Fiepe promove palestra sobre prevenção de problemas ambientais‏

Empresas que incorporam a dimensão ambiental às estratégias e aos processos de gestão demonstram uma visão ecológica que as diferenciam no mercado. Mas, controlar os impactos ambientais da atividade empresarial sem comprometer a competitividade ainda é um desafio para as organizações. Para auxiliar a indústria nesse sentido, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) promove o Fiepe Ambiental com a palestra “Como prevenir problemas ambientais?”, no dia sete de julho.

Os participantes serão orientados sobre as principais normas e procedimentos ambientais vigentes e como implementá-los nos negócios.  A Fiepe irá capacitar para o desenvolvimento de ações preventivas e de controle dos impactos ambientais provocados pela atividade industrial, através das abordagens: problemas ambientais – os prejuízos são sérios, a legislação ambiental brasileira, como obter a licença ambiental, gestão ambiental e eco eficiência e a ação da indústria para a competitividade.

Os conhecimentos serão transmitidos pela mestra em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável, Vera Barbosa. A especialista é auditora líder da ISO 14.001 – ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais – e membro do Fórum de Consultores do Instituto Ethos, com 23 anos de experiência no setor privado brasileiro.

O objetivo da Fiepe também é o de estimular a atuação coletiva dos empresários, por meio do Sistema de Representação da Indústria, para alterar a realidade do grande volume e da complexidade de regras e procedimentos ambientais que comprometem o desenvolvimento industrial.   Os interessados devem entrar em contato pelo telefone: (81) 3722-5667 ou pelo e-mail: regional.agreste@fiepe.org.br.

Problemas de atenção e processamento de informação causam mais de 60% dos acidentes fatais

A Semana Nacional de Trânsito, promovida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), traz como tema em 2015 “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Seja você a mudança”. O objetivo é incentivar comportamentos seguros para a redução de acidentes. Durante o período, acontecerão ações de abrangência nacional, como convite à participação de toda a sociedade no esforço para um trânsito mais seguro.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizaram cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países, em 2009. Ainda segundo a organização, as principais causas de mortalidade no trânsito são excesso de velocidade, uso de álcool e condução, falta de uso do cinto de segurança, de dispositivos de segurança para crianças e de capacete por motociclistas. De acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), “é importante alertar que, para mudar esse quadro, dependemos da mudança de atitude de todos os atores no trânsito (pedestres, ciclistas, passageiros e condutores). O ator do trânsito deve ser tratado como alguém que tem o poder de decidir o seu destino e que é responsável pelas próprias ações e vai sofrer as consequências de suas escolhas”.

Para a especialista Renata Torquato, doutoranda em Psicologia pela Universidade de Oslo, mudar comportamentos no trânsito não é uma tarefa simples. Por isso, para se aumentar a chance de sucesso é necessária uma estratégia que envolva diferentes ações, focadas em aspectos de educação, fiscalização e engenharia. “Depois de delimitar o público-alvo e o comportamento que se pretende mudar ou estimular, é necessário educar e informar os usuários das vias públicas sobre o comportamento em questão, bem como suas consequências. Nessa etapa, pode-se fazer o uso de campanhas, palestras, competições, entre outros”, afirma.

Na opinião da psicóloga, é necessário que se discuta e se cobre das autoridades um planejamento de mobilidade que tenha como premissa os deslocamentos dos pedestres e ciclistas. “A interação entre os diferentes tipos de usuários das vias deve ser pensada, com estratégias que minimizem os conflitos entre os usuários da via, ou as possíveis consequências desses conflitos. A manutenção de um ambiente seguro e favorável para todos os usuários deve ser o ponto de partida para se estimular outros meios de transporte que não sejam motorizados”, sugere.

O gerente de Produtos da Perkons, Ricardo Simões, lembra que há tecnologias que podem coibir o mau comportamento no trânsito. Para ele, a fiscalização é indispensável para que ocorram mudanças de conduta. “As possibilidades de aplicação da tecnologia para desencorajar os comportamentos inseguros no trânsito estão crescendo. Condutas que não eram possíveis de serem medidas, agora podem ser monitoradas por câmeras de videomonitoramento em rodovias e cidades”, conclui.

Fator humano é a principal causa de acidentes

José Aparecido da Silva, psicólogo e professor titular do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, explica que raramente ocorrem problemas mecânicos sérios responsáveis pelos acidentes fatais. Do mesmo modo, o ambiente tem sido otimizado e acidentes dificilmente são provocados por algum fator ambiental. Por outro lado, a ação humana, por envolver fatores cognitivos (inteligência), emocionais-motivacionais e de personalidade são responsáveis por boa parte dos acidentes fatais. “Problemas relacionados ao processo de atenção, tomada de decisão e processamento de informação são responsáveis por mais de 60% dos acidentes fatais. Aliado a isso, fatores de personalidade e cognitivos têm elevado esta porcentagem”, informa.

O professor acredita que é preciso selecionar melhor os motoristas, através de exames de habilitação que realmente possam prever a capacidade dos mesmos em identificarem situações de risco no trânsito. Na Austrália e outras nações europeias, por exemplo, é utilizado o Hazard Perception Test, um simulador com diferentes cenários e situações de trânsito, onde é possível avaliar a capacidade dos motoristas em detectar situações de perigo, considerando percepção, atitudes e velocidade de processamento de informação.

Dicas para um comportamento consciente no trânsito

– Os limites de velocidade devem ser respeitados

– Jamais dirija depois de consumir bebida alcoólica

– Utilize sempre o cinto de segurança. O mesmo vale para todos os ocupantes do veículo

– Fale ao celular somente quando não estiver dirigindo (antes de iniciar a jornada ou durante, se estacionar o veículo em local adequado)

– Não escreva mensagens ou utilize aplicativos no celular quando estiver dirigindo

– Sempre obedeça a sinalização

– Pare para descansar quando estiver cansado ou não estiver se sentindo bem

ARTIGO: Os problemas da definição do IPCA como índice de atualização de créditos

O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, em sessão realizada no início do mês de agosto de 2015, que os créditos trabalhistas devem ser atualizados com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A decisão foi tomada no julgamento de arguição de inconstitucionalidade suscitada pelo ministro Cláudio Brandão em relação a dispositivo da Lei da Desindexação da Economia (Lei 8.177/91), que determinava a atualização dos valores devidos na Justiça do Trabalho pela Taxa Referencial Diária (TRD).

Por unanimidade, o Pleno declarou a inconstitucionalidade da expressão “equivalentes à TRD”, contida no caput do artigo 39 da lei, e deu interpretação conforme a Constituição Federal para o restante do dispositivo, a fim de preservar o direito à atualização monetária dos créditos trabalhistas. Os ministros também modularam os efeitos da decisão, que deverão prevalecer a partir de 30 de junho de 2009, data em que entrou em vigor o dispositivo declarado inconstitucional pelo STF (artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, introduzido pela Lei 11.960/2009). A mudança do índice, porém, não se aplica às situações jurídicas consolidadas, resultantes de pagamentos efetuados nos processos judiciais, em andamento ou extintos.

De acordo com o advogado Fabiano Zavanella, sócio do Rocha, Calderon e Advogados Associados e especialista em Relações do Trabalho, a decisão representa um expressivo impacto para a contingência das empresas. “Agora, para o empresariado, a situação ficou crítica, porque o IPCA remunera mais que a TR e majora em quase 40% (na média) o valor dos créditos trabalhistas”, explica exemplificando que se  empresa tivesse um planejamento orçamentário de R$ 1 milhão para créditos trabalhistas, por exemplo, esse valor passou a ser [para créditos a partir de 30/6/2009] de R$ 1,4 milhão, o que impacta sobremaneira no fluxo de caixa da empresa.

O grande dilema dessa decisão do TST é que os magistrados de primeira e segunda instâncias já estão aplicando o entendimento, mesmo que a decisão da Corte Superior ainda não seja definitiva, logo boa parte das empresas não decidiu se altera suas provisões de imediato ou aguarda eventuais mudanças, até porque não é tão simples impactar provisões no último semestre de um ano tão complicado para o mercado como um todo. “Algumas empresas, inclusive, estão fazendo estudos comparativos do pior e melhor cenário para, de alguma forma, liquidar aquilo que é possível através de acordos ou pagamento onde há pouca chance de reversão para, ato contínuo, reajustar sua contingência ao novo cenário.”, finaliza o advogado da Rocha, Calderon e Advogados Associados.

Vereadores confirmam problemas nas delegacias de Caruaru

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Uma comissão formada pelos vereadores Rodrigues da Ceaca (PRTB), Tenente Tiburcio (PMN), Duda do Vassoural (DEM), Edjailson da Caru Forró (PTdoB), Carlinhos da Ceaca (PPS) e Antonio Carlos (DEM) está realizando visitas, desde a semana passada, a delegacias da Polícia Civil em Caruaru. O objetivo dessas visitas, que se encerram nesta terça-feira (01), é verificar problemas de falta de estrutura de funcionamento, denunciados por policiais.

Os vereadores estiveram em várias delegacias, como a Regional, a de Homicídios, a Seccional (do Indianópolis) e a da Mulher, e puderam constatar que as deficiências são de toda natureza, como detalha o presidente da comissão, vereador Rodrigues da Ceaca, membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Caruaru: “De positivo só os prédios porque as estruturas estavam boas, porém sem material de trabalho, sem material humano, sem pessoas para fazer a limpeza, um delegado acumulando três delegacias, o titular da 3ª acumula a 1ª e a 2ª delegacia, na Delegacia de Homicídios apenas três agentes para investigar todos os homicídios de Caruaru, falta delegado em algumas delegacias e, por fim, os alojamentos são desumanos”.

De janeiro até ontem (31 de agosto) foram registrados 122 assassinatos em Caruaru, índice que se aproxima dos 129 homicídios registrados no ano inteiro de 2014. Esses números, acredita o vereador Rodrigues da Ceaca, são reflexos das profundas dificuldades que a Polícia Civil enfrenta diariamente para trabalhar na investigação e no combate ao crime. “A partir do momento em que até os próprios processos acumulam, ao ponto de ter que distribuir para outras delegacias como Santa Cruz do Capibaribe, Cupira e outras delegacias, eu acho que Caruaru está uma cidade sem lei, porque é justamente o que está acontecendo em nossa cidade, mas eu espero que o governador Paulo Câmara, que deve vir a Caruaru na próxima quinta-feira para inaugurar o Núcleo de Segurança do Salgado, se sensibilize e tome uma atitude para devolver a tranquilidade a todos os caruaruenses”, considerou o parlamentar.

Após as visitas, que terminam nas delegacias do bairro Indianópolis, a comissão deverá reunir todas as informações coletadas e elaborar um relatório que será encaminhado à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. O assunto também deverá ser trazido a debate com uma audiência pública, solicitada pelo vereador Rozael do Divinópolis (PROS).

Oposição avisa que vai convocar de 20 a 30 audiências sobre problemas do Estado

Por AYRTON MACIEL
Do Jornal do Commercio

A situação fiscal e financeira do Estado e a busca de financiamentos para o programa de governo, ao lado da antecipação do debate eleitoral de 2016, devem dominar o debate do segundo semestre, mas há uma agenda de temas técnicos que a oposição anuncia que vai explorar e que a base governista intitula de “sem novidade” e unicamente “eleitoreira”, e que vai ser pauta para confronto nas comissões permanentes e no plenário.

No mês do recesso, parte da oposição aproveitou para levar o “programa” de fiscalização Pernambuco de Verdade – contraponto ao Todos por Pernambuco – à Zona da Mata e Agreste, levantando obras paralisadas e serviços públicos precários que subsidiarão cobranças na Assembleia, mas também – embora negue – a pauta das eleições municipais de 2016. “Vamos convocar de 20 a 30 audiências públicas nas comissões temáticas, ampliando o diálogo com a sociedade”, diz o líder Sílvio Costa Filho (PTB).

Da parte do governo do Estado, não há, no momento, projetos a ser encaminhados ao Legislativo, revela o líder da bancada, Waldemar Borges (PSB). O socialista afirma que a preocupação do Executivo, diante da crise nacional, é em se debruçar sobre o orçamento, os recursos disponíveis, o planejamento e os compromissos deste ano e na elaboração do orçamento de 2016. “A cobrança da oposição é um tiro no pé. Cobra em cima de problemas criados pelo campo dela (a União)”, acusa.

Os parlamentares, todavia, vão encontrar mais conforto para descansar dos embates. No retorno à Casa, nesta segunda-feira (03), ocuparão os novos gabinetes instalados no novo prédio, mais amplos e mais equipados com aparelhos de comunicação. Mas, vão também encontrar uma pauta de 232 projetos prontos para retomar a tramitação na Comissão de Constituição (CCLJ). Um estoque de propostas, a maioria do próprio Legislativo, não votadas no primeiro semestre.

Projetos como o que proíbe a prática de motocross em áreas de conservação, a proibição de ônibus com o motor na dianteira, o que obriga a blindagem dos para-brisas de todas as viaturas policiais e as prefeituras do interior a fornecerem ônibus escolar. “Vou brigar para implantar o Monitora Pernambuco, uma plataforma digital à disposição do cidadão para discutir as ações do governo”, destaca Priscila Krause (DEM).

Má estrutura continua atrapalhando vendas no Camelódromo

A tão já falada crise financeira ainda nem fazia parte do dia e dia dos comerciantes do Camelódromo dos Guararapes, no centro de Caruaru, e eles já se queixavam da queda no fluxo de clientes. No ano passado, o Jornal VANGUARDA chegou a fazer duas matérias relatando os problemas da estrutura física do local, o que, segundo os negociantes, estaria prejudicando e muito o movimento, porém, passado todo esse período, ainda nada foi feito por parte da prefeitura. Atualmente, com as chuvas caindo com maior intensidade e a infraestrutura do complexo ainda mais debilitada, a nova realidade econômica do país virou fichinha perto dos transtornos enfrentados.

“Se o problema só fosse a crise, ficaríamos um pouco mais conformados, até porque a situação está feia para todo o comércio. O mais revoltante é observar os consumidores deixando de fazer compras por aqui não só pela falta de dinheiro, mas também pela precária infraestrutura do local. Desde o ano passado, temos cobrado a reposição do teto, bem como uma iluminação decente, mas até agora nada foi resolvido. Com esse tempo de chuva, estamos perdendo mercadorias e os clientes têm deixado de vir, até porque ninguém quer comprar debaixo d’água. Agora, para cobrar imposto, isso a prefeitura sabe fazer”, criticou o comerciante Afonso Vasconcelos.

Concorrente dele, a autônoma Luzinete Figueroa também fez questionou a suposta morosidade por parte da PMC. “Será que, se ela não quisesse, já não teria resolvido os problemas daqui? Já cansei de ouvir nas rádios o prefeito José Queiroz dizendo que irá reformar esse Camelódromo, mas as promessas ainda não saíram do papel. Uma equipe da prefeitura até que já realizou um levantamento, mas, passados todos esses anos, estamos tendo de arcar com impostos caros e infraestrutura baixa. As vendas estão muito ruins, mas se contássemos com um local mais adequado, a situação poderia estar um pouco melhor”.

Em janeiro de 2014, quando a reportagem esteve no local, o ambulante José da Silva já havia criticado a ausência de banheiros químicos. Passado todo esse tempo, a demanda permanece a mesma. “Impressionante, mas nos pouco mais de um ano e seis meses de uma reportagem para a outra, a prefeitura não fez absolutamente nada em prol do Camelódromo. Precisamos ao menos contar com equipamentos básicos para oferecermos uma estrutura mínima aos clientes. Não tenho dúvidas de que todos esses problemas vêm atrapalhando bastante as nossas vendas”.

Por telefone, o secretário municipal de Infraestrutura, Bruno Lagos, respondeu aos questionamentos dos comerciantes. “Ressaltamos que a prefeitura está ciente dos problemas no Camelódromo, tanto que já elaborou o projeto de revitalização do local e este último já foi encaminhado à comissão especial de licitações. O processo licitatório já foi iniciado e a expectativa é que as obras comecem na primeira semana de agosto”.

Opinião: Alguns problemas morais

Por Tiê Felix 

Em certos tempos de crise moral a inversão de valores e o moralismo excessivo tomam a frente do rumo das ideias e concepções das pessoas. É aquela conduta cristianizada de quem passou toda a vida em pecado e resolve do dia pra noite servir ao bem e ao justo para assim superar as suas máculas e as da sociedade. Agora que se vê claramente qual é a identidade brasileira – do progresso submisso a ordem – muitos querem resolver tudo com apenas um gesto, aquele mesmo do senhor de engenho. Estamos fadados ao paliativo porque a reflexão não é um habito dominante em nenhum setor da sociedade.

Como vivemos toda nossa história sob a égide de uma dominação impositiva, a consciência de si brasileira é pouco clara. Mesmo numa reflexão séria sobre temas tão problemáticos como a corrupção endêmica pela nossa ignorância sistemática corremos o risco de reafirmar a mesma estrutura de poder que desde sempre condena o Brasil ao fracasso. Em um país de fracassados o moralismo é o melhor caminho para a resolução de dilemas morais coletivos. A vergonha que sentimos, ainda que travestida de crítica, nos indica que nosso trabalho é em em vão, que o Brasil não é capaz de reconhecer coisa alguma, nada que lhe apareça e que possa encaminha-lo a algum rumo a algum projeto.

De agora em diante corre-se o risco de vivenciarmos um retorno exploratório em todos os setores do trabalho em função da ideia generalizada de que é cultural as práticas corruptas. Esse provavelmente é o maior argumento em favor de um aumento exploratório, sobretudo daqueles mais fragilizados numa sociedade de senhores. Não nos esqueçamos que o lado mais fraco sempre perde e que de agora em diante o discurso moralista irá se fazer presente em vários setores da nossa sociedade com o fim de erradicar o mal da corrupção no interior das nossas relações sociais.

A palavra crise está por demais desgastada. Precisamos perceber que a crise no Brasil nos é peculiar e não trivial.

Tiê Felix é professor.

Ambulantes criticam problemas do Camelódromo

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Por Pedro Augusto

A promessa no início do ano era de dias melhores para o Camelódromo dos Guararapes, no centro de Caruaru. O espaço iria passar por reformas, bem como novos equipamentos seriam instalados em sua estrutura física. Porém com o passar dos meses, o que se desenhava na teoria acabou não se transformando na prática. Resultado: cerca de oito meses depois de a reportagem do Blog ter ouvido as reclamações dos ambulantes, o discurso dos entrevistados continua o mesmo. Sem exceção, eles alegam não aguentar mais os prejuízos provocados pela precária infraestrutura do local.

Ambulante já de longas datas, Vera Lúcia da Silva disse ter chegado ao seu limite de paciência. “Se as vendas do comércio já não andam lá essas coisas, imagine num espaço onde o descaso impera. Ora, como é que os clientes têm ânimo para nos visitar se quando chove eles ficam molhados, já que simplesmente não há coberta? A iluminação é outra vergonha, afinal é garantida por gambiarras. Já o banheiro? Sobre este último não posso nem comentar, pois não existe. Nossas vendas caíram bastante após a intensificação dos problemas.”

Concorrente de Vera Lúcia, Afonso Vasconcelos foi outro ambulante a se queixar da queda das vendas. “É claro que o movimento não está bom em nenhum canto, mas aqui parece estar pior. Desde o início do ano que temos observado uma diminuição gradativa no fluxo de consumidores. Muitos deles estão deixando de nos procurar por conta do abandono daqui. Se não bastasse a queda no faturamento, também temos contabilizados vários prejuízos financeiros como mercadorias danificadas. Além de molhar os ‘gatos pingados’, a chuva também está estragando os produtos. Queremos uma resolução urgente!”

Consultado pela reportagem, o coordenador do Departamento Municipal de Feiras e Mercados, Felipe Augusto, garantiu que as revitalizações no local sairão do papel muito em breve. “Através de um estudo que estamos concluindo nesses próximos dias, saberemos se será viável realizar agora todas as reformas necessárias ou apenas, por exemplo, da cobertura. O que está pesando justamente é a questão financeira. Mas de antemão informamos que os trabalhos serão iniciados o mais rápido possível.”

Marcelo Gomes destaca problemas na rede pública de saúde

O vereador  Marcelo Gomes (PSB), em Sessão Ordinária da última terça-feira, destacou a situação da rede pública de saúde, que vem enfrentado problemas com recursos financeiros e humanos.

Segundo o parlamentar, a  falta de médicos para atender pelo sistema único de saúde tem gerado problemas para a população.

“O grande problema da saúde chama-se falta de recursos: financeiros e humanos – médicos. Quando não tem como prescrever um remédio é porque não tem médico ou ele não foi trabalhar. Apesar de ser do PSB, acho que o governador Eduardo Campos tem que encarar o problema de frente. Muito foi feito em investimentos no Hospital Regional, no Recife, em Unidades de Pronto-Atendimento e unidades de saúde em cidades, mas ainda há o que fazer”, disse o socialista lembrando ainda a revitalização e construção de hospitais em Caruaru.