OPINIÃO — Encher represas não basta. Água precisa chegar às casas!

Por Luiz Augusto Pereira de Almeida

O governador Geraldo Alckmin decretou o fim da crise hídrica em São Paulo, argumentando que o Sistema Cantareira já chega a 60% e o Alto Tietê, a 40%. Segundo suas palavras, “é água para quatro ou cinco anos de seca”. Os motivos para esse desfecho foram dois: de um lado, a vontade divina, que nos abençoou com fortes chuvas de verão, e, de outro, uma série de obras, algumas de grande porte, como a do Sistema São Lourenço e a da transposição das águas do Paraíba do Sul, prevista para 2017.

Independentemente se a situação do abastecimento está ou não resolvida, ela nos remete a outra questão muito mais ampla e complicada: a universalização do abastecimento. Ter reservas de água não significa fornecer volume adequado e qualidade aos domicílios. Segundo o Instituto Trata Brasil, mais de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a esse serviço básico. O quadro agrava-se ainda mais quando adotamos a definição de saneamento básico contida na Lei n. 11.445/2007, que, além dos serviços de água, inclui outros, como o de esgotos, de limpeza urbana e do manejo de resíduos sólidos.

Segundo o mesmo instituto, o custo para universalizar no Brasil os quatro serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem) é de R$ 508 bilhões, no período de 2014 a 2033. Se dividirmos esse montante pelos 20 anos compreendidos no estudo, veremos que os investimentos necessários são de R$ 25,4 bilhões por exercício, que representam apenas 0,84% do orçamento da União para 2016, de R$ 3 trilhões. Ou seja, com um percentual ínfimo de suas receitas, o Governo Federal poderia solucionar um grave problema e propiciar um significativo salto de qualidade na vida dos brasileiros e na salubridade urbana.

Pode-se alegar que a crise fiscal e econômica seria um empecilho. Porém, observa-se que são mantidos gastos muito menos prioritários. Levantamento da ONG Contas Abertas, que monitora as despesas públicas, identificou que seria possível cortar R$ 20 bilhões em itens não obrigatórios, como serviços de limpeza, passagens e aluguel de imóveis. Como se observa, a questão não é somente econômica. Como dizem por aí, o buraco é bem mais embaixo.

Além dos problemas e desencontros da política e das políticas públicas, há outras questões relevantes. De acordo com relatório intitulado Saneamento no Litoral Paulista, da empresa R. Amaral e Associados, há que se considerar nesse cenário as desigualdades econômicas, estruturais e o próprio perfil de ocupação dos municípios brasileiros. As companhias concessionárias de serviços de abastecimento de água elegem cidades mais adensadas para seus investimentos. Como se trata de um serviço tarifado, quanto mais usuários, maior o lucro e interesse em investir. O inverso é igualmente verdadeiro e proporcional. Ocorre que 70% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes e, nessa situação, é pequena a possibilidade de se viabilizar o equilíbrio econômico-financeiro da exploração dos serviços de saneamento. O quadro piora ainda mais, dependendo da distribuição da população na extensão territorial do Município.

Segundo afirma, ainda, o relatório, em São Paulo, maior estado da Federação, os serviços de saneamento básico têm ampla participação da Sabesp. Sua área de atuação abrange municípios que ocupam 54,46% do território paulista e abrigam 61,5% da população. Do total de uma rede de água de 70.325,87 km instalada nos 366 municípios em que a companhia de economia mista executa seus serviços, 29,45% estão na Capital (ou 20.707,62 km). O índice alcança 34,95% em termos de rede de esgotos (16.649,74 km), para uma extensão geral de 47.645,38 km.

De acordo com entendimentos oficiais firmados, a Sabesp ficou obrigada a investir 13% da sua receita bruta da prestação de serviços no Município de São Paulo, algo em torno de R$ 600 milhões ao ano. Também deve transferir mais 7,5% da receita líquida ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura. Assim, reduz-se consideravelmente seu potencial para ampliação dos negócios e atendimento de demandas em outras localidades nas quais explora idêntico serviço.

Nota-se portanto, um futuro desanimador em termos da universalização do saneamento básico e, por consequência, da saúde pública. É lógico que os investimentos nesse segmento continuarão avançando em regiões adensadas e ricas, onde o modelo tarifário é bem sucedido, e serão esquecidos em localidades ermas e pobres. Daí o significado dos investimentos de recursos públicos a fundo perdido, que, como constatamos anteriormente, representariam percentual ínfimo do orçamento federal.

Muito embora a lei 11.445/2007 estabeleça diretrizes nacionais para o saneamento, a verdade é que estamos engatinhando no tema. Em épocas de Aedes aegypti e vírus transmissíveis, é preocupante saber disso.

Previna a H1N1 com Gel Antisséptico

É natural passar o dia tocando em objetos, pessoas, animais de estimação e se esquecer de higienizar as mãos. É por elas que são transmitidas a grande maioria de germes, vírus e bactérias. Pensando no bem estar e na saúde das pessoas, a HI Clean lança seu Gel Antisséptico em nova embalagem. O produto promove a assepsia sem deixar uma sensação de desconforto, graças a sua composição com extratos naturais.

Produzido para interagir exclusivamente com a pele humana, HI CLEAN é concebido como cosmético, devido a sua formulação que protege e garante efeito hidratante.Seu principal componente é o álcool etílico neutro a 70% que apresenta o mesmo padrão de qualidade do álcool utilizado pela indústria de perfumaria fina. Também contém Carbopol,ativo que proporciona a consistência em gel e faz com que o produto não grude nem esfarele nas mãos após ser aplicado.

Há 12 anos no mercado, a marca incorpora ao rótulo do produto informações em braile. É a primeira marca brasileira do segmento a investir nessa ideia que facilita o acesso aos deficientes visuais. A embalagem PET e inquebrável, capaz de ser 100% reciclada, agora, apresenta um design moderno e inteligente que traz a logomarca em alto relevo, evitando, assim, a falsificação do produto. Outra mudança é a quantidade de gel antisséptico, os recipientes aumentaram de tamanho. As versões de bolso e bancada passam a conter 70ml e 500ml respectivamente e uma embalagem mediana de 250ml foi incorporada a linha.

Outro importante diferencial de HI CLEAN é ser totalmente seguro para crianças, pois contém Bitrex ®, uma proteína que imprime um sabor amargo capaz de inibir a ingestão acidental. Ao tocar o gel na língua,a pessoa sente um gosto forte e desagradável que vai desestimular a ingestão imediatamente. A partir de agora, os produtos também levam o selo da ABRINQ, contra o trabalho infantil.

Pode ser tranquilamente usado por diabéticos, pois evita fissuras na pele e não altera os resultados dos testes de glicemia. É a única marca de gel antisséptico credenciada pela ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabético).

Os produtos HI CLEAN são dermatologicamente testados e registrados em conformidade com as rigorosas normas da ANVISA para produtos Grau II. Cada versão possui seu próprio numero de registro e respectivos laudos de eficácia. Além de não serem testados em animais.

São encontrados nas fragrâncias: Extrato de Algodão; Extrato de Rosas; Extrato de Algas e Extrato de Frutas Cítricas.

RH: crise demanda nova postura de colaboradores

Em momentos difíceis, nada melhor do que inovar. Pensando nisso, a Transvip Brasil, empresa de transporte de valores e segurança patrimonial, tem investido ainda mais em sua área de recursos humanos. O objetivo central é despertar o engajamento do time diante dos novos desafios que estão sendo apresentados pelo mercado.
Embora tenha registrado resultados financeiros extremamente positivos – que em 2015 foi 30% maior do que no ano anterior, a empresa lançou uma campanha interna que tem como força motriz a união de todos para que a crise econômica e politica do país não afete os negócios da companhia. Quem fala sobre o projeto é a diretora de recursos humanos, Luciana Machado.

Qual é a importância da área de RH num momento como esse?

LM – O RH é importante em todos os momentos. Ele é o verdadeiro coração da empresa, a locomotiva. Na Transvip, a área sempre foi uma das nossas maiores prioridades. Nosso mercado é delicado, depende muito da honestidade e integridade dos colaboradores. Então, além de ter bons processos de recrutamento e seleção, precisamos dar incentivos constantes para que eles cresçam com a empresa e se convençam de que trabalhar adequadamente sempre será a melhor alternativa.

O mercado de transporte de valores tem sido alvo constante de bandidos. Como o RH pode auxiliar nesse sentido?

LM – Infelizmente, quanto a sinistros em transportadoras de valores, a chance de envolvimento do efetivo interno tem que ser levado em conta. O contato com quantias elevadas de dinheiro pode levar alguns a acharem que o crime compensa. A depender de suas formações e valores pessoais, alguns se sentem tentados a colaborar com grupos de crime organizado para “resolverem” suas vidas financeiras. Na verdade, estão criando grandes problemas com a Justiça. Nesse contexto, o RH assume um papel crucial para a empresa em conjunto com a área de Segurança Interna, através de processos bem desenhados de atração, analise e integração dos funcionários. Ainda assim o fator primordial é a existência de uma cultura sólida que atue por si só. Neste contexto o tônus do time é um grande aliado. Nosso principal foco é o fortalecimento da cultura organizacional, sempre. Essa é uma das nossas principais blindagens.

Qual é o intuito dessa nova campanha interna?

LM – Queremos gerar mais energia ao time. As notícias de crise política e econômica tendem a desmotivar. Nosso objetivo é combater isso, criando engajamento e sinergia. “Sim, existe uma crise. Mas nós decidimos que ela não vai nos afetar”. A campanha consiste em focar todo o time na otimização dos processos, redução de custos e investimento em responsabilidade ambiental (culturalmente trabalhado na empresa, já que detemos o Selo Verde). Como consequência, objetivamos um ganho de produtividade através de qualidade de vida e principalmente da atitude de dono.

Que ações estão previstas?

LM – Estamos criando vários projetos especiais e emplacando campanhas internas. Um dos maiores destaques é o programa de líder coaching, atendendo os pedidos dos funcionários que querem voltar suas carreiras para a gestão, pensando nos potenciais líderes que temos hoje. Formamos também um grupo de “Embaixadores da Marca”, com a participação de funcionários de todos os setores da empresa. São realizadas reuniões de onde saem sugestões, ideias e muitas oportunidades de melhoria para o negócio e para a vida das pessoas. É um movimento bonito de ver e participar. E tudo isso é coroado pelo programa de coaching executivo.

Como isso deve trazer resultados financeiros para a empresa?

LM – A força do time é o que faz a diferença nesses momentos. Chegamos à conclusão que a hora é agora: 2016 é o ano da atitude. No caso específico de vendas, criamos o “indique um cliente” para envolver a todos nos objetivos de expansão de mercado. Estamos formando um ducto de desenvolvimento e engajamento extremamente motivador, e os reflexos apareceram mais rápidos do que esperávamos. Gestores de áreas administrativas atuando em plena sinergia com os gestores operacionais, gestores operacionais trabalhando no conceito de brainstorming entre as diversas sucursais da empresa pelo Brasil. Funcionários se envolvendo e disseminando as ações, se comprometendo na busca dos resultados esperados.

Qual é a mensagem que essa campanha quer transmitir?

LM – Diante da crise, continuamos mirando a expansão de mercado e concluímos que quanto mais energia canalizada, quanto mais pessoas olhando para a mesma direção, quanto maior fosse a disseminação de nossos objetivos estratégicos e consequentemente o engajamento do time, maior seria nossa força para navegar nesses novos mares. Queremos mostrar que a união e o engajamento da equipe é o que vai nos fazer enfrentar e superar o momento complicado pelo qual passa o Brasil. É nisso que acreditamos.

ARTIGO — Saudade e indignação

Por Rita de Cássia Tabosa

Peço licença a minha mãe e a todas as mães para nesse dia 8 de maio fazer homenagem a todas elas em nome de uma única mãe: a mãe de Marcolino Jr., que eu sequer conheço. Se por ventura eu a conhecesse, diria para ela que convivi com seu filho na minha primeira turma em Caruaru no ensino superior: a turma de Jornalismo de 2006. Diria que essa turma tinha muita gente especial e, entre essas pessoas maravilhosas, estavam seu filho. Contaria sobre a parceria estabelecida entre o trio Lucinha-Dorivaldo-Marcolino, que eram inseparáveis durante os anos de 2006 a 2010.

Falaria de todos os discursos politicamente corretos, das risadas espontâneas, das preocupações com problemas da cidade e da utilidade do colunismo social (eu o provocava muito sobre esse tópico). Se eu a conhecesse, falaria que seu filho era um homem de bem, que tinha muitos amigos, que era muito querido. Falaria que longe do homem das festas, havia um coração generoso e preocupado com o outro. Diria que quando Dorivaldo enchia a boca para falar da esposa e da mãe como as mulheres da sua vida, Marcolino dizia que a senhora era o seu grande amor e que era a mulher da vida dele. Lembro que na formatura da turma, havia encerrado a disciplina de Ética, quando a classe me escolheu para ser homenageada e foi Marcolino e Lucinha que me encontraram na área de convivência para me dar a notícia.

Fiquei muito emocionada, pois, logo eu, que não era jornalista, ter sido escolhida por uma turma que tinha tantos profissionais de mercado… Com essa turma comecei a militar no movimento LGBT e defender os direitos das pessoas que se inserem nessa minoria, pois nunca tinha me sensibilizado com a necessidade da defesa desses direitos até então, por desconhecer a urgente necessidade de lutar contra o preconceito que essas pessoas são expostas. Uma coisa é ler nos jornais, outra coisa é ouvir os relatos pessoais a acompanhar o cotidiano de quem é vítima de preconceito. Com essa turma, me tornei um pessoa melhor.

Quando soube pelos colegas de imprensa do desaparecimento de Marcolino, meus primeiros pensamentos e minhas orações na noite que passei insone foi para a senhora, mãe de Marcolino. Deus cuida de cada um de nós e consola os corações, mas é muito difícil o consolo do coração materno que se angustia. Caruaru e região partilharam a sua dor, mas só a senhora sabe a intensidade da volta para a casa e do vazio que nela irá permanecer. Nesse Dia das Mães tão sofrido, saiba que muitos corações estão contigo e, se pudessem, carregariam com seus braços de amor esse fardo que agora é seu. Na sua solidão, saiba que ganhou muitas preocupações e orações para que seu coração generoso seja consolado.

Dia das Mães impulsiona vendas no Parque 18 de Maio

Por Pedro Augusto

Em tempos de crise financeira, só mesmo um Dia das Mães para impulsionar os faturamentos no Parque 18 de Maio, em Caruaru. Se for tomada como parâmetro a atual realidade econômica do país, até que a data comemorativa cumpriu com o seu dever em 2016. Se o desempenho não foi superior em relação aos mesmos períodos de anos anteriores, quando pouco se repetia a palavra crise no comércio da Capital do Agreste, ao menos, na Feira da Sulanca da última segunda-feira (2), os comerciantes que negociam no local contabilizaram um incremento satisfatório nas vendas em comparação com as mais recentes registradas. Como não poderia ser diferente, a maior demanda pelos produtos se concentrou nos bancos voltados para a negociação de artigos femininos.

Proprietária de um banco no antigo terreno da Fundac, a sulanqueira Gisele Roberta, disse ter vendido em dobro na Sulanca desta semana. “Geralmente comercializo cerca de 200 peças nas semanas consideradas normais, mas nesta, que correspondeu à última antes da comemoração da data, vendi em torno de 400. É claro que por conta desta crise, o movimento ficou bem abaixo em relação aos anos anteriores, porém deu para dar uma sacudida no nosso faturamento. Esperamos que a partir de agora, com a proximidade do São João, consigamos vender um pouco mais aqui na Sulanca, porque a coisa está feia em 2016”. Gisele comercializa vestidos há mais de seis anos no antigo terreno da Fundac.

Lá, a reportagem VANGUARDA também colheu a avaliação do sulanqueiro Paulo Sérgio. Com opinião semelhante a da concorrente, ele confirmou a queda na comercialização de produtos ante o mesmo período do ano passado. “Para se ter ideia, em 2015, quando a crise já vinha se intensificando, vendi em torno de 40% a mais em comparação com esta última feira. Realmente a situação não está nada fácil para nós que negociamos na Sulanca, porém se servir como alento, estamos nos aproximando do São João e a expectativa é de movimento considerável nas próximas semanas. Outro ponto positivo e que nos deixou animados é que conseguimos vender nesta segunda (dia 2) um pouco mais em relação às semanas anteriores. Tudo isso por conta da proximidade do Dia das Mães”.

Os próprios números levantados sobre a data pela Câmara Setorial do Centro Moda do 18 de Maio vêm a reforçar as avaliações individuais dos feirantes. De acordo com o estudo realizado, na última segunda-feira, o volume de vendas contabilizado no Parque girou em torno dos 10% a menos em relação ao mesmo período do ano passado. “Por outro lado, em comparação com as feiras das semanas anteriores, o montante de vendas computado nesta última que antecedeu o Dia das Mães superou a casa dos 15%. Ou seja, podemos afirmar que a data propiciou um faturamento considerável diante das dificuldades conforme todo o comércio de Caruaru vem atravessando com a crise”, destacou o coordenador da Câmara, Gustavo Henrique Pereira.

De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Feiras e Mercados, Felipe Augusto Ramos, o bom desempenho da Sulanca no Dia das Mães também deverá ser observado no período junino. “É o que esperamos haja vista que o São João costuma impulsionar bastante as vendas no local. Embora estejamos passando por uma crise, a tendência é de movimento significativo no próximo mês. No intuito de atendermos a alta demanda da melhor maneira possível, estamos aplicando algumas melhorias na infraestrutura do Parque”, informou.

Presentes para o Dia das Mães subiram menos que a inflação, diz FGV

O preço dos presentes mais escolhidos para o Dia das Mães subiu, em média, 6,39% este ano, abaixo da inflação, segundo pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). O levantamento considerou a inflação média de 9,13% acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

As maiores altas em relação a 2015 foram registradas nos preços de ingressos de teatro (34,48%), vinhos (25,97%) e passagens aéreas (20,43%).

Na divisão por grupos, os presentes culturais foram os que mais subiram, com preços 7,84% maiores que no ano passado; seguidos pelos chamados presentes executivos (para mães que trabalham fora), que subiram 6,29%. O terceiro grupo, de itens relacionados ao conforto do lar, registrou aumento de 2,03% nos preços este ano.

Segundo o economista e pesquisador do Ibre, André Braz, “os itens que subiram mais são aqueles que cabem mais facilmente no bolso”.

“Pagar um ingresso de teatro, por mais que ele tenha ficado caro, não é uma meta difícil. A meta difícil, muitas vezes, é comprar um bem durável, como uma máquina de lavar, uma geladeira nova”, analisou.

Como os bens duráveis costumam ser comprados em prestações, via financiamento, os presentes dessa categoria devem ser menos procurados este ano. Com a taxa de juros mais alta e o aumento do desemprego, compras em parcelas requerem mais planejamento, segundo o economista. “Muita gente perdeu o emprego, a taxa de juros está alta. Não é por que subiu menos de preço que (esses itens) se tornam uma boa opção de presente”. De acordo com a pesquisa da FGV, máquinas de lavar roupa e geladeira e freezer apresentaram queda de 2,21% e 2,17%, respectivamente, no período de 12 meses.

Estimativa de vendas

O Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) espera que as vendas deste ano para o Dias da Mães aumentem 2%, com base em levantamento feito com mais de 500 lojistas. Para o comércio, a data é a segunda mais importante do ano, atrás apenas do Natal.

O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, disse que a perspectiva é “moderadamente otimista” e, apesar de positiva, reflete a queda no movimento comercial registrada nos últimos três meses.

Entre os consumidores, 49% pretendem comprar presentes para as mães no próximo domingo (8), segundo Pesquisa Nacional sobre a Intenção de Compra, divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos. No ano passado, o índice era 46%.

As opções preferidas, segundo o levantamento, são roupas (27%), perfumes e cosméticos (18%) e calçados e bolsas (15%). O valor médio que os consumidores pretendem gastar é R$ 144,83. O dado leva a Fecomércio-RJ a estimar que a data deve movimentar em torno de R$ 10,8 bilhões no comércio brasileiro.

Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em pesquisa divulgada no final de abril passado, estimou que o comércio varejista nacional deve experimentar retração de 4,1% nas vendas referentes ao Dia das Mães. Segundo a entidade, este poderá ser o pior desempenho para a data desde 2004.

ARTIGO — “Do boom ao caos”

Por Maurício Assuero

Peguei emprestado o título de uma reportagem do jornal Estado de São Paulo que foi publicada na semana passada e que discorria sobre o caminho percorrido pelo estado de Pernambuco num período de cinco anos: do boom ao caos!

Pode-se fazer um paralelo entre o Brasil e Pernambuco a partir de 2008. Enquanto o mundo começa a cair em desgraça sofrendo os efeitos da crise econômica, o Brasil experimentava uma política monetária expansiva, com taxa de emprego alta, consumo sustentando a produção e migração entre classes sociais. Para Lula, a crise no Brasil seria apenas uma marolinha que, como estamos vendo, virou um tsunami.

Pernambuco, naquela época tinha uma política arrojada de captação de investimentos e de interiorização da economia. Tivemos taxa de crescimento maior do que todos os estados do norte/nordeste; tivemos taxa de crescimento maior do que a do Brasil;havia uma perspectiva diferente com as promessas do polo Suape que trouxe mão-de-obra qualidade de outros estados.

Em 2012, o estado a seca no estado chegou ao seu pico levando 65% dos seus municípios a declarar “estado de calamidade” e daí as reservas destinadas a fortalecer a infraestrutura para manutenção dos investimentos, simplesmente foram alocadas para atender necessidades básicas da população. A indústria leiteria, por exemplo, perdeu 75% da sua capacidade produtiva. Adicionalmente, o polo de Suape fracassou, a petroquímica que traria para Pernambuco todas as benesses, se viu envolvida na operação Lava Jato e com isso empregos foram fechados e a situação econômica do estado foi se complicando a cada dia, no mesmo ritmo do que a acontecia com o Brasil. Nenhum setor econômico escapou ileso dessa derrocada, nenhuma região também.

O agreste, particularmente, com a indústria têxtil sofrendo a concorrência direta dos produtos chineses (lembre que a China é intensiva em mão-de-obra, logo o custo de produção lá é baixo porque os salários são baixos) se insere neste contexto de queda de produção. O mercado imobiliário se retrai, muitos empreendimentos já concluídos terão dificuldades para comercialização porque a renda está em queda.

Pernambuco fez investimentos no passado num contexto que haveria esta derrocada. O governo atual precisa reavaliar isso com isso para evitar comprometimento de caixa. O principal problema é que o governador não vai adotar critérios que firam a memória do governador Eduardo Campos. A Arena Pernambuco, por exemplo: vamos aguentar até quando?

Artistas apoiam campanha para economizar água

O que você faz para economizar água em sua rotina doméstica? Seis representantes da música nordestina responderam à pergunta. Irah Caldeira, Josildo Sá, Maciel Melo, Nonô Germano, Petrúcio Amorim e Silvério Pessoa estão estrelando a campanha “Economia se faz em todo lugar”, promovida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Sensibilizados pela crise hídrica, especialmente na região do Agreste, ocasionada pela estiagem que está em seu quinto ano consecutivo, os artistas abriram mão de seus cachês e gravaram vídeos dando dicas simples de como poupar esse recurso.

Nos vídeos, eles mostram como é possível realizar pequenas mudanças na rotina em prol da economia desse bem cada dia mais escasso na natureza. Irah Caldeira revela que, em sua cozinha, as práticas sustentáveis garantem uma relação respeitosa com o meio ambiente. “Eu não lavo frutas, legumes e hortaliças em água corrente. Eu utilizo um recipiente e deixo-os no molho. Quando eu preciso descongelar um alimento, retiro do freezer e coloco na geladeira, de um dia para o outro”, ensina a forrozeira.

Lavar os pratos gastando pouca água é a dica dada pelo cantor e compositor Josildo Sá em sua mensagem. Já Maciel Melo mostra como é possível fazer a barba apenas com uma toalha molhada e um copo com água. Petrúcio Amorim recomenda fechar a torneira enquanto as mãos são ensaboadas e Nonô Germano aconselha os moradores de prédios e condomínios fechados a fazerem inspeções regulares à procura de vazamentos de água. Por fim, Silvério Pessoa ressalta a importância de economizar o que ele classifica como “líquido divino” e também aproveita para sugerir ao público tomar um banho mais rápido, abrindo o chuveiro apenas no início e no final.

“São artistas que usam seus carisma e identidade com a cultura local para transmitir uma informação essencial: a importância de se economizar água num cenário tão adverso como o nosso, no qual a disponibilidade de água é mínima”, afirmou o diretor de Articulação e Meio Ambiente, José Aldo dos Santos.

Ainda de acordo com o diretor, o tema economia de água deve estar sempre em evidência, independentemente dos períodos de seca. “Usar água de forma racional é o primeiro passo para a preservação deste bem finito, que é a fonte da vida”, afirmou. Com o slogan “poupar água faz parte da nossa cultura”, a campanha estará nos canais institucionais da Compesa na internet, como a TV Compesa (via YouTube), e as redes sociais Facebook e Twitter. Também será divulgado pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp para o público interno.

“Principal meta será o acesso à Série C”, afirma treinador do Central

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Por Pedro Augusto

O novo técnico do Central, Guilherme Macuglia, foi apresentado oficialmente à imprensa na tarde da última terça-feira (2), no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. Durante a coletiva com os veículos locais, ele comentou a respeito dos desafios que terá pela frente, bem como destacou as metas a serem atingidas em sua segunda passagem como treinador pelo futebol pernambucano. Atualmente com 54 anos, Macuglia acumula boas passagens nos comandos técnicos de equipes como o Náutico, o Coritiba, o Criciúma e o Guaratinguetá-SP. Confira em tópicos o resumo da entrevista concedida.

Convite

Na época de jogador tive a oportunidade de atuar contra o Central e, desde então, passei a conhecer a força desta equipe. Quando recebi o convite de vir para cá, aceitei logo de cara, já que se trata de uma grande equipe do futebol nordestino. Embora hoje o Central esteja atravessando algumas dificuldades, acredito que poderemos fazer um bom trabalho. O planejamento para a disputa da Série D está sendo bem feito e as expectativas até agora são as melhores possíveis.

Elenco

Já é sabido por parte da imprensa e da torcida que o nosso elenco será firmado por jogadores que se destacaram no último Campeonato Pernambucano, bem como por atletas que virão através da parceria firmada entre a diretoria e a LM 03 Sports e Marketing. O que posso adiantar é que conheço a maioria dos reforços que virá para cá, como também estou buscando todas as informações a respeito dos remanescentes. Assim que os preparativos forem iniciados dentro de campo, terei uma noção exata do que o clube poderá fazer.

Série D

Quando fui campeão pelo Criciúma em 2006, a Série C era disputada nos mesmos moldes da 4ª Divisão. Desta forma, posso afirmar que já possuo experiência neste tipo de competição. Se quiser passar pelos mata-matas até chegar à final da Série D, o Central terá de jogar de forma inteligente, buscando sempre o resultado positivo. Para isso, o clube precisará contar com o empenho da comissão técnica e do plantel, como também do apoio da diretoria e da própria torcida.

Parceria

Essa parceria entre o Central e a LM ocorreu justamente por conta dos problemas financeiros do clube e agora é trabalhar com união. Todos nós que faremos parte do dia a dia do Central teremos de ter como principal meta o acesso para a Série C. A equipe não irá para canto nenhum se não houver bastante trabalho, disciplina e profissionalismo. Pelos clubes que passei, implantei essas três filosofias e não vai ser diferente agora.

Torcida

O Central precisa contar com o apoio de sua torcida, até porque ela sempre fez diferença nas partidas realizadas no Lacerdão. É claro que o momento do time não é favorável, haja vista que ele não tem alcançado os melhores resultados dentro de campo, porém é necessário acreditar em dias melhores. A torcida precisa chegar junto nos jogos dentro de casa. Ela pode ter certeza que dedicação é o que não irá faltar neste novo momento do clube.

“Marcolino foi morto num motel”, confirma Civil

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Por Pedro Augusto

As dúvidas que ainda restavam a respeito da morte do jornalista e colunista social do VANGUARDA, Marcolino Junior, de 46 anos, foram tiradas pela Polícia Civil e pelo Instituto de Criminalística, na manhã da última segunda-feira (2), na sede da Delegacia Regional de Caruaru, entre os bairros Boa Vista I e II. Na coletiva, que contou as participações dos delegados Nehemias Falcão, Bruno Vital e Márcio Cruz bem como com os peritos criminais Carlos Henrique Tabosa e Bruno Santos, a imprensa pernambucana pôde ter acesso a todas as informações correspondentes à conclusão do inquérito.

Um dos responsáveis pelas investigações, o titular do 3ª Núcleo de Homicídios do Agreste, Bruno Vital, relembrou os primeiros indícios referentes à morte do comunicador. “A princípio tratamos o caso como desaparecimento. Embora tivesse compromissos profissionais agendados para a noite do último dia 16 (um sábado) Marcolino não foi mais visto, sequer deu notícias a ninguém. A suposta atitude dele chamou a atenção de familiares e amigos haja vista que o comunicador era bastante responsável para com os seus trabalhos bem como era muito apegado a sua mãe. Tão logo a família de Marcolino registrou o boletim de ocorrência, já na data posterior, iniciamos as diligências à procura dele”.

Apesar dessa série de buscas, com denúncias que acabaram não sendo confirmadas, o corpo de Marcolino Junior só foi encontrado mesmo na manhã do dia 18 no distrito de Insurreição, na zona rural de Sairé, no Agreste do Estado. Jogado em um local de difícil acesso com vasta vegetação nativa, o cadáver já se encontrava em estado avançado de decomposição. Nele, a equipe do IC identificou logo de cara algumas perfurações no pescoço da vítima. Durante a coletiva de imprensa, na sede de Derepol, o perito Carlos Henrique Tabosa confirmou o número exato de golpes de arma de branca que foram executados contra ela.

“Os exames que foram realizados no corpo do comunicador constataram que ele foi morto com três facadas. Duas foram aplicadas na parte lateral e outra na parte frontal do pescoço. Os golpes acabaram causando choque hemorrágico na vítima. Além das perfurações, também identificamos em seu cadáver um saco plástico em volta do pescoço bem como alguns objetos pessoais da mesma, a exemplo da cueca, da pulseira e do anel. Como já se encontrava em estado avançado de putrefação, o corpo de Marcolino precisou ser encaminhado ao IML do Recife”. Em paralelo à localização do corpo, também no último dia 18, a Polícia Civil conseguiu prender os dois suspeitos de terem participado do crime.

O funcionário de Marcolino, Davi Fernando Ferreira Graciano, de 22 anos, foi preso enquanto consolava a mãe do jornalista, no bairro São Francisco, enquanto o comparsa Rafael Leite da Silva, de 32, acabou sendo autuado em flagrante no momento em que tentava comercializar o automóvel da vítima, no bairro Maurício de Nassau. Na apresentação da conclusão do inquérito, a Civil acabou retirando a dúvida que ainda restava a respeito do local, onde o comunicador foi morto. “Confirmamos que o Marcolino foi assassinado na noite do último dia 16, num motel de Caruaru. Câmeras de vídeomonitoramento captaram quando ele chegou até ao local juntamente com o Rafael”, destacou o delegado Márcio Cruz.

Lá, de acordo ainda com o policial, Rafael Leite teria aplicado um golpe de jiu-jítsu e desferido em seguida os golpes de faca peixeira no pescoço da vítima. Para atrair o colunista até o motel, o suspeito teria contado com a intermediação de Davi Fernando. “Como o Davi sabia que o Marcolino possuía interesse no Rafael, ele acabou intermediando o encontro. Eles chegaram até o motel por volta das 16h50 com Marcolino dirigindo e Rafael como passageiro do automóvel. Mais de uma hora depois, precisamente às 18h, as câmeras de vídeomonitoramento registraram, quando o veículo deixou o local sob a condução do executor. Assim como suspeitávamos, o corpo de Marcolino foi colocado mesmo no porta-malas do carro. Isso ficou comprovado através da perícia do IC. O cadáver foi levado pelo próprio Rafael até o distrito de Insurreição”, acrescentou Márcio Cruz.

O Instituto de Criminalística não só realizou perícias no automóvel da vítima – o Corola de cor branca e de placas PFS-1871 – como também promoveu o mesmo trabalho de investigação no quarto, onde ela foi morta. “No veículo encontramos marcas de sangue, não só no porta-malas, mas em outros setores, a exemplo do banco do motorista. Nele, ainda identificamos vários objetos de posse do comunicador dentre eles a última roupa que ele havia vestido. Por outro lado, no motel, encontramos marcas de sangue na fronha de um dos travesseiros bem como na escada que dá acesso até ao quarto. Os exames que foram realizados em ambos os locais confirmaram que se tratava do sangue da vítima”, ressaltou o perito Carlos Henrique.
Segundo o delegado Bruno Vital, dos dois suspeitos presos, apenas um confirmou a prática do crime, o Rafael.

“Apesar de o Davi negar a participação contamos com provas robustas de que ele teria premeditado, arquitetado, e mandado executar a morte de Marcolino Junior. O crime, conforme já havíamos divulgado à imprensa, se deu em decorrência do interesse do suspeito em se beneficiar de alguma forma dos bens e das quantias em dinheiro os quais a vítima possuía. Como funcionário do colunista, o Davi também se sentia injustiçado por conta da suposta má remuneração a que lhe era repassada semanalmente. Por isso, fez o convite ao Rafael, que prontamente aceitou a execução”.

De acordo ainda com a polícia, além da promessa do repasse de R$ 1 mil pela venda do automóvel, em paralelo, pela execução do crime, Rafael Leite, também seria recompensado por Davi Fernando com a quantia de R$ 14 mil – esta última proveniente de uma conta bancária da vítima. Tanto Davi como Rafael se encontram recolhidos desde o último dia 16, na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. Indiciados pelos crimes de latrocínio (assalto seguido de morte) e ocultação de cadáver, eles poderão pegar pouco mais de 30 anos de reclusão.

Concluído, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco. “Mas isso não que dizer que não poderemos incluir posteriormente novas informações que engrossem ainda mais as provas que foram apresentadas contra os dois suspeitos”, ressaltou o gerente operacional da Dinter 1, Nehemias Falcão.

Marcolino Júnior, de nome de batismo Antônio Marcolino Barros Filho, foi visto com vida pela última vez em uma pousada da cidade. Antes disso, ele havia almoçado com a mãe bem como feito compras em um supermercado do bairro Maurício de Nassau. O velório e o enterro de Marcolino foram realizados na noite do último dia 19, no Cemitério Parque dos Arcos, em Caruaru. No local, centenas de pessoas, entre familiares, amigos e fãs, tiveram a oportunidade de prestar as suas últimas homenagens ao colunista.

Além de assinar a coluna Gente de VANGUARDA por mais de duas décadas, o jornalista também era editor da revista Festas, bem como era responsável pelo programa Agenda Social, da TV Asa Branca. O jornalista ainda promovia vários eventos de sucesso na cidade, como o Café VIP e a Feijoada do Marcolino Junior.