Jadiel recebeu R$ 30 mil para assinar requerimento, diz Polícia Civil

Do Blog do Mário Flávio

Novas escultas telefônicas divulgadas pela Polícia Civil com autorização da justiça, revelam detalhes das conversas dos vereadores investigados pela Operação Ponto Final. O primeiro trecho de uma das gravações, mostra que em depoimento a polícia o vereador Pastor Jadiel Nascimento (PROS) confirmou que recebia dinheiro por fora para aprovar a instalação da CPI da CGU na Câmara Municipal de Caruaru.

Polícia Civil – “Você tomou conhecimento de que algum vereador recebeu dinheiro pra assinar o requerimento da CPI?

Jadiel Nascimento – “Pra assinar não. Mas que pegou em dinheiro, pegou.

PC – “Quem pegou em dinheiro?”

JN – “Eu”.

O Blog teve acesso ao decreto de prisão preventiva dos cincos vereadores presos na Operação Ponto Final 2. Segundo a polícia o valor recebido pelo Pastor Jadiel foi de 30 mil reais, sendo 15 mil pago por Val (DEM) e os outros 15 mil por Neto (PMN).

Em outro trecho, o vereador Silvado Oliveira (PP) propõe a um interlocutor da prefeitura de Caruaru o pagamento de propina a integrantes da bancada de oposição. No entanto, não se sabe ainda de qual projeto o vereador fez referência.

“Se os 17 confirmar que vai votar… E vai votar se o prefeito chegar junto… Era bom chegar par oposição e dar um cala-boca neles também. Não custa nada não, rapaz. Isso aí é… é dinheiro… é muito dinheiro. É aquilo eu que te disse. Não é o prefeito, não. É as empresas que tá dando. Acabou-se.” [Trecho das gravações].

Operação Ponto Final 2: Polícia Civil inicia novas investigações

Do Blog do Mário Flávio

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta quarta-feira (29) a Operação Ponto Final 2 e conduziu a Gerência de Policia do Agreste I os vereadores Val das Rendeiras (Pros) e Evandro Silva (PMDB). Segundo as primeiras informações, apenas esses dois parlamentares devem prestar esclarecimentos e em seguida irão ser encaminhados a Penitenciária Juiz Plácido de Souza.

A prisão de ambos tem relação direta com a CPI da CGU, que foi criada após muita polêmica na Câmara Municipal da cidade. Ainda hoje mais o informações sobre o caso.

Projeto do BRT é aprovado mais uma vez

Em sessão extraordinária realizada hoje, a Câmara de Vereadores de Caruaru aprovou, por 20 votos a 2, o projeto do BRT (Bus Rapid Transit).

Após a votação, o líder do governo na Casa, vereador Ricardo Liberato (PSC), comemorou o resultado. “O BRT trará inúmeros benefícios para a população trabalhadora que precisa de transporte público”, afirmou.

Apenas Joel da Gráfica e Rosimery da Apodec (ambos do DEM) votaram contra o projeto.

Câmara anula votação do projeto do BRT

Em sessão extraordinária realizada na noite desta terça-feira (21), a Câmara de Vereadores de Caruaru decidiu anular, por unanimidade, a votação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), aprovado no dia 18 de dezembro de 2013.

Os parlamentares alegaram questões éticas, já que a matéria está sob suspeição por ter sido alvo de investigações da Polícia Civil. “Votei [pela anulação] por uma questão de Justiça, em respeito às instituições democráticas e ao Estado de Direito”, justificou Marcelo Gomes (PSB).

Nesta quarta-feira (22) acontecerá uma nova sessão extraordinária para votação de duas questões ligadas aos servidores da Casa Jornalista José Carlos Florêncio – atualização de salários e determinação funcional de auxílio-alimentação.

Vereadores retornam ao cargo

O desembargador do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco), Fausto Campos, concedeu nesta sexta-feira (17) liminar em mandado de segurança para que os dez vereadores de Caruaru afastados do cargo desde 18 de dezembro de 2013 voltem a exercer suas atividades na Casa Jornalista José Carlos Florêncio.

Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel (Pros) e Val das Rendeiras (Pros), que integram a base do governo, e os oposicionistas Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD), Evandro Silva (PMDB), Jajá (sem partido) e Neto (PMN) foram presos na Operação Ponto Final da Polícia Civil sob acusação de cobrar propina para aprovar projetos do Executivo.

Com a decisão favorável obtida na Justiça, a defesa dos parlamentares agora corre contra o tempo para que todos possam participar, na próxima semana, da sessão extraordinária convocada pela Câmara de Vereadores para analisar, entre outros pontos, a anulação da votação do polêmico projeto do BRT (Bus Rapid Transit).

“Eles foram eleitos para trabalhar pela cidade e estão ansiosos por esse momento”, disse ao blog o advogado Saulo Amazonas.

Vereador Evandro Silva é preso; Neto é considerado foragido pela Justiça

O vereador Evandro Silva (PMDB) foi preso na tarde de hoje, em Caruaru. Ele teria ameaçado testemunhas do processo que apura uma suposta cobrança de propina de parlamentares para aprovar projetos de interesse do Executivo.

Evandro já se encontra na Penitenciária Juiz Plácido de Souza.

Outro parlamentar que teve a prisão decretada foi o oposicionista Neto (PMN). Ele, no entanto, não foi encontrado pela polícia e é considerado foragido.

*Post atualizado às 16h10

Ministério Público oferece denúncia contra vereadores de Caruaru

O Ministério Público de Pernambuco ofereceu denúncia contra os dez vereadores de Caruaru acusados de cobrar propina para aprovar projetos de interesse do Executivo. O processo, que corre em segredo de Justiça, agora está sob análise do juiz Pierre Souto Maior. Ouvido pelo blog, ele disse que vai analisar os autos e na próxima semana deve se pronunciar sobre o caso.

Os parlamentares foram presos na Operação Ponto Final, deflagrada pela Polícia Civil no dia 18 de dezembro do ano passado. Segundo as investigações, que duraram seis meses, os vereadores teriam exigido R$ 2 milhões para aprovar o projeto do BRT (Bus Rapid Transit). Eles são acusados de concussão (cobrar vantagens), de integrar organização criminosa e corrupção passiva.

A operação prendeu seis do bloco da oposição – Neto (PMN), Jajá (PPS), Evandro Silva (PMDB), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD) e Val (DEM) – e quatro da base do governo – Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel (PROS) e Val das Rendeiras (PROS). Eles foram soltos entre os dias 24 e 26 de dezembro, por decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Vereadores do PSB votarão em Armando Monteiro para governador

Três vereadores do PSB de Taquaritinga do Norte, Eraldo de Pedra Preta, Luquinha da Saúde e Geovane, devem anunciar apoio esta semana à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Governo do Estado.

Eles são liderados pelo vice-prefeito Lero (PDT), que vive uma “separação branca” com o chefe do Executivo municipal Evilásio Araújo (PSB).

Em coletiva, vereadores negam que tenham cobrado propina

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Os parlamentares reuniram os jornalistas uma hora depois de coletiva da Polícia Civil (Foto: Wagner Gil)

Uma hora depois da entrevista coletiva da Polícia Civil, os dez vereadores presos na Operação Ponto Final reuniram a imprensa em um hotel de Caruaru para dar suas versões, mas só três deles foram escalados pelos colegas para representar o grupo: Val (DEM), Sivaldo Oliveira (PP) e Evandro Silva (PMDB).

O primeiro a falar foi Evandro. Ele negou que tenha feito qualquer tipo de proposta ou recebido dinheiro e desafiou as autoridades a apresentarem provas contra sua pessoa. “O que aconteceu foi uma armação. Eu sempre fui um crítico do governo José Queiroz e nunca, nunca dirigi a palavra ao prefeito. Ele mesmo disse em uma emissora de rádio que nunca recebeu proposta alguma de vereador”, disse.

Já Sivaldo Oliveira rechaçou qualquer possibilidade de ser um dos mentores do grupo. “Isso não existe. Aqui existem homens de bem, empresários e pessoas públicas que prestam serviço a Caruaru. No meu caso, votei pela aprovação de mais de 90% dos projetos que foram enviados pelo Executivo. Agora, alguns projetos tiveram que ser discutidos mesmo”, justificou.

O líder da oposição, Val (DEM), também fez sua defesa e dos demais colegas. Segundo ele, as acusações são absurdas e querem prejudicar o trabalho que a bancada oposicionista vem fazendo na Câmara. “Isso é pura armação. Eles nos acusaram, nos prenderam e não apresentaram provas de nada. Passei por constrangimento, invadiram minha casa e até hoje minha família sente os males causados por essa truculência”, afirmou o democrata.

Ele também negou qualquer tipo de reunião com o prefeito ou o secretário Marco Casé (Relações Institucionais). “Não tenho acesso a esse rapaz (Marco Casé)”, reforçou Val. Já Sivaldo admitiu ter conversado com Casé, mas nunca para pedir propina. “São reuniões normais, inclusive a Secretaria de Relações Institucionais é para cuidar do relacionamento da Câmara com a prefeitura”, finalizou.

Polícia Civil conclui inquérito e aponta chefes de esquema de corrupção

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O delegado Erick Lessa disse que o “trabalho continua” (Foto: Wagner Gil)

A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (27) o inquérito que apura a participação de dez vereadores em um esquema de cobrança de propina para aprovar projetos de interesse do Executivo, em Caruaru. A Operação Ponto Final, que resultou na prisão dos parlamentares, foi deflagrada no último dia 18.

Os vereadores são acusados dos crimes de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa. Segundo o delegado Salustiano Albuquerque, a operação serviu de exemplo para várias cidades do Estado. “Já fomos procurados por prefeitos de outros municípios que estão vivendo situações parecidas. Essa operação é um marco que pode servir de exemplo para todo o país”, observou o chefe da Dinter 1 (Diretoria Integrada do Interior).

Durante a coletiva, o delegado Erick Lessa, que chefiou uma equipe de mais três delegados, apontou os mentores do grupo: Cecílio Pedro (PTB), Sivaldo Oliveira (PP) e Val (DEM). “Concluímos o inquérito com quase 800 páginas e remetemos ao Ministério Público. O trabalho foi muito bem feito pelo delegado Erick Lessa e sua equipe. Temos a certeza de que foi concluído com muita responsabilidade. Tudo que foi realizado através de escutas e interceptações teve autorização da Justiça”, acrescentou Salustiano.

Lessa informou ainda que a polícia pode abrir novas linhas de investigação por causa das informações colhidas nesse primeiro inquérito. “São informações que não podem ser repassadas nesse momento para não atrapalhar as investigações, mas o trabalho continua”, completou o delegado.