Marta Suplicy será candidata pelo PSB em 2016

Líderes do PSB, sigla que integrava a base aliada no Congresso, informaram à cúpula nacional do partido que a senadora Marta Suplicy (PT-SP), ex-ministra da Cultura da presidenta Dilma Rousseff, vai se desfiliar do PT, aderir à sigla e disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano. O acerto foi feito ontem (quinta, 6) durante reunião em Brasília, embora o PSB não o confirme oficialmente.

O acordo entre Marta e o PSB consiste na desfiliação do PT em abril e, no mês seguinte, o desembarque no novo partido. As informações são da edição desta sexta-feira (6) do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo informações de bastidor, Marta não fez qualquer exigência para aderir ao PSB e ainda prometeu levar com ela mais petistas insatisfeitos com os rumos do partido. Ela foi informada de que, em caso de derrota para a Prefeitura de São Paulo, não seria necessariamente o nome do partido para o governo do estado, em 2018.

De acordo com um participante da reunião, o acordo foi festejado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “[O tucano] se mostrou muito satisfeito por ter a senadora Marta do nosso lado”, disse o pessebista.

A senadora deixou o ministério em novembro de 2014 e, desde então, está cada vez mais afastada dos planos do PT – na ocasião, a senadora passou a disparar críticas contra o governo Dilma. Pelo menos desde a semana passada já há a convicção entre os petistas, internamente, de que ela deixará o partido em breve.

“Nas últimas semanas o presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio Souza, escalado para negociar com Marta, telefonou para a senadora e ouviu um desaforo. O deputado estadual José Américo (PT-SP) também tentou falar com Marta mas não obteve sucesso. Desde o início de janeiro o PT tenta marcar uma conversa com a ex-prefeita de São Paulo, mas ela nem responde ao convite”, diz trecho da reportagem do Estadão.

Inflação oficial alcança 1,22% em fevereiro

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro alcançou 1,22%, resultado próximo ao de 1,24% de janeiro. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014. O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo e serve de referência para o plano de metas fixado pelo Banco Central.

O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, independentemente da fonte de rendimentos. O IPCA é usado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O IPCA serve portanto como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica. Indicam que – nos últimos doze meses – a taxa chegou a 7,70%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%.

No mês o destaque individual foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA do mês, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Sob esta pressão, os gastos com transportes subiram 2,20%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês: 0,41 pontos percetuais.

Ainda no grupo transportes, houve aumento também nas alíquotas do PIS/Cofins para o óleo diesel, que apresentou alta de 5,32%. Já os preços do etanol subiram 7,19%. Além dos combustíveis (7,95%), outros gastos importantes com transportes também apresentaram elevação: trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%).

Economista analisa cenário econômico em palestra da Fiepe

Para uma plateia composta principalmente por empresários do setor industrial de Caruaru e região, o economista Luiz Flávio Maia foi enfático: “2015 é para quem tem couro duro”. A afirmação ocorreu durante palestra sobre a situação da indústria brasileira promovida pela Unidade Regional Agreste da Fiepe, pela passagem do Dia do Empresário da Indústria.

Durante pouco mais de uma hora, o economista lembrou que o Brasil já passou por crises maiores, como a inflação na década de 80, a lei da informática no governo Sarney e o confisco de Collor e que a leitura correta do atual cenário econômico é fundamental para a tomada de decisão das empresas. “A nossa bronca é interna.  O cenário mundial vai bem e o mercado internacional não deixou de acreditar no Brasil, mas é preciso fazer o dever de casa”, alertou o palestrante.

Maia apresentou dois possíveis cenários para a economia brasileira e para o estado de Pernambuco. A melhor projeção nacional aponta para correção de rumo, reversão de tendências, melhor articulação e resgate da confiança, mas a longo prazo. “Minha orientação é que qualquer operação financeira  seja muito estudada antes da realização. Também sugiro que as empresas que estejam com caixa gerado não faça a  distribuição entre os sócios porque, certamente, irá precisar do capital ao longo deste ano”, aconselhou.

O industrial João Bezerra acompanhou atentamente a palestra.” Espero que o cenário mais otimista se confirme para que possamos virar a página. A palestra nos trouxe novas informações e sugestões de como atravessar este ano difícil”, disse.

Caruaru recebe 13 médicos para atuação na Rede de Atenção Básica de Saúde

A Secretaria de Saúde de Caruaru recebeu 13 médicos para atuar na Rede de Atenção Básica do município.  Desse total, dez já se apresentaram e estiveram ontem (6), em  uma reunião para apresentar a rede de saúde e os protocolos clínicos da cidade. A atuação desses novos profissionais é imediata. Com a chegada desses médicos, estima-se um aumento de 4 mil consultas por mês na rede municipal de saúde.

A locação exata dos profissionais ainda está em definição pelo Departamento de Atenção Básica, junto à Secretaria de Saúde. As unidades passarão a contar com 35 profissionais ligados ao programa Mais Médicos, ou seja, metade da Atenção Básica.

A contemplação com mais 13 médicos, veio através do Programa Mais Médicos, que realiza o provimento e processo de formação  de profissionais da área. Neste ano, o edital obteve mas de 15 mil inscritos em todo o país, sendo 92% de médicos formados no Brasil. O programa é coordenado pelo Governo Federal com apoio do Ministério da Saúde e da Educação.

Barragem de Agrestina passa por limpeza após 29 anos de construção

Buscando promover uma melhoria na qualidade de vida dos moradores da zona rural de Agrestina, a Prefeitura de Agrestina, por meio da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Urbanismo, realizou nesta semana a limpeza e a ampliação da Barragem do Brejo da Jaqueira.

No processo, que durou a manhã toda, uma máquina escavadeira foi utilizada para retirar pedras, terra e uma grossa camada de lama, que se depositou na barragem após a o nível da água baixar muito. Esta é a primeira vez que a barragem passa por manutenção desde que foi construída, em 1986.

Agora com a capacidade de reter 110 mil m³ de água, a Barragem do Brejo da Jaqueira vai conseguir atender com mais qualidade os moradores das comunidades Barra do Riacho do Peixe, Recife Novo, Riacho do Peixe, Recife Novo, Queimada do Pereira e Pereira – todas beneficiadas por ela.

De olho no período chuvoso

A iniciativa tem como objetivo oferecer condições favoráveis para o armazenamento de água com mais qualidade durante o período chuvoso. Dessa forma os efeitos da seca são amenizados e a capacidade dos reservatórios aumenta.

O Prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, destacou a preocupação da prefeitura em garantir a recuperação também dos açudes e barreiros de pequeno e médio porte “o projeto de limpeza dos açudes e barreiros da zona rural de Agrestina é contínuo e desde que foi implantado mais de 40 espaços foram atendidos e centenas de agrestinenses beneficiados”.

Alepe abraça causa dos cegonheiros pernambucanos

Assinando o manifesto do Sintrave/PE, os deputados pernambucanos declararam apoio a causa dos cegonheiros, reconhecendo o sindicato como o legítimo representante dos Cegonheiros pernambucanos recomendando a Fiat para que a categoria local tenha participação no transporte dos veículos fabricados no Estado.

Tendo o deputado Estadual Diogo Moraes como líder do movimento na Alepe, nesta semana, os deputados de situação e oposição se uniram em torno dos interesses dos pernambucanos, tendo em vista o investimento pesado do governo do Estado para que a fábrica da Fiat fosse instalada em Goiana-PE.

Esta foi mais uma conquista e uma prova que nós do Sintrave/PE somos os verdadeiros cegonheiros pernambucanos. Como já tínhamos o aval da bancada pernambucana no Congresso Nacional, com as assinaturas de todos os congressistas pernambucanos, quanto conseguimos o aval dos deputados federais e senadores pernambucanos. Faltava os deputados estaduais, e agora eles mostrarem que esta luta não é só dos cegonheiros, mas de todos os pernambucanos. Agradeço o empenho de todos, em especial ao deputado Diogo Moraes que mostrou juntamente com todos os deputados, que os interesses de Pernambuco estão acima das questões políticas partidárias”. Disse Luciano Pontes, vice-presidente do Sintrave/PE.

Com a parceria da Alepe, o Sintrave/PE intensificará ainda mais o movimentos que já ganhou o apoio popular, e o entendimento da Fiat na legalidade do pleitos dos cegonheiros.

 

Lucas Ramos se reúne com os permissionários do Cepae

Em encontro com os permissionários do Centro de Abastecimento de Petrolina (Ceape), o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Ramos (PSB) ouviu todas as reivindicações e se comprometeu em buscar alternativas para solucionar a situação de desgaste em que eles se encontram sob ameaça de despejo.

Durante a reunião que ocorreu nesta semana, no Ceape, os atacadistas de frutas e verduras lamentaram a postura da Prefeitura Municipal, como a falta de diálogo e as medidas constrangedoras adotadas para forçar o despejo.

“Estamos tratando de um seguimento forte da economia de Petrolina, responsável por gerar emprego e renda na região. A medida truculenta da prefeitura está se encaminhando para uma paralisação das atividades dessa economia. É preciso que se encontre uma forma de transição justa e democrática. Qualquer que seja o projeto do prefeito, não se pode atropelar os interesses de um setor que está implantado naquela localidade há quase 50 anos”, ressaltou o parlamentar.

Na madrugada de hoje (6), inclusive, os comerciantes foram surpreendidos com a chegada de tratores, que iniciaram a derrubada de galpões, sem nenhum entendimento conclusivo entre os permissionários e a prefeitura.

Feriados acrescentam mais de R$ 18 bilhões ao Turismo

O impacto econômico de seis feriados nacionais para a indústria nacional de viagens e turismo será de R$ 18,66 bilhões, de acordo com projeção do Ministério do Turismo. O levantamento foi feito em parceria com a Fundação Getulio Vargas, e considerou um acréscimo de 20 dias para o calendário nacional de viagens de 2015.

Juntos, os feriados de 21 de abril (Tiradentes, terça-feira), 1º de maio (Dia do Trabalho, sexta-feira), 4 de junho (Corpus Christi, quinta-feira), 7 de setembro (Independência do Brasil, segunda-feira), 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida, segunda-feira) e 2 de novembro (Finados, segunda-feira) devem motivar cerca de 10,9 milhões de viagens domésticas extras por todo o país. Foram excluídos do cálculo o Carnaval, a Semana Santa, o Natal e o Réveillon, feriados já incluídos todos os anos no calendário.

De acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lages, os feriados dão fôlego extra ao setor. “As viagens movimentam os meios de hospedagem, o comércio e os demais serviços ligados ao turismo. No ano passado foram feitas 206 milhões de viagens pelo país, um número recorde, que temos condições de superar”, diz o ministro. O feriado que mais deve aquecer a economia do país é o de 12 de outubro, com R$ 3,44 bilhões.

Puxado pelos números de São Paulo e do Rio de Janeiro, destinos mais visitados do país, o Sudeste deverá registrar as maiores movimentações financeiras e de viajantes entre as cinco regiões brasileiras.  Os destinos paulistas deverão contar com R$ 2,27 bilhões com a realização de 2 milhões de viagens extras para o estado, enquanto a perspectiva de ganhos para o turismo do Rio de Janeiro é de R$ 1,16 bilhão em 883,3 mil viagens.

Os destinos turísticos dos nove estados nordestinos absorverão R$ 3,17 milhões das cerca de 10,9 milhões de viagens domésticas adicionais motivadas pelos feriadões. Bahia e Ceará e são os que mais sentirão os efeitos positivos do aumento do número de viagens e de gastos do turista durante os seis feriados. Nos municípios baianos a expectativa de impacto econômico é de R$ 1,2 bilhão em consequência das 830 mil viagens para seus destinos e, nos cearenses, de R$ 841,2 milhões devido a 585,3 mil deslocamentos.

Na região Sul, a maior movimentação de dinheiro (R$ 1,9 bilhão) e de pessoas (691 mil viagens) ocorre no Rio Grande do Sul. Para Santa Catarina a projeção é de 670,5 mil viagens e R$ 1 bilhão de gastos de turistas brasileiros, enquanto o Paraná deverá absorver 606,6 mil viagens com faturar R$ 824 milhões extras com o calendário de 2015. Na região Norte serão 819 mil viajantes e um impacto de R$ 988 milhões; e na região Centro-Oeste um milhão de viagens devem gerar um impacto de R$ 1,17 bilhão.

Caso Lava Jato afeta meio milhão de empregos, diz advogado-geral da União

A cadeia econômica que tem no topo 23 grandes empreiteiras e empresas do setor de energia envolvidas diretamente no caso Lava Jato tem abaixo de si cerca de 50 mil empresas prestadoras e fornecedoras de produtos e serviços, totalizando quase 500 mil empregos. Juntas, elas correspondem a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O cálculo é do ministro Luís Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU), que hoje (5) se encontrou com empresários fluminenses na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Adams acredita que a melhor saída para que a investigação dos atos de corrupção na estatal não acabem comprometendo a economia brasileira pode estar na efetivação de acordos de leniência, quando os grupos envolvidos assumem suas culpas e se comprometem a fazer uma série de medidas para pagar financeiramente pelos crimes cometidos e evitar futuros desvios de conduta, em troca da volta à condição de poderem fechar contratos com a área pública. O acordo passa pela AGU e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

“Nós compreendemos que existe uma relação de produção muito grande entre as empresas, que não existem sozinhas. É um encadeamento de várias atividades que se relacionam. Nós fizemos um levantamento inicial que identificou que esse núcleo de produção representa de 12% a 13% da atividade econômica do país e tem uma relação que vai a 50 mil empresas, desde fornecedores [de produtos], de mão de obra, investidores e bancos. Como essas 23 empresas têm uma forte participação em várias áreas de investimento, não só petróleo, uma situação de quebra impacta negativamente e profundamente nesta realidade”, disse Adams, após a reunião, em entrevista a imprensa ao lado do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira.

O advogado-geral da União ressaltou que o esforço do governo não é somente salvar as empresas, mas garantir e preservar a atividade econômica como um todo, mantendo o combate à ilegalidade.

“Preservar a atividade econômica não é incompatível com combater a corrupção. Temos institutos legais que viabilizam uma solução que permite o efetivo combate à corrupção com a submissão da empresa, mudança comportamental, colaboração, ressarcimento, associado à preservação. Mas nós não temos que transformar essas consequências em realidade traumática para 500 mil empregados e os milhares de investidores que apostaram nessa atividade econômica e que não têm nenhuma responsabilidade porque alguns agentes tiveram em relação à Lava Jato.”

Adams destacou que os acordos de leniência preveem uma série de requisitos, incluindo a participação direta de um integrante do governo dentro dessas empresas.

“Um dos elementos internacionais [dos acordos de leniência] é que há um tipo de monitoramento interno da empresa por parte de um agente indicado pelo Estado para acompanhar sua atuação e apurar se ela está efetivamente colaborando com a investigação. Esse é um desafio que a empresa terá que aceitar. Na medida em que há um acordo de leniência, impõe-se as condições mínimas para a própria empresa demonstrar que está procurando resgatar sua reputação junto à sociedade e ao Estado”, disse.

Outra medida obrigatória, segundo Adams, é o afastamento, ainda que temporário, até que se concluam as investigações, dos gestores das empresas acusadas.

“As próprias empresas – e o modelo mundial é este – precisam afastar aqueles, mesmo que temporariamente, que a estavam dirigindo e participaram desses crimes. Este é um elemento essencial à credibilidade do próprio acordo, que precisa ser consistente com seu objetivo, que não é salvar a empresa, mas combater a corrupção.”

O presidente da Firjan disse que a crise no setor petrolífero no Rio é muito grande, pois o estado é um dos principais produtores de petróleo do país, sediando os maiores estaleiros navais.

“Esta questão é da maior relevância em nível nacional e especificamente no Rio. Temos aqui metade do contingente do setor naval. Essa conversa com o ministro foi importante para que os representantes dessa cadeia produtiva – tivemos 25 pessoas em volta da mesa – mostrassem em detalhes essa crise que estamos passando. Evidentemente que a sociedade brasileira não aguenta mais a corrupção. Mas a atividade econômica é fundamental. Nós temos que preservar o conhecimento, a engenharia, a mão de obra e a renda que essas empresas têm. A Petrobras está parada e nós temos que descobrir uma forma que permita ela ir adiante. Não é porque a Petrobras tinha uma dezena de pessoas desonestas que a companhia vai parar”, destacou.

Inquéritos envolvem principais líderes do Senado

Os pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na noite de terça-feira (3) envolvem os principais líderes do Senado. Entre os 54 nomes que Janot pediu para serem investigados estão alguns dos principais líderes do Senado. Além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Congresso em Foco apurou que foi pedida abertura de inquérito contra Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, e a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Todos eles foram citados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a ser citado nas delações premiadas, mas os procuradores responsáveis pelas investigações da Lava Jato não acharam evidências substanciais que ensejassem o pedido de abertura de inquérito contra o principal líder da oposição.

Nas delações premiadas, Paulo Roberto Costa afirmou que chegou a trabalhar para Lindbergh Farias para obter financiamento em campanhas eleitorais. Romero Jucá também foi apontado pelos delatores como outro beneficiário do esquema. Já Lobão é investigado não somente por ter sido beneficiado pelo esquema, como também por ter mediado acordos para a implementação de uma refinaria no Maranhão, que resultou em desvios da ordem de R$ 7 milhões apenas nas obras de terraplanagem.

Paulo Roberto Costa disse que Humberto, que é líder do PT no Senado, foi beneficiado com o repasse de aproximadamente R$ 1 milhão, fruto do esquema de corrupção da Petrobras durante a campanha eleitoral de 2010. De acordo com as delações, a senadora Gleisi Hoffmann também recebeu R$ 1 milhão do esquema, mas diretamente do doleiro Alberto Youssef. O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, também foi beneficiado com propinas fruto de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, segundo Paulo Roberto Costa. Outro investigado é o ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

Durante a apuração de crimes da Lava Jato, foram identificados depósitos bancários em favor do senador feitos pelo Posto da Torre, em Brasília. O posto de gasolina é tido como uma espécie de caixa eletrônico de políticos envolvidos no esquema. Collor também é apontado como beneficiário de um acordo entre o grupo de Youssef, uma rede de postos de São Paulo e a BR Distribuidora, no valor de R$ 300 milhões. Segundo delatores, por ajudar a mediar esse acordo, o petebista recebeu R$ 3 milhões de propina.

Todos os senadores que serão alvo de inquérito já negaram publicamente participação no esquema de propina na Petrobras. Ciro Nogueira chegou a afirmar, em nota oficial, que renunciaria ao mandato caso surgissem provas de seu envolvimento.“Desde o início, agora e até o final desta circunstância política, mantenho e manterei uma única posição: jamais tive qualquer relação imprópria com qualquer dos acusados na Operação Lava Jato. Repito o que sempre sustentei: renunciarei ao mandato de senador da República se surgir qualquer prova objetiva que venha macular minha atitude como homem público. Assumo mais uma vez este compromisso, porque tenho consciência plena de meus atos e seu que as acusações não têm nenhuma base na realidade”, afirmou Ciro nesta semana.