Secretaria de Educação contratará profissionais para atuarem no Segundo Tempo

Começam hoje, 02, e vão até sexta-feira, 06, as inscrições para o processo seletivo simplificado para cadastro de reserva e contratação, por tempo determinado, de profissionais para atuarem no Programa Nacional de Esporte Educacional – Segundo Tempo.

Os cargos oferecidos são para Coordenador de Núcleo e Monitor para Atividades Esportivas. Os requisitos para participar da seleção são: para coordenador – ter nível superior completo com licenciatura/bacharelado em Educação Física; já para monitor, a exigência é que o mesmo seja estudante de graduação regularmente matriculado no Curso de Educação Física e que já tenha cursado, pelo menos, a primeira metade do curso.

As inscrições devem ser realizadas na Secretaria de Educação, na sala do Programa Segundo Tempo, e o candidato deve estar munido de documentos de identificação, bem como, Curriculum Vitae ou Lattes. O endereço é Rua José Marques Fontes, 21, no bairro Santa Rosa, das 8h às 12h.

“Por que não uma delas ser vice de Miriam? Ou minha?”, diz Tony Gel sobre possíveis adversárias em 2016

Do blog de Igor Maciel

Na última sexta-feira (27), o deputado estadual Tony Gel (PMDB), participou do programa “Debate” (Rádio Jornal) e falou de assuntos como a sua participação como vice-líder no governo de Paulo Câmara, as possibilidades para as eleições municipais de 2016 e a gestão Queiroz.

“Quem está na base e resolve ir para o topo do morro não pode esperar ventos calmos. Fui convocado e agradeço a confiança do governador Paulo Câmara para ir para o colégio de líderes da Assembleia. Sei das responsabilidades e dos compromissos que o governo instalou”, disse o deputado sobre a sua participação no atual governo. E completou: “as dificuldades são muitas para um estado ainda pobre, como é Pernambuco”.

Questionado sobre a situação do governo do Estado, no que diz respeito à bancada de oposição, Tony Gel foi claro e comparou a situação do atual governador com o ex-governador Eduardo Campos.

“Eduardo Campos teve uma oposição, no primeiro governo, que foi bem organizada. No segundo foi mais tranquilo, até pela reeleição tranquila que ele teve. Faltava força mesmo para a oposição se organizar no segundo mandato, é necessário reconhecer isso. Mas Eduardo recebeu uma base organizada pelo antecessor que foi Jarbas Vasconcelos. Outro fato importante foi a parceria Lula-Eduardo que ajudou muito Pernambuco. Muitos investimentos e projetos vieram para cá por isso. E claro, teve a competência de Eduardo, que com a base organizada conseguiu fazer muita coisa e soube aproveitar muitos recursos”.

Outro assunto abordado na entrevista foi o programa do PMDB, partido do qual faz parte há cerca de três anos, exibido nesta quinta-feira (26) e que em momento algum falou sobre a presidente Dilma Rousseff ou apoiou o atual governo Federal, cujo PMDB é base de sustentação.

“Não sei se foi um recado, mas dúvidas ficam. Em política tem que ficar tudo muito esclarecido. Um partido político tem que ser muito claro, quando você é da base do governo, tem o cargo de vice e não fala nenhuma vez no nome da presidente do país, dúvidas surgem. Simplesmente defender o impeachment agora é muito prematuro, principalmente se for só pelo fato de eu não gostar do governo, do PT ou da presidente Dilma. Por enquanto estou convencido que devemos respeitar a vontade das urnas”, afirmou, enfatizando que até pode mudar de ideia sobre o assunto, mas que é uma questão delicada.

Os ouvintes puderam participar da entrevista e um deles questionou se Miriam Lacerda (PMDB), esposa do deputado, aceitaria ser vice de Raquel Lyra ou Laura Gomes (ambas do PSB), e ele foi enfático: “Por que elas não podem aceitar ser vice de Miriam? Ou Minha?”.

E já que os assuntos giraram em torno das eleições municipais de 2016, o deputado foi questionado sobre uma possível candidatura ao executivo. “Tenho minha missão como vice-líder da ALEPE e tenho que me concentrar no mandato que me foi dado pelo povo. A eleição do próximo ano está muito longe e não posso me ocupar com isso agora. Caso contrário, a minha amiga que está em casa vai dizer “estou precisando de água agora e ele pensando no futuro”. Mas, não posso descartar nenhuma possibilidade, sou um homem de partido e não posso descartar essa possibilidade”, respondeu.

O deputado disse ainda que seria bom “perguntar aos adversários quem prefeririam numa chapa. Até porque, se formos analisar friamente, a última eleição o nosso conjunto para deputado estadual foi bem. Defendemos o mesmo candidato (Paulo Câmara), mas as campanhas foram diferentes. Temos o nosso conjunto político e em nenhum momento sentamos para discutir essa questão. Podemos ter aí três candidatos ou quatro. O nosso grupo pode ter só um e o outro ter três. Mas isso é questão para o futuro”, frisou.

Convidado para avaliar o governo do prefeito José Queiroz, o peemdebista foi rápido ao dizer que há muito o que melhorar em Caruaru. “A saúde é precária. Educação, da mesma forma, onde os professores tiveram direitos retirados, o PCC que foi votado daquela forma. Quando ando nos bairros mais afastados tenho ouvido muitas reclamações. Tem muito o que fazer por Caruaru. Agora, tenho ouvidos muitas dúvidas em relação a Feira de Caruaru, os comerciantes com medo, sem saber direito como será o processo de mudança da feira. Ainda há muito o que fazer por Caruaru”, criticou.

E mais uma crítica foi feita quando o assunto foi a Feira da Sulanca. Em tom de dúvida, Tony Gel avaliou as questões que envolvem a mudança da feira. “Nós temos dois projetos, um conduzido pela administração municipal, em terras de Caruaru. E o outro em terras vizinhas de Caruaru. Um onde quem quer adquirir um banquinho terá que pagar um valor de R$ 27 mil. E o outro onde vai pagar um valor por mês. Caruaru é uma cidade que, quando se faz um projeto, aparecem dois ou três. A minha preocupação é com o comerciante pequenininho que não pode pagar, aquele que vende na mão e que não tem como pagar, como é que ele vai ficar. A outra é com aquele que comprou o ponto e pagou caro, como é que ele vai ficar?”, finalizou.

​Shopping Costa Dourada promove Feira de Livros

O Feira de Livros29Shopping Costa Dourada em parceria com a Cia Aprender, está promovendo uma Feira de Livros com uma grande variedade de livros comercializados a preço justo. A feira literária acontece na Praça de Eventos, no horário de funcionamento do shopping (das 10h às 22h de segunda a sábado e 12 às 20h no domingo).  É uma oportunidade única para comprar livros com descontos incríveis que variam entre 30% e 70%.

Neste evento serão disponibilizados cerca de 3.500 títulos, a serem ofertados de forma gradativa a cada semana. De oito em oito dias, o visitante terá acesso a uma nova remessa de livros, podendo diversificar sua coleção e aproveitar melhor os descontos. “Estamos oferecendo uma condição intermediária do distribuidor para a livraria, o que nos possibilita um desconto tão significativo”, afirma Raniere Moraes, diretor comercial da Cia Aprender.

Campeões de vendas como Diário de um Banana que custa R$ 36,90 ou Game Of Thrones, de R$ 54,00 podem ser encontrados na feira por R$ 25,00 cada um. E para ampliar o passeio, o Shopping Costa Dourada dispõe de praça de alimentação com opções variadas, cinemas e parque de diversões eletrônicas.

COMUT realiza reunião itinerante no Bairro José Liberato

Está marcada para às 15h de hoje (02) mais uma reunião do Conselho Municipal de Transporte. A ação será mais uma etapa dos encontros itinerantes e vai ser realizada na sede da Associação dos Moradores do Bairro José Liberato. Em pauta estarão os seguintes assuntos:
– Esclarecimentos sobre as dificuldades dos táxis em Caruaru;
– Problemas com transporte clandestino e definições de rotas pra os alternativos;
– Espaço aberto para a associação do Bairro José Liberato apontar os principais problemas enfrentados no bairro.
A Associação de Moradores fica localizada a Rua Sargento José dos Santos Leite, número 115, próximo ao Mercado Opção e Panificadora Moderna.

Teste do SPC avalia se as famílias brasileiras sabem lidar com o orçamento de casa

Compartilhar os gastos particulares, saber quanto o outro ganha e se reunir para discutir faturamento e planejamento financeiro familiar: essas atividades deveriam ser hábitos comuns em todas as famílias para garantir a saúde financeira. No entanto, não é isso que acontece com a maioria dos brasileiros.

Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal Meu Bolso Feliz, mais de um terço dos brasileiros casados não sabe quanto ganha o parceiro e apenas 31% das famílias conversam com frequência sobre os gastos da casa. “Esses números deveriam ser diferentes. A disciplina e o diálogo em família para cuidar do dinheiro da casa são fundamentais para uma vida financeira saudável e organizada”, explica José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.

Faça o teste e descubra se a sua família faz parte desse grupo ou se já tem uma boa organização das suas finanças.

Documentos de consultor reforçam acusação contra cartel na Lava Jato

Do Blog da Folha

A Operação Lava Jato encontrou contratos e notas fiscais de consultoria que envolvem sete empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras firmados com a Riomarine Oil e Gas, que pertence a Mário Frederico de Mendonça Góes. Preso desde o dia 8. ele é acusado de ser um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços da estatal e carregador de malas de dinheiro para o ex-diretor da estatal Renato Duque.

Os documentos reforçam a acusação contra as empreiteiras citadas na operação, na visão dos investigadores. A força-tarefa da Lava Jato encontrou 31 notas fiscais da Riomarine emitidas para a Andrade Gutierrez que totalizam R$ 5,3 milhões, e 14 notas para a UTC no total de R$ 9,7 milhões referentes a seis contratos – um deles uma parceria com a Odebrecht no valor de R$ 1,5 milhão.

Há ainda seis notas para a OAS, no valor total de R$ 10,2 milhões; dez notas para a MPE (R$ 9,3 milhões) e outras 22 notas que totalizam R$ 5,1 milhões para o Consórcio Mendes Junior/MPE/Setal. As notas encontradas somam R$ 39,7 milhões.

Mário Góes, como é conhecido, foi um dos principais alvos da nona fase da Lava Jato, chamada de My Way. Único a ter prisão preventiva decretada na ocasião, há fortes indícios de que ele continuou atuando até novembro de 2014, segundo os investigadores, mesmo após deflagrada a operação. O fato foi considerado “perturbador” pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos do caso.

A suspeita dos investigadores é de que foram firmados contratos fictícios de consultoria para encobrir o pagamento de propina. De acordo com o juiz, faltam detalhes do trabalho feito e a contratação de funcionários para realizá-lo.

A ação de Góes no esquema de corrupção da Petrobras teria sido similar a do doleiro Alberto Youssef, que entregava dinheiro e cuidava da movimentação dos valores em contas no exterior. Seu papel seria o de “um intermediador profissional do pagamento de propinas por empresas privadas a dirigentes ou empregados da Petrobras”, segundo o despacho.

Segundo os investigadores, o consultor era representante de empreiteiras no esquema montado na Diretoria de Serviços e na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras no setor de postos. Seu nome surgiu a partir do depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que fez acordo de delação premiada.

Mário Góes, em seu depoimento à polícia, manteve-se calado diante da maior parte das perguntas dos delegados. As empreiteiras que aparecem nos documentos apreendidos têm negado envolvimento com as irregularidades e afirmaram que não iriam se manifestar sobre a investigação em andamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

BB fez contato com Procuradoria-Geral da República sobre Lava Jato

O Ministério da Justiça informou neste domingo (1º) ter realmente consultado a Procuradoria-Geral da República (PGR) se havia interesse no conhecimento de um estudo técnico feito pelo Banco do Brasil sobre as implicações econômicas e financeiras da Operação Lava Jato. Esse esclarecimento refere-se à informação publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, citando que “em novembro passado, José Eduardo Cardozo (Justiça) pediu que o procurador-geral da República recebesse diretores do Banco do Brasil para discutir as investigações”.

Questionado pela Agência Estado sobre esse dado, o Ministério da Justiça informou que no final de 2014, o Banco do Brasil realizou estudo técnico sobre as implicações econômicas (execução de obra pública, emprego, etc.) e financeiras da Operação Lava Jato. O ministério destaca que, na oportunidade, esse estudo foi apresentado aos órgãos governamentais envolvidos diretamente nas apurações (Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União), “tendo sido manifestado pelo Banco do Brasil, na ocasião, interesse de que o estudo fosse igualmente apresentado ao Ministério Público Federal (MPF)”.

Diante de tal contexto, o MJ explica que, responsável pelas relações institucionais com o Judiciário e o Ministério Público, indagou à Procuradoria-Geral da República (PGR) se havia interesse no conhecimento desse trabalho por parte daquele órgão. “Manifestado o interesse, o Ministério da Justiça solicitou, então, ao Banco do Brasil que mantivesse contato direto com o gabinete da Procuradoria-Geral para o agendamento de uma reunião objetivando a apresentação desse estudo técnico”, informa o Ministério.

Hotel Fazenda Portal de Gravatá comemora 30 anos de sucesso

Fundado em 1985, o Hotel Portal de Gravatá chega aos 30 anos de história como referência quando se fala em hotel fazenda. Nessas três décadas, o Portal de Gravatá cresceu e se modernizou, tornando-se a melhor opção para quem quer viver o clima gostoso de uma fazenda, com uma moderna estrutura de lazer. Para comemorar 30 anos de sucesso, o Hotel Fazenda Portal de Gravatá preparou uma programação especial de aniversário. A história de um dos mais tradicionais hotéis de Pernambuco começou em 1960, quando um grupo de médicos recifenses, liderados pelo doutor Waldyr Cavalcanti, se juntou para criar um clube de campo na cidade de Gravatá.

Como a ideia do clube não deu certo, Waldyr Cavalcanti comprou as partes dos demais sócios no empreendimento. Em 1985, ele e sua esposa juntaram-se aos cinco filhos e fundaram o Hotel Fazenda Portal de Gravatá. Inicialmente, o hotel funcionava com 41 apartamentos e estrutura que incluía a fazenda com animais.

Em 1990, teve início o projeto para construir apart hotéis dentro do Portal de Gravatá. A satisfação foi tanta que a primeira etapa, com 22 unidades, foi vendida rapidamente. “Alguns condôminos que tinham comprado apart hotel com uma suíte começaram a pedir maiores. Foi quando foram lançados flats com duas, três e quatro suítes. Hoje já são 206 apart hotéis entregues. No ano em que comemora seus 30 anos, o Portal de Gravatá está entregando as oito primeiras casas de seu novo empreendimento: um conjunto de 18 casas de alto padrão, com cinco suítes, varanda gourmet e piscina privativa, além de dependência para babá e motorista”, diz o diretor Eduardo Cavalcanti.

A duplicação da BR-232, que começou em 2001, no governo de Jarbas Vasconcelos, melhorou o acesso e deu um novo impulso ao hotel, pois os clientes reclamavam da velha estrada. Nessa época, o hotel passou por obras e foi duplicado. Hoje, o Portal de Gravatá dispõe de 85 apartamentos e três suítes, sendo uma especial para deficiente físico. Os apartamentos contam com ar condicionado split, TV tela plana, frigobar, telefone, rede e uma vista panorâmica com muito verde. No início eram 30 funcionários. Atualmente, o hotel emprega 180 pessoas diretas e tem um escritório em Recife.

O Portal de Gravatá também atende o segmento do turismo de negócios. São 800 metros quadrados distribuídos em um salão com capacidade para 600 lugares e 13 salas de apoio, além de um pátio para realização de feiras e exposições. Todos os espaços são climatizados e com disponibilidade de equipamentos como TV, data-show com telão, flip-chart, microfones sem fio e internet. Eventos como passeios pedagógicos, encontros de grupos da terceira idade, e formaturas também podem ser realizados no Portal.

Nessas três décadas, entre outras conquistas, o Hotel Fazenda Portal de Gravatá foi eleito um dos três melhores hotéis fazenda do Brasil pelos leitores da revista Viagem e Turismo, venceu o Prêmio Caio de Sustentabilidade e recebeu o Certificado de Excelência do Tripadvisor, o maior site de viagens do mundo.

Para comemorar o aniversário de 30 anos, o Hotel Portal de Gravatá preparou uma programação que vai contar com exposição de fotos antigas do hotel e de suas marcas, jantar para os funcionários, com palestra motivacional e premiação para os mais antigos, e festa de São João especial, pois o hotel foi inaugurado no dia 21 de junho. As datas e os detalhes de cada evento ainda estão sendo definidos. Para obter mais informações sobre o hotel e fazer reservas basta acessar o site: www.portaldegravata.com.br.

 

Lula começa reaproximação entre PT e PMDB

Em meio à crise entre PT e PMDB que se espalhou pelos Estados e coloca em risco a governabilidade da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou um processo de pacificação com o principal partido da base aliada. A relação entre petistas e peemedebistas já dá sinais de reaproximação no Rio e em São Paulo. No entanto, em Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul o discurso ainda é de enfrentamento, com reflexos no Congresso, tornando a tarefa de Lula mais árdua.

Em Pernambuco , à revelia da aliança nacional entre o PT e o PMDB, a bancada peemedebista exerce forte oposição ao PT. Somente o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), tem interlocução com Michel Temer e assume a posição de aliado. . Em Minas Gerais, a aliança também começa a apresentar desgaste.

Os petistas temem pelo PMDB no comando da Câmara dos Deputados e do Senado e o movimento pelo impeachment de Dilma lançado pela oposição. Sob pressão da Executiva Nacional, o PT fluminense foi em busca da reaproximação, e o presidente regional, Washington Quaquá, se reuniu com o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, na última quinta-feira.

Para economistas, desafio de Levy vai além do ajuste fiscal

O desafio da equipe econômica chefiada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vai além do ajuste fiscal franqueado pelo superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A questão é que para muitos a tal missão, atribuída a si mesma pela área econômica conforme vem falando o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, parece ainda não estar clara. Deste universo de duvidosos é que surgem questionamentos sobre a capacidade de o primário proposto recolocar a economia na trajetória do crescimento sustentável.

Segundo o economista da Brasil Investimentos – as contas públicas e o balanço de pagamentos. “E o Levy já disse que o segundo passo serão as reformas microeconômicas. É exatamente o que o Lula e o Palocci fizeram”, emenda o economista.

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, também entende que o desequilíbrio macroeconômico é a primeira frente a ser atacada para depois partir para a arrumação da microeconomia. É o desarranjo macroeconômico, segundo ela, que gera a inflação e retira competitividade das empresas e renda das famílias. “É importante ressaltar que o potencial de crescimento do Brasil encolheu”, diz. E isso aconteceu pelas distorções causadas pelos estímulos fiscais concedidos pela equipe econômica anterior sem o acompanhamento da inflação.

As contas públicas desorganizadas, de acordo com a economista da XP Investimentos, desestimulam o ganho de produtividade da economia, problema este de ordem estrutural. No campo conjuntural, de curto prazo, segundo Zeina, o que se tem a fazer é o ajuste fiscal para tirar das costas do Banco Central a responsabilidade de controlar sozinho os preços, já que o instrumento clássico mais rápido e eficiente de combate à inflação é a taxa Selic.

“Estamos crescendo abaixo do potencial (1,5% a 2%) porque a macroeconomia está desorganizada”, avalia Zeina. Para ela, a meta de superávit primário, se for atingida, vai ajudar muito. “Mas é preciso fazer as reformas porque o mundo fez as suas e o Brasil ficou para trás”. Por isso, segundo Zeina, a agenda do ministro Levy está na direção correta. O juro alto, na avaliação da economista XP Investimentos, não é a causa do desequilíbrio fiscal. É a consequência de um País que não tem poupança, de um governo que gasta muito e que não estimula a poupança do setor privado.

De acordo com o coordenador do curso de economia do Ibmec, Márcio Salvato, o ajuste fiscal é “necessário e imprescindível”, pois ele vai definir o patamar dos juros. “E juros elevados inibem investimentos. E se eu quero fazer com que retorne o crescimento via investimento só consigo fazer com juros menores” afirma, ponderando que não vê no cenário atual a possibilidade de que a Selic caia, “sendo otimista”, antes do fim deste ano por causa do cenário inflacionário. O coordenador do Ibmec diz que o governo precisa “pensar em outras coisas além de do superávit primário”.

Para Salvato, o Brasil precisaria enfrentar problemas estruturais e investir em reformas urgentes, como a trabalhista e a tributária, que ajudariam o País a ganhar competitividade. “São problemas antigos de difícil solução, mas fundamentais para que o País cresça de forma saudável”, afirmou.

Salvato diz ainda que agora “não é o momento de baixar juros” e que esse é um problema criado pelo governo. “É um problema que a gente criou com inflação e déficit público elevados. Primeiro temos de atacar a causa e os juros vêm na sequência”, disse. “Se não atacar a causa não posso reclamar dos juros”, reforça.

Para o vice-presidente do Insper, Marcos Lisboa, o desequilíbrio fiscal é resultado de uma política equivocada nos últimos cinco ou seis anos. “É grave, mas é apenas a ponta do problema. É preciso desfazer o que foi feito nos últimos anos, com uma política de controle nacional dos preços, expansão do crédito subsidiado e regras de desonerações que beneficiaram apenas alguns setores”, diz. Lisboa, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda na gestão do petista Antonio Palocci, afirma que no ano passado o descontrole das contas do governo foi ainda maior que o esperado e, por sua vez, o quadro econômico ficou pior que o projetado. “A economia desacelerando ainda mais fortemente e a piora nos gastos públicos trazem desafios ainda maiores do que há dois meses, quando a equipe econômica anunciou o ajuste”, afirma.

Lisboa diz ainda que o problema que o País vive hoje é reflexo de um “adiamento” nos ajustes necessários. “Em 2008, quando houve a crise mundial, o Brasil tinha de ter feitos ajustes moderados e passar por uma transição. Mas, na tentativa de evitar fazer ajuste simples e moderado há cinco anos foi-se criando uma série de intervenções, remendos para tentar evitar o problema e tudo isso agravou o quadro atual”, afirma. Agora, na avaliação do vice-presidente do Insper, “a realidade impôs um ajuste mais severo e prolongado”. “É uma agenda difícil, que vai muito além do fiscal, mas se o fiscal não for enfrentado o problema vai ser muito maior”, completa.