Banqueiro Setúbal deixa oposição e agora apoia Dilma

Do Blog do Magno

O banqueiro Roberto Setubal, dono do Itaú Unibanco, banco que se engajou, primeiro, na campanha de Marina Silva e, depois, na de Aécio Neves, além de ter fomentado um discurso alarmista contra o Brasil em publicações internacionais, agora é Dilma. Multado em R$ 18 bilhões pela Receita Federal no primeiro governo Dilma e um dos principais agentes da oposição, o Itaú Unibanco, apoia a presidente, pelo que sinaliza seu presidente Roberto Setubal, irmão de Neca Setubal, que se engajou diretamente na campanha de Marina Silva.

O banqueiro é empregador de economistas como Ilan Goldfajn, que fez campanha sistemática contra a política econômica, e Pedro Malan, que ajudou a articular críticas internacionais ao País, em publicações como Financial Times e The Economist.

Eis o que disse Setubal, à revista Istoé Dinheiro, após a vitória de Dilma:

”A campanha eleitoral que culminou com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff foi um extraordinário momento na vida política do País, que fez a democracia sair fortalecida das urnas. O pronunciamento da presidenta foi muito positivo e a proposta de dialogar na busca de alinhamento para aprovação das reformas necessárias é extremamente importante para o futuro do País. O compromisso com o combate à corrupção e à impunidade reenfatizado por ela é muito bem recebido por todos os brasileiros. A importância da parceria com o setor produtivo e financeiro declarada pela presidenta também traz confiança e tranquilidade aos agentes econômicos, empresários e investidores. Finalizada a disputa eleitoral, acredito que todos devem trabalhar e colaborar com objetivo de melhorar o País. Este também é o compromisso do Itaú Unibanco, que reafirma sua confiança no Brasil, reforçado pela nossa crença num futuro melhor para a nação, sempre em torno da união e do diálogo, dos investimentos e de mais cidadania.”images-cms-image-000341108

Demóstenes Veras emite nota sobre a vitória de Dilma‏

Após confirmação da reeleição da candidata Dilma Rousseff, o vereador Demóstenes Veras (PROS), emitiu nota sobre a vitória da candidata e sobre o que foi as eleições de 2014 para o Brasil e também para Caruaru.

Segue a nota:IMG_5692

A vitória da presidenta Dilma Rousseff entra para a história política do Brasil não apenas porque foi mais um capítulo de um pleito eleitoral para eleger um chefe do Poder Executivo. Essa vitória está marcada por alguns fatos que não podem ser esquecidos, por algumas lições que foram dadas e por um simbolismo que só as grandes lutas populares podem explicar.

Entre os fatos, podemos citar uma grande parte da mídia comercial que em nome da defesa dos seus interesses familiares e comerciais, estabeleceu uma guerra de vale tudo, eivada de ocultação de fatos, criação de factoides, distorções, mentiras e alimentação de ânimos para separar as regiões do Brasil. Confundem liberdade de imprensa com abuso de liberdade de imprensa. Isso é inconstitucional. E eu sou um intransigente defensor da liberdade de imprensa. A minha crítica é contra o uso não democrático da mídia.

Uma grande lição a ser tirada diz respeito à soberania popular. Ninguém engana mais o povo. A lição do Brasil serve para Pernambuco e, em especial, para Caruaru. Em nossa cidade, foi uma vitória construída pelo povo, que, a cada eleição, vem demonstrando insatisfação com esse sistema oligárquico que tem empobrecido a política e negado o desenvolvimento com justiça social.

Aqui tivemos um misto de consciência política e gratidão a Dilma e a Lula por tudo que eles têm feito por Caruaru. É necessário que as principais lideranças políticas da Capital do Agreste revejam as suas práticas. Em Caruaru, o grande vencedor foi o povo, que creditou a sua confiança em Dilma e derrotou aqueles e aquelas que grande parte da imprensa insiste em chamar de “as grandes lideranças da cidade”. Estive na luta pela eleição de Dilma desde o primeiro turno, quando, de maneira consciente e ideologicamente correta, apoiei Armando Monteiro ao Governo do Estado. Comigo estiveram, no segundo turno, outros vereadores que não se submeteram às determinações das forças que já não mandam no povo, a juventude que quer renovar a nossa política, profissionais liberais, partidos políticos, movimentos sociais e o Senador Douglas Cintra. Um conjunto de forças que reconhecem o esforço do Governo Federal por nossa terra e foi à luta, com gratidão, pela reeleição de Dilma.

Estamos percebendo o surgimento de uma nova consciência política na nossa cidade. A vitória de Dilma abre em Caruaru novas perspectivas políticas, porque fica claro que ninguém manda no povo. Nós acreditamos nesse futuro que começou com essa eleição do último domingo.

Demóstenes Veras é Medico e Vereador em Caruaru

Dilma vence em todos os estados do Nordeste

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) venceu nos nove estados do Nordeste com mais de 60% de aprovação em cima do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB). Contabilizando as porcentagens, a petista alcançou 62,19% dos votos em Alagoas, 69,90% na Bahia, 76,73% no Ceará, 78,71% no Maranhão, 64,26% na Paraíba, 78,28% Piauí, 70,21% em Pernambuco, 69,96% no Rio Grande do Norte e 67,01% em Sergipe.

Depois de oito anos de aliança com o PT, Pernambuco volta a governar sem apoio do governo federal

Do Blog do Jamildopaulo-camara1

De aliados durante anos, PT e PSB ficarão em lados opostos no próximo mandato, divergência iniciada com a caminhada nacional do socialista Eduardo Campos, iniciada ano passado. Seja por motivos eleitorais ou não, os repasses federais para Pernambuco diminuíram em mais de R$ 1 bilhão de 2013 para 2014, fato que é considerado pelos socialistas uma retaliação à “traição” do partido. Com obras a serem finalizadas, sem incluir na conta os investimentos futuros, fica a dúvida sobre os recursos que chegarão ao Estado em quatro anos de divisão política.

O assunto começou a ser discutido mais amplamente em Pernambuco após o primeiro turno, dia 5, quando foi confirmada a vitória de Paulo Câmara (PSB) sobre Armando Monteiro Neto (PTB), candidato apoiado por Dilma, com 68,08% a 31,07%. Em meados de outubro, o secretário de Planejamento, Décio Padilha, insinuou em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco que a diminuição dos recursos se deve a uma retaliação pela saída dos socialistas da base aliada. Porém, a teoria foi combatida pelo atual governador, João Lyra (PSB), que, ao assumir o mandato, em abril, já havia comentado que o diálogo seria útil na manutenção dos investimentos federais. Lyra afirmou que o problema é na arrecadação.

O fato é que as obras da Adutora do Agreste quase pararam em agosto e a administração estadual, executora da construção e na oposição ao governo federal, alegou que o motivo seria a falta de repasses. Este ano, foram liberados quase R$ 99,4 milhões para o empreendimento, uma obra para levar água para cidades da região e com previsão de custos de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o restante contrapartida do Estado.

Uma construção futura que traz dúvidas é o Arco Metropolitano, uma megaobra viária que irá de Goiana ao Porto de Suape planejada em 2008 pelo governo estadual e assumida no ano passado pelo governo federal. Com orçamento previsto de R$ 1,34 bilhão, a obra ainda nem saiu da fase de projeto. Na sua última visita a Pernambuco, no dia 23, Dilma disse que são aguardadas licenças ambientais do Estado. Tudo continua sem prazos oficiais.

No âmbito menos prático e mais político, socialistas e aliados, apoiando Aécio Neves (PSDB), passaram a adotar na campanha a diminuição de mais de R$ 1 bilhão dos repasses, segundo dados do Portal da Transparência. O tucano também usou o dado na tentativa de angariar mais eleitores no estado onde teve a votação mais inexpressiva no primeiro turno, 5,92%.

Do outro lado, a presidente afirmou, na sua última visita a Pernambuco, a cinco dias do segundo turno, que não fará retaliação à gestão de Paulo Câmara e disse respeitar o futuro governador “porque ele foi escolhido pelo povo”. O senador Humberto Costa, coordenador da campanha de Dilma no Estado, previu: “Acredito que passada as eleições, se nós ganharmos, essas pessoas (os adversários) vão tentar esfriar a cabeça e olhar para o povo e não tentar reproduzir uma disputa.”

Com a vitória de Dilma, os discursos devem ser amenizados, a diplomacia deve ser adotada e a busca pelo diálogo, embora não como aliados, deve começar – o que pregou João Lyra há seis meses, no início do seu “mandato-tampão”.

Esta será a segunda vez que esse racha político entre as esferas estadual e federal acontece desde 1999, quando assumiu o Palácio do Campo das Princesas Jarbas Vasconcelos (PMDB), antigo oposicionista de Miguel Arraes e Eduardo e agora aliado do PSB pernambucano. Na época, Fernando Henrique Cardoso estava em seu segundo mandato, com o pernambucano Marco Maciel (à época, DEM) como vice. Quando reeleito, em 2002, Jarbas governou mais quatro anos com Lula no poder.

Já naquele período existia a polêmica em torno dos repasses federais, com correligionários pernambucanos discutindo para saber quem havia destinado orçamento maior para o Estado.

“Estimo que o governo Lula venha a colocar mais recursos no Estado como também espero que seja possível recuperar o tempo perdido. Em 2004, a média dos repasses atinge apenas 55% do que FHC repassou em média no governo dele, e Lula está devendo mais de 100 milhões ao Estado”, afirmou Mendonça Filho (DEM) há dez anos, na época vice-governador. O democrata chegou a ter embates com o próprio Eduardo Campos, quando esse era ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula.

“Verifica-se que Pernambuco recebeu de 1999 a 2002, no último quadriênio de FHC, R$ 10,4 bilhões para investimentos, enquanto, no período de 2003 a 2006, primeiro quadriênio de Lula, o Estado teve apenas R$ 9,8 bilhões”, comparou a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), em 2008. Assim, dá para se ter um tom do que eram os confrontos. Ainda durante o governo Jarbas, Lula era acusado, por exemplo, de atrasar os repasses para a duplicação da BR-232.

Nos últimos anos eleitorais, os repasses haviam aumentado. Em 2006, quando Jarbas ainda estava no poder e Eduardo disputou o governo pela primeira vez, vencendo, os recursos passaram de R$ 2,75 bilhões para R$ 3,46 bilhões. Naquele ano, o socialista derrotou o petista Humberto, que se tornou um dos seus principais aliados no segundo turno.

O crescimento nos números de recursos federais que chegam ao Estado foi expressivo também há quatro anos, período em que o PT compunha a Frente Popular de Pernambuco, chapa encabeçada por Campos que elegeu para o Senado o próprio Humberto e Armando Monteiro (PTB), aliados de Lula: foi de R$ 4,98 bilhões, em 2009, para R$ 5,77 bilhões, em 2010. A bandeira de que a aliança com o governo federal traria mais investimentos já era usada nas duas campanhas.

Agora é oficial: Dilma é reeleita presidente da República

Do Blog da Folha

Às 20h27, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita para mais quatro anos à frente do comando do País. Ele atingiu 51,45%, contra 48,55% do tucano Aécio Neves. Como restavam apenas 2.677.545 votos, matematicamente não haveria mais possibilidade de uma reviravolta.

Militantes que se concentram em um hotel em Brasília começaram a se abraçar e a gritar: “Tucano, aceita, é Dilma reeleita”.

O clima de euforia e apreensão marcou a reta final da apuração dos votos. Militantes convidados para o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff comemoraram a cada aumento da margem de diferença de votos em relação ao tucano Aécio Neves.

A vantagem apertada gerou apreensão entre os petistas, que chegavam ao hotel em um clima de euforia. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse ao chegar que esperava uma vantagem maior de Dilma. “Torci para que fosse uma diferença maior. Não foi possível, então é com essa (diferença) mesmo que vamos”, disse. Ao ser questionado sobre como seria um segundo governo Dilma diante de uma divisão acirrada do País entre petistas e tucanos, o ministro afirmou que o desafio será unir o País. “Se fosse quatro ou cinco pontos de diferença (para Dilma), a necessidade de unir não seria diferente.”

Questionado se essa pequena margem não traria dificuldades também na relação com o Congresso, Aldo respondeu: “A dificuldade no Congresso é a mesma, que não é pequena e nunca foi.”

O ministro também minimizou a tensão na reta final das eleições, que foi marcada por acusações entre Dilma e Aécio. “Não teve clima de guerra nenhum. O que teve foi uma disputa dura.”

A presidente ainda está no Palácio do Alvorada, onde se reúne com membros da campanha e dirigentes do PT. Alguns ministros já estão no Hotel Royal Tulip aguardando a chegada da petista.Dilma-e-Lula-Goiana

Dilma acompanhará a apuração com Lula em Brasília

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu mudar a sua estratégia e vai estar ao lado da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) na noite deste domingo (26), quando o País conhecerá o presidente eleito.

Lula votou pela manhã em São Bernardo do Campo e agora segue para Brasília para ficar ao lado de sua afilhada política. Em 2010, quando Dilma venceu as eleições, Lula não participou do discurso da vitória porque não queria ofuscá-la. Na ocasião, ele afirmou: “A festa é dela”.

No dia da votação, Humberto Costa reúne aliados de Dilma

Coordenador da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco, o senador Humberto Costa realiza neste domingo (26) um café-da-manhã com lideranças que apoiam a candidatura da petista no Estado.

O encontro vai acontecer a partir das 7h da manhã. Às 10h, Humberto vota na Escola Brigadeiro Eduardo Gomes , em Boa Viagem.

Marina pede votos para Aécio; Dilma defende continuidade

A ex-candidata à Presidência Marina Silva (PSB) pediu no programa eleitoral de Aécio Neves (PSDB) no rádio desta quinta-feira (23) que as pessoas não se deixem enganar por “acusações sem fundamento” da adversária Dilma Rousseff (PT). O programa do tucano foi dedicado a pedir votos, sem um tema específico, assim como o da petista, que afirmou que “nenhum governante consegue fazer tudo em quatro anos”.

Os locutores do programa de Dilma pediram que as pessoas conversem com amigos para lembrar “o quanto o Brasil mudou nos últimos doze anos”. “Lembre que o Brasil pela primeira vez em nossa história saiu do mapa da fome. E você não vai querer trocar o certo pelo duvidoso, né?”, disseram.

Dilma criticou Aécio por não apresentar “propostas concretas” para beneficiar a população. “No máximo, fala que vai fazer o que eu já estou fazendo, ou promete continuar os programas que eu e Lula criamos. Quando eu apresento uma proposta nova, ele pergunta por que não fiz antes. Todo mundo sabe que nenhum governante consegue fazer tudo em quatro anos”, ressaltou a presidente, frisando a necessidade da continuidade. “Meu compromisso é aperfeiçoar o que está funcionando bem, corrigir o que ainda não está bom e fazer o que precisa ser feito.”

A petista afirmou ainda que o País não quer voltar ao passado, e sim avançar cada vez mais. “Vamos trabalhar para ampliar essa vantagem da Dilma que as pesquisas mostram”, pediram os locutores.

A propaganda tucana também foi dedicada a pedir votos e continuou usando os apoios de Marina e de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. “Domingo é o dia em que a gente pode mudar de verdade o Brasil, com seu voto. Estamos diante da volta da inflação, que corrói o salário dos trabalhadores”, disse Marina, acrescentando que Dilma “espalha o medo, parte para ataques pessoais, porque assim evita expor problemas do seu governo”.

Segundo a ex-ministra, Campos e ela própria foram vítimas dos ataques e agora a mesma coisa acontece com Aécio. “Com seus compromissos, Aécio acende uma luz na escuridão desta campanha eleitoral. Não se deixe enganar por acusações sem fundamento que a campanha de Dilma está fazendo contra Aécio. Peço que você participe do movimento de mudança que Aécio representa”, concluiu Marina.

Renata Campos também deixou um recado: “Aécio representa não um partido, mas um conjunto de forças que se juntaram neste segundo turno para dar esse caminho de mudança que o Brasil pediu nas urnas”.

Aécio continuou destacando no programa o sentimento de mudança “em todos os lugares” e disse que tem se emocionado com isso. “Nós merecemos um País que cresça, que se desenvolva, que respeite as pessoas independentemente de sua religião”, afirmou, convocando os indecisos e prometendo que seu governo será “decente e eficiente”.

Campanha tucana culpa crise em SP pela alta de Dilma

Do Blog da Folha

A cúpula da campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB) culpa a falta d’água em São Paulo pela recuperação da presidente Dilma Rousseff (PT) nesta reta final da eleição. A crise tem sido explorada pela propaganda petista e seria o principal motivo da redução da vantagem do tucano no Sudeste, segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo.

O temor nas hostes aecistas é que o problema no abastecimento agrave a questão dos votos até domingo, data do segundo turno.

Ainda segundo a publicação, aecistas acham que a imagem pessoal de Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo reeleito, contribuiu para blindá-lo. “Ele está no governo há anos e tem uma respeitabilidade com os paulistas que Aécio ainda não conquistou”, diz o ex-governador Alberto Goldman (PSDB). O problema é que, até o agravamento da crise, o núcleo próximo a Aécio Neves era só elogios ao empenho do gestor na campanha presidencial.