Folha de S.Paulo

Apesar de algum possível alívio a ser trazido pela liberação das contas inativas do FGTS, no conjunto da obra o bando peemedebista que se apossou do poder demonstra surpreendente audácia. Quanto maiores os sinais de perigo, mais atiçam o fogo que crepita sob a cadeira presidencial.

Nesta quinta-feira (22) Michel Temer declarou que aproveitava a “baixa popularidade para tomar medidas impopulares”. Talvez tenha achado astuta a tirada suicida do publicitário Nizan Guanaes e decidiu acolhê-la mesmo depois que a Folha mostrou a efetiva disparada da reprovação a seu nome (11/12).

À frente de um ilegítimo mandato semiparlamentarista, seria de se esperar que o chefe de Governo tivesse ouvido com mais atenção o recado emitido pela Câmara dos Deputados na terça-feira (20). Ao aprovar, por 296 a 12, proposta que aliviava a situação dos Estados, a Casa mostrou o risco de quebrar as unidades da federação em nome de uma austeridade extrema. Os nobres deputados podem até se distanciar da opinião pública, como ficou claro no gorado projeto de anistia ao Caixa 2, mas dificilmente contrariam o humor popular.

Ao recusar o cancelamento de reajustes já acordados com servidores e o aumento da contribuição previdenciária de funcionários, os parlamentares buscaram amenizar a indignação dos bem organizados sindicatos do setor público. Caso contrário, os grêmios poderão funcionar como catalisadores da crescente rejeição popular ao ajuste fiscal.

A frustração com a falta de recursos nos hospitais e escolas estatais poderá engrossar os confrontos violentos, que ocorrem quase que dia a dia no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Contudo, em vez de acenar com algum alívio aos cofres regionais, ao menos enquanto o PIB patina, Temer duplicou a aposta, reafirmando que as contrapartidas vetadas pela Câmara serão repostas na negociação individual de cada governador com o Ministério da Fazenda. Não satisfeito, o presidente ainda mandou apresentar, embora sob a forma de projeto de lei, a reforma trabalhista que tende a tornar letra morta a CLT.

Talvez a clique planaltina tenha se impressionado com a facilidade para passar o teto dos gastos. Ocorre que a população ainda não entendeu o significado do congelamento orçamentário. Já a reação provocada pela reforma da Previdência, cuja natureza parece ter sido rapidamente apreendida, deve ter apimentado bastante o caldo de raiva que se forma contra a atual gestão.

Quem sabe, por outro lado, os peemedebistas queiram provar aos colegas tucanos que sacrificam, desde logo, qualquer possibilidade de disputar a Presidência da República em 2018. Para isso, como dizia Drummond, arriscam “pôr fogo em tudo”, inclusive em si mesmos.

Por Maurício Assuero

Há duas semanas do fim de 2016, cabe refletimos um pouco sobre a economia do estado de Pernambuco, incluindo perspectivas. Começamos o ano com um corte de R$ 300 milhões em despesas na tentativa de ajustar o orçamento em função do péssimo ano de 2015. Consumimos as reservas obtidas ao longo do governo anterior, oriundas dos investimentos privados em Suape e na Mata Norte do estado, para atenuar os graves problemas causados pela estiagem que assolou o estado. O crescimento que tivemos foi o maior dos estados a região nordeste e foi maior do que a taxa de crescimento do Brasil.

O mergulho do país na crise política, embalado pelas inúmeras denúncias de corrupção em investimentos estruturais para o estado, como o caso da Refinaria, do Estaleiro, etc. afetou absurdamente o crescimento do estado. Não obstante, o esforço do governo em manter o estado longe do cenário visto no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul ou Minas Gerais que declararam estado de calamidade financeira, Pernambuco não consegui se reerguer ao longo do período e o aumento de arrecadação obtido foi decorrente de políticas adotadas na arrecadação do ICMS e não por consequência do aumento da atividade produtiva. Todos os setores encolheram e mantendo-se a conjuntura atual, dificilmente escaparemos de uma recessão mais forte em 2017.

Todos os estados, não apenas Pernambuco, esperam que a moratória de 3 anos para pagamento das dívidas junto ao governo federal seja aprovada no congresso. Isso será muito bom para dar fôlego aos estados, no entanto, os mecanismos de amortização precisam estar bastante claros, agora, porque três anos significa até dezembro de 2019 e se continuarmos com essa crise política, dificilmente falaremos em recuperação antes de 2022.

Não há outra forma de melhorar a economia senão atraindo investimentos. Também parece prioritário definir políticas regionais. Observemos o caso do agreste. O incentivo ao crescimento econômico de Caruaru, por exemplo, teria impacto natural nas cidades circunvizinhas (“as abelhas sentem o cheiro do mel”). Capacitar empresas para exportar, formalizar vínculos com empresas estrangeiras, etc.. seria uma forma mais segura de incrementar o crescimento econômico. Se observarmos o comportamento do governo ao longo desse tempo vamos notar que a ausência de políticas regionais. E isso agravo a situação do estado como um todo. Pernambuco pode sair da crise antes que outrosestados; pode até não se chamuscar fortemente, mas para isso é preciso trabalhar de sem pensar em 2018. A necessidade é agora.

Com a proximidade das celebrações de fim de ano, muita gente corre para garantir o presente de Natal e de ano-novo. No Shopping Difusora de Caruaru, o cliente faz as compras e ainda pode aproveitar apresentações de música e de danças natalinas. As coreografias e canções podem ser apreciadas no primeiro piso do centro de compras ou pelos corredores do mall, já que também há orquestra itinerante. A programação, gratuita, acontece até este sábado, dia 24.

Além da bela decoração e da programação especial, o Natal do Difusora conta com sorteio de dois automóveis zero quilômetro. Para que os clientes possam colocar a fé em prática, basta trocar as notas fiscais que totalizem R$ 150 em compras por um cupom.

Já as notas que forem trocadas nos finais de semana valem o dobro de cupons. As trocas podem ser realizadas no horário de funcionamento do shopping, no stand do terceiro piso, até as 17h do dia 30 de janeiro, quando será conhecido o sortudo, que começará 2017 com o pé direito.

O ano de 2016 foi bastante intenso para a Pães & Delícias Caruaru. Além da realização de ações que integrassem o público com a padaria durante todo o ano, a empresa buscou capacitar seus colaboradores, de todos os setores, com cursos e aperfeiçoamentos voltados para a área de atendimento, higienização e gestão, trabalhando também a questão da sucessão familiar. O resultado de tanto esforço chegou em forma de reconhecimento nacional, através do Baker Top 2016.

Considerado por todo o mercado como o “Oscar da Panificação”, o Prêmio Baker Top, idealizado pela Revista Padaria 2000, é o mais reconhecido e prestigiado do segmento, significando para as padarias do Brasil a consagração do trabalho bem realizado e dos produtos fabricados e comercializados dentro de rigorosas normas de qualidade. “A Pães & Delícias ficou em terceiro lugar geral, concorrendo com padarias renomadas de todo o país. É uma honra ser lembrado por fornecedores, distribuidores, colaboradores e, principalmente, por nossos clientes”, destacou Laureano.

O empreendimento conta com três unidades localizadas em pontos estratégicos da cidade. Aproximadamente 70 funcionários são responsáveis pela produção de uma extensa lista de itens, que conquistaram e conquistam uma clientela das cidades circunvizinhas, especialmente por conta da busca contínua pelo padrão e excelência de qualidade defendida pela marca Pães & Delícias, que também alimenta através das redes sociais o desejo dos seguidores em conhecer seus produtos e serviços.

Pedro Augusto
A crise financeira que se arrastou ao longo de 2016 provocou diversas mudanças em todos os cenários econômicos do Brasil. Em paralelo à onda de demissão em massa somada à inflação alta e ao fechamento de milhares de empresas, o quantitativo de pessoas endividadas e inadimplentes em grande parte do território nacional praticamente redobrou, avolumando ainda mais a gama de bens que deixaram de ser pagos e tiveram de ir para leilão. De acordo com o leiloeiro César Aragão, que visitou na última semana a redação do Jornal VANGUARDA, assim como em todo o país neste ano o número de leilões feitos no estado pernambucano, em sua maioria judiciais, também sofreu aumento considerável em relação há anos anteriores.
“Realmente as empresas credoras se encontram cada vez mais propensas a adotar essa modalidade de venda justamente para reforçarem os seus caixas numa época de crise. Através dos leilões, elas têm tido a oportunidade de recuperar as receitas daqueles bens que foram negociados e deixaram de ser pagos pelos seus até então proprietários. Vale salientar ainda que não só essas empresas, mas também o Poder Judiciário vem utilizando cada vez mais a ferramenta para poder dar uma celeridade maior aos processos referentes às dívidas que se tornaram objetos de execução. Seguindo o parâmetro nacional, atualmente o Estado tem comportado um quantitativo superior de leilões em comparação com temporadas anteriores”, destacou César.

Além de serem seguros sendo respaldados pela lei, os leilões ainda costumam chamar a atenção dos investidores devido a um aspecto interessante: as boas oportunidades de negócios. “Isso mesmo. Ao participarem dessa modalidade de vendas, eles acabam tendo a possibilidade de adquirir bens como imóveis e veículos a valores mais atrativos no que dizem respeito aos demais praticados no mercado. Outra vantagem, que é muito importante, se refere à procedência em relação aos bens, até porque o leiloeiro fica responsável por repassar todas as informações, bem como se tem a garantia de suas origens”, acrescentou.

Seja através ou não dos veículos de comunicação, atualmente os leilões têm sido mais divulgados em todo o país, o que tem despertado cada vez mais o interesse por parte da população. De acordo ainda com o leiloeiro César Veloso, para participar dessa modalidade de venda basta atingir a algumas exigências simples. “É importante deixar claro que existem leilões judiciais e extrajudiciais. O primeiro atende às regras estabelecidas dos códigos dos processos contando ainda com a presença de um juiz, já o segundo possui caráter privado, oferecendo também grandes oportunidades de negócios. Para participar de ambos é necessário ser capaz, ser maior de idade e ainda apresentar uma garantia para os pagamentos dos bens.”
Bastante demandado por todo o Estado, o leiloeiro César Veloso disponibiliza o site www.aragaoleiloes.com.br para que os interessados em participar dos leilões possam retirar mais dúvidas. Mais informações sobre o trabalho do profissional pelos telefones (081) 98863-0167 e 38771-1001.

Pedro Augusto

Um dos períodos mais aguardados de 2016 será vivenciado neste fim de semana. Em todas as regiões, estados, municípios, distritos, bairros, ruas, avenidas e lares do país, as comunidades cristãs estarão celebrando, tanto no sábado (24) como no domingo (25), o nascimento de Jesus Cristo. Sejam sozinhos ou rodeados de suas famílias, sejam gozando de boa saúde ou não, os caruaruenses certamente deverão encontrar nas datas citadas as inspirações necessárias para continuarem escrevendo as suas histórias trilhando pelas estradas do bem. Sendo assim, e como não poderia ser diferente, o Jornal VANGUARDA decidiu reservar nesta edição a sua capa da editoria de Cidades para as mensagens de fé e de esperança proferidas pelo bispo diocesano de Caruaru, dom Bernardino Marchió.

Entrevistado na manhã da última quarta-feira (21), no Palácio Episcopal, no centro da cidade, primeiro o religioso fez questão de ressaltar o que representa o período natalino para a comunidade católica. “Falar de Natal é falar de esperança, porque a humanidade aguardava milênios pelo o seu Salvador e ele acabou vindo ao mundo: Jesus Cristo. Nesta época, os anjos costumavam repetir para as pessoas que não tivessem medo, haja vista que Ele habitava entre nós preenchendo os nossos corações de muita fé, amor, alegria e renovação. Passados mais de dois mil anos após a Sua vinda, ainda hoje precisamos ter muita força e também esperança para continuarmos trabalhando por um mundo melhor, um mundo mais justo, de mais compaixão, solidariedade e confraternização. O Natal simboliza tudo isso.”

De acordo com o bispo de Caruaru, em paralelo às tradicionais reuniões em família e as habituais presenças nas atividades católicas, é importante que o período natalino seja experimentado tomando como parâmetro o amor ao próximo. “Vivemos num mundo e num país de elevadíssimos desníveis sociais, onde muitos têm tudo e outros não têm nada. A chegada do Natal serve justamente para praticarmos ainda mais a partilha para com os outros, além da caridade, a solidariedade, a fraternidade, o altruísmo e o amor. É claro que é bom e necessário nos reunirmos com a família e participarmos das missas nas igrejas, porém é imprescindível que exercitemos a principal lição que o Aniversariante da época nos ensinou: a serventia ao próximo”, acrescentou dom Bernardino Marchió.

Diante de todas as dificuldades enfrentadas, em grande parte oriundas de Brasília, o vivenciar do Natal 2016 certamente servirá para que a população caruaruense retome o seu fôlego na busca por dias melhores. Foi o que também destacou o bispo de Caruaru. “O Natal sempre vem a despertar sinais de que algo de bom está para acontecer. Não podemos mais conviver com esta onda de corrupção e violência que estamos tendo de encarar, as pessoas precisam ter mais acesso aos serviços básicos, o desemprego tem de diminuir, ou seja, precisamos nos conscientizar que devemos evoluir aplicando as mudanças necessárias. Este período nos inspira e serve justamente para iniciarmos uma nova caminhada em busca ainda mais pela prática do bem.”

Assim como em todos os anos, as igrejas de Caruaru deverão desencadear uma série de atividades durante este fim de semana. Também na entrevista, dom Bernardino Marchió recomendou aos católicos entrarem em contato telefônico com as paróquias de suas frequências para confirmarem os horários das celebrações. Por fim, ele deixou uma mensagem de esperança para aqueles cristãos que se encontram por ventura passando por alguma dificuldade. “Não tenha medo! Essa expressão, tão citada em trechos da Bíblia, nos remete às providências divinas nas vidas de todos nós. Ou seja, apesar de todas as dificuldades, nossas vidas estão nas mãos de Deus e Ele possui projetos para todos os seus filhos. Quem está com Ele consegue vencer. Aproveitemos o Natal para nos aproximarmos ainda mais dele!”, finalizou.

Oração de Natal da Igreja Católica

Deus, fiel, tu enviaste ao mundo o Salvador como tinhas prometido ao teu povo e encarregaste-o de reunir na unidade todos os teus filhos dispersos. Ele é a tua Palavra viva e o que Ele diz é a paz. A paz que Tu nos dás através dele e que nos cabe também a nós construir.
Como no tempo de Isaías, como na época de João Baptista, a voz dos teus profetas insiste conosco para traçar para Ele, nas terras áridas da humanidade de hoje, um caminho plano: endireitar com a verdade as vias tortuosas da mentira, encher com amor os fossos de ódio que separam a família humana, aplanar as montanhas de injustiça que opõem os homens, dar de novo a liberdade aos nossos irmãos que defrontam obstáculos que lhes parecem intransponíveis.

Então, a Tua glória revelar-se-á e todos verão que a boca do Senhor falou. A justiça caminha à sua frente e a paz na senda dos seus passos. Não deixes a nossa preguiça e o nosso egoísmo atrapalhar o nosso caminho ao encontro de Cristo, nossa paz. Prepara os nossos corações para o acolhermos. Que Ele nos encontre límpidos e irrepreensíveis na paz. Isto Te pedimos em nome do próprio Jesus, teu Filho, nosso Senhor.
Amém!