Tornar as cidades acolhedoras ao pedestre é olhar para todo trânsito

Nem todo pedestre é motorista, mas todo motorista é pedestre. Na contramão dessa máxima, a maior parte das cidades brasileiras retrata um cenário de descaso e negligência aos que se deslocam a pé, que, quase sempre, se desafiam a competir por espaço em meio a um trânsito caótico. Considerado um dos grupos mais vulneráveis no tópico mobilidade urbana, eles protagonizam o dia 8 de agosto, quando é comemorado o Dia do Pedestre. A data, contudo, é apenas um convite para sensibilizar a sociedade para a segurança do pedestre e para a importância de traduzi-la em atitudes cotidianas. Com o intuito de estimular essa reflexão, a Perkons ouviu especialistas para entender o que ainda falta para as cidades se tornarem espaços seguros e agradáveis a quem caminha.

Por um lado, Brasília é considerada a capital planejada para carros. Por outro, referência nacional em educação no trânsito, tendo sido palco, há duas décadas, da iniciativa que prioriza a travessia do pedestre. “Hoje, estamos correndo o risco de perder um pouco desse valor pela ausência de campanhas educativas permanentes, que sensibilizem a população. Também são importantes os programas de moderação de tráfego que estimulem a redução da velocidade, pois há vias em que as pessoas praticam velocidades altas, por abuso ou porque é permitido”, contrapõe o professor de engenharia de tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Cesar da Silva.

Em termos de estrutura viária e planejamento urbano, Silva é contundente: transformar uma cidade concebida para carros em um espaço convidativo ao pedestre é quebrar paradigmas e apostar na reforma do modelo viário. “Velocidade moderada não é perda de tempo. Além disso, é preciso distribuir os espaços de circulação de forma socialmente justa, para que não sejam compartilhados entre um automóvel com dois indivíduos e um ônibus com quarenta, conceito que ainda nos deixa reféns na busca por um meio de transporte individual”, aponta.

Entretanto, para o professor, velocidade moderada e reformulação do modelo viário não dispensam a necessidade de reeducar a população para o trânsito, ciclo que deve envolver do pedestre ao motorista. “As pessoas não são formadas para a condição de pedestre e muitas vezes não estão atentas à sinalização e à configuração física do espaço de circulação. Isso reforça ainda mais o cuidado que o condutor deve ter, como consta no Código de Trânsito Brasileiro”, pontua. Tomar para si a responsabilidade pela segurança da circulação do pedestre é um dever preconizado pelo artigo 29, § 2º do CTB. Também é imprescindível salientar que respeitar o Código de Trânsito Brasileiro é dever de todos, incluindo os pedestres.

A voz de quem anda
Tornar as cidades acolhedoras ao pedestre. Com essa bandeira nasceu há cerca de dois anos o Cidadeapé – Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo. Desde então, o grupo participou da elaboração do PAC Mobilidade Ativa – que prevê recursos para a infraestrutura da mobilidade a pé e por bicicleta -, e conquistou uma cadeira no Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) de São Paulo, e o mais importante, abriu os olhos da sociedade para o tema.

“Sentíamos que as pessoas que se deslocam a pé nas cidades não tinham voz social nem política, e decidimos abrir essa porta”, sintetiza uma das cofundadoras da organização, Joana Canêdo, que relaciona o transporte a pé a ⅔ de todos os deslocamentos urbanos no país. Para ela, o que falta nas cidades é uma concepção que ecoe os reais anseios do pedestre. “Quem usa a própria energia para se deslocar escolhe caminhos mais eficientes e mais seguros”, descreve. Para Joana, é preciso pensar na mobilidade a pé como um sistema que necessita de infraestruturas básicas e que conectem toda rede de deslocamento de maneira linear, contínua e articulada a outros modais, com calçadas, travessias e passarelas, além de bancos, arborização e sinalização. “Também é essencial o respeito geral às pessoas que estão a pé, as deixando atravessar na faixa sem ter que implorar, por exemplo”.

Pais serão homenageados no Hospital Mestre Vitalino

Em celebração ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo (13), o Hospital Mestre Vitalino preparou uma programação para homenagear os pais internados, os colaborados que são pais, e os pais das crianças que estão em tratamento na unidade.

Para os colaboradores, o HMV promoverá um almoço especial na data. Já as crianças da pediatria estão confeccionando um diploma de “melhor pai do mundo” com desenhos e mensagens, para entregarem na data. No domingo, os pais internados na unidade serão reunidos em um grupo, no horário de visitas, onde receberão mensagens e homenagens em honra pelo seu dia.

As ações foram planejadas pela equipe de humanização da unidade para que todos tenham a possibilidade de festejar esta data, ainda que no ambiente hospitalar.

Como o Holding pode proteger pequenas, médias e grandes empresas? Advogado explica

Como organizar grupos empresariais? O que são holdings, para que servem e como funcionam? Como aplicar a holding na estruturação dos negócios? Estas e outras questões serão esclarecidas na palestra gratuita que será realizada no dia 23 de agosto no Auditório Iguatemi Business, das 9 às 10h30, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo.

O evento tem como objetivo levar conhecimento sobre este mecanismo a empresários, administradores, contabilistas, departamentos jurídicos, executivos e demais profissionais com atuação voltada às empresas. A organização é do escritório CSDS Advogados e terá como palestrante o advogado Vinícius Camargo Silva.

Segundo Vinícius Camargo Silva, a constituição de uma holding pode trazer benefícios para as empresas, pois ajuda a organizar as atividades operacionais, disciplinar a sucessão da empresa e melhor gerir o patrimônio dos sócios e os recursos empregados na atividade em si.

“Na gestão do negócio familiar, por exemplo, a holding permite definir previamente regras sobre família, propriedade e operação, mitigando possíveis conflitos e permitindo que as atividades desenvolvidas pela empresa tenham condições de continuar mesmo após o falecimento do fundador, conferindo relativa perpetuidade ao legado”, explica o advogado.

Além disso, a holding não está limitada a grandes empresas. “Uma empresa familiar, como uma padaria, um supermercado ou uma metalúrgica pode se enquadrar nessa categoria”, observa Vinícius.

Entre os assuntos abordados no evento estarão a organização de grupos empresariais, as estruturas societárias e a aplicação do holding na estruturação dos negócios, na gestão de patrimônio imobiliário e societário, na organização de negócios operacionais e no processo de sucessão das empresas familiares.

Dilma critica reforma política em velório do ex-marido

A ex-presidente Dilma Rousseff acusou a proposta de criação do chamado distritão, prevista no projeto de reforma política em debate no Congresso, de ser uma extensão do golpe que teria sido praticado contra ela em 2016.

O comentário foi feito durante um discurso emocionado ao final da cerimônia de despedida do ex-marido, o advogado trabalhista Carlos Araújo, morto na madrugada deste sábado (12), em Porto Alegre, aos 79 anos.

“O golpe é um processo, não é uma iniciativa isolada. Começou com o impeachment, continua com o impedimento da candidatura de Lula (em 2018) e pode continuar com a criação do distritão e do parlamentarismo”, disse Dilma a familiares, amigos e políticos de expressão regional que compareceram ao velório.

A ex-presidente também atacou a elite do país. “Temos uma elite insensível, interessada no descontrole político e não no desenvolvimento da nação brasileira e do nosso povo”, discursou, em meio a referências afetuosas ao ex-companheiro.

Ao destacar a coerência política do ex-marido, Dilma lembrou a solidariedade de Araújo durante o período em que sofreu o processo de impeachment. “Ele estava estarrecido. Ele foi um lutador contra a ditadura [militar] e contra o poder que emana das elites econômicas, políticas e midiáticas”, destacou.

Foi o único momento em a que ex-presidente Dilma falou de maneira pública, durante o velório. Araújo não resistiu a complicações pulmonares e morreu à 0h01, na UTI do Hospital São Francisco, no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre.

A despedida teve início às 15h na Assembleia Legislativa gaúcha e foi aberta ao público pouco depois para que os parentes mais próximos tivessem contato reservado com o corpo do político.

Durante toda a tarde, Dilma não falou com a imprensa. Ela optou por ficar circulando entre conhecidos da capital gaúcha. A ex-presidente intercalou momentos ao lado do caixão e em um espaço restrito, com acesso ao salão Julio de Castilhos da Assembleia. Ela voltava ao saguão para receber os cumprimentos de amigos, familiares e políticos.

A petista ficou em pé, boa parte do tempo, na companhia da filha que teve com Araújo, a procuradora do trabalho Paula Rousseff de Araújo, e do genro, Rafael Covolo. Transparecia serenidade e emoção.

Colega de ministério no governo Lula, Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul (2011-2014) pelo PT e ex-ministro da Justiça, chegou por volta das 16h50. Abraçou a ex-presidente e conversaram brevemente.

Na saída, abatido, Tarso lamentou a perda do amigo. Sublinhou o passado de luta pela democracia do político morto. “A gente está em uma idade de perder as nossas melhores referências”, disse Genro.

O tom de perda de um amigo também caracterizou as palavras do ex-governador Olívio Dutra (PT), para quem Araújo exercia uma liderança que chamou de “franca e fraterna”.

Dutra lembrou o envolvimento do político nos movimentos sociais e sindicais na década de 1980 e o trabalho de Araújo como deputado estadual por três mandatos. “Era daqueles militantes que não vacila, na luta pelos direitos do trabalhador”, ressaltou Dutra.

Para o ex-deputado federal e um dos líderes do PDT no Rio Grande do Sul Carlos Eduardo Vieira da Cunha, Araújo tinha como marca a capacidade de diálogo.

“Ele era um trabalhista, mas tinha relação com todas as forças de esquerda”, afirmou Vieira da Cunha ao chegar ao velório.

Em nota, o governador José Ivo Sartori (PMDB-RS) afirmou que Araújo “se destacava pelo espírito democrático, se relacionando de forma fraternal e sempre respeitando posições diversas”.

Considerado um “filho político” de Araújo, o ex-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, também discursou na cerimônia final. Antes, ao elogiar a capacidade de articulação política do ex-companheiro do PDT, Zuanazzi reconheceu que faltou alguém com o perfil de Araújo no governo de Dilma.

“Carlos Araújo é aquele tipo de pessoa que faz falta a qualquer governo. Para um governo que acabou com um impeachment, mais ainda”, comentou Zuanazzi, que construiu boa parte da carreira política ao lado de advogado trabalhista.

TRAJETÓRIA

Nascido em São Francisco de Paula, RS, em 1938, Carlos Franklin Paixão de Araújo era filho do também advogado trabalhista Afrânio Araújo, de quem herdou o gosto pelo direito e pela política.

Na década de 1950, ingressou na Juventude Comunista e integrou a delegação brasileira para o Festival da Juventude de Moscou em 1957. Anos mais tarde, integrou a organização guerrilheira VAR-Palmares, na qual em 1969 conheceu a futura mulher, Dilma Rousseff, com quem viveu até 2000 e depois seguiu como amigo.

Max, codinome pelo qual era conhecido nos tempos de luta armada, foi preso pela ditadura militar em julho de 1970, meses após a captura de Dilma. Ele deixou a cadeia em 1974, mesmo ano em que perdeu o pai e assumiu o escritório de advocacia que existe até hoje na capital gaúcha.

Na carreira política, era ligado a Leonel Brizola e foi um dos fundadores do PDT, partido pelo qual se elegeu deputado estadual por três vezes e chegou a disputar a Prefeitura de Porto Alegre, em 1988 -na época, perdeu a eleição para Olívio Dutra, que inaugurou a série de quatro gestões seguidas na cidade sob comando do PT.

Em 2000, junto com Dilma e outros correligionários, Araújo deixou o PDT e passou a se dedicar a o escritório que mantém na capital gaúcha.

Mesmo afastado da vida política, Carlos Araújo não deixou de opinar sobre assuntos políticos contemporâneos. Sobre o processo que levou ao impeachment da amiga e ex-mulher da Presidência, Araújo considerava que houve um “golpe” e que Dilma foi abandonada pelo PT.

Lava Jato cogita prolongar prisão de Odebrecht

O acordo de colaboração judicial de Marcelo Odebrecht prevê que empresário deixará a cadeia em dezembro, após passar dois anos e meio atrás das grades. Mas o comportamento do herdeiro da Construtora Odebrecht pode retardar sua transferência para a prisão domiciliar. A força tarefa da Lava Jato cogita requerer à Justiça o prolongamento da estadia do empresário na prisão do Paraná.

De acordo com o que o blog apurou, os procuradores de Curitiba se irritaram com Marcelo Odebrecht porque ele ajuizou recurso judicial num processo englobado pelo acordo de delação premiada. Trata-se de um direito do condenado. Entretando, os responsáveis pela Lava Jato sustentam que Odebrecht havia renunciado ao excercício dessa prerrogativa cnstitucional ao celebrar o acordo de delação.

“Marcelo Odebrecht tinha o compromisso de não exercer o direito de recurso”, disse ao blog uma das autoridades que acompanham o caso. “Porém, num processo especifico, ele recorreu. Do nosso ponto de vista, isso é um descumprimento do acordo de colaboração. O direito de recorrer, assim como o direito ao silêncio, é inquestionável. Mas a pessoa pode decidir não exercê-lo. É o que acontece com os colaboradores. Não podemos impedir ninguém de recorrer. Mas podemos, sim, restringir os benefícios a que ele faria jus, adiando a progressão de regime.”

Os responsáveis pela Lava Jato fazem uma distinção entre a Odebrecht e seu ex-presidente. A empresa colabora normalmente. Mas o herdeiro do ex-império exibe um comportamento que os procuradores definem como “arrogante”. Nas palavras de um dos membros da força-tarefa de Curitiba, “dois anos de prisão não foram suficientes para transformar o empresário numa pessoa mais humilde.” Quando é chamado a prestar esclarecimentos complementares, Odebrecht revela-se pouco colaborativo.

Um episódio recente ajudou a azedar os humores dos procuradores com Marcelo Odebrecht. A Polícia Federal não consegue ter acesso ao laptop pessoal do empresário. O equipamento está protegido por senhas. E o dono da máquina alega que não dispõe dos tokens que armazenam a senha. Abespinhada, a delegada Renata da Silva Rodrigues, da Polícia Federal, espetou a Procuradoria num ofício:

“Preocupante para as investigações que a obtenção de evidências contidas no laptop de Marcelo, e que teria sido por ele supostamente indicado à PGR [Procuradoria-Geral da República] como importante fonte de prova (contendo inclusive seus e-mails), não tenha sido exigida como condição sine qua non para qualquer acordo”, criticou a delegada.

Marcelo Odebrecht já foi informado de que sua migração da cadeia para o conforto da prisão domiciliar “subiu no telhado”, na expressão usada por um procurador. A defesa do empresário alega que sua disposição de colaborar não mudou. Numa manifestação sobre a encrenca da senha do laptop, os advogados sustentaram que seu cliente está inteiramente comprometido com o acordo de colaboração celebrado. Continua à disposição para confirmar todos os fatos já relatados a Lava Jato.

Confirmando-se a intenção de endurecer com Marcelo Odebrecht, a Procuradoria terá de protocolar uma petição no TRF-4, sediado em Porto Alegre. Nessa hipótese, caberá aos desembargadores do Tribunal Regional Federal deliberar sobre o pedido de permanência do empresário na cadeia, determinando o prazo.

ARTIGO — Demissão voluntária

Por Maurício Assuero

Em meio a tanto absurdo proposto pelo governo, não se pode deixar de comentar o programa de demissões voluntárias que pretendem, pasmem!,atingir 5 mil funcionários públicos e economizar R$ 1 bilhão por ano. Primeiro que essa quantidade é insignificante diante da real necessidade do governo. Segundo, porque o governo não está atingindo quem merece. Não que um PDV seja algo absurdo de se implantar, e o governo até tem razão na tentativa, mas o que choca é que a economia que o governo pretende poderia ser muito mais eficiente se ele, Temer, tivesse coragem, brio, hombridade, para demitir 5 mil funcionários – que não produzem absolutamente nada – que ganham tubos de dinheiro porque são indicações políticas dessa cambada de ladrões que dão sustentação ao um presidente que é reprovado por 95% da população!

Como se sabe, o grande sonho de quem está em algum cargo no governo é ser indicado para compor o conselho de administração de alguma estatal. No mínimo, R$ 8 mil reais a mais de gratificação e por benevolência estas pessoas são conselheiros de várias empresas ao mesmo tempo fazendo com que seu salário dobre e, em alguns casos, triplique. O governo 11.650 cargos na função DAS – Direção e Assessoramento Superior que geram um custo de R$ 878.090.538,13 (calculei com base nas informações do Portal da Transparência) e não estamos colocando aqui as demais funções comissionadas. Caminhos para reduzir o déficit sem a necessidade de aumentar impostos existem e são factíveis através de redução desses custos absurdos.

A proposta de Temer para o PDV é simples: 1,25 salário por ano trabalhado livre de INSS e imposto de renda. Um professor universitário com 20 anos de emprego e salário de R$ 15 mil levaria R$ 375 mil, mas vamos considerar que este é um grande pesquisador, uma pessoa de renome internacional. Vamos sair ganhando? Imagine os médicos dos diversos hospitais federais do Brasil aderindo a um programa dessa natureza… teremos uma segunda versão do Programa Mais Médicos?

Não há dúvida que no serviço público há pessoas que imaginam viver no paraíso sem o risco de desemprego e pouco se importam em dar andamento as questões essenciais, mas não se pode generalizar. Há pessoas comprometidas e que agem de forma a atender as necessidades da população. Temer é um fantoche que vai ser mantido no cargo apenas porque é subserviente. Imagino o orgulho que o filho pequeno terá dele, no futuro, quando essa lama que cobre os pés d

Donald Trump condena violência na Virgínia; governador decreta emergência

O governador do estado norte-americano da Virginia, Terry McAuliffe, decretou estado de emergência por causa dos confrontos entre ultranacionalistas de maioria branca e grupos antifacistas na cidade de Charlosttesville. Com protestos realizados nessa sexta-feira (11) e novos protestos hoje (12) de manhã o chamado União da Direita entrou em confrontos com grupos antifacistas. Tropas policiais de choque foram usadas para tentar conter os ataques entre os grupos opostos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também condenou a violência dos manifestantes. No Twitter, ele escreveu: “Todos nós devemos estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Vamos juntos como um!”.

O enfrentamento começou durante protestos de ontem, liderados pelo grupo União de Direita. Centenas de homens e mulheres participam das manifestações contra uma decisão da prefeitura de remover uma estátua do general  confederado Robert E. Lee, um dos símbolos do movimento separatista dos Confederados.

Durante a Guerra Civil americana, entre 1861 e 1865, a Região Sul dos Estados Unidos, que reunia estados sulistas contrários a abolição da escravatura, tentaram a independência. Mesmo derrotado na Guerra da Secessão, alguns estados do Sul como a Virgínia, Norte Carolina e Sul Carolina, bem como Alabama e Georgia têm até hoje defensores dos confederados que aglutinam extremistas direita.

Os manifestantes que marcharam pela supremacia branca e contra a remoção da estátua, gritaram saudações nazistas e palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus.

Nos protestos que ocorreram à noite foram usadas tochas e alguns manifestantes cobriram o rosto. As tochas são um dos símbolos do KKK, Ku Klux Klan, um grupo formado depois da guerra civil americana por soldados das tropas confederadas.  O KKK foi um dos grupos que se levantaram contra o movimento pelos direitos civis liderados pelos negros americanos, no Sul dos Estados Unidos.

Macron pede responsabilidade para evitar aumento da tensão na Coreia do Norte

O presidente da França, Emmanuel Macron, fez neste sábado (12) um apelo à responsabilidade “de todos” para se evitar uma escalada da tensão na Coreia do Norte, que, em sua opinião, constitui uma ameaça.

“A comunidade internacional deve agir de forma coordenada, firme e eficaz, como acaba de fazer o Conselho de Segurança [das Nações Unidas], para que a Coreia do Norte retome incondicionalmente a via do diálogo “, disse Macron, em um comunicado.

Segundo a nota, Macron “garante aos aliados e parceiros da França na região a sua solidariedade perante a situação atual, e insta, além disso, a responsabilidade de todos para impedir uma escalada das tensões “.

O presidente francês manifestou ainda sua preocupação perante o agravamento da ameaça balística e nuclear procedente da Coreia do Norte, que, em seu julgamento, prejudica “a preservação da paz e da segurança internacional”.

A presidência francesa considerou no seu comunicado que isto “delineia uma ameaça séria sobre a segurança” dos países vizinhos e sobre “a perenidade do regime internacional de não-proliferação nuclear”.

Com os demais membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a França salientou que pede à Coreia do Norte que “cumpra sem demora as suas obrigações internacionais e proceda o desmantelamento completo, verificável e irreversível dos seus programas nucleares e balísticos”.

O seu comunicado não citou de forma direta os Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, advertiu nesta sexta-feira (11) que suas forças armadas estão prontas “para o combate” com Pyongyang, com o que prosseguiu a hostilidade retórica mantida entre ambos países nos últimos dias.

Livraria Estudantil comemora 75 anos

Diante da preocupante realidade brasileira mostrando que 50% das empresas abertas hoje deverão fechar as portas em até os cinco anos por falta de planejamento, capital de giro e falha na administração, em Caruaru a Livraria Estudantil prova que com determinação, foco e profissionalismo, a história pode ser diferente. Inaugurada em 16 de agosto de 1942, pelos saudosos visionários Raimundo Ferreira e Galvão Cavalcante, este último conhecido por todos como ‘Dr. Galvão’, os amigos vieram de Timbaúba com a ideia fixa de montar um comércio na terra promissora, e o empreendimento já vai completar 75 anos na próxima quarta (16).

A programação de aniversário começa na próxima quarta, com palestra do professor e escritor Edson Tavares, que irá destacar suas duas obras sobre José Condé. No dia seguinte será a vez do professor Adriano Nanus falar sobre o clássico ‘O pequeno príncipe’, de Antoine Saint-Exupéry. A terceira e última palestra acontece na sexta (18), quando estará de volta Adriano Nanus com mais clássicos infantis, tudo sempre às 9h.

Quando a empresa abriu suas portas para o público – a cidade hoje edificada, com universidades e indústrias -, tinha ares de província. Vivíamos o caos da Segunda Guerra Mundial e, por ter sido adquirida de Carlos Guerra, o empreendimento passou a se chamar Livraria Guerra. Ao tomar conhecimento do nome da nova livraria, o jornalista José Carlos Florêncio, fundador deste semanário, sugeriu que fosse mudado. “Meu pai costumava contar que José Carlos Florêncio observou que diante da guerra o nome da empresa mais parecia uma apologia a tudo que estava acontecendo de ruim, então ele mesmo mudou o nome para Livraria Estudantil”, explica.

Todo esforço de ‘Dr. Galvão’ para interiorizar a cultura literária não foi em vão. Ao longo das décadas de 1940/1950, a empresa se dispôs a ser representante dos jornais da capital com o intuito de fazer com que o público local tomasse conhecimento do que estava acontecendo no mundo. Diante das dificuldades de transporte, os exemplares vinham de trem e só chegavam na plataforma da Estação Ferroviária de Caruaru no final da tarde, fazendo com que a distribuição só acontecesse no dia seguinte.

A Estudantil evoluiu com o tempo e hoje trabalha com quatro segmentos. São eles: gráfica, livraria e papelaria, móveis e instrumentos musicais, que, juntos, garantem empregos para mais de 50 colaboradores.

Sabatina de secretários segue na Caruaru FM

Wagner Gil

Esta semana a Caruaru FM continuou com a série de reportagens com os secretários municipais, no programa Jornal VANGUARDA, que vai ao ar de segunda a sexta, das 7h às 8h. O objetivo é fazer uma prestação de contas do governo de Raquel Lyra (PSDB), destacando as principais ações e gargalos de cada pasta.

Essa série de entrevistas teve início na semana passada, com Rubenildo Moura (Educação), o coronel Luiz Aureliano (Ordem Pública) e Fernando Silva (Direitos Humanos). Esta semana foram sabatinados Humberto Correia Júnior (Serviços Públicos), Niadja Menezes (Obras) e Perpétua Dantas (Mulher).

Uma das pastas mais complicadas da prefeitura atualmente é a Secretaria de Serviços Urbanos. Entre suas atribuições estão limpeza da cidade, iluminação, cemitérios no perímetro urbano e zona rural, feiras de bairro, Parque 18 de Maio, Feira da Sulanca, proteção animal, curral de gado e matadouro público. “Realmente nossa secretaria tem uma demanda enorme, mas temos pessoas bastante comprometidas que tocam tudo de uma forma muito profissional e com foco no desenvolvimento e melhoria para a cidade”, disse Humberto Correia.

Ele elencou as principais ações da pasta. “Neste primeiro semestre foi muito trabalho. Gostaria de parabenizar a nossa equipe, que, apesar de uma parte de nossas ações ter sido feita em um período de transição de governo, trabalhou firme para alcançar os objetivos. Fechamos a primeira etapa do projeto ‘Caruaru, Cidade Limpa’, de forma muito positiva. Até o dia 31 de julho, 38 bairros foram limpos e cerca de 1.280 ruas tiveram lixo ou entulhos removidos”, afirmou o secretário.

Humberto informou ainda que foram feitos cadastros para empresas que atuam com caçambas e iluminação em pontos de risco. “Esse trabalho de iluminação está sendo feito em parceria com outras secretarias e órgãos. A própria polícia nos indica as áreas mais vulneráveis”, explicou. Ele também destacou, entre as ações, o diagnóstico completo do Parque 18 de Maio, que está completamente descaracterizado. Outro trabalho importante, da Secretaria de Serviços Urbanos, foi a entrega de cheques aos sulqueiros que foram vítimas de incêndio no Parque 18 de Maio.

CUIDAR DAS PESSOAS

Durante sua entrevista na Rádio Caruaru FM, a secretária Niadja Menezes disse que a prioridade e a principal obra do governo de Raquel Lyra é ‘cuidar das pessoas’. “Nós estamos trabalhando, trabalhando muito. Em alguns dias a população vai poder observar isso. O trabalho está sendo interno. Para se ter uma ideia, um processo licitatório às vezes demora mais de 100 dias e não é concluído. Eu sei que algumas pessoas estão esperando mais da gestão, mas aviso que, em breve, estaremos também nas ruas”, disse Niadja.

Ela ressaltou, no entanto, que muitas obras físicas já foram feitas e começam a ser sentidas pela população. Entre os destaques, estão a requalificação das escolas Coronel Rufino, na Vila Canaã, e Maria Freitas, em Xicuru, bem como recuperação de dez praças, pavimentação de 20 ruas, conclusão do acesso à Nova Caruaru e da creche do residencial Alto do Moura. “Também entregamos 1.488 unidades do residencial Alto do Moura, numa parceria com o Governo Federal”, completou.

Niadja destacou ainda a desobstrução de 600 esgotos, recuperação da Escola Guiomar Lyra e a entrega da Creche Rodrigo Pinheiro, no Bairro São José. “A grande maioria dessas obras foi com recursos não conveniados, ou seja, próprios”, finalizou.

MULHER COM VEZ E VOZ

Já Perpétua Dantas trouxe quatro laudas de trabalhos já implementados pela Secretaria da Mulher. Ela destacou uma série de ações, comemorando a reabertura da Delegacia da Mulher nos plantões de final de semana. “Sabemos que isso é muito pouco para acabar com a violência contra a mulher. A delegacia estava fechada nos finais de semana e, através de uma grande articulação, ela é reaberta desde março. Nesse caso, temos que agradecer aos policiais e à delegada, que trabalham sem receber pelos plantões. É compromisso mesmo de todos.”

A secretária disse que no primeiro semestre foram inúmeras reuniões com representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Militar, além de envolver outras pastas. “Estamos fazendo um grande trabalho aqui, mas contamos com apoio de muita gente e de outras secretarias. Estamos sempre dialogando e buscando soluções juntos. Ação Social e Direitos Humanos, Ordem Pública, Educação, são algumas das secretarias envolvidas e nos ajudando no combate à violência contra a mulher”, afirmou Dantas. “Nós criamos ainda uma roda de diálogo com a temática voltada para à Lei Maria da Penha, que este mês completou 11 anos.”

Perpétua apresentou ainda uma série de ações voltadas para a saúde da mulher, com destaque para a população trans e LGBT. “Nós também estamos ligados nas mulheres do campo. Realizamos uma série de encontro e ações que estão voltadas desde o desenvolvimento social e econômico até sua condição de moradia e acesso aos serviços públicos”, disse.

PARTICIPAÇÃO

Para a produtora da Caruaru FM, Sonaly Oliveira, a participação do ouvinte tem pautado as entrevistas. “Estamos recebendo muitas mensagens. São dezenas por programa, através do nosso whatsapp 99745-3301. Nosso foco é a população”, disse Sonaly.