Projeto Salvando Vidas chega a Garanhuns

O projeto Salvando Vidas, uma iniciativa do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco (Cepam) e do projeto Moto Amiga, será implantado em Garanhuns. O Salvando Vidas que tem como objetivo desenvolver ações preventivas, educacionais e de fiscalização para tentar reduzir o número de mortos em acidentes com motos em Pernambuco. A parceria foi firmada durante uma reunião, nesta segunda-feira (09), entre o coordenador do Cepam, médico João Veiga, a presidente da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes de Garanhuns (AMSTT), Ana Maria Rossini, e o representante do Moto Amiga, Guto Alves.

No encontro, ficou decidido que a AMSTT vai georeferenciar os 20 pontos onde mais acontecem acidentes com motos na cidade. Depois desse levantamento, serão realizadas ações para resolver os problemas, sejam eles de competência municipal, estadual ou federal. A presidente da AMSTT, Ana Maria Rossini, também se comprometeu a intensificar a fiscalização da motos irregulares e das cinquentinhas. “Vamos reformular a legislação que regula a atuação dos mototaxistas e já temos um projeto de lei pronto para regulamentar as cinquentinhas”, disse Ana Maria.

Na ocasião, João Veiga disponibilizou a estrutura e tecnologia do Cepam para ajudar a AMSTT a fazer o georeferenciamento dos 20 pontos críticos da cidade. “O georeferenciamento é o primeiro passo. Depois, vamos adotar medidas para resolver os problemas ou falhas que podem estar causando acidentes. Além disso, teremos ações educativas e de fiscalização”, disse o coordenador do Cepam. Entre as propostas definidas na reunião está a realização de um fórum regional sobre os acidentes com motos, que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, já se tornou uma epidemia no estado.

As ações educativas e preventivas serão desenvolvidas pela projeto Moto Amiga, coordenado pela Assohonda (Associação Brasileira de Distribuidores Honda), através da NOA Nordeste II, Núcleo Operacional Assohonda, que atua nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. Em Pernambuco, o Moto Amiga atua em parceria com o Cepam e com a Operação Lei Seca. “Podemos ministrar gratuitamente cursos de pilotagem defensiva e também fornecer todo o material que pode ser usados na elaboração de cartilhas educativas”, destacou Guto Alves, presidente do NOA II.

Além de buscar uma aproximação com o público interessado em motocicletas por meio de conteúdo informativo, criativo e irreverente, o Moto Amiga tem o objetivo de destacar ações que a Honda e suas concessionárias já vêm realizando para alertar todos os consumidores sobre como pilotar defensivamente. O Centro Educacional de Trânsito Honda – CETH, na cidade do Recife, em Pernambuco, o site piloto Honda Mais, o site www.honda.com.br/harmonianotransito, um convênio entre a Assohonda, o Detran/PE e o NOA Nordeste II, treinamentos oferecidos na empresa e concessionárias, vídeos e folders educativos, formação de condutores e ações educativas são alguns exemplos dessas ações.

Mortes aumentam

Segundo dados preliminares, o número de mortos em acidentes com motos deve crescer de 8% a 10% em 2014, em relação a 2013, passando de 757 para cerca de 820. O alerta é do Cepam (Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco) e se baseia nos números registrados até o mês de julho. Os dados do segundo semestre de 2014 ainda não foram finalizados, mas estimativa revela que a meta de reduzir em 6% esse tipo de morte não será cumprida em 2014. Pela primeira vez, desde que o Cepam foi criado, em 2011, a expectativa é ter um aumento no número das mortes. Cidades do Interior registram os maiores índices. O retrocesso, segundo o Cepam, está diretamente ligado à falta de compromisso dos municípios com a fiscalização.

De acordo com o Cepam, Pernambuco tem 22 mortes com acidente de motos para cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da média considerada como epidemia pela Organização Mundial de Saúde, que é dez mortes para cada 100 mil habitantes. Só no município de Trindade, na região do Araripe, estão sendo registrados 100 acidentes com mortes para cada 100 mil habitantes.

Operação Lava Jato dita estratégias no Senado

Os desdobramentos da Operação Lava Jato, que desvendou um bilionário esquema de corrupção na Petrobras, têm contaminado as decisões em curso no Senado, ainda sob a ressaca da formação da Mesa Diretora – ocupada apenas por governistas – e às vésperas da escolha do comando de comissões temáticas como a de Constituição e Justiça, a mais importante delas. E a postura do presidente da Casa e responsável pela condução dos trabalhos preparatórios, Renan Calheiros (PMDB-AL), é de quem está na defensiva, na opinião de senadores da oposição.

A própria composição da Mesa Diretora para o biênio 2015-2016, cuja aprovação em plenário resultou em bate-boca entre Renan e Aécio Neves (PSDB-MG), o principal líder oposicionista no Senado, é vista como uma espécie de trincheira da base aliada, que alijou a oposição.

Sem “rebeldes” na Mesa, o cardápio de assuntos indigestos para o governo e seus atores poderia ser mais facilmente barrado no Senado, apontam oposicionistas. Líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) disse ao Congresso em Foco que Renan fez um “movimento de defesa” ao barrar a oposição. Segundo Cássio, a legitimidade de comando do colega alagoano vale apenas para os 49 senadores que nele votaram em 1º de fevereiro, mantendo-o no posto, em processo de segregação “péssimo para o Senado”.

“O presidente Renan fez uma opção, a meu ver, equivocada. Ele escolheu presidir 49 senadores ao invés de liderar a Casa. Vejo esse movimento como um movimento de defesa. Na batalha da semana passada, construíram-se trincheiras para a guerra que está por vir”, disse o parlamentar paraibano, para quem a função de comando ocupada por Renan o expõe “naturalmente”.

Mas Cássio faz a ressalva de que as investigações da Lava Jato, ainda sem provas contra Renan, precisam ser concluídas. Além do presidente do Senado, outro membro da Mesa, Romero Jucá (PMDB-RR), também foi citado na Lava Jato, segundo reportagens do jornal O Estado de S.Paulo e da revista Veja. Ao todo, 41 políticos, a grande maioria da base aliada, já foram citados em algum momento das investigações, segundo notícias veiculadas na imprensa até o momento. As acusações criminais contra parlamentares serão tratadas no Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam inquéritos e ações penais contra deputados, senadores e outras autoridades federais.

“Eu não posso pré-anunciar, porque não tenho informações nesse sentido, sobre quais parlamentares estarão citados na Lava Jato. Tenho que ter muita responsabilidade nas minhas declarações. Mas é inegável que a presidência do Senado gera um nível de exposição ainda maior”, acrescentou o líder do PSDB, recorrendo ao humor para resumir o cenário político atual. “A temperatura já está muito elevada e eu, como líder de um partido de oposição, não pretendo apagar incêndio com gasolina. Até porque está muito cara”, ironizou.

Ministra da Casa Civil no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann (PT-PR) negou ao Congresso em Foco a tese da blindagem – ou a relação desta com a escolha da Mesa – de Renan ou da própria Dilma, alvo de rumores sobre uma interrupção de seu mandato. “É óbvio que não, de maneira alguma. Aliás, eu não sei como blindaria, não é? [Um processo de impeachment] não depende deste Congresso. Depende, se tiver, de uma comissão parlamentar de inquérito, e a comissão tiver condições de fazer um julgamento político. E, primeiro, nós temos de esperar acabar o processo, até para que tudo venha à tona”, declarou a senadora petista.

“Chumbo grosso”

De acordo com um senador que não votou em Renan, a “blindagem” do Planalto custaria ao PT, segunda maior bancada, seus 14 votos no peemedebista, que por fim também estaria blindado pelo conjunto dos aliados na Mesa, em uma relação de reciprocidade. Outro senador da oposição disse à reportagem que Renan Calheiros agiu pensando no futuro imediato, e logo tratou de se precaver com o arranjo dos cargos. Mas, para esse parlamentar, a posição do senador alagoano está longe de ser confortável, apesar do status conferido pelo comando do Senado.

“É uma situação difícil. Se por um lado ele fica forte na presidência do Senado, para se defender [de denúncias]; por outro lado, ele fica muito em evidência. O chumbo vai ser grosso contra ele. Acho que a presidência é ruim para ele”, observou o oposicionista, que pediu para não ser identificado.

Ontem (9), depois de participar de uma reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan falou pela primeira vez, e não por meio de nota, sobre as menções ao seu nome nas investigações da Lava Jato. Ele negou qualquer tipo de contato com o doleiro Alberto Youssef. O suposto envolvimento entre Renan e Youssef foi suscitado no depoimento de Meire Poza, ex-contadora do doleiro, à CPI mista da Petrobras, no ano passado.

Segundo Meire, Renan e Youssef chegaram a se reunir para negociar uma operação financeira de R$ 25 milhões relativa ao fundo de pensão dos Correios, o Postalis. A ex-contadora disse que Renan atuou para que o Postalis comprasse aquele valor em debêntures emitidos por uma empresa de turismo da qual um dos sócios era Youssef, preso em decorrência da Lava Jato desde março de 2014.

“A chance de que eu possa ter tido encontro com essa gente é zero, absolutamente zero. Nem sei quem é [Youssef], nunca ouvi falar, só pelos desdobramentos [da Lava Jato] nos jornais. Não conheço nenhum dos nomes citados. Então, a chance é absolutamente zero”, declarou Renan.

Articulação

O argumento usado pelos governistas para justificar a escolha da Mesa é a questão da proporcionalidade, que dá prioridade a siglas mais numerosas na escolha dos principais cargos, inclusive para comissões temáticas. Nos momentos que precederam a eleição da chapa única, Renan recorreu à tese ao dizer que nomes de siglas menores resolveram disputar postos do colegiado seguindo o “precedente” aberto pelo candidato alternativo do PMDB, Luiz Henrique da Silveira (SC), ao comando do Senado. Desobedecendo a orientação da bancada, o senador catarinense foi para a briga com Renan e recebeu 31 votos, com o apoio da oposição.

“A oposição desrespeitou a proporcionalidade [ao apoiar Luiz Henrique]. Quando a oposição lançou um candidato avulso e não apoiou o candidato do maior partido da Casa, que era a primeira ação de proporcionalidade, liberou para que as composições fossem feitas de forma diferente”, acrescentou Gleisi Hoffmann, para quem a Mesa foi composta depois de uma “articulação” normal do Senado.

“Como havia outros senadores disputando outros cargos, entendeu-se que, a partir do momento em que a oposição desrespeitou a proporcionalidade, poderia ser feita também a eleição de outros cargos”, concluiu.

Mas a oposição não pensa assim, e promete acirrar o embate agora na distribuição dos postos de comando das comissões temáticas – colegiados que analisam os mais diversos tipos de projetos, de acordo com a área a que dizem respeito, antes da discussão deles em plenário. Embora o presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), tenha evitado comentar ao Congresso em Foco o que aconteceu na escolha da Mesa (“É passado!”, resumiu), Cássio Cunha Lima garante que terá “muito cuidado” nas próximas disputas.

“Agora chegará o momento mais importante, a meu ver, que é a escolha do comando das comissões. Diferentemente dos cargos da Mesa – que dizem respeito às funções administrativas da Casa, e o PSDB e outros partidos de oposição não estão em busca de penduricalhos, de empreguinhos para acomodar aliados –, na distribuição das comissões está nossa responsabilidade legislativa e, sobretudo, a representatividade do voto popular”, disse Cássio, avisando que as minorias vão requerer indicações para alguns dos postos de comando das 12 comissões permanentes do Senado. Essas negociações têm início hoje (terça, 10), em reunião de líderes partidários, mas só devem ser concluídas depois do carnaval.

O líder tucano rebateu as reclamações governistas de que os rumores sobre impeachment presidencial são algo insuflado por oposicionistas descontentes com o resultado das eleições do ano passado. “Nessa última semana tem-se falado muito de golpe. A oposição não é golpista. Golpe seria impedir a participação das oposições nas comissões, como se comenta – no que eu não quero acreditar que acontecerá”, observou o senador.

Petrobras, do sonho ao abismo

Marcus Pestana, do Congresso em Foco

A sociedade brasileira assiste, estupefata e cheia de indignação, à maior empresa brasileira mergulhada numa crise que parece não ter fim. Muitas são as causas, múltiplas são as consequências.

A Petrobras nasceu, nos anos 50, de um sonho generoso presente na campanha “O Petróleo é nosso”. O sentimento nacionalista imaginava um país desenvolvido e industrializado e teve como estuário a criação da nossa maior empresa estatal, protegida pelo monopólio da exploração.

Uma combinação fantástica de erros e desvios patrocinados pelo PT misturaram equívocos estratégicos, má gestão e corrupção desenfreada.

O erro estratégico essencial se deu ainda no governo Lula com a alteração do regime de concessão para o modelo de partilha, visando à exploração do pré-sal. O dinamismo setorial alcançado com a quebra do monopólio estatal e pelas concessões, que levaram a um crescimento de 10% ao ano, foi quebrado pela mudança da regra do jogo, sobrecarregando a Petrobras, introduzindo ineficiência com cláusulas inatingíveis de conteúdo nacional e paralisando, por seis anos, os leilões. O Brasil perdeu preciosas oportunidades enquanto o mundo inovava e rompia paradigmas.

A isso se somou um aparelhamento político inédito da empresa que minou o seu desempenho empresarial e seus resultados. A visão patrimonialista do PT partia de um olhar míope que tratava uma grande empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsa e sócios minoritários nacionais e estrangeiros, inclusive os trabalhadores que ali colocaram o seu FGTS, como quintal partidário. Os padrões de excelência na gestão foram substituídos por um festival de incompetência, erros e desvios.

De meses para cá, a Operação Lava Jato trouxe à tona o maior escândalo da historia brasileira, envolvendo bilhões de reais desviados para financiamento do PT e seus aliados e para enriquecimento ilícito de uns poucos.

E mais, assistimos à uma gestão irresponsável e temerária de nossa maior empresa. Investimentos como Pasadena e Abreu e Lima, além de se colocarem a serviço da corrupção, não tinham a menor consistência econômica e técnica. Chegou-se ao ponto de auditores externos não admitirem avalizar o balanço da empresa.

Resultado: imagem do Brasil arranhada em todo o mundo, ações despencando, endividamento explodindo, investimentos cancelados, outros setores, como o da engenharia pesada e o sistema financeiro, contaminados e um desastroso impacto na autoestima dos brasileiros. Para piorar os preços dos combustíveis foram artificialmente reprimidos por Dilma e os preços internacionais do petróleo vieram ladeira abaixo.

Que a CPI, recém-criada na Câmara dos Deputados, somando esforços com o Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal, consiga elucidar em profundidade tudo que ocorreu e punir os culpados.

E que os erros sejam corrigidos por uma gestão profissionalizada, boas regras de governança e respeito à sociedade e aos acionistas.

Datafolha: 71% dos brasileiros não têm partido político

Pesquisa Datafolha realizada entre 3 e 5 de fevereiro mostra que 71% dos brasileiros não possuem um partido político de preferência. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que revelou a informação na edição desta segunda-feira (9), as denúncias de corrupção e a piora na economia levaram ao maior índice de rejeição a agremiações partidárias desde agosto de 1989, quando o instituto começou a questionar as pessoas sobre suas preferências políticas.

De acordo com a Folha, o índice em dezembro passado era de 61%. Ou seja, houve um aumento de dez pontos percentuais no intervalo de pouco mais de um mês. Neste mesmo período, a parcela dos entrevistados que diz ter o PT como partido favorito caiu de 22% para 12%. Percentual menor que no auge do mensalão, quando a adesão à legenda chegou a 15%. A queda petista, no entanto, não beneficiou a oposição. O PSDB, por exemplo, oscilou de 7% para 5%.

Especialista recomenda cuidados no preenchimento da declaração do IR

A Receita Federal divulgou, na última semana, datas e regras para declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2015. Entre 2 de março e 30 de abril, o órgão espera receber 27,5 milhões de declarações relativas ao ano-calendário 2014. O contador Jarles Randal Leite, professor de ciências contábeis do Centro Universitário Estácio-Facitec, destaca que o preenchimento da declaração em si é simples. Mas, para não cometer erros, os contribuintes devem estar atentos a detalhes.

O contador pondera que, embora a declaração de dependentes ou despesas de saúde e educação ajude a aumentar o valor da restituição, essas informações precisam ser exatas. A renda dos dependentes, por exemplo, deve constar na declaração de IRPF. “Se tenho um filho estagiando e pago a faculdade dele, o rendimento do filho tem que ser declarado também. Afinal, a empresa onde ele trabalha ou estagia vai declarar”, explica, ressaltando que a Receita Federal cruza as informações.

Outro erro possível é a duplicidade de dependentes, quando dois parentes diretos declaram a mesma pessoa. Jarles Randal explica que filhos e outros parentes não podem constar como dependentes em duas declarações. Na hora de informar despesas dedutíveis, o valor tem de estar de acordo com o discriminado no recibo ou nota fiscal. Randal esclarece que não adianta tentar declarar despesas médicas de valor maior do que o real. “A Receita tem a informação, através da declaração médica dos estabelecimentos [Declaração de Serviços Médicos e de Saúde]”, esclarece o contador.

Ainda no caso das despesas, o contribuinte deve lembrar de pedir o número do CPF, para profissionais liberais, ou o do CNPJ, no caso de clínicas e outras empresas. Os recibos e notas fiscais devem ser preservados por um prazo de cinco anos. “É o tempo que a Receita tem para notificar. Passou disso, prescreveu”, diz Jarles Randal. As despesas dedutíveis costumam ser os tratamentos de saúde e serviços de educação mais tradicionais. “Por exemplo, nutricionista não pode entrar na declaração. Curso de inglês, escola de música, natação, também não”, informa Randal.

É a partir do valor das deduções que o contribuinte saberá se, no seu caso, é mais vantajoso fazer a declaração completa ou simplificada. A declaração simplificada compensa para quem tem poucas despesas dedutíveis a informar. O contribuinte que opta por esse modelo tem um desconto simplificado de 20%, limitado a R$ 15.880,89.

“Se eu ganhar R$ 30 mil anuais, o limite do desconto é R$ 6 mil. Se as despesas médicas excedem isso, o melhor é optar pela declaração completa”, explica Jarles Randal. Para quem não quer fazer cálculos, o programa da Receita Federal para preencher a declaração ajuda a decidir. “Recomendo preencher primeiro o modelo completo [de declaração]. Ao final, ele mesmo calcula e dá a opção”, diz.

A entrega da declaração de 2015 poderá ser feita por meio do programa de transmissão Receitanet, disponibilizado no site da Receita Federal. Também é possível a entrega  online, para quem tem certificado digital (assinatura para proteger transações eletrônicas), ou por meio do serviço Fazer Declaração, para tablet smartphone. Este ano é o primeiro em que está disponível a opção de entrega online, sem necessidade de baixar o programa da Receita. As entregas nessas duas modalidades têm algumas restrições. Por exemplo, declarantes que tenham recebido rendimentos do exterior ou tenham tido ganhos de capital não podem utilizá-las.

Das 50 cidades mais violentas do mundo, 19 estão no Brasil

Erick Lessa, delegado da Polícia Civil

Levantamento feito pelo Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Criminal, ONG mexicana, acerca das 50 cidades mais violentas do mundo, divulgou uma triste realidade: o Brasil lidera com 38% do total, ou seja, das 50 cidades mais violentas do mundo, o Brasil tem 19.

O estudo leva em conta as taxas de homicídio a cada 100 mil habitantes em cidades com mais de 300 mil habitantes. Segundo o presidente do conselho, José Antonio Ortega Sánchez, é preciso que as autoridades brasileiras se atentem a um crescimento da violência no país. No ano passado, 16 cidades do Brasil figuraram no estudo da ONG mexicana.

São Paulo e Rio de Janeiro estão fora da lista dos municípios do Brasil citados, mas o conselho aponta a “forte presença policial” como um fator que conta a favor das duas metrópoles brasileiras.

Os dados foram obtidos junto ao Ministério da Justiça e ao Mapa da Violência. Teresina, Porto Alegre e Curitiba foram as cidades brasileiras que passaram a figurar no ranking em 2014.

Dez das 19 cidades pertencem à região Nordeste. São elas: João Pessoa (4º lugar), Maceió (6º), Fortaleza (8º), São Luís (10º), Natal (11º), Salvador (17º), Teresina (20º), Recife (29º), Campina Grande (30º) e Aracaju (39º).

No Norte ainda aparecem na lista Macapá (46º) e Belém (18º). No Sul, as mais violentas são Curitiba (44º) e Porto Alegre (37º). Na região Centro-oeste as maiores estatísticas de criminalidade estão em Goiânia (23º) e Cuiabá (16º). No Sudeste aparecem Belo Horizonte (42º) e Vitória (15º).

O país precisa abrir os olhos e a União entrar com mais recurso, divisão de tarefas, planejamento estratégico em nível nacional, a partir da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça – SENASP/MJ.

Programa de Línguas da UPE abre seleção de professores-estagiários

O Programa de Línguas e Informática (Prolinfo) da Universidade de Pernambuco (UPE) está iniciando processo de seleção de
professores-estagiários para atuação em seus cursos de inglês,
espanhol, português, informática e computação gráfica, na capital e no interior. Em 12 anos de existência, o Prolinfo, ação de extensão da UPE sem fins lucrativos, já oportunizou o treinamento docente de mais de 500 professores pernambucanos.

Para ensinar no Programa, é necessário possuir vínculo com instituição de ensino superior (graduação ou pós-graduação). O interessado deve cadastrar currículo no site www.prolinfo.com.br, na seção “Contato-Trabalhe Conosco”. O teste para ingresso como professor-estagiário é composto por entrevista, avaliação escrita e demonstração de aula. O diferencial do Prolinfo está na formação de seu corpo docente. Como programa público, o Prolinfo oferece, à população pernambucana, cursos de alta qualidade a preços bem abaixo do mercado, além de servir como campo de estágio único a estudantes de licenciaturas.

Atualmente, cerca de 90 professores-estagiários estão atuando no Prolinfo. “Oferecemos um programa de estágio diferenciado, porque nosso professor fica totalmente responsável por suas turmas. Essa é uma oportunidade difícil de encontrar em escolas regulares, em que, muitas vezes, o aluno de licenciatura atua como monitor ou é deslocado para serviços administrativos”, explica o coordenador geral do Prolinfo, professor Carlos Silva. Todos os professores-estagiários do Programa são acompanhados de perto por uma equipe de supervisores
pedagógicos, que fornecem orientações em termos de metodologia de ensino.

Além da capital pernambucana, onde oferece turmas nos vários campus da UPE, o Prolinfo possui polos na Região Metropolitana (Camaragibe), na Zona da Mata (Nazaré da Mata), no Agreste (Garanhuns), e no Sertão (Petrolina), municípios em que a UPE também está presente. “A interiorização do Programa não apenas beneficiou a população desses municípios, para quem cursos como os nossos são raros, mas também aos
estudantes de licenciaturas de várias faculdades que precisam de prática em sala de aula”, comenta o coordenador de interiorização do Prolinfo, professor Vinícius Pascoal

Cuidado com os ouvidos durante a folia

Quem vai curtir o carnaval em locais com som muito alto ou atrás dos trios elétricos deve tomar cuidado com os danos que o barulho pode acarretar à saúde. Ficar exposto por um período prolongado a níveis elevados de ruídos pode levar à perda auditiva temporária ou permanente. O otorrinolaringologista Alberto Monteiro, do Hospital Jayme da Fonte, explica que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite saudável é abaixo dos 85 decibéis.

O médico alerta que o som dos trios elétricos é, em média, de 130 decibéis, o que ultrapassa o limite. “Após a exposição prolongada é comum perceber os sons abafados e também um zumbido permanente no ouvido”, explica Alberto. Geralmente esta sensação incômoda passa dois ou três dias depois do trauma sonoro. Mas em alguns casos o folião pode ter ainda lesão no tímpano e terá que fazer tratamento com um especialista. Se os ruídos intensos provocarem lesão no nervo, a pessoa poderá ter que utilizar aparelho auditivo e, em algumas situações, a perda da audição é irreversível.

Por isso, a orientação é para que todos evitem lugares barulhentos, como boates e festas carnavalescas, por muito tempo seguido. O folião deve ter consciência dos cuidados que deve tomar. “Deve-se evitar ficar próximo das caixas do som e usar tampões para diminuir o impacto dos ruídos nas células sensoriais auditivas. Além disso, sair de perto do barulho a cada 30 minutos. É um tempo para descansar o ouvido e depois cair na folia novamente”, recomenda o otorrino.

Cirino e Salustiano correm juntos de Mercedes na Fórmula Truck

A equipe oficial de fábrica ABF/Mercedes-Benz terá uma dupla de muito respeito nesta 20ª temporada da Fórmula Truck, que tem a prova de abertura no dia 1º de março no autódromo Ayrton Senna, em Caruaru, Pernambuco. O tetracampeão Wellington Cirino terá Paulo Salustiano como companheiro na nova escuderia. Além dos quatro títulos, todos com a marca alemã, Cirino também tem no currículo dois vice-campeonatos: 2002 e 2004. Desde 2001 ele só corre com os caminhões da Mercedes-Benz.

“É uma honra voltar a ser equipe oficial da Mercedes-Benz. Assim, queremos lutar por vitórias e bons resultados durante toda a temporada e vamos trabalhar muito para isso. Nosso objetivo é chegar à última etapa do ano na briga direta pelo título. No entanto, este será um campeonato tecnicamente muito equilibrado, algo que tem sido uma constante na Fórmula Truck devido ao aperfeiçoamento do regulamento. Essas mudanças têm dado chances a todas as equipes e temos de focar no trabalho para ter resultados e apresentar retorno do investimento“, disse Cirino.

Paulo Salustiano entra em sua sexta temporada na mais popular categoria do automobilismo nacional empolgado em continuar a pilotar os caminhões da ABF/Mercedes-Benz, a mesma marca que guiou na temporada passada. No entanto, ele admite pequena preocupação para os primeiros treinos em Caruaru.

“Estou muito feliz indo para mais um ano na Fórmula Truck e entendo como muito positiva essa troca de equipe. Apesar de manter os caminhões Mercedes existem algumas diferenças técnicas entre os que pilotei no ano passado e esses de agora. Assim, terei de lidar com isso e me adaptar o mais rápido possível“, disse Salustiano, que tem uma vitória na categoria.

CALENDÁRIO DE 2015
1º de março – Caruaru (PE)
12 de abril – Brasília (DF)
17 de maio – Londrina (PR)
14 de junho – Campo Grande (MS)
12 de julho – Goiânia (GO)
9 de agosto – Santa Cruz do Sul (RS)
13 de setembro – Curitiba (PR)
4 de outubro – Guaporé (RS)
8 de novembro – Cascavel (PR)
6 de dezembro – São Paulo (SP)

O Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck tem a supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e patrocínio master da Petrobras e Crystal. As fabricantes de caminhões são Iveco, Ford, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Scania e Volvo.

Queda na avaliação do governo Dilma “é momentânea”, diz ministra Ideli Salvatti

A queda na avaliação do governo da presidenta Dilma Rousseff, apontada pela pesquisa DataFolha, é “momentânea”, disse há pouco a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, à Agência Brasil.

Segundo pesquisa DataFolha divulgada sábado (7), o percentual daqueles que avaliam o governo da presidenta Dilma como ótimo ou bom caiu de 42% para 23% e o índice dos que consideram ruim ou péssimo passou de 24% para 44%.

Ao participar de evento no Superior Tribunal Militar, Ideli Salvatti disse estar convencida de que, passada a fase de “ajustes” promovidos pelo governo, a avaliação do governo deve se recuperar ao longo do ano.

“Avaliações são sempre momentâneas e estamos absolutamente convencidos de que vamos recuperar [a confiança do eleitor] com as medidas que vão ser adotadas ao longo deste primeiro ano de segundo mandato da presidenta”, disse a ministra.

Para Ideli, “as conjunturas” – como o anúncio da elevação de impostos e as denúncias de corrupção na Petrobras – tiveram impacto nas avaliações da população. “Mas da mesma forma que impactam negativamente, as ações que serão adotadas e praticadas pela governo da presidenta Dilma, não tenho a menor dúvida, farão sua avaliação subir novamente”, argumentou a ministra.