Jovens buscam alternativas para não sair da faculdade

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o nível de instrução é o fator que irá determinar a futura renda. Quem tem ensino superior completo chega a receber um salário três vezes maior do que aquele que só concluiu o ensino médio. Entretanto, a crise econômica acabou afetando os jovens que têm como objetivo uma formação universitária para se qualificar no mercado de trabalho.

Muitos estudantes, por falta de condições financeiras, abandonam os estudos e outros buscam alternativas para reverter a situação sem abrir mão dos projetos de formação acadêmica e de carreira. Assim como constatado em outros países em épocas de crise, o site de relacionamentos Meu Patrocínio registrou um crescimento de cadastros de sugar babies da acima de 50% nos últimos quatro anos. Homens e mulheres – jovens atraentes, ambiciosos e com objetivos claros de vida pessoal e profissional – vislumbram na figura de um “provedor”, sugar daddies ou sugar mommies, pessoas maduras e bem-sucedidas, uma alternativa para não adiar os sonhos de uma educação de qualidade e de um diploma. Como o tipo de relação proposta pelo estilo sugar envolve a transparência e o alinhamento de objetivos, fica claro desde o início o que o jovem espera deste “provedor”, uma renda suplementar que possa, dentre outras coisas, para a maioria, garantir a continuidade de sua formação.

Entre os mais de um milhão de babies usuários do site, 162 mil são estudantes universitários, com uma média de 23 anos de idade, em plena fase de investimento nos estudos e cientes de que só a beleza não basta para as conquistas pessoais e profissionais. Para o pagamento das mensalidades, ou material de estudo, o apoio financeiro fornecido pelo “provedor” proporciona a tranquilidade para quem precisa, neste momento da vida, dedicar-se a aprender e evoluir culturalmente.

Jennifer Lobo, fundadora e CEO da plataforma Meu Patrocínio, considera que “os jovens sabem bem o que querem, principalmente em termos materiais e de carreira. Estudo é fundamental. Esta geração está apta a utilizar os recursos disponíveis para conseguir os seus objetivos. Babies, daddies e mommies são honestos com relação às expectativas, cumprem o que foi estabelecido, beneficiando-se mutuamente. Assim, universitários têm conseguido se formar, fazer cursos de especialização, aprendido um novo idioma. Quando encontram o seu provedor, acabam estimulando outros a fazer a mesma coisa”.

Saúde prisional: seleção com 259 vagas prorroga inscrições até 17.04

Foram prorrogadas até o dia 17.04 as inscrições da seleção pública simplificada para profissionais que atuarão na saúde do sistema prisional. Ao todo, há 259 vagas para as equipes de Atenção Básica Prisional (EABp) e de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP). A Secretaria Estadual de Saúde (SES) publicou no Diário Oficial desta terça-feira (02.04) a alteração no calendário da seleção, além da mudança nos requisitos para os cargo. Os secretários estaduais de Saúde, André Longo, e de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, estiveram reunidos na manhã desta terça na sede da SES, no Bongi, para tratar do assunto.

Os interessados irão atuar nas unidades prisionais do estado de Pernambuco ou na sede da SES, conforme vagas distribuídas no edital da seleção. O objetivo é qualificar o cuidado de saúde à população privada de liberdade, seja no atendimento direto ou na construção de políticas públicas para esse público, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Privada de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). Pernambuco foi um dos primeiros Estados do país a adotar essa política para o seu público.

As inscrições podem ser realizadas via Sedex ou presencialmente, na sede da SES, no Bongi, ou das Geres que constam com vagas (horários e endereços constam no edital). A seleção será por avaliação curricular ou avaliação curricular seguida por prova de conhecimentos, de acordo com os cargos. A remuneração é de R$ 998 a R$ 7,5 mil e a carga horária entre 30 e 40 horas semanais.

As vagas são para 21 médicos clínicos EABP, 19 médicos psiquiatras EABP, 02 médicos infectologistas EABP, 40 enfermeiros, 21 cirurgiões dentistas EABP, 23 assistentes sociais EABP, 40 psicólogos EABP, 21 farmacêuticos EABP, 42 técnicos de enfermagem EABP, 21 auxiliares de saúde bucal; 01 coordenador do Núcleo de Apoio Psicossocial de Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei, 01 médico psiquiatra ou clínico com experiência em saúde mental EAP; 01 enfermeiro EAP, 01 psicólogo EAP, 01 assistente social EAP, 01 advogado EAP, 01 apoiador Institucional de Saúde Prisional – psicólogo e 02 apoiadores institucionais de Saúde Prisional – enfermeiro. Os profissionais serão lotados nas seguintes Geres: I (sede no Recife), II (Limoeiro), III (Palmares), IV (Caruaru), V (Garanhuns), VI (Arcoverde), VII (Salgueiro) e VIII (Petrolina).

O resultado preliminar das avaliações curriculares sairá em 07.05. Os recursos para essa fase poderão ser feitos entre 08.05 e 10.05. O resultado sairá em 29.05, juntamente com a convocação para a prova de conhecimento, em 31.05, dos cargos que a necessita. O resultado preliminar da Avaliação Técnica – Prova de Conhecimentos sairá em 05.06, com recursos podendo ser impetrados nos dias 06.06, 07.06 e 10.06. O resultado final será divulgado em 28.06. A contratação será para o período de um ano, podendo ser prorrogado pelo prazo máximo de seis anos.

Mais informações podem ser obtidas pelo (81) 3184.0329 ou 3184.0140.

Funase expõe artesanato alusivo à Páscoa em shopping de Caruaru

O público já pode conferir uma exposição de artesanato que alia o encanto da Páscoa e o apoio a uma causa social. Diariamente, das 10h às 22h, objetos confeccionados na Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru estarão disponíveis na Feira Livre Cultural, do Caruaru Shopping. Chaveiros em feltro e até uma adega feita com um pneu reaproveitado estão no catálogo, com preços entre R$ 2 e R$ 250. A lista ainda inclui outros produtos, como caminhas para cachorro, mesas e pufes feitos com materiais recicláveis. Parte da renda será revertida para a compra de materiais para a fabricação de novas peças.

Os itens são produzidos durante oficinas realizadas por voluntários com os socioeducandos da Casem Caruaru. A unidade é administrada pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ). O contato com o artesanato é uma aposta na profissionalização e na descoberta de vocações, uma vez que os adolescentes atendidos, quando deixarem a Funase, poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em um novo ofício e transformá-los em uma fonte de renda alinhada com uma atividade econômica que é um símbolo da região.

A exposição permanecerá em cartaz até o próximo dia 21, por meio de uma parceria entre a Casem Caruaru e a direção do centro de compras. Em dezembro, a Funase já havia realizado outra mostra no mesmo local, com foco em artigos natalinos. Em janeiro, teve início um novo formato, que prevê a abertura de um estande de artesanato da instituição na primeira semana de cada mês. Excepcionalmente em abril, por conta da temática dos produtos do catálogo, a exposição foi estendida até o fim da Semana Santa.

“Nos outros períodos em que foi realizada, a exposição fez muito sucesso entre o público, o que nos estimula a seguir investindo na realização de oficinas produtivas dentro da nossa unidade. É algo que mobiliza os oficineiros e os adolescentes participantes. As técnicas ensinadas servem não apenas para a criação dos produtos que são expostos, mas também para ajudar os socioeducandos no aprendizado de algo que permita a geração de renda”, destaca a coordenadora geral da Casem Caruaru, Anabel Brandão.

Os materiais que forem adquiridos com a renda obtida na Feira Livre Cultural do Caruaru Shopping serão usados em novas oficinas produtivas, desta vez, com foco na temática junina e na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), prevista para ocorrer entre 3 e 14 de julho de 2019. A Funase mantém um estande no evento desde sua primeira edição, há 20 anos. Já a outra parte do que for arrecadado com a venda de produtos no shopping será dividida entre os adolescentes participantes das oficinas.

SERVIÇO

Feira Livre Cultural com artesanato produzido por adolescentes da Funase

Data: de 1º a 21 de abril de 2019

Horário: das 10h às 22h

Local: Caruaru Shopping – Rua Adjar da Silva Casé, 800 – Indianópolis, Caruaru-PE

Geraldinho Lins canta em Garanhuns

Geraldinho Lins promove um esquenta para o Festival Viva Dominguinhos com show neste sábado (6), em Garanhuns. A apresentação ocorre na churrascaria e choperia Terraço e vai levar ao público um repertório formado por antigos e novos sucessos de Geraldinho, a exemplo da clássica “Amor de Sertão” e do lançamento “Foi só eu deixar de ligar”.

Além de Geraldinho Lins, o Terraço recebe ainda apresentação de Pedrinho Pontes. Os shows têm início às 22h. Os ingressos para a festa têm o valor de R$ 30 e podem ser adquiridos na Bicho Eventos e no próprio Terraço. O Terraço fica localizado na Av. Rui Barbosa, n.º 1070, no bairro Heliópolis, em Garanhuns, bem na esquina com a Av. Euclides Dourado. Outras informações pelo telefone (87) 3761.7527.

Rivadávia Drummond e Clóvis de Barros Filho serão palestrantes de seminário da Fiepe no Agreste

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou em março um ranking de competitividade onde o Brasil ocupa a penúltima colocação, ficando à frente apenas da Argentina. O estudo analisa fatores como educação, tecnologia, inovação e ambiente de negócios. Além dos aspectos econômicos, resultados como esse demonstram que as empresas nacionais precisam investir em formação continuada para concorrer no mercado de igual para igual com as marcas estrangeiras. Para fortalecer a atuação das empresas locais nesse cenário, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) traz para o Agreste dois nomes de autoridade no assunto: Rivadávia Drummond e Clóvis de Barros Filho.

Os especialistas serão palestrantes do seminário “Excelência em Gestão e Crescimento Organizacional”. Em um formato já consolidado na região que oferece ao público palestras, cases de sucesso e momentos de networking, a Federação promove o debate entre as empresas, principalmente do setor industrial, sobre temas atuais e relevantes em gestão. O objetivo é inserir novas práticas gerenciais para melhoria dos negócios e troca de informações entre os empresários do Agreste, maximizando o tempo de vida das micro e pequenas empresas diante de um cenário econômico desafiador e estimulando a gestão profissional focada em resultados e processos através da liderança.

Administrador, docente, escritor e consultor, Rivadávia Drummond irá compartilhar sua experiência sobre o tema “Gestão, inovação e crescimento organizacional”. O palestrante é pós-doutor pela Universidade de Toronto e participou de programas executivos nas Universidades de Harvard, Virgínia e Stanford. Foi reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), entre 2011-2014, e honorary associate professor da Universidade de Hong Kong. Foi também ex-presidente da HSM Educação Executiva e professor do mestrado profissional em Administração de Centro Universitário UNA.

Clóvis de Barros Filho é doutor e livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Palestrante há mais de dez anos no mundo corporativo, é também consultor e escritor. Ele irá dialogar com o público sobre o tema “A busca da excelência empresarial” e a dificuldade de escolher os melhores valores que irão impactar na forma de viver e de conviver com as pessoas e o meio.

As inscrições para participar do seminário “Excelência em Gestão e Crescimento Organizacional” já estão abertas e podem ser feitas pelo site da Fiepe (www.fiepe.org.br), pelo e-mail: regional.agreste@fiepe.org.br ou pelo telefone (81) 3722.5667. O investimento é de R$ 195 que pode ser dividido em até 3x sem juros nos cartões. A Fiepe dispõe de uma política de descontos: até 20% para indústrias associadas, sendo que a cada cinco inscrições realizadas com o mesmo CNPJ, a empresa pode optar por mais uma inscrição de cortesia ou 10% de desconto. Para estudantes e idosos, o desconto é de 15% (no caso dos estudantes, é necessária a apresentação de comprovante estudantil).

Artigo – De olho no futuro, mas presos ao passado

Não faz muito tempo e o futuro era distante e intangível. Quando filmes do porte de 2001: Uma odisseia no espaço, ou o desenho animado mais futurista de todos, Os Jetsons, foram lançados, em plena década de 1960, apenas as mentes mais fora da caixa poderiam supor que, algum dia, ao menos parte daquilo pudesse se tornar real.

É fato que ainda não nos locomovemos em carros voadores, nem vivemos em cidades suspensas e tampouco existe consenso sobre a existência de vida fora da Terra. No entanto, é impossível negar a quantidade de coisas que até então eram tidas como pura ficção científica e que hoje fazem parte do nosso cotidiano.

Tamanha evolução em tão pouco tempo resulta no fato de que dificilmente há quem se pergunte se há algo que ainda possa ser inventado. Pelo contrário, mantemos nossas expectativas em alto nível, ansiosos pelo o que vem de inovador, ainda que não façamos ideia do que possa ser. As possibilidades são muitas e vão desde novas formas de gerir, comunicar e solucionar problemas até o desenvolvimento de procedimentos médicos cada vez menos invasivos e a descoberta da cura para diversos males que ainda nos afligem.

Aliás, é exatamente no campo da medicina onde são encontradas algumas das inovações mais significativas. Menos de cem anos separam a descoberta da penicilina do desenvolvimento de robôs capazes de realizarem cirurgias complexas e de forma precisa, inclusive comandados por um profissional situado a quilômetros de distância.

No entanto, como a efetiva compreensão das transformações e a mudança de comportamento possuem relação de tempo e espaço distintas da verificada no avanço tecnológico e científico, nossa sociedade tem experimentado contradições e desafios como a formação de profissionais capazes de atuar em um cenário cada vez mais competitivo, inovador e disruptivo.

Por exemplo, há décadas a prestação de serviços médicos mediados por tecnologias é realidade no país e no mundo. Para além dos preceitos éticos e morais que precisam ser assegurados, a integração entre tecnologia e medicina é um caminho sem volta.

Apesar disso, nossos profissionais da área da saúde continuam sendo formados por metodologias tradicionais, pautadas na velha concepção de que educação se faz com lousa, saliva e lápis. Hoje dispomos de ferramentas educacionais capazes de promover o acesso ao conhecimento acadêmico de maneira atraente e eficiente, ao passo em que competências como dinamismo, autonomia e criatividade são desenvolvidas. Entretanto, tudo isso é estrategicamente ignorado em nome de uma formação que, muito em breve, não será suficiente sequer para o atendimento básico de saúde.

Estamos diante da dicotomia de poder fazer, mas não poder aprender. Nossa cultura ainda está fortemente arraigada em concepções ultrapassadas que não só dificultam olhar a frente, mas já refletem no descompasso entre o que é aprendido e o que é demandado pelo mercado de trabalho e pela sociedade atual.

O termo educação a distância foi cunhado no início do Século XX para designar cursos de datilografia por correspondência. Em uma época na qual computadores e internet eram impensáveis, a expressão fazia sentido. Mas o que existe hoje é outra coisa completamente distinta. O que ainda é apresentado como EAD nada mais é do que educação intermediada pela tecnologia.

A fria troca de correspondências entre aluno e tutor deu lugar a ferramentas modernas e seguras que permitem a interação do estudante com professores, colegas e conteúdos enquanto ampliam a intimidade do aluno com o universo tecnológico. Além disso, nosso marco legal da educação determina que o processo educacional, seja ele presencial ou intermediado por tecnologia, deve dialogar com diretrizes curriculares previamente estabelecidas e sobre as quais são construídos os projetos pedagógicos dos cursos de graduação.

Sendo assim, se um curso demanda aulas práticas, como é o caso de medicina, mesmo que todo conteúdo teórico seja transmitido por intermédio da tecnologia, as atividades presenciais estão asseguradas e são realizadas nos polos das instituições de educação superior existentes em todo o país. Conclui-se, portanto, que não existe graduação 100% a distância para cursos na área da saúde que demandem formação prática.

Dito isso, resta-nos questionar até quando vamos permitir que visões retrógradas e interesses classistas se sobreponham a uma nova realidade que está posta e que trouxe consigo necessidades que não dialogam com omodus operandi do Século XX. São posturas que nos colocam muito mais próximos dos Flinstones do que dos Jetsons.

A modernização do processo educacional é inevitável, assim como as inovações que nos surpreendem dia a dia. Em uma área na qual a tecnologia incide diretamente em elementos como qualidade de vida, diagnósticos precoces e tratamentos precisos, ir contra à evolução tecnológica do ensino consiste em um grande retrocesso. Além disso, estarão nossos médicos preparados para teleconsultas e cirurgias robotizadas?

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

Dia Mundial de Conscientização do Autismo chama atenção para desafios

Nesta terça-feira, 02 de abril, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Trata-se de um transtorno caracterizado pela dificuldade na comunicação e na interação social. Essa condição leva o paciente a viver alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos. Por falta de conhecimento específico, muitas vezes, o paciente sofre por não ter essa condição interpretada e tratada da forma correta.

De acordo com a Neuropsiquiatra e especialista em Autismo Dra. Danielle Angelle, essa é uma data importante para que as pessoas conheçam um pouco mais sobre o transtorno e principalmente das dificuldades enfrentadas pelas famílias. “O Autismo é um transtorno que pode modificar a vida de uma família. Isso acontece porque a mãe e o pai querem sempre oferecer o melhor para o filho, mas, para isso, é necessário aprender a entender o que a criança está sentindo e necessita”, afirma.

O Autismo não faz distinção entre classe social e etnia. Os sintomas do Autismo podem aparecer já nos primeiros meses de vida, mas, o comum é que os sinais fiquem mais evidentes na criança a partir dos três anos. “Relacionar-se com uma criança autista costuma não despertar tanto interesse, justamente pela falta de informação de grande parte da população. A partir de informações direcionadas, é possível mudar essa realidade”, diz a médica.

Dependendo do quadro clínico dos pacientes, o Autismo pode ser classificado em três grupos: 1 – ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, movimentos repetitivos e deficiência mental; 2 – o portador não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente, não usa a fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão; 3 – os pacientes apresentam domínio da linguagem, inteligência normal e não apresentam menor dificuldade de interação social.

A identificação do Autismo em uma criança não faz dela um fardo. Para que ela conquiste qualidade de vida é necessário um trabalho feito em parceria com um profissional. O diagnóstico correto e a forma interpessoal como cada caso é tratado, sem que haja uma generalização. “Cada realidade se apresenta de uma forma, por isso é tão importante que os pais tenham ciência disso tudo e se disponham a andar de mãos dadas em prol do bem-estar do filho”, enfatiza Danielle Angelle.

A partir do último Manual de Saúde Mental (DSM-5), que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista (TEA).

A partir daí, os familiares e também os profissionais precisam de mais atenção para fechar o diagnóstico.“Um dos diferenciais da forma de tratar transtornos dessa natureza nas minhas consultas e no Centro Médico que administro é que o diagnóstico final é fechado com uma equipe multiprofissional, a exemplo Psicopedagoga, Psicóloga, além de métodos e abordagens com a criança. Isso leva tempo. A partir de então, ajudamos não somente a criança, como os pais. É importante destacar que os pais também precisam de um suporte, tudo baseado em estudos e métodos desenvolvidos por países de primeiro mundo”, completa Danielle.

Para quem necessitar de mais informações sobre o transtorno, pode entrar em contato com o Centro Médico Dra. Danielle Angelle. O espaço dispõe de atendimento multiprofissional com Terapia Ocupacional, Psicomutricista Relacional, Psicopedagoga e Psicólogos especialistas em Autismo. Ele está situado na Avenida Dr. Pedro Jordão, 600, Maurício de Nassau, Caruaru. Para qualquer dúvida ou orientação adicional, basta entrar em contato pelo número (81) 9 9229.1827.

Declaração do IR: contador orienta e destaca as principais novidades

No dia sete de março foi iniciado o prazo para as pessoas que precisam declarar o imposto de renda e apresentar suas declarações à Receita Federal. Com a chegada do mês de abril, aqueles que ainda não realizaram o procedimento devem redobrar a atenção, já que o prazo vai até o dia 30 deste mês.

O economista, mestre em Desenvolvimento Local Sustentável e professor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Jair Rodrigues, explica que estão obrigados a declarar as pessoas que receberam rendimentos tributáveis em 2018 superiores a R$ 28.559,70, o que dá em média mensal de R$ 2.379,97, ou ganharam mais de 40 mil reais em rendimentos isentos.

“Uma das principais novidades desse ano foi em relação ao prazo para declarar, que foi reduzido em uma semana. A Receita começou a receber as declarações somente no dia 7 de março e encerra o prazo a meia noite do dia 30 de abril. Outra novidade é em relação ao CPF dos dependentes que esse ano está sendo exigido, independentemente da idade”, destaca o professor.

Ainda segundo o contador, uma das funcionalidades postas à disposição pela Receita no seu site é que, após passadas 24 horas da transmissão da declaração 2019, a pessoa física já pode consultar a sua situação. “Essa consulta identifica se a declaração caiu ou não na malha fina, o que facilita a correção através de uma retificadora e acelera o processo de restituição do imposto”, explica. “Se você está entre as pessoas obrigadas a declarar não deixe para a última hora, pois quem declara primeiro recebe a restituição nos primeiros lotes. Outra dica é que se você foi um dos primeiros a baixar o programa, mas não enviou a declaração ainda, a Receita já disponibilizou uma nova versão, então faça a atualização do programa antes de transmitir a sua declaração. Em caso de dúvida, orientamos a procura por um profissional contábil, ele vai ajudá-lo a não ter problemas com o Fisco”, ressalta o professor e contador.

eSocial: cadastramento para empresas do Simples termina em 9 de abril

Empresários optantes pelo Simples Nacional devem ficar atentos ao calendário do eSocial. Termina em 9 de abril o prazo para cadastramento no sistema e envio de tabelas. Esse grupo é formado ainda por empregadores pessoa física (exceto domésticos), produtores rurais pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos. Segundo o Ministério da Economia, já são mais de 23 milhões de trabalhadores cadastrados na base do eSocial.

Para o processo de migração para o sistema do eSocial foram definidos quatro grupos de empresas. Cada grupo tem quatro fases para a transmissão eletrônica de dados. A primeira fase é destinada à comunicação dos eventos de tabela e dos cadastros do empregador. A segunda etapa engloba os eventos não periódicos, ou seja, o envio de dados dos trabalhadores e seus vínculos com a empresa. A terceira fase compreende os eventos periódicos: informações sobre a folha de pagamento. Na última fase são exigidas informações relativas à segurança e à saúde dos trabalhadores.

As empresas optantes pelo Simples Nacional fazem parte do terceiro grupo de empresas a migrar totalmente para o sistema do eSocial. A conclusão da inserção do primeiro grupo envolveu as 13.115 maiores empresas do país, que já estão transmitindo os eventos para o eSocial, com exceção das informações referentes à Saúde e Segurança do Trabalho (SST), que deverão ser enviadas a partir de julho de 2019. Já o segundo grupo, composto de empresas com faturamento, no ano de 2016, de até R$ 78 milhões e não optantes pelo Simples Nacional, iniciará agora em abril a substituição da GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e de Informações à Previdência Social para recolhimento de contribuições previdenciárias. O quarto grupo, que iniciará o processo de cadastramento em janeiro de 2020, é formado por entes públicos e organizações internacionais. A última fase deste grupo está prevista para janeiro de 2021, data em que, segundo as expectativas, todo o processo deverá estar finalizado no Brasil.

Confira o cronograma completo: http://portal.esocial.gov.br/noticias/publicado-novo-cronograma-do-esocial