lá quem for. Qual o medo (ou problema) de disputar os espaços com gente que é filiada a partidos políticos? Qual o trauma? É, no mínimo contraditório, gente que é filiada a partido político (alguns de mandato inclusive) usar esse tipo de argumento pobre e despolitizado.

A saúde de nossa democracia passa pelo debate de ideias. É preciso que a política no Brasil seja pautada por projetos e não por acusações e calúnias. Já se foi o tempo em que diziam: “Cuidado com os comunistas, eles comem criancinhas!” Já era, esse discurso do terror é repudiado pela sociedade.

Quanto mais oportunidades e situações que permitam diálogos, melhor pro país. Vivemos o tempo das redes sociais, do acesso a informação, da divulgação de fatos em tempo real. Quanto mais espaço de discussão, em que o povo tenha a oportunidade de opinar, melhor será a nossa democracia.

A democracia não é uma palavra bonita que serve para discursos, carrega consigo um conceito e precisa ser disputada para que seja ampliada, que garanta participação.

E aí surgem os últimos questionamentos: De que lado você está? Do lado dos que querem participar ou daqueles que fogem do debate? Me parece claro o lado que a sociedade civil organizada escolheu. Está com os/as que acreditam e defendem o decreto e a Política Nacional de Participação Social. Querem mais conselhos, conferências, participação e transparência, pelo bem da democracia brasileira que amadurece a cada processo de inclusão.

Leonardo Bulhões – Pernambucano, cursou ciências sociais na ufpe, é servidor público municipal, analista político, editor do Blog “BlogandoAoLeo”.