Coluna: O preço da perfeição

andressaPor Menelau Júnior

Até a última quarta-feira, continuava hospitalizada em estado grave a modelo Andressa Urach, 27 anos, apresentadora da Rede TV! e eterna musa do concurso Miss Bumbum. Em busca da perfeição corporal (como se já não a tivesse), a bela fez uma aplicação de hidrogel numa proporção 200 vezes maior do que a recomendável pela Anvisa.

O produto é indicado para “procedimentos reparadores”, como “preenchimento” de pequenas depressões na pele. No caso de Andressa, a aplicação se deu na coxa. Ou ela queria ter a perna ainda mais grossa ou queria “apagar” algum rastro de celulite. O resultado é que o organismo rejeitou o hidrogel e a loira permanecia, até a última quarta-feira, com grave quadro de infecção e respirando com ajuda de aparelhos, num hospital em Porto Alegre.

“Hidro” é um elemento que entra na composição de muitas palavras da língua portuguesa. Exprime ideia de “água”, “suor” ou “líquido”. No caso do hidrogel, temos um gel à base de água.

Normalmente este elemento não vem seguido de hífen, unindo-se diretamente à palavra seguinte. É o caso de “hidrocefalia” (Estado mórbido caracterizado pelo aumento anormal da quantidade do fluido cerebral com dilatação dos ventrículos; cabeça-d’água), “hidroavião” ou “hidravião” (Aeroplano munido de flutuadores que lhe permitem decolar e pousar sobre a água) e “hidrobiologia”.

Médicos alertam para os perigos do uso do hidrogel. Usado para aumentar o bumbum e as pernas (Andressa tornou-se famosa com a exibição de seus impressionantes atributos), o produto pode causar deformações e – o pior – levar a paciente à morte. Segundo especialistas, há procedimentos considerados mais confiáveis para aumentar os glúteos. Um deles é a colocação de próteses de silicone ou o preenchimento com gordura retirada do próprio corpo. Andressa nem precisava disso. Mas, como tantas mulheres por aí, sempre achava que seu corpo tinha imperfeições e que precisava modelá-lo a qualquer custo. Queira Deus que ela não pague caro demais por isso.

Menelau Júnior é professor de português

Coluna: 100% “sofrência”

Por Menelau Júnior

Não adianta mais resistir: a palavra “sofrência” ganhou a boca do povo. A razão, ao que parece, é um estilo musical cujo principal representante atende pelo nome de Pablo. Seus shows são vendidos com a ideia de que é “100% sofrência”. As músicas, claro, são bregas até onde isso é possível. Há quem goste, claro.

Esta semana, duas pessoas me procuraram perguntando se “sofrência” existe. Minha resposta foi simples: se está aí, já existe. Quanto ao fato de essa palavra estar dicionarizada, então a resposta é “não”.

A questão é que “sofrência” surgiu para substituir “sofrimento”. Não sei quem inventou a danada, mas o Pablo está fazendo sucesso na moda dos “sofrentes”. Ah, achou estranha a palavra “sofrente”? Pois é justamente por causa dela que “sofrência” não está nos dicionários – pelo menos ainda.

Em português, temos muitas palavras terminadas em “-ência”: paciência, demência, insistência, incoerência, conveniência. Se você parar para pensar, verá que todas vêm adjetivos terminados em “-ente”: paciente, demente, insistente, incoerente e conveniente.

E aí entra a questão de “sofrência”. Seguindo a lógica da língua, “sofrência” seria natural se houvesse a palavra “sofrente”. O problema é que aquele que sofre é chamado de “sofredor”. E desta palavra vem “sofrimento”.

Essas palavras novas – chamadas de neologismos – surgem naturalmente, mas só acabam existindo nos dicionários quando passam do estágio do modismo. Foi assim com “imexível”, usada por um ministro de Collor no início da década de 90 e que hoje consta nos dicionários. Por enquanto, “sofrência” não passa disso: um modismo criado para designar certo gênero musical de gosto duvidoso. Se alguém está sofrendo muito, está passando por sofrimento, e não por “sofrência.

Menelau Júnior é professor de português

OPINIÃO: Democracia representativa apresenta claros sinais de falência

Por MARCUS VINICIUS FURTADO COÊLHO*

Em junho de 2013, milhares de pessoas foram às ruas manifestar insatisfação com o sistema político brasileiro, a qualidade dos serviços públicos e a ausência de canais de diálogo efetivos entre o poder político e a sociedade civil.

A cidadania brasileira voltou às ruas para reivindicar o aprofundamento da democracia outrora conquistada, por meio de uma reforma estrutural no sistema político, capaz de dar vazão aos anseios de participação da sociedade civil na tomada de decisões sobre os assuntos de relevo na política nacional.

O tema da reforma política, que há muito tempo vinha sendo discutido como pleito legítimo da sociedade civil, voltou, então, a ocupar lugar de destaque na agenda política nacional.

A discussão, agora, pressupõe a indagação sobre qual reforma política necessitamos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sensível às demandas da sociedade, propõe uma reforma democrática que tenha como escopo assegurar a igualdade de condições entre os candidatos, fortalecer e democratizar os partidos políticos, estimular o debate programático, reduzir os custos de campanhas eleitorais e ampliar a participação popular no processo político-decisório.

Pensando nisso, a OAB, ao lado de mais de uma centena de entidades, movimentos e organizações sociais, instituiu, no final do ano passado, a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, com a finalidade de pautar a realização de uma reforma política que possa aprofundar os instrumentos da democracia brasileira por meio de um projeto de lei de iniciativa popular, o PL 6316/2013.

O projeto gira em torno de quatro pontos prioritários dessa reforma estruturante: a proibição do financiamento empresarial de campanha; a eleição proporcional em dois turnos; a representação paritária de gênero na política; e o fortalecimento dos mecanismos da democracia direta no país.

A mudança do atual sistema de financiamento das campanhas eleitorais, combatido pela OAB por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4650, é peça-chave na reforma política e no combate à corrupção. As empresas possuem relevante papel na economia brasileira, mas não são dotadas de direitos políticos. Por isso, a doação eleitoral deve ser uma prerrogativa daquele que verdadeiramente detém o direito ao voto: o cidadão, a fim de que se respeite o fundamento republicano “um homem, um voto”.

Outro ponto de crucial relevância para o aumento da representatividade do sistema político é a adoção do sistema proporcional em dois turnos, com lista pré-ordenada.

No sistema atual, de lista aberta, não há uma ordem prévia dos candidatos que assumirão as cadeiras do Parlamento, o que provoca grandes distorções no pleito ao permitir que um candidato que tenha muitos votos assegure a eleição de outro que seja inexpressivo, fazendo com que a eleição gire em torno do candidato, e não das questões programáticas.

A fim de enfrentar tais distorções, a proposta da OAB e da Coalizão Democrática é a adoção de um sistema proporcional com lista pré-ordenada em dois turnos. No primeiro turno, o voto seria dado ao partido, permitindo a discussão programática em torno das propostas e ideias de cada legenda. No segundo, o voto seria direcionado ao candidato, que seria eleito respeitando-se a ordem da lista.

Esse sistema garante o debate programático em torno das ideias e projetos dos candidatos e permite que o eleitor escolha, em última instância, os nomes que irão ocupar as cadeiras parlamentares.

Não se pode olvidar, ainda, a grave questão estrutural que consiste na sub-representação feminina nas instâncias políticas. Com o objetivo de fomentar a igualdade entre homens e mulheres também no espaço da representação política, a proposta da OAB segue no sentido de que a lista partidária seja composta com alternância de gênero. Assim, garante-se uma representação no Parlamento mais fidedigna com a composição da sociedade brasileira.

Finalmente, é imprescindível destacar a necessidade de ampliação dos mecanismos de participação direta da sociedade na vida política do Brasil. A democracia representativa apresenta claros sinais de falência.

É preciso resgatar a soberania popular e devolver aos verdadeiros titulares do poder político a faculdade de decisão a respeito das importantes questões nacionais, como concessões de serviços públicos, privatizações, construção de obras de grande impacto ambiental, entre outras. A OAB acredita e luta pela democracia. Essa é marca da nossa história e a missão inarredável de nossa Instituição.

Ontem, ao longo do regime militar, lutamos pela redemocratização. Hoje, mobilizamo-nos, ao lado da cidadania brasileira, para lutar pelo seu aprofundamento, pois acreditamos que a sociedade civil é a verdadeira e legítima protagonista da história.

*Marcus Vinicius Furtado Coêlho é presidente nacional da OAB. O texto foi publicado originalmente no portal UOL.

Artigo: A importância da educação cristã

Por Alexei Esteves

A questão do ensino a princípio, esteve muito junta na história humana e principalmente quando se trata do Cristianismo como forma de boa convivência ética,une razão e fé.Pois, este mesmo Cristianismo contribui muito para a agregação familiar e para o ensino e a cultura na formação do homem ao longo da nossa história.

Se tratando de tal formação propriamente dita, esclarece o valor primordial desta ligação e ensino, e assim argumenta que a formação para a vida moral e para as virtudes é uma parte essencial, verdadeiramente falando, a parte mais importante, do fim último da educação no sentido pleno da palavra, é pois uma obrigação para a escola e a universidade, não apenas esclarecer os estudantes sobre os assuntos morais, mas também permitir-lhes receber uma plena educação pautada nos valores éticos Cristãos,tendo em vista que alguns setores das mídias valorizam costumes amorais e nefastos para formação intelectual e caráter do indivíduo.

A ética Cristã tem contribuído e muito para a formação subjetiva e comunitária do ser humano. As virtudes e os valores da moral como princípio que se cristalizam em educação obedecendo a Deus e ao Estado como sujeito responsável por uma sociedade mais justa e digna.

Na formação humana os fatores que leva a educação a elaborar conceitos e ensinar os valores que corresponde a fatos e princípios correlacionados com o Estado e a fé Cristã. Como duas grandes partes constituídas por homens e que deva sempre colaborar com o bem do homem diante das transformações e desenvolvimento da espécie humana em meio a ciência, economia e cultura,fé Cristã e o Estado devem mostrar-se abertas para este grande valor que é a educação para o aperfeiçoamento da natureza intelectual do homem.

O homem como um ser inteligente, organizando sua formação de acordo com suas técnicas, seus preceitos e linguagem formando assim uma educação como formação e conhecimento, levando em consideração que o conhecimento é tão importante quanto o homem,servindo à sua principal finalidade que é a busca de uma identidade com caráter transformador social.

Opinião: O PT fica

Por Daniel Finizola

Os números apontam que essa foi a eleições mais disputadas desde a redemocratização. Muitas acusações, denuncias de corrupção de ambos os lados e uma guerra midiática sem igual. As redes sociais viraram terra sem lei. De tudo se falava, pouco de comprovava, muito ódio se disseminava e poucas propostas fluíam. Infelizmente esse foi o tom de boa parte da eleição.

Mais uma vez os projetos do PT e PSDB foram comparados, criticados e elogiados por boa parte da população. Os debates foram marcados pela disputada da paternidade dos programas sociais que contribuíram para erradicar a fome do Brasil. É bom lembrar que durante muito tempo o PSDB e sua militância criticou abertamente tais programas, afirmando que era esmola e tinha um caráter eleitoral. Eis que próximo ao início do pleito presidencial o Senador Aécio Neves também vira o grande defensor do Bolsa Família. Ora, por que será?

Curioso é perceber que boa parte dos eleitores de Aécio também são contra os programas sociais. Estão ligados, na sua maioria, a valores meritocráticos, esquecendo de analisar a história e as desigualdades de nosso país. Quem nunca ouviu comentário do tipo: “Bolsa família deixa o povo acomodado, ninguém quer mais trabalhar” Ai pergunto: Se agora o Aécio é um grande defensor de programas que provocaram essa “acomodação” na população mais humilde, em qual projeto político esse grupo de eleitores de Aécio votou? Cada vez fica mais claro que o projeto dessa turma é aquele que se traduz em uma expressão niilista que diz: “Fora PT”. É, mas democraticamente o povo brasileiro decidiu – “Fica PT”.

Em Pernambuco, muito se falou nas redes sociais sobre o fato do PT não ter eleito deputados federais, aparecendo a expressão: “Pernambuco disse não ao PT”. Será!? Quem afirmou isso pouco sentiu e entendeu as variáveis do processo eleitoral e suas consequências em Pernambuco. Sem dúvida a votação da majoritária contribuiu para esse resultado. No último dia 21 Recife mostrou o vigar que o PT tem no estado, traduzindo-se em mais de 70% dos votos nas urnas, ou seja, a população pernambucana decidiu  – “Fica PT”.

Em Caruaru a campanha no segundo turno tomou ares como há muito não se via. Pessoas procurando material de campanha, participando das plenárias, fazendo a militância voluntária nas praças e nas ruas, por sentir e acreditar em um projeto que mudou o Brasil nos últimos doze anos. Ao longo da campanha nas redes sociais e nas plenárias no comitê, escutei várias vezes a frase: “quero me filiar ao PT”. Afirmo que o PT Caruaru deseja e precisa da contribuição de cada cidadão e cidadã caruaruense. Queremos constituir grupos que possam estudar e entender quais os desafios de nossa cidade no campo e na zona urbana. Implantar cada vez mais políticas de inclusão e participação social.

Como vice-presidente do PT Caruaru, quero a agradecer a todas e todos que tomaram as ruas e praças de Caruaru com uma campanha bonita e voluntária. Agora vamos fazer nossa parte! Cobrar, fiscalizar e participar. Vamos tornar esse governo cada vez mais popular.

A eleição mostrou que as grande forças políticas de nossa cidade não estão em sintonia com a vontade popular. Mais de 50% dos votos em Caruaru foram pra Dilma, ou seja, Caruaru também decidiu – “Fica PT”.

O Partido os Trabalhadores em Caruaru vêm acumulando novos quadros e dirigentes. Essa eleição mostrou que a militância petista está viva e não precisa ser filiado ao carregar uma estrela no peito, mas é preciso planejar e  acreditar que podemos fazer mais e melhor por nossa cidade.

Que venha 2016.

Daniel Finizola é Vice-Presidente do PT Caruaru.      

Coluna: Reta final para o Enem

Por Menelau Júnior

Em 15 dias, mais de 8 milhões de brasileiros estarão diante da porta que leva às principais universidades públicas. Essa porta se chama Enem. Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio tornou-se o segundo maior “vestibular” do planeta, perdendo em número de candidatos apenas para o processo seletivo chinês.

Neste sábado, 25 de outubro, são esperados mais de 2 mil jovens para um aulão no Shopping Difusora. Professores de um colégio particular da cidade estarão, durante 4 horas, respondendo a questões que poderão “cair” no Enem. Para os alunos, uma boa oportunidade de tirar algumas dúvidas e de se avaliar também. Como diz aquele programa de TV, “se liga aí, que é hora da revisão”.

Aliás, nesta reta final não adianta querer aprender tudo de uma vez. A prova do Enem avalia a aprendizagem de toda a vida escolar. E não há muita mágica: quem leu mais, quem se informou mais, quem adquiriu mais cultura ao longo dos anos vai se dar melhor.

E qual o papel de pais e professores neste processo?

Bom, aos pais cabe – e sempre caberá – o papel do conforto, do carinho, da compreensão e da motivação. A hora de cobrar é durante o ano. Quem nunca cobrou resultados do filho, quem nunca acompanhou seus estudos, quem faz de conta que o adolescente sabe se virar sozinho não tem moral para exigir nada. Aos professores, cabe o papel do incentivo e da dedicação em busca de resultados. Não sejamos hipócritas: vivemos num mundo de resultados. Escolas particulares vivem disso. As públicas devem ser exigidas quanto a isso. Valorizar as boas escolas e cobrar das ruins é papel do estado nesse processo. Sem cobranças não há resultados.

E aos alunos, o que fazer nesses quinze dias restantes? Responder a muitas questões é uma boa pedida. Enem também é treino. Mas nada de desespero. É hora também de ver um bom filme, de ficar perto dos amigos, de conversar com os pais e professores. Se há angústias, revele-as! Vai ajudar. E se não há, melhor ainda. Nada como fazer uma prova com a confiança de quem se dedicou como deveria e tem tudo para conseguir a tão sonhada vaga na universidade.

Menelau Júnior é professor de português 

Opinião: A busca da democracia liberal cristã

Por Alexei Esteves

A construção político-ideológica neoliberal, que vê o mercado capitalista como o fim da história, apresenta a globalização do capital, e suas consequências, como tendo uma força avassaladora, quase que como fenômenos da natureza, inevitáveis e incontroláveis, dando a falsa impressão da existência de um caminho único e inexorável para a humanidade.

Com isso, aquilo que é produto da ação política e das decisões de sujeitos definidos (os governos das grandes potências econômicas, as grandes corporações produtivas-financeiras transnacionais e as instituições econômicas multilaterais sob domínio do capital financeiro) transfigura-se num processo autônomo, acima da vontade e da ação dos indivíduos e dos sujeitos coletivos.

A consequência prática dessa hegemonia ideológica, ao longo das duas últimas décadas do século passado, foi a difusão, para toda a sociedade, de um sentimento de impotência, reforçado diariamente pelos meios de comunicação, que se expressava numa tendência à aceitação passiva de uma única direção, à qual todos deviam se adaptar, ou perecer.

No entanto, no Brasil, como em todo o mundo, a chegada do novo milênio coincidiu com a crise do projeto econômico-político neoliberal.Os seus resultados econômicos e sociais, para os países periféricos e para as classes trabalhadoras, falaram mais alto do que o discurso neoliberal sobre a eficiência dos mercados.

O caráter regressivo e anti-social do projeto foi desnudado. E mais ainda, a chamada 3a via, expressão da capitulação da social-democracia à política e à ideologia neoliberais, também entrou em crise. Os exemplos de vários países europeus e do próprio Estados Unidos, mas especialmente o da França, não deixam dúvidas.

No Brasil, os efeitos desastrosos do modelo neoliberal, apesar de todo o controle e manipulação da informação pelos monopólios da comunicação, são hoje evidentes. Por outro lado, e talvez por isso mesmo, observa-se uma retomada dos movimentos sociais e da ação política das esquerdas.

O Brasil deseja democracia de verdade e ética Cristã, para retirar o vazio existencial, juntamente com uma transformação na vida econômica e educacional,par somente a partir daí se projetar no cenário internacional. No entanto,além de uma união mística,que é aquela que Deus junto com Filho elegeu para o conselho de redenção para transformação da pessoa humana,um país necessita de união social em busca da causa comum.

OPINIÃO: O Novo Sempre Vem

Por Leonardo Bulhões*

A ”Casa da Participação”, sede da Secretaria de Participação Social de Caruaru, foi testemunha de mais um momento histórico na sexta-feira, 26 de setembro, com a posse das representações do Conselho Municipal de Juventude.

Em tempos em que os jovens são sobrecarregados de discursos que negam a participação na política, ver uma juventude politizada, com muitos sonhos e animada em construir políticas públicas a favor da juventude caruaruense é, no mínimo, animador!

Os Conselhos Municipais são espaços públicos de composição plural e com igualdade de gênero, na maioria dos casos compartilhados entre poder público e sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, nos quais suas principais funções são formular e/ou fiscalizar a execução das políticas públicas, garantindo mais transparência e controle.

Não é por acaso que a democracia participativa tem ganhado tanto destaque nos últimos anos, é através desses instrumentos e da execução de políticas públicas que jovens, mulheres, negros, LGBTs, cicloativistas, defensores dos direitos dos animais e tantos outros grupos encontram espaços para dialogar, serem protagonistas, sem negar a democracia representativa, mas afirmando que a participação social potencializa o poder de articulação social pela ampliação de ações, programas, campanhas e direitos desses setores organizados, existe uma soma, uma ampliação no exercício democrático, pois, além dos processos eleitorais tradicionais agora é possível exercer a democracia nas rodas de diálogos, nos conselhos e conferências, por exemplo.

Particularmente sinto uma felicidade enorme. Primeiro por ter participado, na juventude, da militância estudantil, através da qual fui presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco e depois diretor da União Nacional dos Estudantes e por isso sei que participar da política pública e compreendê-la desde cedo faz com que possamos contribuir mais e por mais tempo. E segundo porque acredito que os jovens são muito capazes de apresentar propostas e soluções às diversas situações complexas da sociedade. Eles têm vontade de sobra, utopias, criatividade e atitude para mudar o ambiente em que vivem. E essa energia não pode, nem deve ser desperdiçada.

É nesse novo cenário político de Caruaru que foram empossados e empossadas jovens brilhantes como Yanne, Bia, Vinícius, Rafael e tantos outros. Nós da Secretaria de Participação Social desejamos sucesso aos jovens eleitos, aos envolvidos no processo de construção através da diretoria de juventude, aos secretários e secretárias da gestão José Queiroz por acompanhar os indicados do governo municipal para participar das atividades. Com muito respeito e admiração, também desejamos sucesso aos membros da sociedade civil, entre eles, juventudes partidárias, movimentos estudantis, juventudes pelo direito a terra e tantas outras organizações juvenis que compõem o conselho e que passam a trabalhar em parceria com a gestão.

Que esses jovens possam sonhar com uma Caruaru cada vez melhor, contribuindo com uma nova cultura política, do diálogo, para podermos construir juntos a história de nossa cidade, pois o novo sempre vem.

*Leonardo Bulhões é Secretário de Participação Social de Caruaru

Coluna: As palavras e a festa da democracia

Por Menelau Júnior

No próximo domingo, milhões de brasileiros vão às urnas exercer o papel de cidadão. É a “festa da democracia”. Uma festa mesmo! Todos se divertem, todos se enganam e ninguém pensa no dia de amanhã. Numa festa, cada um só quer saber do seu copo.

Nessa “festa”, mais de 80% dos convidados não têm Ensino Superior. Sou capaz de garantir que, nessa “festa”, mais de 90% dos convidados não sabem o que é “peculato”. Não sabem o que é “lobby”. Não sabem o que é “tráfico de influência”. Não sabem o que é “nepotismo”. Ou seja, é a festa da democracia, mas também é a da ignorância! Vivam os brasileiros!!

Pouquíssimos convidados da festa pagam para entrar. E olha que pagam caro! Há um “leão” que exige quantias exorbitantes! Os que pagam têm de garantir a assistência aos que não pagam! Os que pagam não se conformam com determinados crimes, não aceitam que seus dados sejam roubados e depois vendidos. Os que pagam pela festa sustentam a farra dos milhões que não pagam, mas que recebem mesada pelo voto. Isso é que é “festa”.

O dicionário Houaiss define “peculato” como “crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda”. O mesmo dicionário diz que “lobby” é “atividade de pressão de um grupo organizado (de interesse, de propaganda etc.) sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance, mas sem buscar o controle formal do governo”. O site Wikipédia define “tráfico de influência” como ato que “consiste em solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem (“como se fosse um investimento”), a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”. Já “nepotismo” é definido como “favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos”. Alguém se candidata a explicar tudo isso?

Segundo o resultado do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), 80% dos alunos que terminam o Ensino Médio não conseguem entender um texto mais complexo. Em outras palavras, juntam frases, mas não compreendem um texto. E assim são os brasileiros. Portanto, há um crime maior do que a prática do “peculato”, do “lobby”, do “tráfico de influência” e do “nepotismo”.

O maior crime é passar horas e horas discutindo isso na imprensa. Mostrando isso no “Hilário” Eleitoral Gratuito. Ora, somos ignorantes! A eleição é uma grande festa, em que todos devem estar felizes e alegres para escolher seus representantes. Para que saber o que significam certas palavras? Para que se chocar com crimes dessa natureza? Na festa da democracia, o copo de cada um é o que interessa. Quem não bebe – como eu –  e se recusa a ficar embriagado não acha a menor graça.

Menelau Júnior é professor de português

Artigo: Quem não tem competência não se estabelece

Por Claiton Fernandez

O mercado está à procura de profissionais que saibam usar suas habilidades e competência em prol do crescimento e de novos resultados da organização.

O mundo dos negócios é imponente: não adianta ter carisma, conhecimento, diplomas e mais diplomas, se o profissional não tem a capacidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendeu. Atualmente, a máxima “quem não tem competência não se estabelece” é cada vez mais próxima da realidade.

O advento da tecnologia da informação e o crescimento assustador da concorrência, fizeram com que os profissionais passassem a se desenvolver e buscar o aprimoramento cada vez mais.

É de suma importância que o profissional produtivo e gerador de resultados, coloque à disposição da organização em que atua seu conhecimento e todo poder de ação, agindo sempre com o intuito de vencer os desafios estabelecidos.

É preciso compreender, também, que hoje em dia as organizações necessitam de pessoas que estejam aptas a usar suas habilidades em diferentes áreas. O profissional competente é aquele que não recusa desafios e sabe encarar de frente as mudanças iminentes.

Entender as profundas mudanças pelas quais passa o mundo dos negócios e o mercado de trabalho é fundamental para a sustentabilidade e o crescimento profissional.

Abocanhar as melhores oportunidades que se apresentam exige significativas doses de coragem, disciplina, visão de mercado e tomadas de decisões inteligentes. Agindo dessa maneira, o futuro de todo o profissional poderá ser promissor, aliado à busca incessante do desenvolvimento de habilidades e competências.

Uma pessoa tem mais condições de se estabelecer naquilo que deseja empreender, se for capaz de mobilizar seus conhecimentos para agir diante das inúmeras situações que se apresentarem na sua área de atuação.

É necessário estar preparada para dar informações e respostas ágeis sobre os mais diversos temas do seu ambiente interno ou externo.

Neste mundo competitivo dos negócios, a realidade exige cada vez mais dos seus atores, pois os processos mudam rapidamente, a tecnologia fica obsoleta e a globalização é cada vez mais compartilhada e comoditizada.

Afinal, se hoje existe um grande parâmetro para se avaliar a capacidade e a obtenção de resultados satisfatórios, em qualquer ramo de atividade, este é reconhecidamente chamado de competência.

Claiton Fernandez é palestrante, consultor e educador. Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”. Site: www.claitonfernandez.com.br .