Ministério Público pede condenação de vereadores acusados na Ponto Final 2

O blog teve acesso com exclusividade às alegações finais do Ministério Público no que diz respeito à Operação Ponto Final 2, na qual dois vereadores foram acusados de corrupção passiva – Jadiel Nascimento e Val das Rendeiras (ambos do Pros) – e três de corrupção ativa – Evandro Silva (PMDB), Neto (PMN) e Val (DEM) – para aprovar a CPI da CGU na Câmara e investigar possíveis irregularidades na aplicação de verbas federais da educação. O processo, de número 915-31.2014, está na 4ª Vara Criminal.

Um dos fatores que complicam a vida dos envolvidos é que a petição está assinada por seis promotores e pede a condenação dos legisladores, além da perda do cargo. Foi um trabalho longo, desenvolvido pela equipe do MP, em que muitas provas que estavam nos autos foram analisadas, como interceptações telefônicas e escutas ambientais. Os promotores que assinam as alegações finais são George Diógenes Pessoa, Flávio Henrique Souza dos Santos, Keyller Toscano de Almeida, Luiz Gustavo Simões Valença de Melo, Sérgio Tenório de França e Henrique Ramos Rodrigues.

Segundo o Ministério Público, houve prática de crimes previstos na legislação penal brasileira em razão de um esquema de captação de votos para a instauração de uma CPI. Segundo os seis promotores, ficaram comprovadas a autoria e a materialidade dos fatos narrados na denúncia. O MP acusa Val, Neto e Evandro Silva de serem responsáveis pela “captação ilícita dos votos dos vereadores Pastor Jadiel e Val das Rendeiras, mediante pagamento de R$ 30 mil a cada”.

O MP evidencia ainda que foi comprovado nos autos o recebimento da quantia em questão e que na casa de Val das Rendeiras foram encontrados R$ 15 mil. A defesa e o vereador negam e afirmam que o dinheiro pertence a uma filha e seu noivo. O casal estava fazendo economias para comprar uma casa, segundo foi relatado na defesa. O Ministério Público, porém, afirma que não encontrou documentos que comprovassem tal movimentação financeira que justificasse essa quantia em casa.

Uma das teses da defesa dos vereadores é que existe uma cultura de empréstimo entre os vereadores e que “se tratava apenas de um empréstimo”, não de pagamento, para aprovar a CPI. Empréstimos são fato comum há vários anos na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. Essa tese, contudo, foi rechaçada pelo MP que aponta trechos das escutas ambientais e depoimento de testemunhas, entre elas do próprio Jadiel, que no primeiro momento (na fase de inquérito policial) afirmou que teria recebido o dinheiro e depois negado quando o processo chegou à Justiça.

“Conforme se observa os termos da escuta ambiental, os envolvidos pretendiam utilizar a mencionada CPI para coagir o gestor municipal a lhes pagar para que a CPI não fosse à frente, inclusive iriam descontar de tal valor recebido o suposto empréstimo feito ao acusado Jadiel”, disse o Ministério Público em suas alegações. 

No trecho de várias páginas, o Ministério Público especifica uma a uma as participações no caso, sempre transcrevendo escutas ambientais ou interceptações, além do depoimento que foi feito ao delegado Erick Lessa, que tocou a Ponto Final 2. O MP pede a condenação de Val, Neto, Evandro Silva, Val das Rendeiras e Pastor Jadiel e a perda de seus mandatos.

Lucas Ramos cumpre agenda com Paulo Câmara

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Após a abertura do seminário Todos por Pernambuco, em Surubim, no Agreste, nesta quinta-feira (9), o deputado Lucas Ramos (PSB) acompanhou o governador Paulo Câmara e a sua equipe de Governo até a cidade de Santa Cruz do Capibaribe.

Lá, o governador assinou a Ordem de Serviço autorizando a restauração e duplicação da PE-160, que liga o distrito de Pão de Açúcar até Santa Cruz do Capibaribe. Durante o discurso, Paulo Câmara se comprometeu em voltar à cidade, depois de um ano, para a inauguração. O governador ressaltou que a obra era um sonho antigo de Eduardo Campos, que sempre acreditou na capacidade de desenvolvimento do polo de confecções da região.

Ainda no município, Paulo Câmara entregou a Escola Técnica Estadual José Nivaldo Pereira, que vai beneficiar estudantes também dos municípios de Toritama, Taquaritinga do Norte, Jataúba e Brejo da Madre de Deus. “A interiorização do desenvolvimento é compromisso do governo. Investir em obras de infraestrutura e educação é o caminho para a melhoria de vida da população”, pontuou o deputado Lucas Ramos.

Wolney Queiroz é o entrevistado do Mesa Redonda desta sexta

Nesta sexta-feira (10), o deputado federal Wolney Queiroz estará na rádio Cultura de Caruaru, participando de entrevista no programa Mesa Redonda.

Em pauta, as votações em plenário, obras e investimentos para Caruaru, eleição municipal 2016 e o comando do PDT em Pernambuco. Assunto não vai faltar.

A entrevista começa às 10h e segue até meio-dia.

Sebrae realiza Semana do Microempreendedor Individual

Até o dia 24 deste mês, o Sebrae em Pernambuco irá promover ações dentro da Semana do Microempreendedor Individual (MEI), em todo o Estado. Em Caruaru, a programação acontece entre os dias 13 e 17, na rua Armando da Fonte, no bairro Maurício de Nassau, em frente à Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic).

Durante o período do evento, os Microempreendedores Individuais e potenciais empresários poderão participar de capacitações nas oficinas do Sebrae (SEI), receber orientação sobre as obrigações e os benefícios do programa, assistir a palestras de legalização, ficar informado sobre o preenchimento da Declaração Anual, das obrigações fiscais, impressão de boletos, formalização e alteração da empresa, além de tirar dúvidas, entre outros serviços.

A Semana do Microempreendedor Individual também vai disponibilizar capacitações com foco na oportunidade sustentável de desenvolvimento dos negócios. Além disso, o evento também tem como meta disseminar as atividades prestadas pelos MEI e mostrar os benefícios e deveres que cada microempreendedor deve estar atento para ter sucesso, como tomar cuidado com a inadimplência em seu negócio.

Opinião: Projeto de lei que regulamenta terceirização é retrocesso

Após tramitar por mais de dez anos, a regulamentação da terceirização foi aprovada na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 4330/2004 propõe a extensão da terceirização a todas as atividades das empresas privadas, públicas e de economia mista além de prever que a empresa contratante do serviço terceirizado só seja responsabilizada juntamente com a contratante de mão de obra , caso não fiscalize os pagamentos devidos aos contratados.

Para Leonardo Passafaro, especialista em relações trabalhistas e sócio do Capano, Passafaro Advogados Associadosa terceirização da atividade-meio representa um retrocesso trabalhista uma vez que apenas traz segurança jurídica apenas para a empresa que contrata a mão de obra terceirizada.

O advogado destaca que a fiscalização das empresas terceirizadas pelas tomadoras prevista no texto do projeto de lei é falho, já que não será possível aferir se os recolhimentos feitos pela terceirizada estão corretos vez que serão realizados de maneira global, o que torna muito difícil detectar se há falhas nos pagamentos ou recolhimentos de cada empregado.

Leonardo Passafaro diz que o Projeto de Lei 4330 não será capaz de melhorar a oferta de empregos, nem fomentar a especialização de empresas terceirizadas e tampouco baratear o custo da mão de obra. Para ele uma política efetiva de geração de empregos primeiramente depende da redução de encargos sociais sobre a folha de pagamento, além de uma economia aquecida. “A terceirização não traz barateamento de mão de obra porque alguém vai ter que pagar PIS e COFINS, SAT (Seguro de Acidente de Trabalho), além do Sistema S”, observa.

Outro tema polêmico do PL 4330 é a questão sindical já que nessa modalidade de contratação o terceirizado perde as proteções inerentes à sua categoria profissional, pontua Leonardo Passafaro. Ele compara ainda a aceitação das cooperativas de trabalhadores e o da terceirização como forma de melhorar a geração de empregos.“Até hoje há dificuldade de aceitação das cooperativas de trabalhadores para executar serviços, como agora ampliar a terceirização poderia produzir resultado positivo na geração de empregos?”, questiona.

Governo do Estado retoma a duplicação da PE-160

O Governo de Pernambuco vai retomar a restauração e duplicação de um trecho de 12 quilômetros da PE-160, que liga Santa Cruz do Capibaribe ao distrito de Pão de Açúcar. O investimento será de R$ 64,4 milhões e a rodovia será entregue em 18 meses. O governador Paulo Câmara, que está no Agreste para o Todos por Pernambuco, foi ao município autorizar a intervenção nesta quinta-feira (9).
 
“A duplicação é uma necessidade da região, pois vai oferecer mais condições para desenvolver esse importante polo de confecções. Eu não tenho dúvida que o caminho para o crescimento é esse: melhorar a infraestrutura e promover a qualificação profissional. Sabemos que Pernambuco tem que se desenvolver por inteiro, aproveitando o potencial de cada região”, argumentou Paulo Câmara, referindo-se também à entrega da Escola Técnica Estadual do município. 
 
Além de ajudar no desenvolvimento do polo de confecções – o segundo maior do Brasil -, a obra vai elevar a segurança na PE-160, outra prioridade do Governo.

Medida torna obrigatória solicitação de seguro pela internet

Pedro Augusto
Com Agência Brasil

Os empregadores que ainda não se atentaram para a novidade devem prestar bastante atenção na hora em que forem preencher os requerimentos dos seguros-desempregos de seus ex-funcionários. Desde o início deste mês entrou em vigor em todo o país a resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que determina a realização do procedimento apenas por meio da internet. Antigamente, as documentações eram preenchidas pelas empresas (em guias nas cores verde e marrom) e entregues pelos trabalhadores no momento da solicitação do benefício. Agora, elas terão de utilizar obrigatoriamente o aplicativo Empregado Web, no portal Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o Governo Federal, o uso da ferramenta permite o preenchimento dos requerimentos de seguro-desemprego e comunicação de dispensa, de forma individual ou coletiva, mediante arquivo de dados enviados ao Ministério. A medida, de acordo com o auditor fiscal da Agência Regional do MTE, Francisco Reginaldo, tende a beneficiar a todos os envolvidos no processo. “Além de os trabalhadores receberem mais rápido o seguro, pois a entrega do pedido ficou mais veloz, a resolução já está proporcionando mais segurança ao Governo Federal na medida em que garante um combate maior em relação à prática de fraudes. Isso porque, infelizmente, ainda hoje várias pessoas tentam burlar o sistema do Ministério do Trabalho com o repasse de informações falsas.”

“Agora, se tornou mais fácil a verificação da autenticidade dos dados, já que existe a possibilidade do cruzamento de informações sobre os ex-funcionários em diversos órgãos”, acrescentou Francisco.

Com a adoção obrigatória do aplicativo, que antes da resolução era apenas utilizado de forma opcional, todos os serviços prestados aos empregadores e trabalhadores passaram a ser informatizados. “Estamos incluindo a biometria no recebimento do Fundo de Garantia para garantir que não haja fraudes. São 12 programas que desenvolvemos culminando até o final do ano com um cartão eletrônico. A Carteira de Trabalho passará a ser, então, um cartão eletrônico”, destacou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

No final de fevereiro, novas regras de concessão do seguro-desemprego entraram em vigor. A Medida Provisória (MP) 665 estabeleceu que tem direito ao seguro-desemprego o trabalhador dispensado que comprove ter recebido salário há pelo menos 18 meses nos últimos 24 meses imediatamente anteriores à data do desligamento, na primeira solicitação. Pela legislação anterior, esse prazo era de seis meses. Na segunda solicitação, a exigência cai para um ano e, a partir da terceira vez, não há alteração.

A MP 665 também alterou regras para o seguro-desemprego de pescador artesanal e do abono salarial. Já a MP 664 modificou regras sobre os benefícios de auxílio-doença e pensão por morte. As medidas ainda precisam ser votadas pelo Congresso Nacional.

Ajuda a terceiros deixa 15 milhões de consumidores inadimplentes

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz traçou o perfil de consumidores que ficaram inadimplentes por terem emprestado seu nome para outras pessoas comprarem produtos e serviços ou tomar empréstimos. Segundo a pesquisa, 15 milhões de consumidores ficaram ou ainda estão com o nome sujo por essa razão, principalmente por emprestar o cartão de crédito (74%) e o cartão de loja (64%). O processo de quitação da dívida feita por terceiros é longo: 53% dos atuais inadimplentes estão nessa situação há mais de três anos.

De acordo com os dados, menos da metade dos entrevistados (39%) sabia o valor da compra ou empréstimo feito por outros em seu nome, e o seu valor médio chega a quase quatro mil reais, sendo que quase 5 parcelas deixaram de ser pagas. No momento que descobriram estar com o nome sujo, quatro em cada dez consumidores (38%) disseram não ter tomado nenhuma atitude – número que aumenta para 56% entre quem ainda está inadimplente.

“O consumidor que ficou inadimplente acha que a dívida não é dele, e muitas vezes adia ou renega o pagamento”, diz Roque Pellizzaro, presidente do SPC Brasil. “Mas, ainda que ele não tenha de fato contraído a dívida, tem responsabilidade em ter emprestado o nome e a única maneira de sair dessa situação pode ser ele mesmo pagando o valor”, explica.