Consumo das famílias tem primeira queda no trimestre após 12 anos

O consumo das famílias teve um recuo de 0,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa é a primeira queda neste tipo de comparação desde o terceiro trimestre de 2003, quando o indicador também caiu 0,9%. O dado foi divulgado, hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda de 1,5% na comparação com o último trimestre de 2014 também foi a maior, desde o quarto trimestre de 2008, no auge da crise econômica mundial (2,1%).

“É uma conjuntura de fatores, a gente teve uma desaceleração da massa salarial real, ou seja, da renda do trabalhador e do emprego. As operações de crédito para as pessoas físicas tiveram queda em termos reais. E tivemos aumento da taxa básica de juros [Selic]. E houve uma aceleração da inflação. Isso tudo prejudicou o consumo das famílias”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Outros dois componentes da demanda interna brasileira também tiveram queda nesses tipos de comparação. O consumo de governo recuou 1,3% na comparação com o trimestre anterior e 1,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2014. Essa queda de 1,5% é a maior desde o quarto trimestre de 2000 (-2,8%), resultado que pode ser explicado pelo ajuste fiscal dos governos.

Já a formação bruta de capital fixo (investimentos) caiu 1,3% em relação ao trimestre anterior e 7,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A queda nos investimentos foi influenciada principalmente pelo recuo na importação, mas também por um desempenho negativo da construção.

A demanda externa, por outro lado, contribuiu positivamente para a economia brasileira, já que as exportações tiveram crescimentos de 5,7% na comparação com o quarto trimestre de 2014 e de 3,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Venda de veículos tem queda 6,36% em abril, mostra Fenabrave

As vendas de automóveis e veículos comerciais leves, como furgões e picapes, registraram queda de 6,36% em abril na comparação com março, mostra balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado hoje (5). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 24,35%. De janeiro a abril deste ano, a comercialização de veículos novos acumula decréscimo de 18,39% em relação aos primeiros quatro meses de 2014.

O levantamento, feito com base nos emplacamentos, mostra que em abril foram vendidos 14.367 veículos a menos que em março, quando 225.972 foram comercializados. No acumulado do ano, o déficit é de mais de 193,8 mil veículos, tendo em vista que as vendas entre janeiro e abril de 2014 ultrapassavam 1,054 milhão.

Incluindo ônibus e caminhões, a queda chega a 6,53% na comparação com o mês anterior e de 25,19% em relação a abril do ano passado. No acumulado de 2015, as vendas caíram 19,19%. Considerando todos os segmentos, que incluem ainda moto, implementos rodoviários e máquinas agrícolas, o recuo anual foi 21,08%. O pior resultado foi observado no item implementos rodoviários, como caçambas, que teve queda de 51,31% em relação a abril de 2014.

A Fenabrave refez as projeções de vendas para o ano devido ao desempenho apresentado nos quatro primeiros meses do ano. A estimativa agora é que o setor registre queda de 18% no ano em relação aos automóveis e comerciais leves. Antes, a previsão era 10% de recuo. Em parte do setor (excluindo apenas implementos rodoviários e máquinas agrícolas), a entidade prevê queda de 16,5%. A estimativa anterior era 9,28%.

Vendas no Dia das Mães devem cair pelo segundo ano

Diante do atual cenário de baixa atividade econômica e restrição ao crédito, o volume de consultas para vendas parceladas na semana anterior ao Dia das Mães deste ano (entre 3 e 9 de maio) deve cair 3,6% em relação aos sete dias que antecederam a mesma data comemorativa no ano passado. A projeção foi traçada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Se as expectativas se confirmarem, as vendas a prazo devem apresentar a segunda queda consecutiva em seis anos de série histórica. Em períodos anteriores, as variações foram de -3,55% (2014), +6,44% (2013), +4,40% (2012), +6,53% (2011) e de +9,43% (2010). O número é calculado com base na quantidade de consultas feitas ao banco de dados do SPC Brasil para compras a prazo em todo o território nacional. O Dia das Mães é considerado pelos lojistas a segunda melhor data para o comércio tanto no volume de vendas como no faturamento, ficando atrás apenas do Natal.

Apesar de o Dia das Mães ser comemorado sempre no segundo domingo de maio – momento que coincide com o alívio financeiro sentido por grande parte dos  consumidores com a quitação de impostos de início de ano e com o pagamento das despesas do natal, das férias e da volta às aulas – a atual conjuntura econômica de inflação elevada, juros em alta e dólar valorizado tem pesado no poder de compra dos brasileiros e deve criar dificuldades para a retomada do crescimento do varejo.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a projeção da entidade leva em conta o baixo grau de confiança do empresário brasileiro com os rumos da economia já que os consumidores tem se deparado com o enfraquecimento do poder de compra e o encarecimento das parcelas por conta da alta nas taxas de juros. “Os lojistas amargaram o pior resultado dos últimos seis anos nas vendas da Páscoa e não esperam um desempenho diferente agora no Dia das Mães em relação às compras parceladas”, explica.

Intenção de consumo cai ao menor nível desde 2010

O índice de Intenção de Consumo das Famílias, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 6,9% em abril e atingiu o menor nível da série histórica. A CNC divulgou hoje (20) o indicador, que recuou 17,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com a assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, o indicador deste mês foi o primeiro da série histórica em que todos os componentes atingiram o menor patamar já registrado. A medição é feita desde janeiro de 2010.

A queda foi mais forte na intenção de comprar bens duráveis, chegando a 14,3% na comparação com março e a 32,5% em relação a abril do ano passado. Para a CNC, a queda está relacionada ao encarecimento do crédito: “Quando o crédito fica mais caro, isso afeta diretamente a intenção de consumo desses bens, que, muitas vezes, dependem de financiamento”, explica a economista.

Apesar da queda, o índice continua na zona considerada favorável (acima dos 100 pontos), com 102,9 pontos. Três componentes, no entanto, já recuaram para o patamar negativo: Momento para Duráveis, com 78,9 pontos, Nível de Consumo Atual, com 79,5 pontos, e Perspectiva de Consumo, com 95,3 pontos.

O Nível de Consumo Atual caiu 8% em relação ao mês de março, e 17,1% frente a abril do ano passado. As Perspectivas de Consumo tiveram uma queda ainda maior, de 9% na comparação com março e de 28,1% em relação a 2014.

 

Produção industrial cai 0,9% em fevereiro, diz IBGE

A produção industrial caiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro, informou esta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro houve aumento de 0,3%, interrompendo dois meses de taxas negativas: -1,2% em novembro e -1,6% em dezembro.

Na comparação com fevereiro do ano passado, a produção da indústria nacional recuou 9,1%, décima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa nessa comparação desde julho de 2009 (-10%). No ano, a indústria acumulou queda de 7,1%. O acumulado nos últimos doze meses (-4,5%) manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2%), resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).

Ainda segundo o IBGE, os recuos de fevereiro foram registradas nas quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de capital (-4,1%), principalmente devido à menor produção de caminhões, ainda afetada pelas férias coletivas em várias unidades. O resultado eliminou parte do avanço de 8,2% assinalado em janeiro.

Houve queda de produção também nos 11 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%).

A média móvel trimestral da indústria recuou 0,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2015, comparada ao nível do mês anterior, após quedas em novembro (-0,5%), dezembro (-0,9%) e janeiro (-0,9%).

Dengue tem queda em relação ao mesmo período do ano passado

A Secretaria de Saúde de Caruaru divulgou nesta quarta-feira (11) os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LiraA) do ano. De acordo com os dados, em janeiro e fevereiro de 2015, o índice foi de 3,5%. Houve uma ligeira queda em relação ao mesmo período do ano passado que foi de 3,8%. Os bons resultados refletem a ação intensa da Prefeitura em combater à dengue e a colaboração da população, evitando o acúmulo de água parada em reservatórios abertos.

Nesses dois primeiros meses, o Departamento de Vigilância Ambiental visitou cerca de seis mil imóveis e foram recolhidas 207 amostras em reservatórios de água. Entre os bairros que tiveram o melhor desempenho destacam-se Caiucá, Cajá, Centenário, Centro, Cidade Jardim, Divinópolis, Jardim Panorama, João Mota, José Carlos de Oliveira, Monte Bom Jesus, Morada Nova e Nova Caruaru. Já os bairros que necessitam de uma maior vigilância são Salgado, Santa Rosa, Rendeiras e Indianópolis.

De acordo com Daniel Silva, Coordenar de Combate à Dengue, os resultados são positivos, mas todos devem permanecer em alerta. Ele ainda destacou que combatendo o Aedes Aegypti também evitamos o aparecimento da chikungunya que é transmitida pelo mesmo vetor. “Realizamos no dia 7 desse mês uma grande ação de combate à dengue e a chikungunya no marco zero, pedindo a conscientização da população, com abordagens educativas, dristribuição de panfletos e orientações. Muitas outras atividades estão previstas para esse ano.”, pontuou.

Número de fumantes no Brasil cai 20,5% em cinco anos

O hábito de fumar tem cada vez menos adeptos no Brasil. Pesquisa inédita do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o índice de pessoas que consomem cigarros e outros produtos derivados do tabaco é 20,5% menor que o registrado cinco anos atrás. Do total de adultos entrevistados, 14,7% disseram que fumam atualmente. Esse índice era 18,5% em 2008, conforme a Pesquisa Especial de Tabagismo do IBGE (PETab).

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apresentada nesta quarta-feira (10) revela que os homens são os que mais usam produtos do tabaco. Entre a população masculina 19,2% fumam contra 11,2% das mulheres. A faixa etária com maior prevalência é de 40 a 59 anos, com 19,4%, enquanto os jovens de 18 a 24 anos apresentaram a menor taxa, de 10,7%.

O uso regular do tabaco é maior ainda em pessoas com menor escolaridade. A prevalência naqueles com nível fundamental incompleto é de 20,2%. Já para a população que possui o ensino superior completo é de 8,8%. Preocupa ainda o alto percentual no Sul, cujos três estados lideram o índice de usuários de tabaco e derivados. Paraná registra 18,1% de fumantes, seguido por Santa Catarina (16%) e Rio Grande do Sul (14,2%).

A PNS contabiliza 63 mil entrevistados a partir de 18 anos. É o maior e mais detalhados estudo já realizado sobre a situação de saúde do brasileiro e o estilo de vida. Pela primeira vez, foi coletado sangue, aferida a pressão e as pessoas pesadas. Os dados divulgados nesta quarta-feira (10) são resultados dos questionários aplicados nos domicílios visitados. A análise dos exames será anunciada em 2015.

ABANDONO DO CIGARRO – A queda do número de fumantes no Brasil é confirmada pelo índice de pessoas que disseram ter fumado no passado, 17,5%. Se os homens são os que mais fumam, são também eles que mais abandonam o vício. Enquanto 21,2% da população masculina entrevistada deixou o consumo de tabaco e derivados, entre as mulheres esse índice foi de 14,1%. Quanto maior a idade, maior o percentual de ex-fumantes: 31% das pessoas com 60 anos ou mais pararam de fumar.

A vontade de parar de fumar atinge ainda mais pessoas. Do total de entrevistados que fumam ou já fumou, 51,1% disseram ter tentado largar o hábito nos últimos 12 meses. Nesse caso, foram as mulheres que mais tentaram deixar o cigarro, atingindo 55,9%, contra 47,9% dos homens.

Outro aspecto positivo foi que 73,1% das pessoas que tentaram parar de fumar conseguiram tratamento, um aumento importante em relação a 2008, quando o índice era de 58,8%. Esse avanço é resultado da universalização do acesso aos medicamentos para tratamento do tabaco na rede pública de saúde. O Ministério da Saúde expandiu a oferta de medicamentos e assistência profissional aqueles que desejam parar de fumar.

Atualmente, estão preparadas para atender a esse público 23.387 equipes de Saúde da Família que atuam em 4.375 municípios. Também são ofertados gratuitamente medicamentos, como adesivos, pastilhas, gomas de mascar e o bupropiona. O Ministério da Saúde destinou R$ 41 milhões para compra dos produtos, o que permitiu tratar 45 mil tabagistas só neste ano.

LEI ANTIFUMO – Também foi analisado pela PNS o índice de pessoas que não fumam, mas estão expostas à fumaça dentro de casa: 10,7% da população. Neste caso, os jovens de 18 a 24 anos são os mais atingidos. No trabalho, o percentual de pessoas que estão sujeitas ao fumo passivo é ainda maior, de 13,5%.

Entre as recentes conquistas no Brasil destaca-se a Lei Antifumo, decreto da presidenta Dilma Rousseff que entrou em vigor em dezembro deste ano. A nova legislação torna os ambientes fechados de uso coletivo 100% livres de tabaco, protegendo a população do fumo passivo e contribuindo para diminuição do tabagismo entre os brasileiros. Em dezembro deste ano, o Ministério da Saúde publicou ainda regras para proteger os trabalhadores expostos ao fumo.

As mudanças da legislação brasileira nos últimos anos, como a proibição de propaganda de marcas de cigarro e inclusão de imagens nos maços alertando os malefícios para a saúde, impactaram positivamente no hábito de fumar. A pesquisa aponta que 52,3% dos fumantes pensaram em parar de fumar devido a estas advertências.

O cigarro é responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil e a Organização Mundial de Saúde reconhece o tabagismo como uma doença epidêmica. A dependência da nicotina expõe os fumantes continuamente a mais de quatro mil substâncias tóxicas, que são fatores de risco para aproximadamente 50 doenças, principalmente as respiratórias e cardiovasculares, além de vários tipos de câncer como o de pulmão e brônquios. O fumo responde hoje por 90% dos casos de câncer de pulmão e 25% das doenças vasculares, como infarto.

ESTILO DE VIDA – Além da redução do consumo de cigarro, a Pesquisa Nacional de Saúde apontou outros hábitos que revelam que o brasileiro busca por um estilo de vida mais saudável. Do total de entrevistados, 22,5% praticam o nível recomentado de atividade física semanal (150 minutos de intensidade leve e moderada ou 75 minutos de atividade intensa).

Os homens (27,1%) se exercitam mais que as mulheres (18,4%). Quanto maior a idade, menor a frequência das atividades físicas. O índice de jovens de 18 a 24 anos que praticam exercícios, 35,3%, é mais que o dobro do percentual entre pessoas com 60 anos ou mais, 13,6%.

Quando o assunto é alimentação, o estudo mostra que 37,3% da população consomem cinco porções diárias de frutas e hortaliças. As mulheres saem na frente nessa avaliação, com 39,4%, enquanto entre os homens o índice cai para 34,8%. Nas pessoas com 60 anos ou mais, o consumo é maior, de 40,1%, chamando atenção para o baixo índice entre os jovens de 18 a 24 anos, 33,7%. O percentual é maior também entre as pessoas com maior escolaridade.

A pesquisa mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 71,9%. Neste item, o percentual foi menor entre as pessoas com nível superior completo (54,9%) e maior com ensino fundamental incompleto (77,3%).

Apesar de esses dados apontarem para um estilo de vida mais saudável, preocupam os percentuais de consumo de gorduras, doces e álcool. O consumo de leite integral, mais gorduroso, faz parte da rotina de 60,6% dos brasileiros. Já a proporção de pessoas que consomem carne ou frango com excesso de gordura foi de 37,2%, subindo para 47,2% entre os homens e caindo para 28,3% no público feminino. Quanto maior o nível de escolaridade, menor o consumo desses alimentos.

Mais de 23% da população faz uso de refrigerantes ou sucos artificiais cinco vezes ou mais na semana e 21,7% relatam o consumo regular de alimentos doces, como bolos, chocolates, balas e biscoitos. No Brasil, o consumo desses produtos diminuiu com o avanço da idade. Pessoas com 60 anos ou mais comem em menor quantidade os doces, 17,2%. Já entre jovens de 18 a 24 anos o índice chega a 32%. E quanto maior o nível de escolaridade maior é o consumo. Pessoas com superior completo atingem 27,4%, enquanto pessoas com fundamental incompleto comem menos, 16,7%.

Para incentivar a prática de hábitos saudáveis na população, o Ministério da Saúde lançou, no segundo semestre desse ano, o Guia Alimentar para População Brasileira, que traz os cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável. A edição do guia indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

O consumo de álcool também registrou um índice preocupante, 24% da população consome bebida alcóolica uma vez ou mais na semana, subindo para 36,3% entre os homens, quase o triplo do índice entre as mulheres, de 13%. Conforme cresce a escolaridade, o índice aumenta. As pessoas com nível superior completo consomem bem mais (30,5%) se comparado com quem tem fundamental incompleto, 19%.

Do total de entrevistados, 4,4% da população dirigiram após consumir bebida alcoólica, aumentando o risco de acidente de trânsito. Se considerarmos somente a parcela que dirige, o índice chega a 24,3% dos entrevistados. Apesar do percentual alto, esse é um hábito que vem caindo desde o início da Lei Seca, cujo endurecimento reduziu a zero o consumo de álcool para quem vai dirigir. Levantamento do Ministério da Saúde, Vigitel, indica redução de 47,5% no número de homens que bebem abusivamente e dirigem, passando de 4% para 2,1% entre 2007 e 2013.

Quitação de dívidas cai 5,88% em outubro, mostra indicador SPC Brasil

O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), recuou 5,88% em outubro de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas também apresentou resultado negativo e caiu    2,11%. A comparação mensal mostrou piora em relação ao que foi registrado em setembro. Naquele mês, frente a agosto, a queda mensal havia sido de       – 0,11%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados do indicador de pagamento de dívidas refletem o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Com o rendimento dos trabalhadores crescendo menos e a inflação e juros em alta, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, explica a economista.

Ainda segundo Marcela Kawauti, a diminuição do número de consumidores que têm pagado suas dívidas atrasadas é um sinal de que a recuperação de crédito deve encontrar um ambiente menos propício e apresentar resultados menos expressivos do que os de 2013. Exemplo disso é que, no acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências está 1,62%menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

Quitação de dívidas cai 5,88% em outubro, mostra indicador SPC Brasil

O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), recuou 5,88% em outubro de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas também apresentou resultado negativo e caiu    2,11%. A comparação mensal mostrou piora em relação ao que foi registrado em setembro. Naquele mês, frente a agosto, a queda mensal havia sido de       – 0,11%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados do indicador de pagamento de dívidas refletem o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Com o rendimento dos trabalhadores crescendo menos e a inflação e juros em alta, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, explica a economista.

Ainda segundo Marcela Kawauti, a diminuição do número de consumidores que têm pagado suas dívidas atrasadas é um sinal de que a recuperação de crédito deve encontrar um ambiente menos propício e apresentar resultados menos expressivos do que os de 2013. Exemplo disso é que, no acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências está 1,62%menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

CNDL e SPC Brasil apontam queda de 1,5% nas vendas do Dia das Crianças

O volume de vendas a prazo no comércio brasileiro na semana que antecedeu o Dia das Crianças, entre os dias 5 e 11 de outubro, caiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o pior resultado para o setor nos últimos cinco anos. Desde 2010 o comércio vem desacelerando o seu ritmo de crescimento para a data. Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,15% (2013), 4,83% (2012), 5,91% (2011) e de 8,5% (2010). O indicador foi gerado a partir das consultas realizadas ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) que tem abrangência nacional.

Em 2014, com exceção da Páscoa, o comércio apresentou resultados negativos nas demais datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o atual cenário de menor ritmo de concessão de crédito por conta dos juros elevados, inflação mais alta e inadimplência em crescimento tem desestimulado o consumo a prazo. “Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso que neste ano houve um redirecionamento para os presentes mais baratos e geralmente pagos a vista”, explica Pellizzaro Junior.

Para Pellizzaro Junior, o varejo já não conta com os mesmos fatores macroeconômicos que ajudaram a aquecer o setor nos anos anteriores, como os altos índices de geração de emprego, expansão da renda, incentivos fiscais e a larga oferta de crédito mais barato. “O ciclo de crescimento mais vigoroso do varejo ficou para trás. Apesar do ano mais difícil, a nossa expectativa é que as vendas apresentem ligeira melhora no último trimestre, devido à proximidade das festas de fim de ano, pagamento de dissídios e abono de Natal”, afirma o presidente.