Prévia da inflação oficial atinge 0,6% em maio

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou o mês maio em forte desaceleração: atingiu 0,6%. Os dados foram divulgados na sexta (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o índice atingiu 1,07% e, em abril do ano passado, 0,58%.

O IPCA-15, que constitui uma prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos.

Apesar da queda, com este resultado, o índice acumulado no ano foi 5,23%, acima da taxa de 3,51% registrada em igual período de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 8,24%, próximo ao dos 12 meses imediatamente anteriores (8,22%), sendo, no entanto, o resultado mais elevado desde janeiro de 2004 (8,46%).

Segundo o IBGE, a desaceleração de maio teve como principal influência o peso da energia elétrica. Com peso de 3,88% na despesa das famílias, as contas de energia tiveram alta de apenas 1,41% em maio, contra 13,02% da taxa de abril, uma redução de 9,14 ponto percentual. Com a queda na energia elétrica, o índice do grupo habitação recuou de 3,66% para 0,85%, entre uma prévia e outra.

Os dados do IBGE indicam que o grupo saúde e cuidados pessoais (1,79%) foi o mais elevado no mês, com destaque para os produtos farmacêuticos, cujos preços aumentaram, em média, 3,71%. Este item liderou a relação dos principais impactos, sendo responsável por 0,12 ponto percentual do IPCA-15 de maio.

Já o menor resultado de grupo foi transportes, com deflação (inflação negativa) de 0,45%, puxado pela queda de 23,61% no item passagens aéreas, com impacto de -0,1 ponto percentual no IPCA-15 do mês – o menor do período. Houve também redução nos preços dos combustíveis (etanol e gasolina), itens que vinham pressionando a inflação.

Nos alimentos a alta ficou em 1,05%, contra 1,04% da prévia de abril, com elevação significativa de alguns dos produtos importantes na cesta da população: tomate (alta de 19,79%), cebola (18,83%), cenoura (10,45%), leite (2,64%), pão francês (2,23%), óleo de soja (2,17%), carnes (1,40%),frango em pedaços(1,30%).

O IPCA-15 refere-se às regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia, e tem como principal diferencial, além da abrangência regional, o período de coleta que vai da metade do mês anterior à metade do mês de referência.

OPINIÃO: “Resumo da Ópera”

Por Maurício Assuero

Em qualquer país capitalista as ações do governo impactam diretamente sobre o cenário econômico. Basta um comentário do Presidente da República, do presidente do Banco Central, etc. para que a loucura econômica tenha início. No atual do Brasil a situação está simplesmente caótica porque a economia só piora, agora com o agravante do desemprego, e o que se vê são ações inoperantes. O que se tem, de verdade, é uma proposta de ajuste fiscal que pretende mostrar para a sociedade que o governo pretende gastar menos do que arrecada e isso sem artifícios contábeis.

Tudo que está sendo proposto é necessário? Sim! Agora este é o momento mais indicado? Não! Tais medidas deveriam ser objetos de discussão desde a crise de 2008. A indicação do Presidente Lula de que as pessoas fossem as compras tinha por objetivo incrementar o consumo, mas ele esqueceu de que o governo já vinha apresentando sinais de cansaço. Por exemplo, no último ano do seu governo, não foi aprovado a renovação da CMPF (aquele imposto que a gente pagava quando efetuava um saque da conta corrente) e a perda de arrecadação foi recompensada com um aumento de 0,38% sobre o IOF (imposto que a gente paga quando faz um empréstimo ou uma aplicação financeira).

O governo agora se encontra numa situação inusitada: o PT nasceu como o partido ético que não se alinhava com ninguém (expulsou a então Deputada Federal Bete Mendes porque ela votou em Tancredo Neves no colégio eleitoral) e para chegar ao poder foi estranho ver a foto de Lula abraçando Paulo Maluf; segundo José Dirceu o partido “não rouba e nem deixa roubar” e ele próprio está na cadeia pelo crime do mensalão e já com as mãos nas algemas por conta dos contratos firmados entre sua empresa e as empresas envolvidas na Operação Lava-jato; ao longo do tempo defendeu a causa trabalhista e mais recentemente sofreu uma derrotada fragorosa no Congresso no caso da terceirização. Se o projeto for aprovado como proposto, vai ter impacto na arrecadação do governo.

No domingo passado, dia 17.05, a presidente reuniu seus ministros para falar em corte no orçamento. A equipe econômica trabalha com um número técnico: R$ 80 bilhões para que seja possível gerar superávit primário de 1,2% do PIB. Tudo bem, mas vamos cortar os cargos comissionados daqueles que nem aparecem, as contribuições dadas a Stédile para incentivar guerrilha (até mesmo na Venezuela)? Não! Os cortes serão sentidos na educação (precisa falar das confusões do FIES?). Na Saúde (justifica essa epidemia de dengue, chycungunha e zika no Brasil?).

Enquanto isso, o país se afundando em enchentes e secas. O pior de tudo isso é que nada vai se resolver enquanto não se resolver as pendências legais. Os presidentes da Câmara e do Senado estão com seus nomes envolvidos na Lava-jato e está mais do que claro que esse bombardeio que o governo está sofrendo é apenas retaliação por parte de ambos. Enfim….é melhor lembrarmos que Caruaru, no auge dos seus 158 aninhos, continua bela. Mais idosa e mais moderna. Salve 18/05!

PEC das Domésticas trará benefícios à categoria

Pedro Augusto

Agora só falta a sanção presidencial. Com a aprovação de projeto de lei por unanimidade no Senado, na semana passada, em Brasília, os direitos dos trabalhadores domésticos de todo o país ficaram mais próximos de serem regulamentados. Assim que entrar em vigor, a chamada PEC das Domésticas garantirá uma série de direitos para a categoria. Pelas novas regras, a alíquota do INSS a ser recolhida mensalmente pelo empregador corresponderá a 8% e não mais a 12% do salário do trabalhador. Os outros 4% restantes serão destinados para um seguro contra acidentes (0,8%), bem como para um fundo a ser transferido para o profissional em caso de rescisão contratual (3,2%).

Somados, os dois recursos serão utilizados para a quitação da multa de 40% do FGTS, em caso de demissão sem justa causa. Ainda de acordo com o texto base do projeto, agora, os trabalhadores domésticos dispensados na mesma forma também terão direito ao seguro-desemprego. A jornada máxima de trabalho equivalerá a 8 horas diárias e 44 horas semanais, bem como a 2 horas, em relação às extras. Com a sanção da lei, os profissionais também terão direito a repouso semanal remunerado de 24 horas e férias a cada 12 meses, com o repasse de gratificação de 1/3 a mais que o salário normal.

Para o auditor fiscal da Agência do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Reginaldo, a regulamentação da PEC das Domésticas colocará fim a uma série de irregularidades praticadas contra a categoria. “Com essa aprovação por parte do Senado e a provável sanção da presidente Dilma, acredito que estão prestes a serem abolidos os últimos resquícios da escravidão no Brasil. Agora, definitivamente, os direitos dessa importante categoria ficarão no mesmo patamar dos demais trabalhadores. Aquele ciclo discriminatório que por décadas se estabeleceu no país, em breve, não existirá mais. Um avanço para a história do país”, opinou.

Quem já sentiu esse desrespeito na pele foi Elizânia Bezerra. Apesar de atualmente ter todos os direitos garantidos, a doméstica fez questão de chamar a atenção para a importância da nova lei. “Trabalho no meu atual emprego há mais de cinco anos e meus patrões sempre se preocuparam em garantir os meus direitos. Posso dizer que sou uma privilegiada, mas já passei por vários perrengues nos trabalhos anteriores. Não tinha horário certo para encerrar o expediente, como também não sabia o que era férias. Não tenho dúvidas de que com essa lei minhas colegas de profissão passarão a ter condições de trabalho mais dignas”, comentou.

Patroa de Elizânia, a servidora Cristina Guerra concordou com as suas palavras. “Particularmente não vai mudar muita coisa aqui em casa, porque sempre colocamos as leis trabalhistas em prática. Mas não podemos deixar de ressaltar que com esses direitos determinados pela PEC, os empregados domésticos ficarão em situação de igualdade com os demais trabalhadores. Avaliamos que essas lutas e conquistas são justas, já que refletem a valorização do trabalho prestado nos âmbitos doméstico e familiar”, pontuou.

Sulanca e as lojas do Centro fechadas no feriado

Pedro Augusto

Conforme acordo firmado entre a prefeitura, o Sindicato dos Lojistas de Caruaru (Sindloja) e o Sindicato dos Comerciários de Caruaru (Sindecc), no feriado da emancipação política da cidade, nesta segunda-feira (18), não haverá atividades de comercialização no Parque 18 de Maio, no Centro. Isso quer dizer na prática que as vendas na Feira da Sulanca e nas lojas adjacentes só poderão ser feitas a partir da manhã da terça-feira (19). Segundo o secretário municipal de Administração e Gestão de Pessoas, Antônio Adenildo, a mudança da data teve como objetivo principal não prejudicar os setores econômicos da Capital do Agreste.

“Sabemos que a cada semana a Sulanca movimenta vários segmentos locais, haja vista a sua importância e grandiosidade. Com o propósito de não haver uma possível diminuição financeira no município caso a feira funcionasse em dias de feriado, o prefeito José Queiroz decidiu assinar decreto, publicado posteriormente no Diário Oficial do Município, que determina a sua realização na data posterior à prevista, ou seja, transferência da segunda para a terça-feira. Neste ano, contabilizamos um total de seis feriados com comemoração no primeiro dia da semana”, explicou Adenildo.

Não só os empreendimentos do Parque 18 de Maio, mas também as demais empresas da rua 15 de Novembro, no mesmo bairro, estarão de portas fechadas durante a data comemorativa. Nela, as exceções ficarão por conta dos centros de compras, que operarão em horários especiais, e das lojas tidas como essenciais, a exemplo das farmácias, postos de gasolina e funerárias. De acordo com o auditor fiscal da Agência do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Reginaldo, os empreendimentos que forem flagrados funcionando sem a devida autorização estarão passíveis do pagamento de multa.

“Todos os anos realizamos fiscalizações na data e, em 2015, não será diferente. Caso alguma loja do Centro ou do Parque 18 de Maio seja identificada operando sem autorização pagará multa no valor de até R$ 4.035. Quanto aos empreendimentos do North Shopping Caruaru, do Polo Caruaru e do Shopping Difusora, eles poderão funcionar desde que cumpram os requisitos da Norma Coletiva do Trabalho”, explicou Reginaldo.

Com mais de 200 operações à disposição, o North Shopping, no bairro Indianópolis, estará com as lojas abertas das 10h às 20h. Ainda no feriado, a Praça de Alimentação e as áreas de lazer do mall funcionarão das 11h às 21h. Já o boliche atenderá a demanda do meio-dia às 21h, enquanto o cinema seguirá os horários previstos das sessões.

Também bastante frequentado nos feriados, o Shopping Difusora, no bairro Maurício de Nassau, ficará com as lojas abertas das 11h às 20h e com atendimento nas três Praças de Alimentação das 11h às 21h.

O cinema e as áreas de lazer do mall seguirão o último horário. Em contrapartida, as lojas do Polo Caruaru, às margens da BR-104, no bairro Nova Caruaru, funcionarão em expediente normal, ou seja, das 9h às 18h. Ao todo, o Polo conta com 280 lojas e Praça de Alimentação.

IBGE: no trimestre, produção industrial cai em 11 de 15 locais analisados

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ontem (12) que a produção industrial brasileira, no primeiro trimestre do ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado, apresentou resultados negativos em 11 de 15 locais pesquisados.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional. Entre os locais que apresentaram resultados negativos, sete tiveram queda superior à média nacional, de -5,9%. A queda da indústria englobando a média nacional foi divulgado há uma semana pelo IBGE.

A maior retração ocorreu no Amazonas (17,8%); na Bahia, houve queda de 12,5%; no Paraná, a indústria caiu 10,5%); e, no Rio Grande do Sul, houve declínio de 8,8%. Completaram os locais com queda na produção industrial, os seguintes estados: Minas Gerais (-8,0%), Santa Catarina (-7%), Rio de Janeiro (-6,3%), Ceará (-5,9%), São Paulo (-5,4%) e Goiás (-0,8%).

Receita aumentará fiscalização de patrimônio de grandes contribuintes

Os contribuintes que devem mais de R$ 2 milhões ao Fisco terão os bens periodicamente monitorados pela Receita Federal para evitar a dilapidação do patrimônio. Caso eles vendam os bens para fugirem da cobrança, o Fisco pedirá o bloqueio do patrimônio para garantir o pagamento dos débitos.

A mudança consta de instrução normativa publicada hoje (12) no Diário Oficial da União. De acordo com a Receita Federal, o monitoramento envolverá 3.854 contribuintes que devem R$ 427 bilhões.

Para acompanhar a evolução do patrimônio desses contribuintes, a Receita fará levantamentos em cartórios, nas bolsas de valores, nos Detrans dos estados e nas próprias declarações do Imposto de Renda. O Fisco verificará se bens como imóveis, veículos, aeronaves e embarcações foram vendidos ou transferidos a terceiros.

O reforço na fiscalização ocorre em um ano de queda na arrecadação federal. No primeiro trimestre, a Receita Federal arrecadou R$ 309,4 bilhões, queda de 2,03% em relação ao mesmo período do ano passado descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A Receita Federal também estendeu aos grandes contribuintes a possibilidade de regularizar a situação fiscal antes de serem autuados. Eles serão avisados caso o Fisco constate informações incompletas ou irregularidades no pagamento e no recolhimento de tributos. As empresas monitoradas poderão resolver as pendências antes da abertura de um processo de fiscalização que pode resultar em multas de 75% a 300% do valor devido.

O processo é semelhante ao que ocorre com as pessoas físicas, que podem retificar a declaração do Imposto de Renda e evitar cair na malha fina. A extensão do mecanismo aos grandes contribuintes consta de portaria do Ministério da Fazenda também publicada hoje (12).

De acordo com a Receita, existem 9.478 empresas e 5.073 pessoas físicas incluídas na categoria de grandes contribuintes: concentram 63% da arrecadação federal. São considerados grandes contribuintes pessoas físicas com rendimento total superior a R$ 13 milhões por ano ou com patrimônio acima de R$ 70 milhões e pessoas jurídicas com receita bruta acima de R$ 150 milhões por ano ou que pagam pelo menos R$ 15 milhões por ano em tributos.

Da Agência Brasil

Caruaru recebe II Simpósio de Gestão da Fiepe Agreste

No próximo dia 14 de maio, no auditório do Shopping Difusora, a Fiepe promove a segunda edição do Simpósio de Gestão do Agreste, a partir das 17h. Referências nas áreas de Administração de Empresas, Recursos Humanos e Consultoria Empresarial, Luiz Roberto Carnier, Maílson da Nóbrega e Idalberto Chiavenato são palestrantes do evento que irá reunir executivos da indústria, serviço, comércio e demais profissionais da área de gestão. Os interessados devem se apressar para realizarem as inscrições, através do telefone (81) 3722-5667, e-mail: regional. agreste@fiepe.org.br ou pelo site: www.fiepe.org.br.

Para a gerente da Unidade Regional Agreste da Fiepe, Atonisa Vila Nova, o Simpósio é uma oportunidade para empresários de Caruaru e região atualizarem seus conhecimentos sobre o tema, capacitando-os para enfrentar desafios maiores à frente das empresas. “A ideia é disseminar ferramentas que auxiliem os empresários na gestão dos negócios. Liderança e Gestão de Pessoas, Análise Econômica e de Cenários e Estratégias serão temas centrais desta edição. Oportunidade de troca de informações e experiências para as indústrias do Agreste Pernambucano”, enfatizou.

Na oportunidade, o consultor empresarial e professor acadêmico, Luiz Roberto Carnier, ministra a palestra que já foi assistida por mais de 800 mil pessoas em diversos países, com o tema: “Do Planejamento ao Pensamento Estratégico”. Em seguida, o ex-ministro da Fazenda e líder de aparições no ranking TOP 5 do Banco Central, Maílson da Nóbrega, discute “Cenários para a Atividade Econômica no Brasil”. Logo após, encerrando a noite, o consultor e doutor em Administração pela City Universit of Los Angeles- CA (EUA), Idalberto Chiavenato, fala sobre “Liderança nas Organizações”.

Com ajuste fiscal, alta nos tributos chega a R$ 47,5 bilhões

O ajuste fiscal proposto pelo governo deve elevar a carga tributária brasileira em 0,8 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Isso significa que, se tudo o que foi anunciado for colocado em prática, os brasileiros pagarão R$ 47,5 bilhões a mais em impostos e contribuições. E a projeção é que o adicional de tributos exigidos para melhorar as contas públicas, por baixo, chegue a R$ 100 bilhões a mais até o final do atual governo.

Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), feitos a pedido da reportagem, todas as medidas anunciadas pela equipe econômica representam um adicional de R$ 39,80 bilhões à carga tributária. Outros R$ 7,7 bilhões virão de Estados e municípios, que também fizeram rodadas de aumentos nos impostos que lhes cabem, como IPTU e IPVA. Confirmada a tendência, a alta de impostos em 2015 seria o dobro da registrada em 2014 e a carga tributária fecharia o ano em 36,22%. “O governo não precisa negociar tributos e, assim, é mais fácil empurrar a conta”, diz Gilberto Luiz do Amaral, coordenador de estudos do IBPT.

Energia

O economista Mansueto Almeida também estima uma alta de 0,8 ponto porcentual, mas incluiria na contabilidade outros R$ 7,5 bilhões, que correspondem ao fim dos subsídios ao setor elétrico. Na sua avaliação, a medida tem efeito tributário: de um lado, alivia o Tesouro Nacional e, de outro, eleva a conta de luz – e os impostos que recaem sobre ela. Por causa dos reajustes, energia se transformou neste início de ano em um dos itens que mais pesam no orçamento das famílias e na alta de custos das empresas.

Dito isso, se todas as medidas anunciadas forem implementadas, o custo para a sociedade neste ano será de cerca de R$ 55 bilhões. Se todo esse dinheiro fosse usado para o superávit primário (a economia para pagamento dos juros da dívida pública), cobriria mais de 80% do total da meta que o ministro da Fazenda Joaquim Levy estabeleceu.

Mansueto Almeida contemporiza que o tamanho da contribuição tributária, ao final desta ano, vai depender do fôlego da economia e da confiança dos consumidores. Com a crise, as pessoas estão apertando o cinto, comprando menos e fazendo a arrecadação cair muito abaixo do esperado. Mas ele lamenta, que ainda assim, a alta de impostos está apenas no começo.

“Ao longo de todo o mandato de quatro anos, o ajuste vai exigir uns R$ 200 bilhões, e não há a menor dúvida que no mínimo metade disso, uns R$ 100 bilhões, terão de vir de aumentos de carga tributária”, diz Almeida. No fim, diz, a história apenas se repete. Série histórica elaborada pelo economista mostra que, após a Constituição de 1988, nenhum governo deixou de herança um gasto público menor e que, para ajustar as contas, elevou tributos: “Quando todos os presidentes saíram do Planalto, o gasto era maior, e o ajuste foi feito com aumento de impostos”, diz Almeida.

Por Estadão Conteúdo

Lojas estimam crescimento nas vendas

Pedro Augusto

Na contramão do país, que estima registrar uma redução nas vendas a prazo de 3,6%, na Capital do Agreste a comercialização de produtos para o Dia das Mães 2015 deverá contabilizar crescimento entre 3% a 4%. Foi o que apontou a Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru. De acordo com o presidente da entidade, Márcio Porto, apesar de o Brasil estar atravessando um período de reajustes na economia, o comércio local tem se mostrado confiante no que se refere ao acréscimo no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. Especializada na venda de roupas femininas, a Debut, por exemplo, espera ao menos encostar-se no patamar do cálculo da CDL.

“Os quatro primeiros meses deste ano foram muito difíceis para o comércio de Caruaru. Devido à crise financeira pela qual o país está passando, muitos consumidores frearam as suas compras, porém a expectativa é de dias melhores. Com a chegada do Dia das Mães, a tendência é de que o comércio local retome a sua linha crescimento. Afinal, a data é bastante tradicional e os caruaruenses nunca a deixam passar em branco. Estimamos um aumento nas vendas entre 3% a 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os produtos que deverão ser mais procurados destaques para as blusas e saias”, pontuou a gerente de vendas da Debut, Marilene Campos.

Também demonstrando otimismo, a Sapataria Muniz está com uma projeção similar a que foi divulgada pela CDL de Caruaru. No intuito de não der brecha à concorrência, a rede de calçados irá estender os expedientes de suas unidades da Avenida 15 de Novembro, no Centro. “Neste sábado (9) estaremos de portas abertas até as 18h. Precisamos aproveitar a alta demanda deste período, até porque obtivemos resultados razoáveis no primeiro quadrimestre. Além de sapatos e sandálias, deveremos vender bastantes acessórios femininos”, avaliou o gerente de vendas, Fabiano Barbosa.

Inserido nos setores do comércio que costumam ser mais impulsionados no Dia das Mães, o de eletrodomésticos também está estimando crescimento nas vendas no comparativo com 2014. Nas lojas Rabelo, a expectativa é ultrapassar a estimativa da CDL. “Já vemos sentindo certa reação do comércio nas últimas duas semanas e a tendência superarmos as vendas do ano passado em pelo menos 10%. Tanto os produtos da linha marrom como da linha branca deverão ter uma saída muito grande. Aqui, os eletrinhos, chapinhas e secadores encontram-se em promoção”, destacou a gerente de vendas, Cláudia Dantas.

Inflação em abril é a maior para o mês desde 2011

O índice oficial de preços no Brasil registrou alta de 0,71% em abril. É a maior inflação para o mês de abril desde 2011, quando ela foi de 0,77%.

O resultado do mês passado representa uma desaceleração em relação a março 1,32%. No entanto, foi maior que a inflação de abril do ano passado (0,67%). 

Com o resultado, a variação acumulada em 12 meses chegou a 8,17%. A variação está muito acima do limite máximo da meta do governo.

A intenção do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo –ou seja, variando de 2,5% a 6,5%.

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).

Do UOL