Japão confirma desistência de sistema de defesa americano antimísseis

Japan’s Defence Minister Taro Kono speaks at a press conference at the Foreign Correspondents’ Club of Japan (FCCJ) in Tokyo on June 25, 2020. – Kono told a meeting of the ruling Liberal Democratic Party earlier in the day on June 25 that Japan has scrapped the deployment of a multibillion-dollar US anti-missile system, days after saying the programme had been suspended. (Photo by CHARLY TRIBALLEAU / AFP)

O governo do Japão confirmou nesta quinta-feira que desistiu de instalar em seu território o sistema de defesa antimísseis americano Aegis Ashore, 10 dias depois de anunciar a suspensão do caro e polêmico programa.

“O Conselho de Segurança Nacional discutiu o tema e chegou à conclusão de que a instalação do Aegis Ashore deve ser cancelada”, afirmou o ministro da Defesa, Taro Kono, em uma reunião do Partido Liberal Democrata, do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Kono apresentou um pedido de “profundas desculpas” pelo fiasco.

Aprovada pelo governo Abe em 2017, no momento em que a Coreia do Norte executava testes balísticos perto do Japão, a compra – e manutenção durante 30 anos – deste sistema da fabricante americana Lockheed Martin havia sido avaliada em 4,2 bilhões de dólares.

Um dos sistemas seria instalado na região de Akita (norte do país) e outro em Yamaguchi (oeste).

AFP

Queda nas passagens aéreas faz prévia da inflação ser a menor em 14 anos

Impactada pelos preços das passagens aéreas, que continuam a cair em meio à pandemia de Covid-19, a prévia da inflação de junho somou 0,02%, o menor resultado para este mês desde 2006, informou nesta quinta-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As passagens aéreas recuaram 26,08% na prévia da inflação de junho. Em maio, já haviam recuado 27,08%, segundo a divulgação anterior do IPCA-15. Assim, o setor puxou o índice para baixo. Nas duas divulgações anteriores, em abril e maio, o registro havia sido de deflação.

Abril havia sido o pior mês da história da aviação, disse na semana passada ao jornal Folha de S.Paulo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Em maio, o setor expressou ligeira melhora, mas ainda estava em situação caótica.

Antes da pandemia, a média de voos diários no país era 2.600. Entretanto, esse número caiu para 180. Em maio, subiu para 262, ainda com a malha aérea dez vezes menor do que o período antes da chegada do novo coronavírus. Em junho, esse número subiu para 350.

Folhapress

Dois mil brasileiros serão selecionados para teste de vacina contra Covid-19

Argentine Biotechnology technician of Inmunova Romina Ramondino holds the F(ab’)2 fragments from an equine therapeutic serum that neutralize the SARS-Cov2 in vitro at Inmunova Laboratory, in San Martín, Buenos Aires on June 19, 2020 amid the new coronavirus pandemic. – Argentine researchers have developed a therapeutic serum that showed at in vitro tests the ability to neutralize the SARS-Cov-2 virus that causes COVID-19, the government announced on June 18, 2020. (Photo by JUAN MABROMATA / AFP)

O Grupo Fleury divulgou, ontem, que começará a seleção de dois mil brasileiros para participar da terceira fase de testes da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra. Com os brasileiros, serão no total cerca de 50 mil voluntários em todo o mundo. O estudo é conduzido no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os brasileiros serão divididos em dois grupos: um tomará a vacina e o outro será testado com a vacina-controle MenACWY, também conhecida como vacina meningocócica conjugada. Para saber a eficácia da vacina, os pesquisadores vão comparar os dois grupos: o percentual de pessoas vacinadas que não desenvolveu a doença e a proporção de indivíduos testados com a vacina-controle que acabou infectada.

“Se o primeiro time, o das pessoas testadas com a vacina, tiver um percentual superior de imunidade em comparação àqueles que tomaram a vacina-controle, a conclusão é a eficácia da vacina”, explica o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury. “Tudo indica, infelizmente, que o Brasil ainda está em uma curva ascendente de contágio. Nesse contexto, a realização de estudos de testes de vacina se torna vantajosa, uma vez que grande parte da população ainda não desenvolveu imunidade.”

Correio Braziliense

Ex-ministro, ex-deputado e empresários são alvos de nova fase da Lava Jato

Polícia Federal

A Polícia Federal cumpre 12 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em uma operação na manhã desta quinta-feira (25) com base em uma investigação que apura fraudes na Eletronuclear.

Segundo a GloboNews, o ex-ministro das Minas e Energia no governo Lula Silas Rondeau é um dos alvos. Além do ex-ministro, um ex-deputado federal (que não teve o nome divulgado), empresários e ex-executivos da estatal são investigados na operação Fiat Lux, que é um desdobramento da Lava Jato que ocorre nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.

Segundo MPF (Ministério Público Federal), foi pedido também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207.878.147,18. A investigação gira em torno da análise de contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear. A base para esta etapa, segundo nota da PF, foi a colaboração premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017.

Em nota, o MPF diz que a colaboração premiada “elucidou o pagamento de vantagens indevidas” em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear. “Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados”, diz a nota.

Ainda segundo o MPF, a exigência de propina teve início quando Othon Pinheiro “chegou à presidência da estatal como contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor”.

O MPF informou que solicitou cooperação internacional, pois parte do esquema operou com empresas sediadas no Canadá, na França e na Dinamarca.

Operações anteriores envolvendo investigações sobre irregularidades na Eletronuclear geraram, em 2019, a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer. Posteriormente, ele foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro ou recursos públicos em benefício próprio).

Segundo a PF, a fase desta quinta não abrange alvos das operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação, todas relacionadas a investigações na Eletronuclear. A primeira operação relativa ao caso ocorreu em julho de 2015 e ganhou o nome de Radioatividade. Ela investigava desvios nas obras da usina nuclear de Angra 3.

OMS alerta sobre aumento de casos de coronavírus na Europa após flexibilização progressiva

O número de contágios por coronavírus voltou a subir na Europa, advertiu nesta quinta-feira (25) a Organização Mundial da Saúde (OMS), com um alerta para os riscos que um segunda onda fora de controle da pandemia terá nos sistemas de saúde do continente.

“Na semana passada, a Europa registrou um aumento no número de casos semanais pela primeira vez em meses. Em 11 países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que, se não for controlado, levará ao limite de novo os sistemas de saúde europeus”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em Copenhague.

De acordo com a OMS, a Europa está registrando diariamente quase 20.000 novos casos e 700 mortes por coronavírus. Kluge destacou a reação rápida de países como Espanha, Polônia, Alemanha ou Israel ante o aumento de novos casos em “escolas, minas de carvão ou locais de produção de alimentos”, nas últimas semanas.

A unidade europeia da OMS inclui 53 países e no conjunto do bloco a organização registra 2,5 milhões de casos de coronavírus até o momento.

BC prevê queda de 6,4% na economia este ano

O Banco Central (BC) prevê queda de 6,4% da economia este ano, devido aos efeitos da pandemia da covid-19. No Relatório de Inflação (RI), divulgado nesta quinta-feira (25), o BC revisa a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de estabilidade, prevista em março, para a retração de 6,4%, neste ano.

“A alteração da projeção está associada, essencialmente, ao avanço e à duração da pandemia da covid-19 em território nacional, com a consequente adoção, a partir da segunda quinzena de março, de medidas de isolamento social no país. A magnitude desses dois fatores tem superado significativamente o que se esperava na data de corte do último RI”.

Segundo o BC, a projeção para o PIB anual considera que o recuo no segundo trimestre será o maior observado desde 1996, início do atual Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. “Espera-se que tal contração seja seguida de recuperação gradual nos dois últimos trimestres do ano, repercutindo diminuição paulatina e heterogênea do distanciamento social e de seus efeitos econômicos”, disse o BC, no relatório.

Indústria
A previsão para a variação do setor industrial passou de queda de 0,5% para uma retração ainda maior: – 8,5%, “com perspectiva de recuo em todas as atividades em função de efeitos do surto da Covid-19 maiores do que os antecipados anteriormente”.

A projeção para o desempenho da indústria de transformação passou de variação de -1,3% para -12,8%, “motivada pela maior retração na demanda final, principalmente por bens de consumo duráveis e de capital, além da redução na oferta resultante das medidas de distanciamento social”. A variação estimada para a produção da indústria extrativa recuou de 2,4% para estabilidade, “ante expectativa de menor demanda por minério de ferro e petróleo, em cenário de maior desaceleração mundial”.

A construção deve apresentar retração de 6,7%, comparativamente à projeção de recuo de 0,5% feita em março, “repercutindo comportamento de maior cautela das famílias e dos empresários do setor, além de diminuição no ritmo de algumas obras pela necessidade de adoção de protocolos especiais para prevenir contágio pelo novo coronavírus”.

Comércio e Serviços
O BC estima ainda queda de 5,3% no setor de comércio e serviços em 2020, ante estabilidade projetada em março. O BC destaca as revisões em setores mais afetados por medidas de restrição de mobilidade: o comércio de -0,7% para -10,8%; transporte, armazenagem e correio, de -1,2% para -13,4%; e outros serviços – que engloba atividades como alojamento, alimentação fora de casa e atividades artísticas de -1,1% para -9,4%.

Consumo
O BC projeta “contração expressiva do consumo das famílias, apesar da magnitude das medidas governamentais de transferência de renda”. “Em relação ao último RI, a projeção foi revista de crescimento de 0,8% para queda de 7,4% em virtude dos impactos maiores do que os antecipados anteriormente da pandemia sobre o comportamento dos consumidores e a evolução da massa de rendimentos do trabalho, além dos efeitos decorrentes das medidas de distanciamento social e de restrições à mobilidade”, acrescentou.

Investimentos e consumo de governo
Para o BC, a “perspectiva de efeitos mais pronunciados da pandemia sobre a atividade econômica e incertezas elevadas em relação ao processo de retomada devem ocasionar postergação de decisões de investimentos”. Assim, a previsão para o desempenho anual da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mudou de -1,1% para -13,8%.

A projeção para o consumo do governo permaneceu inalterada (0,2%). “Apesar da estimativa de significativa perda de receitas, o governo deve preservar gastos essenciais em momento de crise”, disse o BC.

Exportações e importações
As exportações e as importações de bens e serviços, em 2020, devem variar, nesta ordem, -8,1% e -11,1%, ante projeções respectivas de 0,9% e 0,6% apresentadas no RI anterior. “A redução na projeção para exportações resulta da expectativa de menor demanda externa, especialmente por bens manufaturados, em virtude de reavaliação da atividade econômica global. A diminuição na estimativa para as importações reflete a redução nas projeções de crescimento da atividade doméstica, em especial da indústria de transformação e da FBCF, com o consequente decréscimo nas aquisições de insumos e de máquinas e equipamentos, bem como a perspectiva de redução do consumo das famílias”, destacou o BC.

Agência Brasil

Prévia da inflação oficial fica em 0,02% em junho, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou taxa de 0,02% em junho deste ano. Apesar de ser superior à observada em maio deste ano (-0,59%), é a menor taxa para um mês de junho desde 2006 (-0,15%).

O IPCA-15 acumula taxa de deflação (queda de preços) de 0,58% no segundo trimestre do ano. No acumulado do ano, a inflação é de 0,37%, enquanto no acumulado de 12 meses, a taxa chega a 1,92%. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram inflação, com destaque para alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 0,47% na prévia de junho. Os destaques deste grupo de despesas foram a batata inglesa (16,84%), carnes (1,08%), a cebola (14,05%) e o feijão-carioca (9,38%).

Também tiveram deflação os grupos de despesa habitação (-0,07%), vestuário (-0,15%), saúde e cuidados pessoais (-0,01%) e despesas pessoais (-0,03%).

Agência Brasil

Covid-19: três meses após primeira morte em Pernambuco, mais de 83% das cidades têm óbitos

A medical staff member checks a blood sample during a free rapid test for the COVID-19 coronavirus sponsored by the Indonesian National Police in Jakarta on June 21, 2020. (Photo by ADEK BERRY / AFP)

Pernambuco completa, nesta quinta-feira (25), três meses da confirmação da primeira morte provocada pela Covid-19. Em 25 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou o óbito de um idoso de 85 anos, morador do bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife, vítima da doença causada pelo novo coronavírus.

Desde então, 154 dos 184 municípios do Estado têm pelo menos uma morte pela doença confirmada. Esse total equivale a 83,24% das cidades pernambucanas, segundo dados do Instituto para Redução de Riscos e Desastres da Universidade Federal Rural de Pernambuco (IRRD/UFRPE). Ou seja, 30 cidades, além do distrito estadual de Fernando de Noronha, não têm mortes por Covid-19 oficialmente confirmadas. [Veja a lista no final do texto]

O Recife, capital e cidade mais populosa do Estado, lidera o total de óbitos, com 1.719. Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está em segundo, com 484 mortes. Olinda, também na RMR, ocupa o terceiro lugar, com 211 óbitos. A cidade do Interior com mais mortes é Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Norte, com 105.

A maioria dos óbitos se concentra na faixa etária de 80 anos ou mais. Segundo a SES-PE, 1.171 pacientes nesse grupo morreram vítimas da Covid-19 até a quarta-feira. O total equivale a 26,7% dos óbitos. Na sequência, com 1.112 mortes (25,1%) estão os infectados com idades entre 70 e 79 anos. Veja a lista completa, com óbitos por faixas etárias:

– 80 anos ou mais: 1.171 mortes (26,7%)
– 70 a 79 anos: 1.112 mortes (25,1%)
– 60 a 69 anos: 991 mortes (22,4%)
– 50 a 59 anos: 613 mortes (13,9%)
– 40 a 49 anos: 305 mortes (6,9%)
– 30 a 39 anos: 136 mortes (3,1%)
– 20 a 29 anos: 60 mortes (1,4%)
– 10 a 19 anos: 12 mortes (0,3%)
– 0 a 9 anos: 25 mortes (0,6%)

Casos confirmados
O IRRD ainda contabiliza 183 cidades e Fernando de Noronha com casos confirmados da Covid-19 no Estado. Apenas o município de Moreilândia, no Sertão, não registrou pacientes com a doença até agora.

Veja a lista das cidades sem óbitos por Covid-19 em Pernambuco:
Angelim
Belém de Maria
Belém do São Francisco
Bodocó
Brejão
Brejinho
Calçado
Dormentes
Fernando de Noronha (distrito estadual)
Granito
Iati
Ibirajuba
Ingazeira
Jatobá
Jurema
Lagoa do Ouro
Manari
Mirandiba
Moreilândia
Riacho das Almas
Salgadinho
Santa Cruz
Santa Cruz da Baixa Verde
Santa Filomena
Santa Maria da Boa Vista
Santa Terezinha
São Caetano
São João
São José do Belmonte
Solidão
Verdejante

Folhape

Prazo para a Declaração Anual dos MEI encerra no dia 30 de junho

Microempreendedores Individuais (MEI) tem até o dia 30 de junho para entregar a Declaração Anual Simplificada (DASN-SIMEI) referente ao ano de 2019. Neste ano, o prazo de entrega foi prorrogado em um mês, em virtude da pandemia do coronavírus. Os MEI que ainda não entregaram precisam correr para não ficarem inadimplentes. O documento é uma obrigação e deve ser entregue, anualmente, à Receita Federal.

Os MEI que não entregarem a declaração ficarão inadimplentes com o Simples Nacional e não poderão obter certidão negativa de débito junto à Receita Federal, documento necessário para contratar uma linha de crédito, por exemplo. Enquanto a declaração não for realizada, o MEI fica impedido de emitir os boletos de 2020. Além disso, os microempreendedores individuais podem ficar sujeitos ao cancelamento do CNPJ e multa no valor de R$ 50. Caso o pagamento for realizado no prazo de 30 dias, será concedido um desconto de 50% no valor total da multa.

Para a declaração, o MEI deverá ter em mãos o faturamento anual de sua empresa em 2019; o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e declarar, se houve admissão de funcionário no decorrer do ano.

O Paraná conta com mais de 643 mil microempreendedores individuais, pouco mais de 6% do total no país. Em todo o Brasil são mais de 10 milhões de MEI.

Por conta da interrupção nos atendimentos presenciais desde o mês de março, o Sebrae/PR tem oferecido as orientações remotamente aos empreendedores.

“Os MEI que estão com dificuldades e precisam de orientação para preencher corretamente a Declaração Anual de Faturamento podem entrar em contato com o Sebrae, gratuitamente, por meio dos nossos canais de atendimento. O ideal é que eles regularizem a situação o quanto antes e não deixem para a última hora”, afirma o consultor do Sebrae/PR, Rodrigo Feyerabend.

Para entrar em contato, os MEI podem acessar o site www.sebraepr.com.br, ligar para a Central de Atendimento pelo 0800 570 0800 ou pelo WhatsApp no (41) 99787-8003.

Jogos da Juventude de 2020 estão cancelados, afirma secretário

Os Jogos Escolares da Juventude de 2020, maior competição esportiva estudantil do Brasil, não serão realizados em 2020. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez. O evento, antes programado para acontecer em novembro deste ano, deve ter seu cancelamento oficializado em breve pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A notícia do cancelamento dos Jogos da Juventude aconteceu justamente no Dia Olímpico, comemorado nesta terça. “O COB estava realizando reuniões com diversos coordenadores já há algum tempo. Hoje, no final da tarde, fizeram um encontro com os interlocutores de cada estado e informaram a decisão do cancelamento. Citaram vários motivos, tanto da situação da pandemia (Covid-19) como também questões orçamentárias e de calendário. No ponto de vista da saúde, nós concordamos com a decisão. Mas, quanto aos critérios de orçamento, eu acho que poderiam ter sido criadas alternativas para ajudar a realização do evento, até porque não adianta cancelar essa competição e realizar outras no mesmo período”, ressaltou o secretário.

A decisão, segundo Pérez, não foi uma surpresa. “Eles já haviam cancelado a etapa regional dos Jogos, tirando depois as disputas coletivas (futsal, voleibol, basquete e handebol) no Nacional. Eu esperava que eles pudessem mudar um pouco de opinião quanto a isso, mas não aconteceu”, declarou, lamentando os efeitos que o cancelamento dos jogos terão para equipes, técnicos e atletas.

“Primeiro impacto é técnico, porque muitos atletas e equipes estavam se preparando há um, dois anos. O segundo é financeiro, já que uma conquista nos Jogos da Juventude poderiam ajudar os jovens a pleitearem benefícios através de alguns programas estaduais. O terceiro envolve a ausência dos valores do esporte escolar. Eles não terão a convivência com pessoas e culturas diferentes. Isso mexe na autoesitma também”, argumentou.

No ano passado, Pernambuco encerrou os Jogos da Juventude com 43 medalhas, sendo 12 de ouro, 17 de prata e 14 de bronze. No total, foram dez pódios a mais que na edição 2018, garantindo a presença no top 5 dos estados com mais medalhas na competição, levando a maior delegação do Nordeste e terceira maior do Brasil, com 320 pessoas..

Os Jogos Escolares da Juventude recebem anualmente mais de sete mil alunos-atletas de todas as regiões do Brasil, além de treinadores, árbitros, oficiais e o Comitê Organizador, reunindo mais de oito mil participantes, considerando as fases regionais (setembro) e a nacional (novembro).

Folhape