Prefeitura convoca engenheiros civis

No Diário Oficial do município, nº 220, que compreende o período de 17 a 23 de fevereiro, encontra-se a convocação de dois engenheiros civis que deverão se apresentar na secretaria de administração e gestão de pessoas no período de 29 de fevereiro a 29 de março de 2016, para tomarem posse.

Os candidatos aprovados no último concurso serão lotados na secretaria de infraestrutura, em caráter efetivo. “Ganharemos um reforço para a equipe que toca mais de sessenta obras em andamento na cidade”, comemorou o secretário Bruno Lagos.

Os interessados poderão acessar o Diário Oficial pelo site da prefeitura (www.caruaru.pe.gov.br) ou obter mais informações diretamente na secretaria de administração, localizada no Edifício Esmeralda Torres, rua João Tupinambá, 112, bairro Nossa Senhora das Dores. O horário de funcionamento é das 7h às 13h, de segunda a sexta-feira.

Prefeitura de Agrestina implantará projeto de agentes de saúde mirins

A Secretaria de Saúde realizou na tarde do último dia 18 uma reunião com coordenadores e representantes das escolas municipais, a fim de promover uma ação conjunta que consiga mobilizar também as crianças na batalha contra o mosquito Aesdes aegypti.

O encontro contou com a presença do coordenador da Vigilância em Saúde, Efrain Naftali, que conduziu o encontro e explicou mais sobre a estratégia, que incentiva as escolas a criarem projetos que possam formar agentes de saúde mirins, que possam fiscalizar as próprias casas e também as de vizinhos próximos e destruir possíveis focos do mosquito.

As informações dos agentes mirins serão repassadas semanalmente para a escola, que irá sinalizar para a Secretaria de Saúde os locais onde os criadouros do mosquito foram notados, para que a área receba uma visita intensiva dos agentes de endemias do município.

Missa de 7º dia de Eudócio será nesta segunda

Será celebrada nesta segundo (22), a missa de 7º dia do ceramista Manuel Eudócio. A data para realização da missa era a sexta, 19, mas não pode ser realizada pois o clero da Diocese de Caruaru estava reunido em Aparecida do Norte vivenciando o retiro anual. Manuel Eudócio sofria de diabetes e veio à óbito no último dia 13 de fevereiro, por complicações decorrentes da insuficiência renal crônica.

O padre Luiz Antônio irá presidir a missa que será realizada na Capela de São José, localizada no Alto do Moura. A Celebração Eucarística será iniciada a partir das 18h. Familiares, amigos, artistas e políticos devem participar do momento.

Bairro do Salgado ganha unidade do Bradesco

Mais uma inauguração no bairro do Salgado demonstra o potencial econômico do local. O Banco Bradesco abriu, na manhã de hoje (22), uma unidade de atendimento, contando com caixas eletrônicos e setor de atendimento ao público. O objetivo é que a unidade beneficie os mais de 80 mil moradores do Salgado, além dos bairros vizinhos como São João da Escócia e Cidade Jardim. “Estamos falando de um bairro-cidade. A instalação de novos serviços como esse mostra a pujança da economia local”, disse o prefeito José Queiroz.

A gerente da unidade, Emily Tabosa, acredita que o ponto será muito útil para facilitar a vida dos clientes. “Sabemos que o Salgado e os bairros vizinhos têm grande potencial, pois é uma população economicamente ativa. Nossa intenção aqui é facilitar ao máximo a vida dessas pessoas. Acreditamos que transações como concessão de empréstimo consignado, linhas de crédito e financiamento estudantil devem ser bastante solicitados aqui. Somos parceiros da população e queremos fortalecer isto junto à comunidade”, destacou.

A unidade fica na Rua Manoel Martins de Araújo, n° 183, Salgado, em frente à creche Flora Bezerra.

Economistas divergem sobre trajetória da dívida pública brasileira

Da Agência Brasil

Os desempenhos fiscais ruins dos últimos anos e os sucessivos rebaixamentos pelas agências de classificação de risco retomaram as atenções para uma variável que há muito tempo não preocupava a economia brasileira: a dívida pública. Depois de passar muitos anos estabilizado, o indicador voltou a subir fortemente nos últimos tempos, fazendo economistas divergirem sobre a trajetória do endividamento do país.

Com o déficit primário recorde – resultado negativo antes do pagamento dos juros da dívida pública – no ano passado, a Dívida Bruta do Governo Geral saltou de R$ 3,252 trilhões no fim de 2014 para R$ 3,927 trilhões no fim do ano passado. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), o endividamento passou de 57,2% em 2014 para 66,2% no fim de 2015.

Indicador mais usado para comparações internacionais, a Dívida Bruta do Governo Geral considera o endividamento da União, dos estados e dos municípios, excluindo o Banco Central e as empresas estatais. Diferentemente da dívida líquida, os créditos – o que o governo tem direito a receber – não é descontado do estoque.

Para conter a explosão do endividamento no médio e no longo prazo, o governo costumava economizar parte dos recursos para pagar os juros da dívida pública: o superávit primário. No entanto, o Brasil fechou 2014 com déficit primário de R$ 32,5 bilhões em 2014 e de R$ 111,2 bilhões em 2015. Na última sexta-feira (19), a equipe econômica anunciou que pedirá autorização para que as contas públicas fechem 2016 com novo déficit, de até R$ 60,2 bilhões, o que fará o endividamento aumentar novamente este ano.

As perspectivas em relação à dívida pública têm provocado reação no mercado. O rebaixamento do país pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, na semana passada, foi o último de uma sequência de reduções de notas que retiraram o Brasil do grau de investimento – garantia de que o país não dará calote. A possibilidade de que o país algum dia deixe de pagar o que deve, como fez no fim dos anos 80 com a dívida externa, divide economistas ouvidos pela Agência Brasil.

Perspectivas divididas

Especialista em política fiscal, o professor Francisco Lopreato, da Universidade de Campinas (Unicamp), considera improvável um calote do governo na dívida pública. “Claro que a dívida pública sofreu uma deterioração grande em 2014 e 2015, mas acho exagerado falar em calote. Na pior das hipóteses, a composição da dívida continuará a piorar até o prazo médio cair e os juros aumentarem”, diz.

Para Lopreato, um grande diferencial de hoje em relação aos anos 80 é a dívida externa, que hoje representa cerca de 1% do endividamento público total. “O que poderia realmente complicar era a dívida externa, mas isso não é um problema porque o Brasil tem amplas reservas internacionais”, explica. Em relação à dívida interna (o que o governo deve no mercado doméstico), ele lembra que no auge da crise dos anos 80 o Tesouro Nacional renovava a dívida diariamente, no chamado overnight, sem precisar dar calote.

O presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya, também rejeita a possibilidade de calote. Segundo ele, a economia brasileira vai se recuperar nos próximos dois anos, abrindo caminho para a melhoria da situação fiscal. Ele, no entanto, diz que o problema da dívida pública seria resolvido mais rapidamente se o Banco Central reduzisse os juros básicos da economia.

“O grande problema da dívida pública brasileira, a meu ver, não é o tamanho, mas os juros que incidem sobre ela. Como a inflação está sendo pressionada por fatores externos, como o tarifaço do ano passado, e não pela demanda dos consumidores, que está fraca, há sim espaço para o Banco Central dar uma guinada na política monetária”, diz.

Necessidade de reformas

Pós-doutorando em macroeconomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e também membro do Cofecon, Luciano D’Agostini diverge dos colegas e considera provável a possibilidade de um calote nos próximos anos. “Se tudo continuar como está, meus modelos preveem que, entre 2018 e 2022, o país não conseguirá mais pagar a dívida pública. Nesse caso, ou o governo terá de dar calote ou o Banco Central terá de imprimir moeda, levando à volta da inflação dos anos 80”, adverte o professor, autor de um artigo sobre o tema.

D’Agostini, no entanto, diz ser possível evitar o calote, caso o governo promova reformas estruturais que reduzam os gastos com a Previdência Social, diminuam os subsídios e endureçam o combate à corrupção. Do lado monetário, ele defende que o Banco Central eleve o centro da meta de inflação para 7,5% ao ano para que os juros básicos possam cair.

 

Com fim do horário de verão, consumidor deve tentar economizar energia

Da Agência Brasil

Adorado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão é polêmico em muitos aspectos. Alguns reclamam de ter que acordar quando ainda está escuro, mas muita gente comemora porque pode voltar para casa no fim do dia ainda com sol, e quem sabe até curtir uma praia ou um happy hour com amigos.

O horário de verão, que começou em outubro do ano passado, terminou à zero hora de ontem (21), e os relógios foram atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Controvérsias à parte, o fato é que a medida, adotada no Brasil desde 1931, proporciona uma economia para o país, com um menor consumo de energia no horário de pico (entre 18h e 21h), graças ao aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.

Menos gastos

Com o fim do horário de verão, os consumidores devem redobrar a atenção nas pequenas ações do dia a dia que podem resultar em uma redução na conta de luz no fim do mês. Algumas dicas são conhecidas como apagar a luz ao sair de um ambiente; usar lâmpadas fluorescentes compactas; preferir a luz natural durante o dia e desligar o chuveiro enquanto se ensaboa.

Outras orientações não tão conhecidas também podem ser adotadas, de acordo com uma cartilha da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que orienta os usuários sobre o uso racional da energia.

Por exemplo, a pintura de paredes internas e teto com cores claras, que refletem melhor a luz natural. A Aneel também aconselha a não reaproveitar a resistência do chuveiro queimada, porque, além de perigosa, a prática aumenta o consumo de energia.

Na cozinha, a geladeira deve ser aberta o mínimo possível de vezes, retirando todos os itens de uma só vez. Os alimentos não devem ser guardados quentes e o eletrodoméstico não deve ter as prateleiras forradas, porque isso aumenta o consumo de energia. A borracha da porta da geladeira deve ser mantida em boas condições, porque veda o interior do refrigerador, evitando um maior consumo de eletricidade.

Na área de serviço, uma das dicas é acumular o máximo de roupas possível para lavar de uma só vez na máquina e usar pouco sabão, para não ter que enxaguar a roupa várias vezes. O mesmo vale para o ferro de passar, que deve ser ligado para passar mais roupas da mesma vez, pois o aparelho consome muita energia sempre que é acionado. Além disso, o ferro deve ser regulado de acordo com a temperatura indicada para cada tecido.

Ao comprar um eletrodoméstico, a dica é preferir os que trazem o selo Procel ou etiqueta A do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que indicam os mais econômicos. Outra prática importante é não ligar vários aparelhos na mesma tomada porque, além de ser perigoso, consome mais energia. Os consumidores também devem evitar o uso de aparelhos elétricos no horário de pico de consumo (das 18h às 21h).

Nos últimos dez anos, a adoção do horário de verão tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do horário de verão, aproximadamente ao consumo mensal de energia em Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.

ARTIGO — Governo já não consegue mais vestir a saia justa

Por Reginaldo Gonçalves

A falta de transparência e a possibilidade de driblar a LDO – Lei de Responsabilidade Fiscal é latente. A frustração na arrecadação nada mais é, do que a falta de visão e a nova manobra orçamentária na proposta aprovada pelo Congresso, de fixar gastos sobre algo que já era identificado no momento do fechamento do Orçamento Público, que funciona bem, mas, quando não utilizado de forma devida cria futuras justificativas de impossibilidade de arrecadação em virtude de uma piora do quadro econômico que começará a funcionar bem, agora passado o período de Carnaval. O governo quer prorrogar qualquer tomada de decisão no corte dos gastos buscando alternativas para o aumento dos tributos que já foram flexibilizados para cima, como cigarros, bebidas, sorvetes e artigos de toucador. Sabendo que na Páscoa o consumo de chocolates aumenta espantosamente, o governo já deu seu jeito de aumentar a arrecadação de impostos, fazendo com que a data seja “magra,” e que o ovos sejam substituídos por “bombons”.

Em decorrência da pressão por resultados positivos, antecipou-se a proposta de corte do gasto público em R$ 25 bi, em virtude de algumas situações pontuais, como o rebaixamento da nota de crédito pela Standard and Poor’s (S&P) de BB+ para BB, convalidando que o perfil do crédito do Brasil se debilitou.

A inércia na busca de alternativas para estimular a melhora da capacidade produtiva das indústrias de forma geral, não somente alguns setores, devem ser vistos com medidas emergenciais, mas, parece que a busca pela aprovação da CPMF, faz parte de um dos dez mandamentos de Moisés, para dar a terra prometida, ou seja, busca-se de todas as formas planejar alternativas que não tirem os benefícios sociais disponibilizados as pessoas carentes, nem que para isso o governo tenha que comprometer o FGTS, por meio de garantias de financiamento.

O mercado já não leva a sério o governo e suas promessas vazias. Aumentar tributos sem contrapartida somente para manter os gastos ou manter inchada a administração pública sem investimentos de grande envergadura não vão reduzir os custos das fábricas que sofrem com as condições das estradas e altos custos de energia elétrica e combustíveis, o que de certa forma, acaba refletindo no preço de venda dos produtos. É fato, que a chuva e os temporais estão contribuindo para recuperação das bacias hidrográficas, e que justificar a adoção da bandeira das sete cores do arco-íris para penalizar os usuários de energia já não devem existir mais, no entanto, tudo isso existe para reforçar o caixa das empresas geradoras de energia elétrica, que não fizeram investimentos estruturais nos últimos dez anos potencializando o aumento e prejudicando todos os consumidores, pois, parte dos custos se deve a má gestão do caixa.

Outra situação que é fato, é a recomposição do caixa da Petrobras, que foi usurpado por má gestão do Conselho de Administração, onde o governo impunha as regras no preço dos combustíveis, dilapidando-se do que pode, não repassando os aumentos dos preços e fazendo com que uma empresa fosse responsável por segurar os índices inflacionários, as metas estabelecidas pela equipe econômica para equilíbrio da economia e estímulo do emprego.

Atualmente a Petrobras, não é autosuficiente na produção e distribuição do petróleo brasileiro e precisa importar uma parte desse produto do exterior e mesmo com a queda significativa do barril, chegando abaixo de US$ 30,00, quando o preço já foi superior a casa de US$ 110,00, o preço do combustível continua subindo e criando um gatilho do aumento dos preços de toda a cadeia produtiva.

A meta atual da equipe econômica, de 0,5% do PIB para 2016 de superávit primário, necessária para não haver uma aceleração do endividamento público interno já não é realidade. Prevendo que não haverá a arrecadação projetada para o orçamento e criando uma banda de flutuação para o superávit, o governo pretende utilizá-lo como meio de justificar o aumento dos gastos públicos, mesmo com a pressão de cortar R$ 30 bi em gastos, mas, como observa-se não deve passar dos R$ 25 bi.

Na fixação das receitas orçamentárias, antes mesmo da aprovação, o governo já tinha definido que na receita seria aprovada a CPMF, para que fosse possível a fixação dos gastos, o que com certeza se não aprovado irá gerar uma crise ainda maior prejudicando a governabilidade, que já não tem crédito. Para se blindar no G20 o governo corre contra o tempo, por isso a antecipação dos cortes, para que seja possível que haja uma economia no PIB de 0,5% ou R$ 30,5 bi. A desconfiança está na banda larga cuja proposta da meta fiscal é de que haja uma flexibilização entre 1% a 1,5% do PIB, o que poderá deixar de ter um superávit primário de 0,5% para atingir um déficit primário de até 1,0%.

Haja no guarda-roupa do governo saias-justas para fazer a troca! Chegará uma hora que será difícil acreditar nas propostas de mudanças. Aumentar tributos gera mais sonegação, fazendo com que o remédio se torne ainda mais amargo.

*Reginaldo Gonçalves, é mestre em Ciências Contábeis pela PUC-SP e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

Mais de 3 mil empresas foram abertas em Caruaru em 2015

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No ano de 2015, o total de empresas abertas (Incluindo MEIs) em Pernambuco foi de 64.796 empresas, contra 62.413 em 2014, o que representar um crescimento de 3,8%. No geral, Pernambuco terminou 2015 com 479.699 empresas em atividade. No final de 2014 esse número era de 418.743. Segundo o Diretor Regional da Jucepe, Raffiê Dellon, os números de Caruaru chamam atenção de modo positivo: “O caruaruense tem uma vocação empreendedora que já consta na veia, os números de 2015, apesar das dificuldades econômicas em nível nacional, são melhores que 2014 também na esfera municipal”. Comentou Raffiê.

No Recife, foram registradas 16.715 em 2015. Depois da capital pernambucana, os municípios que mais ganharam empresas no período foram Jaboatão dos Guararapes (5.019), Olinda (3.720), Caruaru (3.478), Petrolina (3.387), Paulista (2.697), Cabo de Santo Agostinho (1.398), Camaragibe (1.255), Garanhuns (1.031) e Vitória de Santo Antão (985).

No mesmo período, as atividades empresariais mais registradas em Pernambuco foram Comércio Varejista de Vestuário (4.946), Cabeleireiros (2.834), Minimercados e Mercearias (1.963) e Lanchonetes (1.893), Comércio varejista de bebidas (1.635), Comércio varejista de cosméticos (1.570), Restaurantes e similares (1.403) e Serviços ambulantes de alimentação (1.229).

Processo contra Cunha bate recorde de lentidão

Do Congresso em Foco

O processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já é a pauta mais demorada que já passou do Conselho de Ética desde que foi instituída a exigência de parecer preliminar, em 2011. A tramitação atingiu neste domingo a marca de 78 dias de tramitação sem que tenha sido apreciado parecer prévio. O prazo é quase o dobro da média de duração desta fase do processo, que, normalmente, é de 40 dias. Ao todo, de acordo com apuração do jornal O Globo, vinte casos já foram analisados pelo Conselho. Até então, o recorde de lentidão era dos processos contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) e Devanir Ribeiro (PT-SP), com 77 dias cada.

Também tramita pelos menos 78 dias, um processo contra o deputado Roberto Freire (PPS-SP), porém, neste caso, o próprio partido que fez a denúncia, o PCdoB, desistiu e tentou suspender o processo, o que foi negado pela presidência da Casa.

O parecer preliminar que o Conselho de Ética deve emitir representa a fase anterior à discussão do mérito do processo. Nesta etapa, não se debate se o representado é culpado ou inocente. Julga-se, apenas, se há elementos suficientes para que ele seja investigado. No caso das reuniões para tratar do processo de Cunha, porém, apoiadores e opositores do presidente da Câmara chegam a dizer até mesmo como votarão.

Próximo encontro

Nesta terça-feira (23) haverá uma nova reunião do Conselho de Ética para discutir o caso de Cunha. No último encontro, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) apresentou um novo parecer preliminar defendendo a admissibilidade do processo. Em dezembro, o conselho chegou a aprovar um parecer, mas o documento foi anulado pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que alegou ser necessário abrir um novo prazo para vista e discussão. Na sexta-feira (29), o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA) entrou com um mandado de segurança pedindo a revogação do ato de Maranhão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Operação Acarajé é nova complicação para dono da Odebrecht

Da Agência Estado

Às vésperas de ser sentenciado pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz os processos da Operação Lava Jato, em Curitiba – em ação penal em fase de alegações finais, o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht é um dos alvos da 23ª fase das investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A Operação Acarajé, deflagrada na manhã desta segunda-feira, 22, traz novas e contundentes provas, segundo investigadores, contra o maior empreiteiro do País.

Em batalha jurídica com a Justiça Federal do Paraná e preso desde 19 de junho de 2015 – alvo da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes -, Odebrecht deve responder por mais essas novas acusações, envolvendo pagamentos para o marqueteiro do PT.

Santana está na República Dominicana, onde trabalha na candidatura presidencial do candidato Danilo Medina. Sua prisão foi considerada prejudicada. Ele atuou também nas campanhas de outros países, em que a Odebrecht tem relações comerciais.

O defensor de Santana, Fábio Tofic Simantob, encaminhou documento ao juiz Sérgio Moro na semana passada em que informava que seu cliente estava à disposição das autoridades. Segundo o advogado, Santana e a mulher, Mônica Moura, eles são “jornalistas e publicitários de formação” de renome internacional no marketing político. “Cada centavo que receberam na vida sendo fruto exclusivo de seu trabalho absolutamente lícito.”

Odebrecht tem reiterado, via defesa, que não tem qualquer participação no esquema de cartel e corrupção alvo da Petrobrás.