Bompreço aposta em itens de menor valor para alavancar as vendas

Natal é sempre Natal para o varejo. Mesmo em tempos de economia apertada, a tradição se impõem e os panetones e a decoração natalina, por exemplo, não vão faltar. O Bompreço faz essa aposta e acredita que os itens de menor desembolso, devem alavancar as vendas.

No caso do panetones, as unidades de marca própria já chegaram às lojas e as que custam até R$ 8,00, devem ter maior saída. Entre as opções que apresentam o maior crescimento em vendas, os panetones de gota de chocolates lideram a preferência.

As lojas da rede já contam também com um sortimento de mais de 300 itens de enfeites natalinos e artigos temáticos de cama, mesa e banho. A empresa espera um aumento de 15% na venda itens decorativos e árvores de Natal neste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

As compras de artigos de decoração de Natal se concentram em novembro, quando acontecem 50% da venda na sazonalidade. De árvores, bolas e guirlandas a bichos de pelúcia e almofadas temáticas, é possível encontrar produtos nas lojas com preços a partir de R$ 3,90.

Comerciantes querem aproveitar demanda do Dia de Finados

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

Em tempos de crise, qualquer data comemorativa tem sido bastante aguardada pelos mais variados setores do comércio. Dois em especial, mais precisamente as floriculturas e as vidraçarias, estão depositando no Dia de Finados – celebrado nesta segunda-feira (2), em todo o país – as suas fichas para dar uma incrementada no faturamento a dois meses do término de 2015. Durante a manhã da última terça-feira (27), a equipe de reportagem do VANGUARDA esteve circulando por alguns estabelecimentos especializados na venda de produtos temáticos e as estimativas repassadas pelos comerciantes não foram nada otimistas. Mesmo assim, a intenção é aproveitar ao máximo a demanda extra tradicionalmente contabilizada.

Proprietária de quatro bancos na Feira de Flores do Parque 18 de Maio, no centro de Caruaru, a autônoma Terezinha Souza espera vender cerca de 10% a menos em relação ao Dia de Finados do ano passado, porém está fazendo questão de não reclamar. “Diante dessa crise em que todo o comércio vem atravessando, todo movimento extra já é muito bem-vindo. Se provavelmente não iremos vender mais em comparação a 2014, ao menos deveremos observar uma procura maior pelas flores em relação às semanas anteriores. As vendas estão tão fracas que neste ano encomendamos uma quantidade menor de produtos”, avaliou Terezinha.

Sua concorrente, a também autônoma Sueli Rodrigues, mostrou-se um pouco mais animada em comparação a Terezinha. Ela está apostando no poder da tradição da data.

“O Dia de Finados costuma mobilizar um grande volume de pessoas, que fazem questão de visitar os túmulos de seus parentes com buquês e arranjos de flores, e neste ano não deverá ser diferente. É claro que com essa crise elas irão procurar por produtos mais baratos, porém não acreditamos que as vendas irão diminuir, pelo menos no meu banco. Dentre as flores que deverão ser mais procuradas, destaque para as rosas, lírios, monsenhores e gladíolos.”

Na Vidraçaria Oliveira, onde nesta época há geralmente uma extensa demanda por molduras, quadros e imagens de santos, a projeção de vendas não se encontra tão otimista. Pelo contrário. De acordo com a proprietária Josefa Lina, a expectativa em 2015 é comercializar 15% a menos em relação ao Dia de Finados do ano passado. “Em 2014, o movimento já não tinha sido lá essas coisas, imagine agora com a intensificação dessa crise?

Em 32 anos de comércio, nunca tínhamos passado por dificuldades tão grandes conforme estamos atravessando atualmente. Sendo assim, nossas expectativas não são as melhores, porém esperamos vender um pouco mais neste fim de semana com a proximidade da data”, pontuou.

Especializado na venda de arranjos de flores, capelas e demais artigos religiosos, o feirante Sebastião Ferreira trocará mais uma vez, interinamente, as calçadas do Parque 18 de Maio pelas do Cemitério Dom Bosco, no bairro Maurício de Nassau. O objetivo é comercializar novamente o maior número de itens possível durante a visitação no local. “Qualquer apurado que conseguir já será bom, haja vista a falta de dinheiro que o povo está passando. A situação está difícil para todo mundo”, comentou o vendedor.

Por conta do feriado, as atividades da Sulanca só irão acontecer a partir das 6h da próxima terça-feira (3).

Período natalino chega aos corredores do Shopping Difusora

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Natal é época de dividir bons momentos com familiares e amigos, ser solidário, compartilhar amor e cultivar sonhos. Visando inspirar nas pessoas que todos os sonhos podem se tornar realidade, o Shopping Difusora, situado em Caruaru-PE, lança a campanha “Desejos de Natal”, que promete mexer com o lúdico e encantar seus visitantes, a partir do dia 19 de outubro. Entre as ações especiais, o mall montará a Vila Encantada, onde o público poderá se divertir e fazer uma boa ação.

Por lá, uma fonte de desejos estará no local para que as pessoas possam atirar seus “níqueis” esperando que os sonhos se realizem. Todas as moedas coletadas serão destinadas ao Instituto do Câncer Infantil do Agreste (ICIA). Além disso, a decoração do mall também será uma atração à parte. Os visitantes serão recepcionados por uma bela fachada que contará com 300 mil luzes no total, sendo que 200 mil formarão uma gigante árvore de 20 metros de altura. Na parte interna, o encantamento continua com coral de ursinhos, bonecos animados e o tradicional pinheiro decorado com mais de 8 metros.

E mais. As novidades não param por aí. O Difusora sorteará três Fords New Fiesta neste ano. Para concorrer aos prêmios, basta os visitantes trocarem as notas fiscais por cupons, no stand da promoção, localizado no 3º piso do mall. Cada R$ 150 em compras vale um ticket para a urna. E aqueles que fizerem suas compras aos sábados e domingos, até o dia 30 às 18h, garantem cupons em dobro e, com isso, mais chances de ganhar um carro zero km. Os três vencedores serão conhecidos no sorteio no dia 30 de janeiro às 19h.

A expectativa do centro de compras para o período é otimista. De acordo com a gerente de marketing, Hellen Lima, espera-se um crescimento de 20% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. Sobre o número de visitantes, a expectativa também é positiva: 30% de crescimento comparado a 2014. “Com antecipação da campanha natalina, há uma alavancagem nas vendas e no fluxo, pois esse tempo é bastante propício a realização de desejos através das compras. Um outro fator importante, é que as campanhas promocionais ainda são as melhores alternativas para atrair o consumidor e proporcionar a realização de um sonho, que é chance de ganhar três automóveis 0KM”.

Vendas diretas de cosméticos vêm crescendo no país

O setor de vendas diretas vem crescendo mais a cada ano. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o setor conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas, gerando uma média de oito mil empregos diretos, e registrou crescimento de 6,4% no último ano.

Ainda de acordo com a ABEVD, o Brasil ocupa hoje o quinto lugar no ranking mundial por receita com vendas direta, o que representa 7% de participação no mercado. Esse tipo de negócio é uma ótima oportunidade para complementar a renda familiar ou driblar o desemprego, que alcançou a marca de 8,3% da população brasileira no segundo semestre de 2015 (IBGE).

No mercado de vendas diretas de cosméticos e perfumes desde 2011, a Luxor Cosmetic conta hoje com mais de três mil revendedores em todo Brasil. “O mercado de venda direta oferece três grandes vantagens: a primeira é o consumidor pagar preços mais acessíveis, pois no varejo tradicional ele paga quase três vezes o valor do produto devido a taxas, impostos e demais valores agregados; segundo, se a pessoa não se identifica com vendas, ela pode entrar para o negócio simplesmente para consumir produtos de qualidade, no caso da nossa empresa ela compra com 50% de desconto e ganha premiações por bonificações em equipe, é o que chamamos de renda vitalícia. Terceiro, qualquer pessoa pode aderir a venda direta, basta ter dedicação, força de vontade e ter mais de 18 anos. Investimos em treinamentos de vendas e produtos, além de oferecermos prêmios aos melhores consultores. Para fazer parte do negócio basta ter acima de 18 anos, residência fixa e relacionamentos pessoais”, explica Jan de Oliveira, Diretora Comercial da empresa.

Atualmente, muitas pessoas têm conseguido passar pela crise financeira revendendo produtos por catálogos ou de porta a porta. Principalmente no mercado de cosméticos, um dos únicos que continua em crescimento apesar da economia em baixa. “Hoje temos em nosso time de consultores pessoas que vendem em salões de beleza, clinicas de estética, para pessoas do seu convívio, e gera uma renda de mais de R$ 8.200 somente com as vendas do mês. O mercado nunca para de consumir, às vezes deixamos de ir a uma loja para não comprar, mas compramos de alguém do nosso convívio que nos oferece um produto em nossa casa ou em lugares que freqüentamos. Esse consumo ocorre quase que espontaneamente, a facilidade de pagamento, o relacionamento e o sentimento de ajudar faz da venda direta uma expectativa de crescimento da economia e do consumo consciente.”, ressalta Jan.

A companhia possui uma grande variedade produto, que engloba cosméticos para o corpo, perfumes e uma linha específica para o público masculino, além de apostar em linhas licenciadas com celebridades como as atrizes Claudia Raia e Deborah Secco, a modelo e apresentadora Luciana Gimenez, e a cantora teen Manu Gavassi.

Um dos grandes diferenciais da Luxor Cosmetic é o uso da Nanotecnologia no desenvolvimento de alguns produtos, como anticelulítico e antirrugas, para a obtenção de resultados rápidos e ainda mais eficazes. Isso agrega ainda mais valor ao item, gera um maior interesse por parte do consumidor e contribui com a efetivação da venda.

Comércio prevê queda de vendas e de contratações no Natal

Da Agência Brasil

O Natal deste ano deverá ser pior que o do ano passado para o comércio brasileiro, de acordo com estimativas de entidades e especialistas do setor. A  Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, prevê que as vendas nesse período caiam 4,1%. Segundo a CNC, será primeira queda desde o início da série histórica sobre vendas de comércio, em 2004.

A retração será acompanhada de queda de 2,3% no número de vagas para contratação temporária, acrescenta a CNC. “O emprego temporário é uma aposta que o comerciante faz no Natal. Quanto maior o crescimento das vendas, maior o aumento das contratações”, explicou o economista da CNC Fábio Bentes. As contratações para o Natal costumam começar em setembro e se estendem até novembro.

De acordo com a CNC, um dos segmentos mais afetados é o de móveis e eletrodomésticos, em razão da desvalorização cambial, da alta da inflação e, em especial, do encarecimento do crédito. A retração projetada este ano para as vendas do segmento atinge 16,3%. “A situação não deve melhorar até o Natal”, afirmou Bentes. Como a taxa básica de juros (Selic) não deve cair até o fim do ano, Bentes disse que isso consolida a taxa de juros recorde atual, o que afeta de forma negativa as vendas e, indiretamente, o emprego temporário no setor.

O economista citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais o comércio registrou redução das vendas de 2,4% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. No fim do ano, a previsão da CNC é queda de 2,9%, piorando nas festas natalinas, quando as vendas devem cair 4,1%. Bentes lembrou que os produtos vendidos no Natal têm maior relação com a variação do dólar do que ao longo do ano. É o caso de alimentos importados, brinquedos e até vestuário. “Com o dólar em torno de R$ 4, isso coloca uma dificuldade muito grande. No Natal passado, o dólar estava em R$ 2,65.”

Para o economista, o Natal ainda vai induzir o varejo a produzir números mais negativos do que os apresentados até agora, porque, além do crédito caro, há o dólar alto, e os dois fatores empurram as vendas para baixo. No ano passado, quando o cenário era diverso, tanto as vendas quanto as contratações temporárias no Natal subiram 1,8%.

Comércio prevê queda de vendas e de contratações no Natal

Da Agência Brasil

O Natal deste ano deverá ser pior que o do ano passado para o comércio brasileiro, de acordo com estimativas de entidades e especialistas do setor. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, prevê que as vendas nesse período caiam 4,1%. Segundo a CNC, será primeira queda desde o início da série histórica sobre vendas de comércio, em 2004.

A retração será acompanhada de queda de 2,3% no número de vagas para contratação temporária, acrescenta a CNC. “O emprego temporário é uma aposta que o comerciante faz no Natal. Quanto maior o crescimento das vendas, maior o aumento das contratações”, explicou o economista da CNC Fábio Bentes. As contratações para o Natal costumam começar em setembro e se estendem até novembro.

De acordo com a CNC, um dos segmentos mais afetados é o de móveis e eletrodomésticos, em razão da desvalorização cambial, da alta da inflação e, em especial, do encarecimento do crédito. A retração projetada este ano para as vendas do segmento atinge 16,3%. “A situação não deve melhorar até o Natal”, afirmou Bentes. Como a taxa básica de juros (Selic) não deve cair até o fim do ano, Bentes disse que isso consolida a taxa de juros recorde atual, o que afeta de forma negativa as vendas e, indiretamente, o emprego temporário no setor.

O economista citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais o comércio registrou redução das vendas de 2,4% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. No fim do ano, a previsão da CNC é queda de 2,9%, piorando nas festas natalinas, quando as vendas devem cair 4,1%. Bentes lembrou que os produtos vendidos no Natal têm maior relação com a variação do dólar do que ao longo do ano. É o caso de alimentos importados, brinquedos e até vestuário. “Com o dólar em torno de R$ 4, isso coloca uma dificuldade muito grande. No Natal passado, o dólar estava em R$ 2,65.”

Para o economista, o Natal ainda vai induzir o varejo a produzir números mais negativos do que os apresentados até agora, porque, além do crédito caro, há o dólar alto, e os dois fatores empurram as vendas para baixo. No ano passado, quando o cenário era diverso, tanto as vendas quanto as contratações temporárias no Natal subiram 1,8%.

PESSIMISMO

O presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gonçalves, lembrou que o país está passando por uma turbulência e, com as implicações políticas e econômicas, fica difícil fazer qualquer previsão. “Com a inflação alta, que corrói o salário do trabalhador, com os juros altos, que são ruins para o consumidor e o lojista, e com o desemprego crescente, mais o clima de incerteza, a expectativa é pessimista.”

Gonçalves disse que o faturamento baixo, somado às incertezas, deve reduzir em 10% os contratos temporários do comércio no final do ano. No Natal de 2014, o volume de vendas do comércio subiu 1,8%, resultado pior que o desempenho de 2013, quando o aumento atingiu 3%.

O professor de finanças da Fundação Getulio Vargas Luiz Eduardo Franco de Abreu disse que o consumidor deverá optar, no final do ano, por adquirir presentes de menor valor. “Talvez o número de presentes diminua muito pouco, mas os valores devem diminuir mais”.

De acordo com Abreu, fenômeno semelhante já começou a ocorrer na área de alimentação. Antes, com poder aquisitivo maior, a classe média optava por restaurantes mais caros. Com isso, tais restaurantes registravam faturamento maior do que os demais segmentos da economia. Hoje está havendo uma alteração nesse quadro, ressaltou o professor, e a maioria dos consumidores prefere restaurantes que oferecem preços mais baixos.

Abreu recomendou que o trabalhador guarde uma parte do 13º salário para não ficar aumentando as dívidas. “O melhor presente que ele pode dar a si mesmo e à família é diminuir o endividamento.”

A economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti, destacou que a atuação do comércio no fim do ano depende do dinheiro que entra na economia. “Este ano, já sabemos que o 13º vai ser menor. Há menos gente trabalhando, e quem continua trabalhando, em termos reais, está ganhando menos. Só por isso, o 13º vai ser mais fraco.”

Pesquisa recente do SPC Brasil sobre mão de obra temporária mostra que nove em cada dez empresários afirmaram que não vão contratar trabalhadores para o Natal. Por causa da inflação, do aumento do desemprego e da piora na confiança do consumidor, “o Natal deste ano vai ser pior do que em 2014”, prevê Marcela.

Para a Associação Brasileira do Trabalho Temporário, o cenário desfavorável na economia brasileira afetará as vendas de final de ano, devido às altas taxas de juros, ao avanço da inflação e à restrição de créditos, fatores que prejudicam diretamente o consumo dos brasileiros.

A queda média de 15% registrada no 1º semestre de 2015 nas contratações de trabalhadores temporários, comparativamente ao mesmo período de 2014, somada ao agravamento da crise econômica, indica que haverá queda de cerca de 20% nas admissões temporárias nos próximos três meses. A associação estima que, neste ano, o número fique em torno de 107.800 contratações, contra 134.800 no Natal do ano passado.

Segundo a associação, quem mais contrata mão de obra temporária no setor é o comércio de rua, além de shopping centers e supermercados, A maioria dos trabalhadores contratados para o período de fim de ano (65%) tem entre 18 e 40 anos.

Inscrições abertas para palestra gratuita sobre vendas em tempos de crise

A Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizam a palestra “Venda em Tempos de Crise”, no dia 24 de setembro, às 19h, no auditório da Acic. O evento faz parte da Semana de Capacitação que integra o “Movimento Compre do Pequeno Negócio”. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (81) 3721-2725 ou pelo e-mailatendimento@acic-caruaru.com.br para garantir a presença. As inscrições são gratuitas.

Recife, Serra Talhada e Garanhuns também irão receber a palestra que tem como objetivo promover o Movimento. Na oportunidade, os participantes serão orientados sobre formas inovadoras de vender, fidelizar clientes e garantir espaço no mercado competitivo. Em Caruaru, o público será orientado pelo consultor Luciano Branquinho. No município, também estão sendo oferecidas palestras com temas diversos em uma estrutura montada na Rua Armando da Fonte, no bairro Maurício de Nassau. Além disso, palestras técnicas e uma rodada de negócios fazem parte da programação através do projeto Fomenta Agreste que acontece no Caruaru Park Hotel.

A Semana de Capacitação se estende até 26 de setembro. A iniciativa acontece em 22 cidades e dois distritos pernambucanos e conta com minicursos, oficinas, palestras, fomentas, feiras do produtor rural, consultorias, caravanas, ruas revitalizadas e palestras magnas. A perspectiva é preparar o empreendedor e promover vendas e contratações para os pequenos negócios.

Movimento Compre do Pequeno Negócio

5 de outubro é Dia da Micro e Pequena Empresa. Em referência à data, o Sebrae criou o “Movimento Compre do Pequeno Negócio” para fortalecer as empresas da categoria e estabelecer um marco no calendário do varejo. Além disso, comprar do pequeno está sendo apontada como uma das saídas para crise econômica brasileira. No País, já são 10 milhões de microempresas e empresas de pequeno porte que correspondem a mais da metade dos empregos formais.

Dia dos Pais: Comércio de Caruaru deverá superar projeção nacional

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

No Dia dos Pais 2015, o comércio da Capital do Agreste deverá ter um desempenho melhor no comparativo com a média do país. Se em todo o Brasil a expectativa é que haja um incremento nas vendas de 2%, conforme apontou o SPC Brasil, no varejo local a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru) está projetando um crescimento na comercialização entre 3% e 5% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com o seu diretor, Adjar Soares, a estimativa um pouco mais animadora em relação ao comércio nacional se deve ao fato do setor local estar obtendo resultados superiores ao longo da já tão falada crise financeira.

“Costumeiramente o comércio de Caruaru sempre alcançou índices melhores em relação à projeção nacional e não deverá ser diferente neste Dia dos Pais. Por conta dessa crise, a tendência é que em 2015 os consumidores presenteiem os seus pais com produtos mais baratos. Em suma, apesar de nossa projeção apontar para crescimento nas vendas, em contrapartida, a estimativa é que haja uma queda nos valores das mesmas”, analisou Adjar Soares.

Quem pode se beneficiar com essa postura mais comedida por parte dos clientes são as lojas de vestuários e calçados. Dotadas de uma extensa linha de produtos com preços variantes, dos populares ao mais caros, elas devem ser mais demandadas neste ano. “Como o brasileiro costuma deixar tudo para a última hora, é claro que o movimento nas lojas só deverá aumentar mesmo no fim de semana. Entretanto, já vínhamos sentindo nos últimos dias certo acréscimo na procura por roupas, sapatos e livros. São aquelas lembrancinhas que geralmente possuem preços mais acessíveis e são encontradas facilmente nestes tipos de estabelecimentos. Por outro lado, devido também a essa crise, a expectativa é que haja uma retração na demanda por produtos mais caros, a exemplo dos de informática”, acrescentou Soares.

Tida como uma das principais redes de calçados de Caruaru, a Sapataria Muniz já vem sentindo no bolso a aproximação da data comemorativa. “O Dia dos Pais será festejado neste domingo (9), porém já temos vendido bastante desde o último sábado (1º). Como investimos em novidades para a data nas linhas de sapatos, tênis e acessórios masculinos, nossa expectativa é superar as vendas do ano passado em 10%”, destacou o gerente de uma das unidades da rua 15 de Novembro, no Centro, Demilton Holanda.

Além da Muniz, outra empresa que também está otimista com a chegada do Dia dos Pais é a Beijamim Confecções. De acordo com a sua gerente comercial, Gisele Alves, a projeção é de pelo menos atingir o cálculo divulgado pela CDL de Caruaru. “Nada melhor do que um Dia dos Pais para alavancar as nossas vendas num período de crise. Como contamos com linhas de produtos populares e mais caras, a tendência é de fluxo redobrado principalmente neste sábado (8). Se vendermos entre 3% e 5% a mais em relação ao ano passado, já estará de bom tamanho. Dentre os artigos que deverão ser mais procurados, destaque para camisas, calças e bermudas”, avaliou.

E-commerce na contramão da crise

Mesmo com o cenário econômico apresentando quedas no crescimento, alguns setores estão seguindo o caminho contrário e ampliando seu faturamento, como é o caso do e-commerce. O segmento está em expansão no Brasil e a expectativa é que o e-commerce cresça 20% apenas em 2015 e o Nordeste é a região com a segunda maior demanda de compras online.

Diante do número de internautas que cresce no Brasil, o mercado do e-commerce encara um futuro promissor. O ano de 2014 se encerrou com um total de R$ 35,8 bilhões faturados apenas com o comércio na internet efetuado no Brasil. Essa realidade tem refletido no sucesso do e-commerce em todo o território nacional.

Os sites de compra e venda de produtos também estão cada vez mais acessados. Um deles é o ramo de flores. No mercado, algumas empresas estão investindo em floriculturas online que oferecem comodidade, opções diversificadas e praticidade aos clientes, principalmente àqueles que querem homenagear um amigo ou familiar, mas não têm como comprar na loja o produto e entregar pessoalmente. O e-commerce tem se mostrado uma saída inovadora e promissora para muitos comerciantes e consumidores.

O faturamento é animador. De acordo com o Ibaflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), em 2013, o Brasil faturou uma média de R$ 5,2 bilhões no ramo das flores. O instituto aponta que, se a atuação das vendas da internet tiver sido mantida em equivalência ao ano de 2012, mais de 20% desse faturamento corresponde somente ao e-commerce das flores.

Há mais de um ano, o Grupo Vila, empresa especializada em serviços funerários, disponibiliza para seus clientes a floricultura online com os mais variados produtos, oferecendo, também, a entrega no próprio velório. Segundo Antônio Efigênio Praxedes, coordenador da floricultura do grupo, o crescimento na procura por esse tipo de produto é perceptível. “Cada vez mais podemos ver as pessoas comprando flores online, inclusive clientes de outros Estados e até de outros países”, relata Antônio. A empresa já alcançou o retorno de todo o capital investido e registra crescimento de 115% nas vendas.

As vantagens do serviço são várias para ambos os envolvidos no mercado. Por oferecer ao cliente uma compra via internet, o principal ponto forte é a comodidade, já que a pessoa não precisa sair de casa ou do trabalho para comprar o produto em uma floricultura. Também não tem que enfrentar fila – em poucos cliques o processo de compra já é efetuado – e também é apresentado a uma cartela de produtos diversificada. Segundo Efigênio, um dos diferenciais da floricultura online do Grupo Vila é a fidelidade ao produto que é mostrado online. “Fazemos os arranjos exatamente como o cliente vê no site, podendo escolher os tipos de flores que deseja”, explica o coordenador.

Má estrutura continua atrapalhando vendas no Camelódromo

A tão já falada crise financeira ainda nem fazia parte do dia e dia dos comerciantes do Camelódromo dos Guararapes, no centro de Caruaru, e eles já se queixavam da queda no fluxo de clientes. No ano passado, o Jornal VANGUARDA chegou a fazer duas matérias relatando os problemas da estrutura física do local, o que, segundo os negociantes, estaria prejudicando e muito o movimento, porém, passado todo esse período, ainda nada foi feito por parte da prefeitura. Atualmente, com as chuvas caindo com maior intensidade e a infraestrutura do complexo ainda mais debilitada, a nova realidade econômica do país virou fichinha perto dos transtornos enfrentados.

“Se o problema só fosse a crise, ficaríamos um pouco mais conformados, até porque a situação está feia para todo o comércio. O mais revoltante é observar os consumidores deixando de fazer compras por aqui não só pela falta de dinheiro, mas também pela precária infraestrutura do local. Desde o ano passado, temos cobrado a reposição do teto, bem como uma iluminação decente, mas até agora nada foi resolvido. Com esse tempo de chuva, estamos perdendo mercadorias e os clientes têm deixado de vir, até porque ninguém quer comprar debaixo d’água. Agora, para cobrar imposto, isso a prefeitura sabe fazer”, criticou o comerciante Afonso Vasconcelos.

Concorrente dele, a autônoma Luzinete Figueroa também fez questionou a suposta morosidade por parte da PMC. “Será que, se ela não quisesse, já não teria resolvido os problemas daqui? Já cansei de ouvir nas rádios o prefeito José Queiroz dizendo que irá reformar esse Camelódromo, mas as promessas ainda não saíram do papel. Uma equipe da prefeitura até que já realizou um levantamento, mas, passados todos esses anos, estamos tendo de arcar com impostos caros e infraestrutura baixa. As vendas estão muito ruins, mas se contássemos com um local mais adequado, a situação poderia estar um pouco melhor”.

Em janeiro de 2014, quando a reportagem esteve no local, o ambulante José da Silva já havia criticado a ausência de banheiros químicos. Passado todo esse tempo, a demanda permanece a mesma. “Impressionante, mas nos pouco mais de um ano e seis meses de uma reportagem para a outra, a prefeitura não fez absolutamente nada em prol do Camelódromo. Precisamos ao menos contar com equipamentos básicos para oferecermos uma estrutura mínima aos clientes. Não tenho dúvidas de que todos esses problemas vêm atrapalhando bastante as nossas vendas”.

Por telefone, o secretário municipal de Infraestrutura, Bruno Lagos, respondeu aos questionamentos dos comerciantes. “Ressaltamos que a prefeitura está ciente dos problemas no Camelódromo, tanto que já elaborou o projeto de revitalização do local e este último já foi encaminhado à comissão especial de licitações. O processo licitatório já foi iniciado e a expectativa é que as obras comecem na primeira semana de agosto”.