Lula entrará com denúncia na PGR contra abusos e ilegalidades

Do Jornal do Brasil

O Instituto Lula informou neste sábado (20) que a defesa do ex-presidente denunciará junto ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, “os reiterados abusos e ilegalidades que têm sido cometidos” no âmbito da Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF).

Em documento publicado pelo Instituto, a defesa do ex-presidente enumera em retrospectiva, desde abril do ano passado, o que caracterizou de “cerceamento ilegal das prerrogativas dos advogados por parte do procurador Douglas Kirchner” e afirma também que o denunciará ao presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia:

A defesa de Lula alega que a Procuradoria da República do Distrito Federal “promove, a partir de ilações fantasiosas, verdadeira devassa sobre a vida pessoal e atividades profissionais do ex-presidente Lula, invadindo dados fiscais, bancários, comerciais e até viagens e hospedagem no exterior; impede o pleno acesso da defesa ao teor do procedimento, mas nada faz para impedir que dados sigilosos e partes injuriosas dos autos vazem sistemática e ilegalmente para a revista Época, das Organizações Globo; estabeleceu um rodízio de procuradores no comando do procedimento, o que prolonga sua duração, dificulta o direito de defesa e dilui as responsabilidades pelos abusos e ilegalidades cometidos”.

Sobre reportagem desta semana da revista “Época”, o Instituto Lula afirma que o único crime evidenciado é o vazamento ilegal [para a publicação] de um procedimento sigiloso, ao qual os advogados de Lula tiveram acesso negado, também de forma ilegal:

“A se acreditar na revista, que tem histórico de manipulação de documentos oficiais, a PRDF consumiu dez meses de ‘investigações’, custeadas com dinheiro público, para concluir que Lula teria, hipoteticamente, ajudado o BNDES a receber parcelas atrasadas do governo da Venezuela. Tratar tal hipótese como crime seria desmerecer não só o dever de imparcialidade do Ministério Público mas até a capacidade cognitiva de alguns de seus membros”.

A defesa afirma, ainda, que o contrato entre a LILS Palestras e a empresa Odebrecht é semelhante, inclusive nos valores, a contrato de palestra de Lula assinado e pago (com recolhimento de impostos) pela Infoglobo, que edita O Globo e demais publicações da família Marinho.

A seguir, nota técnica do advogado Cristiano Zanin Martins:

“Em relação à reportagem “Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht”,  as Organizações Globo, por meio da revista “Época”, voltam a atacar a honra e a imagem do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  utilizando-se, para tanto, de informações colhidas em procedimento investigatório sigiloso que tramita perante o Ministério Público Federal de Brasil.

O Procurador da República que deu origem a este procedimento admitiu, no âmbito de processo disciplinar perante o Conselho Nacional do Ministério Público, que a acusação por ele formulada em desfavor do ex-Presidente Lula foi construída a partir da coleta – por ele próprio realizada – de sete documentos na internet, consistente em comentários opinativos e publicações de blogs e jornais.

A condução do procedimento sofre contínuas mudanças praticamente a cada semana, corroborando a idéia de que há um direcionamento e, acima de tudo, um prejulgamento em relação ao ex-Presidente Lula formado não a partir de fatos, mas de idéias e posicionamento ideológico. Não por acaso, o Procurador da República que instaurou o procedimento mantinha nas redes sociais publicações altamente ofensivas ao Partido dos Trabalhadores e seus membros e elogios  a partidos e pessoas que se situam em campo político antagônico, conforme documentação entregue pelos advogados do ex-Presidente Lula ao Conselho Nacional de Justiça (CNMP).

Como sempre ocorreu, os advogados do ex-Presidente Lula tentam obter cópia desse procedimento desde a primeira quinzena de dezembro de 2015.  O pedido foi negado e na primeira quinzena de janeiro de 2016 foi refeito, com base em nova base legal que não deixa dúvida sobre o direito dos advogados de obterem cópia de procedimento investigatório. Mesmo assim, o deferimento de acesso foi parcial, excluindo-se qualquer decisão ou despacho meritório formulado naqueles autos – tais como aqueles que os advogados do ex-Presidente Lula tomaram conhecimento pelas páginas da revista.

Não bastasse, apenas na data de ontem (19/02/2016), no final do dia, tais cópias parciais foram entregues aos advogados do ex-Presidente Lula, em contraposição à conduta adota em relação à revista Época, que conseguiu ter acesso a todo o procedimento sigiloso.

Não é apenas a falta de acesso imposta aos advogados do ex-Presidente Lula que macula todo o procedimento e a relação mantida pelos responsáveis pela sua condução com a revista Época.

Isso porque, durante esse período em que os advogados do ex-Presidente Lula ficaram sem acesso, os assessores da Procuradoria da República prestaram informações escritas de que o Procurador Douglas Kirchner, ao passar transitoriamente perante o 1º Núcleo de Combate à Corrupção do MPF/DF – onde o procedimento foi deflagrado – teria feito uma redistribuição do feito ao  5º Núcleo de Combate à Corrupção do MPF/DF. E o titular do 5º Núcleo de Combate à Corrupção do MPF/DF é o próprio procurador Douglas.

Essa obscura tramitação não está justificada nas cópias fornecidas aos advogados do ex-Presidente Lula, que contém apenas respostas de ofícios e petições.

A gravidade dos fatos é gritante, razão pela qual os advogados do ex-Presidente Lula irão, mais uma vez, levar a situação ao conhecimento do Procurador Geral da Republica – que até hoje não deu resposta às ilegalidades antes denunciadas – e ao Conselho Nacional do Ministério Público, que necessita cumprir as suas funções constitucionais e impedir que continue havendo o vazamento de informações sigilosas sonegadas aos advogados.

Também será dado conhecimento formal, ao presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, em audiência marcada para esta semana, do cerceamento ilegal do Direito de Defesa por parte do procurador Douglas Kirchner.

Advogado Cristiano Zanin Martins”

MPF recebe denúncia que Pedro Correa e filha estão “lavando” dinheiro com imóveis

Do Blog de Jamildo

Sem alarde, o procurador Cláudio Henrique Dias, do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, recebeu uma denúncia grave de que o ex-deputado federal Pedro Correa (PP) e sua filha Aline Correa, ex-deputada federal por São Paulo, estão usando imóveis e obras de arte escondidos em Jaboatão dos Guararapes, para supostamente lavar dinheiro ilícito.

“A representação narra condutas de branqueamento de ativos cujos crimes antecedentes estão sendo processados no âmbito da operação Lava Jato”, disse o procurador em despacho no procedimento.

Apesar do denunciante ter assinado a denúncia, seu nome está sendo mantido em sigilo pelo MPF em Pernambuco.

Segundo o denunciante, pai e filha “adquiriram imóveis no Município de Jaboatão dos Guararapes/PE e obras de arte que se encontram nesses imóveis, com a finalidade de lavar dinheiro proveniente de desvios da Petrobras”.

O MPF em Pernambuco considerou mais adequado mandar o assunto para a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, chefiada pelo procurador Deltan Dellagnol.

Caso a revelação se revele procedente, poderá atrapalhar a negociação de delação premiada de Pedro Correa, que foi até mesmo capa da Veja, ao oferecer “entregar” altas figuras da República.

Nas redes sociais, FHC rebate denúncia de Cerveró

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais, hoje, para rebater a denúncia do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. À Procuradoria-Geral da República, Cerveró disse que a venda da empresa petrolífera Pérez Companc envolveu uma propina ao Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) de US$ 100 milhões.

“Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido (Francisco Gros), sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”, disse Fernando Henrique Cardoso.

Em outubro de 2002, a Petrobras comprou 58,62% das ações da Pérez Companc e 47,1% da Fundação Pérez Companc. Na época, a Pecom, como é conhecida, era a maior empresa petrolífera independente da América Latina. A Petrobras, então sob o comando do presidente Francisco Gros, pagou US$ 1,027 bilhão pela Pérez Companc.

Neste documento, o ex-diretor não explica para quem teria ido a suposta propina ou quem teria feito o pagamento. O ex-presidente disse que as declarações de Cerveró são vagas. “Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobras era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação político partidária.”

As informações de Cerveró constam de documento apreendido no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT/MS), ex-líder do governo no Senado. O documento com as declarações de Cerveró é parte do resumo das informações que o ex-diretor prestou à Procuradoria-Geral antes de fechar seu acordo de delação premiada. O papel foi apreendido no dia 25 de novembro, quando Delcídio foi preso sob acusação de tramar contra a Operação Lava Jato. O senador, que continua detido em Brasília, temia a delação de Cerveró.

Oposição denúncia descaso com o Hospital Otávio de Freitas

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A saúde pública de Pernambuco está em situação de colapso, segundo denunciou na manhã desta sexta-feira (27) a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em visita ao Hospital Otávio de Freitas, uma das principais emergências de ortopedia da rede estadual. A Oposição recebeu denúncias de falta de material, kits e próteses para cirurgias, infraestrutura precária e péssimas condições de atendimento.

Segundo o líder da Bancada de Oposição, Silvio Costa Filho (PTB), a situação no hospital é um retrato da situação do sistema de saúde pernambucano, com macas pelo corredor, atrasos de mais de 20 dias para cirurgias de urgência e filas de um ano para os procedimentos eletivos. “A situação da saúde está deixando de ser um problema administrativo e tomando ares de descaso com a população”, enfatizou.

O deputado Júlio Cavalcanti (PTB) destaca a necessidade de um plano de emergência para a área. “Há uma deficiência grande de profissionais e o Estado não vislumbra a realização de concurso para suprir a demanda”, destacou Cavalcanti, depois de ouvir relato do vice-diretor da unidade, Antônio Almeida, de que o Otávio de Freitas funciona com carência de médicos na Ortopedia para atender a demanda atual, além de um déficit de 50% na Urologia. O último para a saúde foi realizado em 2007.

A situação, já complicada, tende a se agravar no próximo mês. Segundo relato ouvido pelos parlamentares, a área de nefrologia do Estado, praticamente toda terceirizada, deve parar nas próximas semanas por causa dos atrasos no pagamento aos prestadores de serviço. “Fomos comunicados pela Uninefron, que nos presta esse serviço, que não tem como manter o atendimento por causa dos repasses atrasados desde abril”, contou Almeida. Segundo o próprio gestor, há mais de R$ 8 milhões em repasses atrasados.

Além do Otávio de Freitas, devem ser afetados também outras unidades, como o Agamenon Magalhães, o Procape e o Getúlio Vargas. “A situação é a mesma enfrentada pela Cooperativa dos Anestesiologistas, que por causa dos atrasos nos pagamentos vem solicitando a diminuição das escalas dos anestesistas, o que termina comprometendo a capacidade de cirurgias das unidades de saúde”, destacou Cavalcanti.

Para os parlamentares, o quadro encontrado no Hospital Otávio de Freitas e em outras unidades de saúde visitadas pela Oposição, como Getúlio Vargas e Hospital Geral do Agreste, só reforça a necessidade de mais recursos para a Saúde. “Se estamos nessa situação com orçamento que tivemos este ano, o que vamos enfrentar no próximo ano com R$ 170 milhões a menos. Por isso, fazemos um apelo à Base do Governo na Alepe e ao Governo do Estado que incorpore as emendas apresentadas pela Oposição na Comissão de Finanças, que reforça o orçamento da saúde para o próximo ano em R$ 120 milhões”, enfatizou Costa Filho.

Justiça aceita nova denúncia contra Marcelo Odebrecht e executivos

Do G1

O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta segunda-feira (19) mais uma denúncia contra o presidente da holding Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais três executivos ligados a empresa.

A Justiça também aceitou a denúncia contra Pedro José Barusco Filho, Renato de Souza Duque, que eram funcionários do alto escalão da Petrobras.

Desta forma, o grupo se torna réu em mais uma ação penal no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. Todos estão presos desde junho deste ano, quando foi deflagrada a 14ª fase da Operação Lava Jato.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o grupo nesta sexta-feira (16). Eles foram denunciados por irregularidades em contratos firmados pela Odebrecht com a estatal. Conforme o órgão, as propinas envolvidas nos contratos chegam a R$ 137 milhões.

“A prova material do fluxo de contas controladas pela Odebrecht a dirigentes da Petrobrás, é um elemento probatório muito significativo”, diz trecho do despacho desta segunda-feira.

Veja a lista de denunciados e os crimes
– Marcelo Odebrecht: corrupção ativa
– Márcio Faria: corrupção ativa
– Rogério Araújo: corrupção ativa
– César Rocha: corrupção ativa
– Pedro Barusco: corrupção passiva
– Renato Duque: corrupção passiva

De acordo com a denúncia do MPF, os contratos que são alvo da ação estão relacionados aos projetos de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu de Lima (RNEST); à Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN II e III) do Terminal de Cabiunas (Tecab); à Tocha e Gasoduto de Cabiunas; e às plataformas P-59; P-60, na Bahia.

Segundo a denúncia, os pagamentos das propinas ocorreram entre dezembro de 2006 a junho de 2014, principalmente, em espécie e depósitos no exterior.

Novas prisões

Ao aceitar a denúncia, Moro ainda decretou nova prisão preventiva para Rogério Santos de Araújo, Márcio Fária da Silva e Marcelo Bahia Odebrecht. Para ele, a saída destes presos da cadeia representa riscos à investigação, à instrução criminal e à aplicação da lei penal.

Por considerar risco à ordem pública e à aplicação da lei penal também foi decretada nova prisão preventiva contra Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. O MPF havia solicitado outra prisão preventiva contra Cesar Ramos, porém, ele ficou de fora da decisão de Moro.

Vereadora denuncia acúmulo de lixo

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A vereadora Rosimery da Apodec (DEM) fez uma visita, na manhã desta terça-feira (22) à rua Espírito Santo, no Bairro Santa Rosa, próximo à Penitenciária Juiz Plácido de Souza. Ela havia recebido reclamações de acúmulo de lixo no local. As denúncias foram confirmadas e a vereadora, impressionada com a quantidade de detritos jogados na rua, registrou o problema.

“Essa situação é um absurdo e ainda me informaram que a Locar, empresa contratada pela prefeitura para fazer a coleta, só disponibiliza uma caçamba – que nem estava aqui – quando seriam  necessárias três, para armazenar todo esse lixo, composto em grande parte por entulho de construção”, disse a vereadora, que vai dar encaminhamento ao problema através de requerimento.

Ao Mercosul, Humberto denuncia golpismo em curso no Brasil

Líder do PT no Senado e representante do Congresso Nacional brasileiro no Parlamento do Mercosul (ParlaSul), o senador Humberto Costa (PE) desembarcou em Montevidéu, no Uruguai, nesse fim de semana, para reunião plenário do órgão, que ocorre nesta segunda-feira (21). Mas, já na noite desse domingo, o líder do PT teve encontro com parlamentares da ala progressista dos países do bloco em que denunciou o “clima de golpismo que está em curso no Brasil”.

“A democracia brasileira se encontra, neste momento, sob forte ataque, com ameaça real de um golpe de Estado”, alertou Humberto, que recebeu apoio dos congressistas de Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os parlamentares das delegações do Mercosul fizeram uma defesa intransigente dos regimes democráticos no bloco e rechaçaram qualquer tentativa de abreviar mandatos de governantes legitimamente eleitos, como ocorreu no Paraguai há três anos.

Em junho de 2012, o presidente do país vizinho, Fernando Lugo, que não tinha base parlamentar, foi derrubado pelo Congresso do país, em uma manobra política extremamente controversa, que ficou conhecida como “golpe paraguaio”. O país foi afastado do Mercosul e da Unasul por “ruptura da ordem democrática” até realizar novas eleições presidenciais, quando foi readmitido nos dois blocos.

Nesta segunda-feira, a delegação brasileira se reuniu nas primeiras horas da manhã para discutir estratégias de posicionamento sobre o comando das nove comissões temáticas do ParlaSul, cujos titulares serão definidos no encontro de hoje. A partir do meio dia, terá início a XXXIV Sessão Ordinária do Parlamento do Mercosul.

Humberto denuncia suposto golpismo em curso no Brasil

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Líder do PT no Senado e representante do Congresso Nacional brasileiro no Parlamento do Mercosul (ParlaSul), o senador Humberto Costa (PE) desembarcou em Montevidéu, no Uruguai, nesse fim de semana, para reunião plenário do órgão, que ocorre nesta segunda-feira (21). Mas, já na noite desse domingo, o líder do PT teve encontro com parlamentares da ala progressista dos países do bloco em que denunciou o “clima de golpismo que está em curso no Brasil”.
“A democracia brasileira se encontra, neste momento, sob forte ataque, com ameaça real de um golpe de Estado”, alertou Humberto, que recebeu apoio dos congressistas de Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os parlamentares das delegações do Mercosul fizeram uma defesa intransigente dos regimes democráticos no bloco e rechaçaram qualquer tentativa de abreviar mandatos de governantes legitimamente eleitos, como ocorreu no Paraguai há três anos.
Em junho de 2012, o presidente do país vizinho, Fernando Lugo, que não tinha base parlamentar, foi derrubado pelo Congresso do país, em uma manobra política extremamente controversa, que ficou conhecida como “golpe paraguaio”. O país foi afastado do Mercosul e da Unasul por “ruptura da ordem democrática” até realizar novas eleições presidenciais, quando foi readmitido nos dois blocos.
Nesta segunda-feira, a delegação brasileira se reuniu nas primeiras horas da manhã para discutir estratégias de posicionamento sobre o comando das nove comissões temáticas do ParlaSul, cujos titulares serão definidos no encontro de hoje. A partir do meio dia, terá início a XXXIV Sessão Ordinária do Parlamento do Mercosul.

Denúncia contra o presidente da Câmara divide opiniões de parlamentares

 

Da Agência Brasil

A denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de investigação contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dividiu as opiniões dos parlamentares: enquanto uns saíram em defesa de Cunha, outros lançaram manifesto contra ele e pediram que se afaste do comando da Casa.

O manifesto com assinaturas de deputados do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, Pros e PTB diz que as denúncias contra Cunha são gravíssimas e “tornam insustentável a permanência do deputado na presidência da Casa”. Os deputados dizem que o afastamento de Cunha da presidência da Câmara evita manchar a imagem do Parlamento.

Em outro trecho do manifesto, os deputados afirmam que “exercer a presidência da Câmara exige equilíbrio, postura ética e credibilidade. A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da presidência da Câmara”.

Em defesa de Cunha, a bancada do PMDB afirma em nota que “apoia e acredita no presidente da Casa, Eduardo Cunha, e se solidariza com ele neste momento em que alguns se açodam a defender teses que ferem o princípio primordial do Estado Democrático de Direito”. Na nota, a bancada diz que, depois das etapas de investigações, agora foi o momento da denúncia.  “O próximo passo, tão ou mais importante que os anteriores, é o da ampla defesa”.

Os peemedebistas afirmam que enquanto não se esgotarem todas as etapas previstas no rito da lei, “não há culpados, mas apenas acusados. O princípio da presunção de inocência é cláusula pétrea constitucional e juramos defender a Constituição”.

O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), disse que é preciso aguardar os desdobramentos da denúncia contra o presidente da Câmara antes de se fazer qualquer julgamento. “Sempre defendemos o aprofundamento das investigações e o instituto da delação premiada, independente de quem esteja envolvido. Caberá a ele [Eduardo Cunha], agora, apresentar a sua defesa e, depois disso, o STF irá definir se aceitará ou não a denúncia. É preciso aguardar o desenrolar desse processo”,  disse o líder.

Ong Terra Verde entrega documentação a Polícia Federal

O objetivo da OngTerraVerde em ofertar a denúncia com farta documentação na Delegacia da Polícia Federal, por intermédio de seu presidente, o advogado ambientalista e professor, Marcelo Augusto Rodrigues, é colaborar com a 2ª etapa da Operação Despejo deflagrada pela Polícia Federal no dia 06/08/2015, por intermédio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), no intuito de coibir o crime de poluição hídrica que acontece há mais de 30 décadas pela Compesa na cidade de Caruaru, uma vez que o despejo de esgoto bruto é feito diretamente no Rio Ipojuca sem nenhum tratamento, poluindo o rio e por consequência o mar, com índices acima dos que são permitidos pela legislação.

A investigação teve início a partir de uma séries de denúncias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) repassadas ao Ministério Público. Na verdade a apurando não é só de responsabilidade da Compesa, mas também a participação da Odebrecht Ambiental que assumiu uma parceria em 2013.
Os policiais ainda investigam um procedimento conhecido como “bypass”, que leva o esgoto bruto por intermédio de um canal até rios e fontes, contornando todas asetapas de limpeza. Esse recurso é utilizado caso haja algum problema técnico durante o procedimento. A PF também apura a utilização indevida pela concessionária desse procedimento apenas para economizar nos custos.

Foram expedidos9(nove) mandados de busca e apreensão e 8(oito) de condução coercitiva expedidos pela 4ª Vara Federal contra a sede da Compesa, Gerência de Controle de Qualidade de Efluentes, Gerência de Meio Ambiente, 2(dois)labotarórios de Controle de Qualidade de Efluentes de Esgoto da Compesa, bem como as estações de tratamento de esgoto (ETE) da Cabanga, no Recife, de Peixinhos, em Olinda, do Janga, em Paulista, todas na Região Metropolitana do Recife, além do ETE de Rio Formoso, na Zona da Mata pernambucana. O sistema de coleta e tratamento de esgoto no arquipélago de Fernando de Noronha também foi investigado. Ao todo, 60 policiais federais — distribuídos em delegados, peritos, agentes e escrivães — participaram da operação.

A PF promoveu exames nas ETEs da Compesa para diagnosticar a situação dos processos de tratamento. Além disso, o objetivo da operação é identificar a utilização indevida de tubulações destinadas ao despejo do esgoto bruto para serem lançados nos rios e no mar, podendo acarretar em sérias doenças ao ser humano e prejudicando a vida animal. Uma equipe da PF especializada na repressão a crimes de poluição federais veio de Brasília para ajudar na investigação.

A investigação começou uma ação civil pública foi feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Justiça Federal contra a Compesa, que, no final, foi condenada a adequar as estações de tratamento de esgoto. Segundo a denúncia, o esgoto de forma bruta está sendo despejado em vários cursos d’água do Estado, como exemplo o São Francisco, Beberibe, Jiquiá, Ipojuca, São Domingos, Una, Paratibe, Morojozinhoe Formoso, além de outros rios que têm saída para o oceano, além do próprio arquipélago de Fernando de Noronha.

Segundo a Lei n.º 9605/98,e por crimes contra a administração ambiental. O lançamento de esgoto sem tratamento, ou tratamento inadequado, que possa causar degradação da qualidade ambiental ou riscos à saúde humana pode gerar em penas que variam de 1(um) a 4(quatro) anos de reclusão, além de uma multa.

Como até o momento está operação não se estendeu para nosso Munícipio, provocamos por intermédio de protocolo com vasta documentação a Delegacia da Polícia Federal em nossa cidade para a continuidade da operação, e que sejam convocados as gerências responsáveis pelo laboratório e estações de tratamento da Compesa, que deverão ser intimados a prestarem depoimento na sede da Polícia Federal, sobre os fatos investigados. Informou o Presidente da OngTerraVerde Marcelo Rodrigues.