Jorge Gomes participa do Simpósio Pernambuco de Direito Eleitoral

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O vice-prefeito Jorge Gomes esteve na abertura do Simpósio Pernambuco de Direito Eleitoral – Eleições 2016, na manhã de hoje, 12. O evento, organizado pelo Instituto Caruaru de Direito Eleitoral (ICADE), é uma série de palestras que apresentarão os vários temas dentro das novas regras para campanhas eleitorais.

O encontro reúne profissionais e estudantes de direito, políticos, além de importantes convidados, como o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Joelson Dias; o ex-senador Douglas Cintra; o diretor do Foro da Comarca de Caruaru, José Tadeu dos Passos; os representantes da Câmara de Vereadores, Leonardo Chaves e Ricardo Liberato; o presidente do SindLoja, Alberes Lopes; o presidente da Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru, Adolfo José; o representante da Unifavip/ DeVry, Caio Souza; o representante da Asces, Darcí de Farias; a representante da Aesga, Adriana Carvalho; e o prefeito de Belo Jardim, João Mendonça.

Para um auditório lotado, no ato de abertura do evento, Jorge Gomes fez questão de citar a satisfação de ter em Caruaru um encontro de tal importância. “É com grande satisfação que presencio, em nome da prefeitura, esse rico simpósio. Em especial por estarmos vivendo um momento delicado na história do Brasil, uma fase de perdas e dores. Ver a realização de um evento como este, com esse sucesso que está sendo, é a prova de que o nosso município se importa em discutir e buscar os direitos da democracia. Essas discussões e os nomes de peso que explanarão os temas hoje enriquecem a nossa política e os profissionais de direito, não só de Caruaru, mas de toda a região”, elogiou.

O ministro Joelson Dias também ressaltou a importância do evento neste momento exato da crise política, mas também aproveitou para dizer de seu grande carinho por Caruaru. “Quando as coisas ficam difíceis nós precisamos de gente que coloque a mão na massa. Esse vento é uma mostra de que Caruaru quer fazer a diferença. Esse simpósio, que, por ironia, ocorre em um dia histórico para o Brasil, é um passo para chegarmos a um país melhor. Não tenho dúvidas de que Caruaru realiza hoje o maior e melhor simpósio de direito eleitoral do Nordeste”, comemorou.

Cientista político paulistano analisa momento do país 

Entrevista com Luiz  Carlos Leandro Bezerra, Cientista Político e prof. do curso de direito da Universidade de Guarulhos

No geral, o que muda com o governo Temer? Qual o cenário político e econômico neste momento?

Duas mudanças fundamentais são aguardadas pela população brasileira com o advento do impeachment: no plano econômico, o reaquecimento da economia e o desemprego decorrente da desconfiança vigente no mercado; e, no plano político, a recuperação da confiança nas instituições, seriamente abalada com as frequentes notícias de práticas reprováveis levadas a efeito por parlamentares e figuras ligadas ao Poder Executivo.

O cenário político atual é o pior desde o fim da ditadura militar. Nem mesmo o processo de impeachment do ex-presidente Collor causou tamanho desajuste social como este. A sociedade, paralelamente às acusações de crime de responsabilidade que pesam sobre a presidente Dilma Rousseff, acompanha também as investigações da Polícia Federal que todos os dias trazem à luz novos fatos e vários nomes de pessoas ligadas à nata do empresariado e à política nacional. Este cenário causa desalento e descrédito no cidadão fazendo com que todas as pessoas que orbitam em torno do “poder” sejam vistas com severa desconfiança.

O próprio vice-presidente Michel Temer assume a presidência, durante o afastamento de Dilma, sob o olhar crítico dos eleitores que não têm porque acreditar que ele, sendo eleito na mesma chapa da presidente impedida, seja isento de culpa.

O cenário econômico é ainda pior. Os investidores estrangeiros, ressabiados com o parco desempenho da economia brasileira, deixam de aplicar recursos no país ou retiram os que já têm aplicados, fazendo com que a economia emperre. O déficit deixado por Dilma Rousseff é um legado assustador se pensarmos que a cobertura desse rombo pode demandar dois a três anos de estagnação. Sob esse prisma, todos os setores da sociedade sofrem demasiado, principalmente aqueles setores da economia que são mais sensíveis a qualquer crise, como o emprego. 

O novo governo fala em recompor a confiabilidade do mercado e retomar o volume de investimentos, principalmente estreitando laços com o setor privado. Como ele pretende fazer isso?

A primeira e principal medida para recompor a confiabilidade do mercado e retomar o volume de investimentos já foi adotada. O simples anúncio de que o Ministério da Fazenda será ocupado por Henrique Meirelles já provocou no mercado uma reação de simpatia e esperança. Evidente que o que vai fazer provocar a confiança efetivamente é a adoção das medidas que o mercado aguarda tais como a redução dos gastos públicos, aumento de impostos e reforma previdenciária, dentre outras. Não resta dúvida de que são medidas polêmicas, que desagradam à população e, assim como podem auxiliar na recuperação da economia, também podem dificultar ou até inviabilizar o governo Temer. Mas a situação de “fundo de poço” em que chegou a economia brasileira não permite medidas populares e adocicadas. Todos devem estar preparados para um remédio amargo, pois esta é a única forma de recompor a confiabilidade do mercado.

As privatizações e concessões de maior retorno para o investidor são realmente necessárias para que o país volte a crescer?

Não existem fórmulas mágicas para fazer a economia de um país crescer. O receituário da ortodoxia econômica comporta várias medidas que podem ser adotadas num cenário de crise, mas nenhuma delas é benéfica para a população. É ilusão pensar que podemos recuperar a economia e retomar o crescimento virando as costas para investidores; talvez este seja um preço alto que tenhamos que pagar, mas a ciência da economia não oferece alternativas que possam ser adotadas.

As privatizações, por sua vez, fazem parte de outra análise que há tempos vem sendo feita entre nós: se o papel do Estado, no plano da atividade econômica é ocupar as lacunas deixadas pela iniciativa privada e suprir a sociedade daqueles bens e serviços que, embora necessários, não despertam o interesse do empresariado, não seria o caso do Estado de desfazer daquelas empresas cuja finalidade não é papel prioritário dele (Estado)? As privatizações não significam necessariamente retomadas do crescimento; sua contribuição nesse terreno nem é significativa, mas esta é uma oportunidade para que possamos rever o papel do Estado na atividade econômica. Não se trata de pregação neoliberal mas buscarmos entender o verdadeiro papel do Estado e que tipo de Estado queremos para a nossa sociedade atual.

Como este cenário econômico e as medidas propostas por Temer e sua equipe econômica irão impactar diretamente no bolso do trabalhador? 
Num primeiro momento as mudanças não terão o condão de recompor o poder de compra do trabalhador nem causarão alívios que possam ser sentidos imediatamente. A prática deletéria da equipe econômica da presidente Dilma não deixou muita margem para uma rápida da economia. Se as medidas esperadas pelo mercado forem realmente adotadas o gosto pode ser amargo num primeiro momento. É preciso que a sociedade se conscientize na da necessidade do remédio e esteja disposta a ingeri-lo sob pena de o efeito não ser o esperado.

Talvez o maior desafio a ser enfrentado pela equipe econômica de Michel Temer seja o déficit público, o que vai exigir corte drástico de despesas e pode afetar de forma sensível os programas sociais. Embora haja a promessa de que estes programas não sofrerão solução de continuidade, mantê-los da forma como estão pode sinalizar que o “novo governo” está oferecendo “mais do mesmo”, ou seja, por razões eleitorais Temer não se dispõe a mexer nesses programas.

Em nota, Rede Sustentabilidade reafirma sua independência 

Nesta madrugada, o Senado Federal aprovou a admissibilidade das denúncias contra a Presidente da República, Dilma Rousseff, que pode resultar no seu impeachment pelo Senado. Com a posse de Michel Temer no cargo de Presidente interino, a Rede Sustentabilidade reafirma que manterá em relação ao seu governo a mesma independência que manteve perante o de Dilma.

A REDE entende que a coalizão liderada por PT e PMDB é a maior responsável pelas crises econômica, social, política e ética que vivemos. Ambos promoveram, ombro a ombro, inúmeros retrocessos em agendas que são muito caras à sociedade brasileira, como os que se deram nas áreas ambientais, nos direitos humanos, nos direitos trabalhistas conquistados pela sociedade e muitos outros. Consideramos que seu projeto conjunto colocou a perder a estabilidade econômica. A chapa Dilma-Temer assumiu a responsabilidade pela condução do país e seus respectivos partidos estiveram à frente dos principais Ministérios, instituições públicas federais e empresas estatais, tomando decisões e compartilhando práticas ilícitas.

O momento em que vivemos é dramático para nossa sociedade, que vê, ao mesmo tempo, um pugilato político, o desgoverno, a recessão profunda e o desemprego crescente a assombrar milhões de famílias. No entanto, o simples afastamento de Dilma, em si, não colocará fim às graves crises pelas quais passamos. O enfrentamento desta situação começa pela mudança das posturas dos agentes políticos e uma recomposição das políticas públicas em torno de diretrizes pactuadas com a sociedade, partindo da premissa fundamental de limitação de todo poder por meio da transparência e do controle social. Além disso, o apoio às investigações que vêm sendo conduzidas pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal é condição para restabelecer a credibilidade das instituições.

Além dessas premissas, é necessária uma política econômica que combine equilíbrio fiscal, controle da inflação, diminuição dos juros e redução das desigualdades sociais, com foco das políticas sociais para os segmentos mais vulneráveis. É preciso realocar recursos para priorizar educação, saúde, transferência de renda e segurança. Também é preciso reconfigurar os padrões de desempenho do setor público, com definição de indicadores, metas e avaliação permanente de resultados das políticas públicas regulados por padrões claros, ágeis, confiáveis e justos. Além disso, não podemos mais adiar a construção das bases para um modelo de desenvolvimento justo e sustentável, que seja norteado pelo compromisso com a ética, a preservação dos recursos naturais e a distribuição da renda e da riqueza.

Apesar dessas demandas, se confirmadas as notícias que estão sendo divulgadas, Temer dá início à composição do futuro governo utilizando os mesmos métodos que prevaleceram nos últimos 20 anos, desconsiderando questões programáticas e privilegiando o loteamento dos espaços públicos para amealhar apoio no Congresso. O resultado é a composição de um corpo ministerial que conta quase exclusivamente com membros da velha ordem política, parte deles citados nas investigações da Lava-Jato, como se não houvesse competência nos diversos segmentos da sociedade para assumir responsabilidades no primeiro escalão de comando do país.

A REDE manifesta, ainda, sua preocupação em relação aos contínuos retrocessos nas agendas ambientais, sociais e indígena que essa nova composição política parece indicar, tendo em vista o seu posicionamento em diversas matérias que tramitam no Congresso, sob o patrocínio e o apoio político de muitas das lideranças que estão assumindo importante protagonismo nesse período que antecede a posse do novo governo.

A REDE lembra que a verdadeira solução passa pela Justiça Eleitoral, que investiga o uso de dinheiro da corrupção para eleição da chapa Dilma-Temer. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa ter o sentido de URGÊNCIA que o momento exige e julgar com celeridade os processos que estão em apreciação. Comprovado que a soberania popular foi influenciada ilicitamente no último pleito, deve-se restabelecer aos cidadãos e cidadãs o poder de decidir sobre os rumos do país por meio de novas eleições presidenciais diretas, ainda neste ano. Só assim a nação, com a repactuação legitimada pelo voto popular, entrará efetivamente na trajetória das mudanças necessárias para que o Brasil seja passado a limpo. Não são sete ministros do TSE se sobrepondo a uma decisão tomada por meio de uma eleição. Serão sete juízes devolvendo à sociedade o poder de redefinir os rumos da Nação, caso se comprove que o dinheiro roubado do petróleo foi usado para fraudar a decisão soberana dos eleitores.

No momento em que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça, por meio do combate à corrupção no âmbito das operações Acrônimo, Lava jato, Zelotes e outras, investigam e julgam aqueles que cometeram crimes contra a Fazenda e o bem público, será uma oportunidade histórica o TSE devolver à sociedade brasileira a possibilidade de fazer o julgamento ético, programático e político dos partidos e de seus líderes, abrindo uma nova frente de combate à corrupção, com base na reconexão dos cidadãos e cidadãs com a política.

Comissão Executiva Nacional

Rede Sustentabilidade

Artigo: Carta ao homem médio 

A prática social não se reserva aos canteiros da rua, aos largos subdesenvolvidos sem saneamento, aos bares da vida aonde se bebe a cachaça mais ardida e mais barata. Ela se conduz e se realiza mais cruel nas camarinhas dos palácios e em suas salas de jantares elegantes e devidamente asseados, nos drinks elegantes com gosto de sangue doce. Assim bebem e comem e matam os vampiros da bondade e do pretenso bem público.

No nosso estado de coisas, as coisas em si, são muito diferentes do que parecem ser e o homem médio, pobre homem de opinião construída em cima de solo arenoso e movediço constrói seus castelos ideológicos a partir de uma ideologia que não a pertence. Diz-se isso porque aparentemente o Brasil está saindo de uma democracia corruptível, corrupta, para uma democracia de homens de bem e impolutos. Ou seria uma aristocracia dos homens bons? Melhor se assim se determinasse, pois, a diferença estaria exposta legitimamente legalizada; mas não, mais vale a farsa de uma igualdade de desiguais.

A política igualmente a ética não é e nunca será uma ciência, pois ambas são construídas nas práticas sociais em consonância com uma linguagem e sendo assim, de um lugar para outro suas razões de ser diferenciam-se, fazendo-se ora mais assim, ora mais assado. Ora para um lado, ora para outro, mas, sempre com lado definido, mesmo que retoricamente todos estejam de um mesmo lado. O lado do outro, o lado do povo.

Quando hoje se vê homens públicos trabalhando por objetivos privados, percebe-se que a bondade e a preocupação com o bem maior é mera falácia de uma conveniência política com fins nada elevados, nem nacionais. Não existem homens éticos em universalidade, apenas relativamente.

Para quem trabalharão os bons e para quem trabalharam os maus? Não há respostas de pronto. As respostas serão dadas num futuro certo e certamente não serão o que a ingenuidade ou ignorância media do rebanho esclarecido sonha, espera e aguarda. Não se trata de futurologia pessimista. É tudo muito claro, apesar de muito pouco exposto, tudo muito certo, bem ou mal, certo.

A História não é clemente, muito menos, subserviente aos desejos dos que a escrevem ou a fazem escrever pelas mãos dos seus escrivães mais leais. Indefectivelmente ela, a História, se mostrará e invariavelmente o fará de forma implacável logo ali na esquina da vida e do tempo, na prática social.

Tristes desse ignorante homem medio, que se crer não do povo, que se vê palaciano, que sonha um sonho da Casa Grande.

É triste o futuro. Não há lugar a ir, não há outro lugar, há apenas uma repetição do mesmo. Repetição de um processo, de locação de cargos, de governo sem projeto nacional, governo de mimos aos combatentes fiéis, à tropa de choque. Aos oportunos espaços os oportunistas ocupantes, independente das aptidões administrativas. Há apenas o mesmo modo de compartilhar benefícios. Nos homens a ocupar cargos, nomes sagazes, homens gananciosos, nomes de bem.

“Assim, nenhum mortal que o último dia ainda está por ver, não feliciteis antes que sem prova de mágoa chegue ao termo da vida.” 

Geyson Magno, fotógrafo, jornalista e professor de Filosofia.

Bruno Lagos é chamado e ouve população 

  
O pré-candidato a vereador, Bruno Lagos, começa a atender a população nos bairros e a receptividade tem sido favorável ao novo possível nome do legislativo. Bruno, publicou em sua rede social que está fazendo novos amigos e esclarecendo dúvidas da população. Assim o empresário, engenheiro e sociólogo vai ganhando espaço na política caruaruense, sempre muito solicito e simpático.

Governador  do Estado emite nota oficial sobre impeachment 

“A admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado Federal seguiu as normas constitucionais e o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em que pese essa ser uma medida extremamente traumática.
Como afirmei anteriormente, não é algo singelo e confortável o fato de em um período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República.

Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer. Não é de hoje que prego esse caminho, por acreditar que o desarmamento dos espíritos é fundamental para superar a maior crise econômica desde o início da década de 1930.

Precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros. Estou à disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes.

O meu partido, o PSB, em decisão tomada pela maioria da Executiva Nacional, decidiu não indicar e nem chancelar nomes para o novo Ministério. No entanto, o PSB ajudará em todas aqueles propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil, tornadas públicas por ocasião das eleições presidenciais de 2014, primeiro pelo saudoso Eduardo Campos e, posteriormente, por Marina Silva. O PSB nunca vai desistir do Brasil”.

Academia de Cordel com nova diretoria 

Academia de Cordel empossa nova diretoria. Evento será marcado por poesia e música, na manhã deste sábado, no Museu do Barro de Caruaru.

Poesia, música e arte. Esses ingredientes farão parte da posse da nova diretoria da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC). O evento ocorrerá neste sábado, dia 14, a partir das 10h da manhã, no Museu do Barro de Caruaru (Mubac), localizado no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

Além da solenidade de posse, haverá um recital com os poetas da ACLC e apresentações musicais, com Carlos Alves e Artur Motta. Na ocasião, a poetisa Geovania Alexandre lançará o cordel ‘As encantadas em meu caminho’. Ademais, o evento integra as comemorações de 11 anos da instituição.

Com mandato de 02 anos, a nova gestão da entidade apresentará a seguinte formação: Presidente: Jénerson Alves; Vice-presidente: Nerisvaldo Alves; Primeiro Secretário: Nelson Lima; Segundo Secretário: Carlos Soares; Primeiro Tesoureiro: Val Tabosa; Segundo Tesoureiro: Wilson China. A eleição da diretoria ocorreu na última reunião ordinária da Academia, em abril.

O presidente eleito, Jénerson Alves, afirma que o objetivo é fortalecer a literatura de cordel como instrumento de identidade cultural e ferramenta educativa. “Nossa visão é promover um trabalho engajado, que não fique restrito à questão da arte pela arte. O cordel pode e deve ser entendido como uma forma lúdica de participação no debate público”, declara.

Histórico
A Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC) foi fundada no dia 18 de maio de 2005. Com ela, nasceu também o desejo de valorizar ainda mais o cordel, o repente, a xilogravura e artes afins, promovendo uma maior descoberta sobre a identidade do município por meio da cultura.

Através da ACLC, surgiu o Projeto Cordel nas Escolas – que funciona em Caruaru desde 2006 –, destacando a arte regional em salas de aula. Eventos como o Maior Cordel do Mundo e o Festival Literário Arrasta Cordel também fazem parte da história da Academia, bem como a execução da tradicional ‘Noite da Academia’, integrando os festejos juninos de Caruaru, onde funciona o Polo do Repente. Ademais, os integrantes da Academia costumam se apresentar em escolas, entidades e produzir cordéis, sobretudo de caráter educativo. Atualmente, a ACLC funciona em conjunto com a Casa do Artista, no Polo Cultural da Estação Ferroviária, mas a previsão é que a partir do segundo semestre a entidade passe a funcionar em sede própria, também em uma das ‘casas culturais’ do Polo Cultural de Caruaru.

Humberto Costa diz que PT vai para a oposição, mas voltará pela porta da frente

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O líder do governo no Senado, o pernambucano Humberto Costa (PT), afirmou, em discurso na votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que o Partido dos Trabalhadores vai para a oposição, mas que voltará ao Palácio do Planalto pela rampa da frente. Humberto foi o 64º a falar, já na madrugada desta quinta-feira (12), após mais de 16 horas de sessão no Senado.

“Nem as barbaridades a que ela (Dilma) se sujeitou foram capazes de fazê-la acreditar que vale a pena deixar de lutar pelo País. Mais uma vez na sua vida, Dilma Rousseff está sendo vítima de um julgamento injusto e mais uma vez a cabeça dessa mulher está erguida”, disse, após mostrar uma foto da petista na ditadura militar, quando ela foi presa e vítima de tortura. Humberto também comparou o início do regime, em 1964, ao período atual. “Estão substituindo a UDN e os militares pelo PMDB”, disse.

Humberto foi um dos que se mantiveram fiéis à presidente nos últimos meses. Mais cedo, ele já havia afirmado que, com a saída de Dilma, o PT “será o maior partido de oposição do Brasil”. O discurso foi retomado na tribuna. “Nós, do PT, voltaremos a ser o maior partido de oposição do Brasil e não o maior partido de oposição ao Brasil, como tem sido a prática do PSDB e do DEM, patrocinadores de pautas-bomba nesse Congresso Nacional”, disparou. “Irresponsáveis foram aqueles que votaram aqui e lá (na Câmara) pela pauta-bomba do senhor Eduardo Cunha”, acrescentou. “Isso é o que se chama a plena hipocrisia.”

De acordo com Humberto, o PT vai questionar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o mérito do crime de responsabilidade que teria sido cometido pela presidente e que justificaria o processo de impeachment e o eventual afastamento dela do cargo.

“É uma farsa o crime de responsabilidade que tentam lhe imputar. A aliança que reuniu a grande mídia, a oposição, elementos do poder Judiciário e do Ministério Público decidiu: Dilma é criminosa. Agora, depois de decidir também a pena, que é o impeachment, foram buscar o crime.” Foi assim que Humberto iniciou a sua fala de 15 minutos.

O líder do governo no Senado ainda afirmou que o impeachment abre um “gravíssimo precedente”, discurso que já havia sido usado pelo também pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB). “Estamos pervertendo a Constituição Federal por meio de uma quartelada civil para que os derrotados de 2014 cheguem ao poder”, atacou.

Humberto ainda criticou a negociação de cargos para um eventual governo Temer, afirmando que o vice transformou o Palácio do Jaburu em um “balcão de feira da República”. “Logo eles que acusavam o PT de fisiologismo, de aparelhamento da máquina pública, têm ministros polivalentes que podem assumir três, quatro ministérios de uma vez. Podem travestir tudo isso do que quiserem, mas não adianta. Me desculpem os ouvidos sensíveis, mas isso é golpe. É um processo ilegítimo.”

Retomando o discurso usado pelos aliados de Dilma nos últimos dias, Humberto Costa preconizou que Temer acabaria com conquistas e programas sociais, como o Bolsa Família. “Se acredita na casa grande e se julga o resto dos brasileiros como se na senzala estivessem. Continua se achando que a democracia é um instrumento para a manutenção dos seus interesses”, alfinetou.

O petista foi o sucessor de Delcídio do Amaral (sem partido-MS) na liderança do governo. Delcídio foi cassado pelo Senado nessa terça-feira (10); em bastidores se comenta que a votação do afastamento dele, que fica inelegível até 2027, foi a pedido de Dilma, para não tê-lo como algoz. Delcídio foi preso após acusado de obstrução de Justiça ao tentar interferir na delação premiada de Nestor Cerveró na Operação Lava Jato.

Esplanada recebe 12,5% do público esperado para manifestações

Do Congresso em Foco

Na mais otimista previsão da secretaria de Segurança, 40 mil manifestantes chegaram a ser esperados na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma no Senado. O número de pessoas presentes, porém, segundo a Polícia Militar, foi de cinco mil pessoas – 4 mil contra o impeachment e mil a favor.

Durante grande parte do dia, o lado esquerdo da Esplanada, reservado aos manifestantes contra o impeachment, esteve mais cheio. A estrutura contava com um telão e um trio elétrico para animar os manifestantes, que já esperavam o resultado desforável ao final da votação. “Viemos para mostrar que o povo brasileiro não concorda com este processo. Lutamos contra aquele show da Xuxa que vimos no dia 17″, disse a atriz Luaa Gabanini, do grupo Arte Pela Democracia, que, mesmo assumindo a derrota, fizeram uma performance na Esplanada contra o impeachment.

Já do lado pró-impeachment, os manifestantes improvisaram uma caixa de som ligada a um computador que transmitia para acompanhar a sessão do plenário do Senado. Levaram inúmeras faixas criticando o governo e apoiando o juiz Sérgio Moro. Para comemorar, espumante e coxinha. “Temos orgulho de sermos coxinha”, disse Rodrigues Paiva, um dos manifestantes que estourava champagne no momento em que o 41º senador expressou o voto a favor da saída de Dilma.

Após o resultado, ainda que não oficial da votação, fogos de artifício do lado verde amarelo iluminavam a Esplanada. Enquanto do lado vermelho, garis recolhiam o lixo deixado pelos manifestantes contra impeachment.

Ocorrências

Por volta das 20 horas, manifestantes do lado contrário ao afastamento se exaltaram. Eles começaram a jogar pedras, pedaços de mastro de bandeiras e outros objetos contra os policiais militares que fazem a segurança em torno do Congresso. Os servidores de segurança usaram gás de pimenta para controlar as pessoas que avançavam em direção à proteção que limita o espaço de manifestações, na Alameda das Bandeiras. A Polícia Militar prendeu um homem que ultrapassou o bloqueio.

Em coletiva de imprensa pouco antes das 22 horas, o chefe da Comunicação Social da PM, coronel Antônio Carlos Freitas, informou ainda que duas pessoas passaram mal e foram encaminhadas ao Hospital de Base. Segundo ele, a reação da polícia militar foi a mais pacífica possível diante da ação dos manifestantes.

Como os senadores votaram no impeachment de Dilma

Nos links, os parlamentares investigados no STF:

Acir Gurgacz (PDT-RO) – Sim
Aécio Neves (PSDB-MG) – Sim
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) – Sim
Alvaro Dias (PV-PR)- Sim
Ana Amélia (PP-RS) – Sim
Angela Portela (PT-RR) – Não
Antonio Anastasia (PSDB-MG) – Sim (relator)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) – Sim
Armando Monteiro (PTB-PE) – Não
Ataídes Oliveira (PSDB-TO) – Sim
Benedito de Lira (PP-AL) – Sim
Blairo Maggi (PR-MT) – Sim
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – Sim
Ciro Nogueira (PP-PI) – Sim
Cristovam Buarque (PPS-DF)- Sim
Dalirio Beber (PSDB-SC) – Sim
Dário Berger (PSDB-SC) – Sim
Davi Alcolumbre (DEM-AP) – Sim
Donizeti Nogueira (PT-TO) – Não
Edison Lobão (PMDB-MA) – Sim
Eduardo Amorim (PSC-SE) – Sim
Elmano Férrer (PTB-PI) – Não
Eunício Oliveira (PMDB-CE) -Sim
Fátima Bezerra (PT-RN) – Não
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) – Sim
Fernando Collor (PTC-AL) – Sim
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)- Sim
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)- Sim
Gladson Cameli (PP-AC) – Sim
Gleisi Hoffmann (PT-PR) – Não
Hélio José (PMDB-DF) – Sim
Humberto Costa (PT-PE) – Não
Ivo Cassol (PP-RO) – Sim
João Alberto Souza (PMDB-MA) – Não
João Capiberibe (PSB-AP) – Não
Jorge Viana (PT-AC) – Não
José Agripino (DEM-RN) – Sim
José Maranhão (PMDB-PB) – Sim
José Medeiros (PSD-MT) – Sim
José Pimentel (PT-CE) – Não
José Serra (PSDB-SP) – Sim
Lasier Martins (PDT-RS) – Sim
Lídice da Mata (PSB-BA) – Não
Lindbergh Farias (PT-RJ) – Não
Lúcia Vânia (PSB-GO)- Sim
Magno Malta (PR-ES)- Sim
Marcelo Crivella (PRB-RJ) – Sim
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)- Sim
Marta Suplicy (PMDB-SP) – Sim
Omar Aziz (PSD-AM) – Sim
Otto Alencar (PSD-BA) – Não
Paulo Bauer (PSDB-SC) – Sim
Paulo Paim (PT-RS) – Não
Paulo Rocha (PT-PA) – Não
Raimundo Lira (PMDB-PB) – Sim (presidente da comissão do impeachment)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – Não
Regina Sousa (PT-PI) – Não
Reguffe (Sem partido-DF) – Sim
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – Sim
Roberto Requião (PMDB-PR) – Não
Roberto Rocha (PSB-MA) -Sim
Romário (PSB-RJ)- Sim
Romero Jucá (PMDB-RR) – Sim
Ronaldo Caiado (DEM-GO) – Sim
Rose de Freitas (PMDB-ES) – Sim
Sérgio Petecão (PSD-AC) – Sim
Simone Tebet (PMDB-MS) – Sim
Tasso Jereissati (PSDB-CE) – Sim
Telmário Mota (PDT-RR) – Não
Valdir Raupp (PMDB-RO) – Sim
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – Não
Vicentinho Alves (PR-TO) – Sim
Waldemir Moka (PMDB-MS) – Sim
Walter Pinheiro (Sem partido-BA) – Não
Wellington Fagundes (PR-MT) – Sim
Wilder Morais (PP-GO)- Sim
Zezé Perrella (PDT-MG) – Sim

Absteve-se por estar no exercício da Presidência do Senado:

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Ausentes:

Eduardo Braga (PMDB-AM)
Jader Barbalho (PMDB-PA)

A lista acima tem apenas 80 senadores, e não 81, porque o suplente de Delcídio do Amaral (MS), cassado na terça-feira, ainda não tomou posse. Saiba mais sobre Pedro Chaves.